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Sustentabilidade » Manejo Sustentável no Brasil
Conheça aqui algumas das alternativas de manejo importantes para aumentar a produtividade diminuindo os custos de produção com respeito, valorização e recuperação do meio ambiente, tendo em mãos pressupostos modernos e eficazes, tais como os projetos: Boi na Sombra, iLPF - Integração Lavoura, Pecuária e Floresta, Manejo de Pastagens, Agroecologia e o Bem Estar Animal. Ainda nesta sub categoria, também é possível saber como são feitos os trabalhos para a Prevenção e Controle de Desmatamento e Queimadas.
O mito de que o Brasil é um "país de vocação agrícola" por séculos se provou como uma falácia, pois produzir nestas terras era uma das tarefas das mais árduas. Os atuais índices de produtividade não seriam possíveis se não houvesse a implantação do uso de tecnologias no campo, como: o manejo do solo, a adubação, o controle das pragas, a irrigação e o melhoramento genético, o uso de pastagens, o controle da saúde dos rebanhos. Foram com esses conhecimentos que o Brasil pode expandir, especialmente a partir dos anos de 1960, suas fronteiras de produção e alcançar riquezas em biomas poucos produtivos, como o Cerrado por exemplo.
Privilegiado pelo clima tropical, o Brasil consegue colher atualmente até três safras por ano. Do nosso território, cerca de 61 % é ocupado por matas nativas, sendo que 27,7 % é destinado a atividades agropecuárias. É neste cenário que acabamos por nos tornar um dos maiores produtores de alimentos de todo o mundo.
Líder em produtividade agropecuária de diversos produtos, "(...) o Brasil apresenta índices de crescimento acima da média mundial, segundo estudos recentes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Enquanto países desenvolvidos, como França, Inglaterra e Estados Unidos, crescem abaixo da média histórica de 1,48% ao ano, verificada no período que compreende os anos de 1961 e 2007, o crescimento anual da produtividade do Brasil é de 3,6% ao ano, comparativamente aos 2,6% da América Latina, 0,86% dos países desenvolvidos e 1,98% para o conjunto de países em desenvolvimento". (GELINSKI NETO, Francisco. 2013, p.2)
No entanto, é possível crescer mais... Para isso são necessárias à difusão de ações que vão desde medidas simples a modernas tecnologias. Contudo é importante que adote como um todo, novos modelos de desenvolvimento, sem desmatar novas áreas e ainda sim ampliar as áreas verdes. Trata-se, portanto, de um compromisso difícil de ser enfrentado, não pelos custos econômicos e complexidades em si, mas pela tomada de consciência efetiva de novos valores e paradigmas dos quais se farão necessários para o desenvolvimento sustentável, até mesmo para a viabilidade econômica dos empreendimentos agropecuários futuros.
Dessa forma, o maior desafio que nos espreita é crescer virtuosamente, aproveitando nossa capacidade produtiva, dando-a maior vigor ao alinhá-la ao desenvolvimento sustentável, onde se possam vislumbrar o meio ambiente e o bem-estar social.
O Brasil possui 180 milhões de hectares de áreas de pastagem, sendo que a metade destas áreas estão em algum estágio de degradação. Recuperar essas áreas com o manejo adequado, alinhada ao uso da boa genética bovina é o fator preponderante para o nosso desenvolvimento. Um animal alimentado em um pasto degradado pode levar até 50 meses para o abate. Num bom pasto, isso pode ser limitado a metade deste tempo! Sem dúvida estes são um dos principais compromissos do CRPB - Centro de Referência da Pecuária Brasileira - Zebu.
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Existem inúmeros trabalhos realizados, como da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, que conduz ações e pesquisas articuladas em redes com universidades e outras instituições brasileiras e internacionais à busca de soluções para mitigar os efeitos nocivos ao meio-ambiente e fomentar ações a favor do desenvolvimento sustável da agropecuária, como o projeto Pecus - Pecuária Sustentável.
Destacam-se também as ações realizadas pelo Plano Nacional para Prevenção e Controle de Queimadas do o Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA; o Plano de Excelência em Águas - Hidroex da Unesco; o Plano ABC - Agricultura de Baixo Carbono trabalhadas pelo Mapa - Ministério da Agricultura e Pecuária; o Grupo de Trabalho Pecuária Sustentável - GTPS; e de outras ações da CNA - Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária; do Ministério do Meio Ambiente - MMA; a Emater - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural; a FAO - Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, a Aliança da Terra, Epamig - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, entre tantos outros.
Como exemplo, veja a seguir o vídeo produzido pela Embrapa para você saber como as pesquisas científicas são decisivas para mitigar os impactos sobre o meio ambiente.
Para tanto, é preciso saber que o "metano é emitido naturalmente na digestão dos animais ruminantes, como bois, cabras, ovelhas e búfalos. As pastagens também emitem gases de efeito estufa, principalmente o óxido nitroso. O metano e o óxido nitroso são os principais gases emitidos pela pecuária com efeito estufa. Mas o capim e as árvores também podem fazer o contrário, sequestrando o gás carbônico e retirá-lo da atmosfera. Esse processo é chamado sequestro de carbono. Tanto as emissões quanto o sequestro de gases de efeito estufa são fenômenos que acontecem naturalmente. Mas o pecuarista pode influenciar no efeito estufa, melhorar ou agravar a emissão de gases, por meio do manejo e alimentação dos animais". (Embrapa, 2014).
CENTRO DE REFERÊNCIA DA PECUÁRIA BRASILEIRA - ZEBU