Tijolo com insígnia de uma animal zebuíno.

Foi doado ao Museu do Zebu em 30 de abril de 1989 por Jorge Alberto Nabut - escritor, pesquisador e jornalista, é membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, onde publicou obras diversas, sendo algumas delas relevantes para a preservação da memória e a cultura tradicional do zebu. O tijolo é de produção semi-artesanal, fabricado sob encomenda em olarias especializadas nesse tipo de cerâmica personalizada, trazendo a marca figurativa do animal, então reproduzido em alto relevo, ao centro do objeto, e colorido com pintura do tipo envernizada ou acrílica (provavelmente feita à mão). Corresponde, aproximadamente, à primeira metade do século XX. Segundo o doador, foi usado na construção da Capela do Colégio Nossa Senhora das Dores em Uberaba a partir de 1926. Como edificação suntuosa para os padrões da época, teve como arquiteto um italiano famoso por assinar inúmeras outras construções clássicas do período - o engenheiro Santos Guido. Como uma das igrejas de maior relevância histórica na cidade, atualmente o bem é tombado como Patrimônio Histórico Municipal. Importante considerar que muitas construções antigas no Brasil adotavam o uso de iconografias desde os tempos coloniais. O item possui relevância histórica, em parte, pelo contexto ao qual pertence, além de registrar culturalmente a influência da pecuária zebuína em várias regiões do país, demonstrando de modo evidente a vocação tradicional do zebu na cidade, onde a atividade pecuária encontrou solidez ao colocar o Brasil na rota dos maiores produtores mundiais do gênero.