Zebu Pelo Mundo Voltar

Você está em: Mercado » Análises de Mercado » Externo
Publicado em 02/09/2014 às 10:12:40
USA

América do Norte
Estados Unidos

A raça de Zebu Brahman surgiu nos EUA. Contribuiram para sua formação, os cruzamentos direcionados com as diversas raças zebuínas importadas ao final do século XIX até meados do século XX, tais como: Ongole (Nelore), Guzerá, Gir, Khrisna Valley, Sindi, Cangaiam, Tharparkar, Indubrasil e talvez outras, bem como de taurinos.
Ao correr dos anos houve importações de cerca de 300 zebuínos para os EUA até a década de 1920, vindos da Índia e da Europa, sendo que à maioria era composta de machos. Dessa forma, a nova raça foi criada por meio de cruzamento absorvente sobre os taurinos existentes.
A primeira exportação de Zebu realizadas pelo Brasil ocorreu pela força de criadores uberabenses e fluminenses, coordenadas por pelo zootecnista Fernando Ruffier, contando com apoio do governo brasileiro, cujo objetivo final seria o México em 1923.
Devido a essas problemáticas, a maior parte dos produtos dessa exportação acabou sendo direcionada do México para os EUA em 1924. Esse fator foi fundamental para firmar o grupo étnico que estava em plena efervescência nos estados sulinos estadunidenses.
Assim nasceu a raça Brahman que depois começou a ser exportado para cerca de 70 países.
População: 315,791 milhões e alcançará mais de 400 milhões de pessoas até 2050. A população rural é de 57,2 milhões (17,6%) e vai decair para 44,9 milhões em 2015.
Rebanho : 93,8 milhões de cabeça
Raças: Brahman, Nelore, Gir, Guzerá, Indubrasil, Sindi, miniaturas. O maior rebanho de gado no país está localizado no Texas seguidos de Montana, Colorado, Califórnia e Nevada.
Associação: ABBA - American Brahman Breeders Association e outras da raça Nelore, Sindi
Produção de carne: 12.05 milhões de toneladas
Produção de Leite: 87,5 bilhões de litros
Situação: Até a década de 80, a maioria dos produtos americanos era produzida no país. A pecuária vem reduzindo sua importância, transferindo para outros países. Não irá expandir sua pecuária, mas irá dominar a produção e a comercialização em muitos países.

Canadá

Canadá

A relação do Canadá com o Zebu se deu pelo esporte. Foi utilizando touros da raça Brahman que o país revolucionou neste setor. Os animais de musculatura forte e saúde excepcional levaram os criadores a expandirem a criação para outros fins.

População: 34,7 milhões em 2012, passando para 43,6 em 2050. No espaço rural cerca de 6,6 milhões que cairá para 5,6 milhões em 2050

Rebanho: Pelo clima muito frio existe a predominância de raças europeias sendo que o Zebu apenas entrou no país para fins esportivos. O rebanho é de 13 milhões de cabeça e a raça zebuína presente é o Brahman.

Produção: Com 40% de cobertura florestal o Canadá é o maior exportador de madeira e seus derivados. As fazendas representam 7% no território, sendo que a pecuária está presente no centro-oeste do país, principalmente em Alberta. A produção é escoada em grande parte para os Estados Unidos. Com tetos de produção e subsídios estabelecidos pelo governo o país fica protegido contra oscilações de mercado e produtos estrangeiros. 50% de PIB anual equivalem ao gado e seus derivados.

Produção de carne: 1,27 milhões de toneladas.

Produção de leite: Leite 8,2 bilhões de litros

México

México

Em 1923 foram realizadas as primeiras importações de Zebu brasileiro, somando 82 machos Guzerá e Nelore. O gado não conseguiu desembarcar em Vera Cruz devido à Revolução e seguiram para os Estados Unidos, onde foi recusado por questões sanitária, neste caso a Febre Aftosa. O principal exportador, Pedro Marques Nunes resolveu voltar para Tampico onde o gado já bastante magro ficou escondido perto do porto no Rancho Las Rosas. Foi em Tampico onde o gado se multiplicou transformando o Zebu em obsessão, ali nasceu a sede da AMCC (Associación Mexicana de Criadores de Cebú), desde 1962, com 1600 associados.

População : 116,1 milhões que chagará até 20050 a 144,0 milhões. Na área rural 25,2 milhões , devendo cair até 2050 para 20 milhões.

Rebanho: 33 milhões de cabeça. Praticamente todo o gado mexicano teve sua origem no gado brasileiro. Sendo que o Brahman e o Sindi chegaram dos Estados Unidos. O Sardo Negro,(agirado indubrasilado) que originaram dos cruzamentos entre raças zebuínas puros sangues, é bastante popular em toda a América Central, estes servem como base para cruzamentos com raças europeias para produção de leite. As raças presentes no país são Nelore, Nelore Mocho, Sindi, Sardo Negro.

Produção de carne: 1,7 milhões de toneladas

Produção de leite: 10,8 bilhões de litros

A pecuária garante 4, 2 milhões de empregos diretos e 12, 6 indiretos em cerca de 500 mil propriedades. O México possui um total de 197 milhões de hectares de grande diversidade. As zonas de cultivo são de apenas 15%. O setor rural necessita de modernização em sua totalidade, sendo que grandes propriedades alcançam bons resultados e o restante é um setor com entraves relacionados à legislação agrária entre outros fatores que dificultam o avanço tecnológico.

Situação: Grandes potencialidades de expansão de exportação de genética para outros países de animais das raças Brahman, Indubrasil, Sardo Negro, Guzerá e Nelore

 

Costa Rica

América Central

Costa Rica

Os primeiros animais Bos Indicus chegaram ao território pela Jamaica em 1911 pelas mãos da United Fruit Company. Eram animais do grupo Mysore. Para fins de trabalho os animais eram cruzados com Bos taurus para serem utilizados nas plantações de bananas e construção de ferrovia. Somente os cruzamentos com raças zebuínas possibilitava esta adaptação às altas temperaturas e alimentação tão precária, sem falar das enfermidades dos trópicos.

Depois de várias importações somente em 1946 iniciaram os trabalhos de registros genealógicos por parte do governo. Em 1953 cria-se a Asocebú - Associación de Criadores de Ganado Cebú. Em 1965 foi fundado o Registro Genealógico de gado para os países centroamericanos ( Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Costa Rica). Em 1944 o Registro passa para o comando da Asocebú. Desde então foram registrados 61.537 animais Brahman cinza; 27.044 Indubrasil; 12.116 Nelores; 9.484 Gir e 3.105 Brahman Vermelho. No ano de 2012 foram registrados 1.615 Brahman cinza;478 Nelore; 2014 Brahman vermelho. Iniciou-se também o Registro de Girolando e Brahmanolando ( Brahman-Holando)

Produção: autossuficiente em carne e é exportador. Saõ no total de 97,5 milhões de toneladas de carne e 950 milhões de litros de leite. O consumo de carne é 19 kg/hab/ano. Consumo per capita de leite: 143 kg/hab/ano.

Situação: grande potencial para competir na internacionalização do Zebu para os novos desafios mundiais.

Cuba

Cuba

Em 1959 Cuba era o quarto país pecuarista da América Latina, produzindo leite em pó e queijo. Diversos fatores políticos levaram a decadência da pecuária e seus produtores somente em 1963 com a fundação da Granja de Melhoramento com lotes de mais de 10 raças de Zebu importado foi possível reverter o quadro. Atualmente as raças existentes são Siboney e Zebu branco e Vermelho.

População: 11,2 milhões de habitantes com previsão de 9,9 milhões em 2050. População Rural de 2, 8 milhões caindo para 1,8 milhões em 2050.

Rebanho: A raça principal é a Siboney ( 5/8 Holandês + 3/8 Zebu). Calcula-se um total de 25.000 cabeças puro sangue Zebu sendo o total do rebanho de 3,9 milhões de cabeças. Em 1971 iniciou-se os trabalhos de Registro Genealógico da raça Cubana Criolla ( tipo Caracu brasileira)

Produção de carne: 63,5 mil de toneladas

Produção de leitei: 623,5 mil toneladas de litros

Situação: Nas últimas décadas Cuba vem recebendo gado da Venezuela e outros países porém com muitas dificuldades para avançar

El Salvador

El Salvador

Existes registros de importações em 1890 e depis em 1923 das raças Durham, Shorthorn, Hostein, Normando, Ayrshire, Jersey, Guersey que não conseguiram adaptarem ao clima tropical. Somente na década de 1950 os pecuaristas introduziram o Zebu oriundo da Guatemala, o Guzerá, e do Texas, o Santa Gertrudes. Logo após entraram touros da raça Brahaman que absorveu o gado crioulo.

O Registro genealógico foi fundado em 1965 e englobou os países centro-americanos ( Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Costa Rica). Teve início em 1966, registrando 2.296 Brahman e 1800 animais de várias raças europeias.

População: 6,9 milhões aumentando para 7,6 milhões até 2050. População Rural de 2,2 milhões, caindo para 1,6 milhões em 2050.

Produção de carne: 32.992 mil toneladas. A produção de carne vem aumentando, de 26,8 mil toneladas em 1990 passou para 34,6 mil em 2002.

Produção de leite: 557,0 milhões de litros, atende 60% do consumo nacional

Rebanho: 1,55 milhões de cabeça, espalhados em 45,8 milhões de hectares de pastos; 356,5 mi hectares de pastagem naturais. 215 mil de mato nativo. O Zebu é utilizado em todas as propriedades, cruzando-se Brahman com Holstein e Pardo Suíço. Usa-se Gir, Indubrasil, Guzerá e Nelore. O clima tropical úmido favorece o cruzamento do Zebu com o Pardo Suíço.

Situação: A grande parte do gado é de dupla aptidão, com poucas fêmeas em ordenha visando uma pecuária de subsistência.

Guatemala

Guatemala

A Guatemala tem sua história marcada pela civilização maia, que habitou o território do país durante todo o período pós-clássico, até a conquista do Iucatã pelos espanhóis. Além da Guatemala, os maias viveram em Honduras, Belize, na parte sul do México e na parte oriental de El Salvador. Após sua independência da Espanha em 1821, a Guatemala tornou-se parte da Estados Unidos da América Central e, após a sua dissolução, enfrentou uma instabilidade política que caracterizou toda a região durante meados do século XIX. No início do século XX, a Guatemala se caracterizava por uma mistura de governos democráticos, bem como uma série de regimes ditatoriais, os quais eram frequentemente assistidos pelo United Fruit Company e o governo dos Estados Unidos. De 1960 a 1996, a Guatemala sofreu uma guerra civil travada entre o governo e militantes de esquerda. Após o ocorrido, o país experimentou um crescimento econômico e eleições democráticas. O atual presidente do país é Otto Pérez Molina, do Partido Patriota, no poder desde 2011.

Com 15,7 milhões de habitantes, a Guatemala é o país centro-americano mais populoso, e o segundo mais densamente povoado. A população é formada majoritariamente por indígenas e descendentes. A língua oficial é o espanhol, tendo também outras 23 línguas maias, xinca e garífuna presentes.

A Guatemala é uma região vulcânica e divide-se em terra de cultivos ( 12%); cultivos permanentes(5,0%); pastagens permanentes (24%); florestas (54%) e outros (5%). As áreas de proteção ambiental somam 32,09%, em 243 parques nacionais e municipas, ocupando 3,5 milhões de hectares. È considerada a maior biodiversidade do mundo.

Em 1965 foi fundado o Registro Genealógico de Gado para os países centro-americanos (Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Costa Rica). Existe o Registro Genealógico de Ganado de Guatemala Marcas y Fierros (AFZG-UNR-MAGA), em cinco associações privadas, a Asobrahman (Associación Guatemateca de Criadores de Ganado Brahman) e a federatióm de Ganaderos de Guatemala (Fegaguate).

População: 15,7 milhões de habitantes, previsão para 2050 é de 31,6 milhões. População rural de 7,3 milhões, passará para 9,9 milhões em 2050.

Rebanho: 3,1 milhões de cabeça, pouco volume de exportação, sendo os principais mercados Honduras e El Salvado. Raças presentes: Brahman, Nelore, Nelore Mocho, Tabapuã, Sardo negro,Indubrasil, Guzerá e Gir , Gir leiteiro. 41% do território é ocupado pela agropecuária.

Situação: Grande perspectiva de expansão para as raças zebuínas.

Honduras

Honduras

Honduras, oficialmente República das Honduras, limitado a norte pelo Golfo das Honduras, e a leste pelo Mar das Caraíbas (por onde possui fronteira marítima com o território colombiano de San Andrés e Providencia), a sul pela Nicarágua, pelo Golfo de Fonseca e por El Salvador e a oeste pela Guatemala. Sua capital é Tegucigalpa.

O país abrigou várias culturas indígenas importantes, mais notavelmente os Maias. Cristóvão Colombo foi o primeiro europeu a visitar as Islas de la Bahía, na costa do país, desembarcando perto da atual cidade de Trujillo. Grande parte do país foi conquistado e colonizado pela Espanha no século XVI, que introduziu seu idioma, agora predominante, e muitos de seus costumes. Foi organizada como uma província do Reino de Guatemala e teve três capitais: Trujillo, Comayagua e, a partir de 1880, Tegucigalpa, que permanece até hoje. Tornou-se independente em 15 de setembro de 1821 e foi uma república desde o fim do domínio espanhol.

O território de Honduras é muito acidentado, formando-se por montanhas, planaltos, vales profundos e planícies extensas e férteis, atravessadas ??por rios navegáveis. Tudo isso contribui para a sua rica biodiversidade. Estima-se que existam cerca de 8.000 espécies de plantas, 250 répteis e anfíbios, mais de 70.015 espécies de aves e 110 espécies de mamíferos, distribuídos em diferentes regiões ecológicas em Honduras.

Registro Genealógico: Em 1965 o Registro genealógico foi fundado e englobou os países centro-americanos ( Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Costa Rica).

População: 7,8 milhões de habitantes passando para 13 milhões em 2050. População rural de 3,7 milhões devendo permanecer assim até 2050.

Rebanho: Rebanho total de 2,7 milhões de cabeças sendo que 30% das propriedades são menores que 10 hectares, 26% entre 10 a 50 hectares e 44% entre 50 a 1000 hectares. Raças presentes: Brahman, Gir , Indubrasil para cruzamento com Pardo Suiço, Holstein e Crioulo.

Produção: 58,6 mil toneladas de carne e 739,3 mil toneladas litros de leite.

Situação: Grande perspectiva de expansão para as raças zebuínas.

Nicarágua

Nicarágua

A Nicarágua é um país da América Central, limitado ao norte pelo Golfo de Fonseca (através do qual faz fronteira com El Salvador), Honduras, a leste pelo Mar das Caraíbas, através do qual faz fronteira com o território colombiano de San Andrés e Providencia, a sul com a Costa Rica e a oeste com o Oceano Pacífico. Sua capital é Manágua.

O Império Espanhol conquistou a região no século XVI. A Nicarágua alcançou sua independência da Espanha em 1821. Desde a sua independência, o país passou por períodos de instabilidade política, ditadura e crises que levaram à Revolução Sandinista de 1960 e 1970. A Nicarágua é uma república democrática representativa e tem experimentado um crescimento econômico e estabilidade política nos últimos anos.

O Zebu chegou ao país na década de 1940, vindo dos Estados Unidos. Os primeiros cruzamentos foram realizados com Zebu oriundos do Brasil (Guzerá Gir e Nelore). Mais de 80% das propriedades possuem animais de dupla aptidão.

Registro genealógico: Brahman ( 87,7%); Guzerá (0,04%) Gir ( 1,01%), Indubrasil ( 2,69%) Nelore ( 56%) Holstein ( 3,93%) Pardo Suíço ( 2,48%).

População: 5,8 milhões de habitantes alcançando até 2050 7,8 milhões . População rural de 2,5 milhões, caindo para 2,2 milhões em 2050.

Rebanho: O rebanho é de 3,7 milhões de cabeça distribuídos em 100mil propriedades representando 70% do território. Cerca de 1,8 milhões de cabeças estão em propriedades com menos de 100 hectares, portanto pertencentes a pequenos pecuaristas.

Produção: Carne 121 mil toneladas. Leite 753 mil toneladas

Situação: Atualmente exporta animais vivos para Venezuela e países vizinhos

 

 

Panamá

Panamá

Panamá, oficialmente República do Panamá, é o país mais meridional da América Central e de toda a América do Norte. Situado no istmo que liga as Américas do Norte e do Sul, o país faz fronteira com Costa Rica, a oeste; Colômbia, a sudeste; Caribe, ao norte, e com o Oceano Pacífico ao sul. A capital é a Cidade do Panamá.

A população do país é formada por uma maioria de mestiços de índios e europeus. O setor econômico mais importante é o de serviços, que abrange as atividades financeiras e as rendas obtidas com a zona de livre-comércio de Colón, a exploração do canal e o registro de navios mercantes.

Explorado e estabelecido pelos espanhóis no século XVI, o Panamá rompeu com o Império Espanhol em 1821 e juntou-se a união de Nova Granada, Equador e Venezuela, sob o nome da República da Grã-Colômbia. Quando a Grã-Colômbia foi dissolvida em 1831, o país e Nova Granada, que mais tarde se tornaria a Colômbia, permaneceram unidos. Com o apoio dos Estados Unidos, o Panamá se separou da Colômbia em 1903, permitindo que o Canal do Panamá fosse construído pelo Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos entre 1904 e 1914. Em 1977, foi assinado um acordo para a transferência completa do canal dos Estados Unidos para o Panamá até o final do século XX.9

A receita proveniente do canal representa hoje uma parcela significativa do PIB do país. O Panamá tem a segunda maior economia da América Central, além de ser a economia que mais cresce e o maior consumidor per capita da região. Em 2013, o país ficou em quinto lugar entre as nações da América Latina no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e na 59ª posição no mundo.Desde 2010, o Panamá continua como a segunda economia mais competitiva da América Latina de acordo com o Índice de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial. A selva do país é o lar de uma abundância de plantas, animais e pássaros tropicais, sendo muitos deles endêmicos da região.

População: 3,5 milhões de habitantes evoluindo para 5,2 milhões em 2050. A população rural é de 900 mil pessoas e cairá para 670 mil em 2050.

Rebanho: 1,7 milhões de cabeça nas mãos de 39.000 pecuaristas. Dos 170 mil litros de leite, 136 mil são de origem Zebu. O Panamá, México, Colômbia e Venezuela, são dos maiores compradores de sêmen de Zebu brasileiro, principalmente Gir Leiteiro e Guzerá Leiteiro.

Registro Genealógico: Realizado pela Asociación de Criadores de Cebú em Panamá (Cricepa) desde 1967. Recente convênio com Brasil pretende introduzir animais brasileiros das raças Guzerá, Sindi, Tabapuã e Gir Leiteiro.

Produção: carne: 79,3 mil toneladas. Leite: 197,9 mil toneladas.

Situação: Já existe um relacionamento comercial com o Brasil com tendências de grandes expansões

 

 

Argentina

América do Sul

Argentina

Em 1866 nasceu a Sociedade Rural Argentina (SRA), com o lema: "cultivar o solo é servir à Pátria". Em 1875 aconteceu a primeira Exposição organizada pela Sociedade Rural Argentina. Em 1880 foi introduzido o gado Holstein. Em 1920 entraram as raças Friburgo, Flamenco, etc. E, 1924, a Sociedade Rural Argentina adotou o nome "Holando Argentino" para as misturas de várias origens. Em algumas epidemias de carrapatos, a Argentina importou Zebu Brasileiro, corrigindo parte do gado, no início do século XX. Em 1941 aconteceu a primeira importação de gado Brahman dos Estados Unidos.

População: 40,4 milhões de habitantes devendo evoluir para 50,6 milhões em 2050.Cerca de 10% trabalham no campo. População rural de 3,1 milhões devendo cair para 2,4 milhões até 2050.

Rebanho: caiu de 61,0 milhões para 48,95 milhões em 2012.

Registro Genealógico: A Associación de Criadores de Brahman da Argentina é continuadora da Associación de Criadores de Cebú, fundada em 1954.

Produção: Carne: houve queda nas exportações e no consumo interno. Já foi de 3,5 milhões de toneladas e caiu para 2,63 milhões

Bolívia

Bolívia

Antes da colonização europeia, a região andina boliviana fazia parte do império Inca - o maior império da era pré-colombiana. O império Espanhol invadiu e conquistou essa região no século XVI. Durante a maior parte do período colonial espanhol, este território era chamado Alto Peru ou Charcas e encontrava-se sob a administração do Vice-Reino do Peru, que abrangia a maioria das colônias espanholas sul-americanas. Após declarar independência em 1809, dezesseis anos de guerras se seguiram antes do estabelecimento da república, instituída por Simón Bolívar, em 6 de agosto de 1825. Desde então, o país tem passado por períodos de instabilidade política, ditaduras e problemas econômicos.

A Bolívia é uma república democrática, dividida em nove departamentos. Geograficamente, possui duas regiões distintas, o altiplano a oeste e as planícies do leste, cuja parte norte pertence à bacia Amazônica e a parte sul à Bacia do Rio da Prata, da qual faz parte o Chaco boliviano. É um país em desenvolvimento, com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) médio e uma taxa de pobreza que atinge cerca de 60% da população. Dentre suas principais atividades econômicas, existe a agricultura, silvicultura, pesca, mineração, e bens de produção como tecidos, vestimentas, metais refinados e petróleo refinado. A Bolívia é muito rica em minerais, especialmente em estanho.

População: 6,6 milhões de habitantes que provavelmente evolua para 13,8 milhões em 2050. População rural de 3,4 milhões de habitantes com tendência de não alterar o número para 2050.

Rebanho: Total de 8,3 milhões de cabeça, aproximadamente 75% seja da raça Nelore. Outras raças existentes no país são Nelore Mocho, Brahman, Gir e Guzerá.

Registro Genealógico: A Asocebú ( Asociación Boliviana de Criadores de Cebú) foi fundada em 1975 e, desde 1999, é delegada do Ministério para o Registro.

Produção: Carne: 202,4 mil toneladas. Leite: 432,1 mil toneladas

Situação: o relacionamento comercial com o Brasil é cada vez mais forte e as raças zebuínas já possuem expressões fortes no país, com grande capacidade de expansão cada vez maiores.

 

Colômbia

Colômbia

Em 1913 o alemão Adolf Held importou um touro da Índia para sua fazenda em Zambrano. Juntamente com Augsuto Tietjen, em 1927, importou do Brasil 4 vacas registradas e o touro "Palomo" (Nelore). Em 1956 já possuía mais de 15.000 animais puros e mestiços. Em 1939 foi realizada a primeira importação de Brahman dos Estados Unidos. A pecuária ganhou impulso com o Zebu e, em 1946, surgiu a Asocebú (Asociación Colombiana de Criadores de Ganado Cebú). As mais recentes tecnologias reprodutivas e de informação deram excelente resultado, convertendo a pecuária de Zebu em verdadeiro orgulho nacional.

População: 34,7 milhões de habitantes podendo aumentar para 51,9 milhões em 2050. Rural: 11,6 milhões caindo para 9,8 em 2050.

Rebanho: 27,8 milhões de cabeças. Cerca de 95% é Zebu ou com traços de genéticos. O Brahman colombiano é apontado com o de melhor qualidade mundial, reconhecido pela Austrália, Brasil, Estados Unidos, Equador, Venezuela e Panamá. A seguir estão as raças Gir e Guzerá. O Nelore é pouco utilizado. O Indubrasil está sendo introduzido no momento r por último o Brhaman vermelho.

Registros Genealógicos: A Asocebú é a maior do mundo em registro de Brahman.

Produção: carne 930 mil toneladas. Leite: 7,5 milhões de toneladas

Situação: grande potencial de exportação

Equador

Equador

Equador (em espanhol: Ecuador), oficialmente República do Equador (em espanhol: República del Ecuador) é uma república democrática representativa localizada na América do Sul limitada a norte pela Colômbia, a leste e sul pelo Peru e a oeste pelo Oceano Pacífico. É um dos dois países da região que não tem fronteiras comuns com o Brasil, além do Chile. Além do território continental, o Equador possui também as ilhas Galápagos, a cerca de 1000 km do território continental, sendo o país mais próximo daquelas ilhas. Seu território de 256 370 km² é cortado ao meio pela imaginária Linha do Equador.

A principal língua falada no país é o espanhol (94% da população). Entre os idiomas oficiais em comunidades nativas estão quíchua, shuar e onze outros idiomas. A sua capital é a cidade de Quito, que foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1970, por ter o centro histórico mais bem preservado e menos alterado da América Latina. A maior cidade equatoriana, no entanto, é Guayaquil. O centro histórico de Cuenca, a terceira maior cidade do país, foi declarado Patrimônio Mundial em 1999, como um exemplo notável de uma cidade planejada, de estilo espanhol colonial, no interior da América.

O país é o lar de uma grande variedade de espécies endêmicas, muitos delas nas Ilhas Galápagos desses. Esta diversidade de espécies faz do Equador um dos dezessete países megadiversos do mundo, sendo considerado o país de maior biodiversidade do mundo por unidade de área. A nova constituição de 2008 é a primeira no mundo a reconhecer legalmente os direitos da natureza, ou dos ecossistemas.

O Equador é uma república presidencial. Tornou-se independente em 1830, depois de ter feito parte do império colonial espanhol e, por um tempo muito mais curto, da República da Grã-Colômbia. O país tem renda média, com um índice de desenvolvimento humano (IDH) de 0,724 (2012), pontuação considerada elevada pelas Nações Unidas.

População: 9,8 milhões aumentando para 15,9 milhões em 2050. Rural 4,8 milhões, caindo para 3,6 milhões em 2050.

Rebanho: Total de 5,4 milhões de cabeças.

Registro genealógico: A Asociación de Ganaderos del Litoral y Glápagos (AGLYG) foi fundada em 1943 e já realizou 65 exposições.

Produção: carne: 237,8 mil toneladas. Leite: 5,72 milhões de toneladas.

Paraguai

Paraguai

Os nativos guaranis viviam no atual território paraguaio por pelo menos um milênio antes dos espanhóis conquistaram o território no século XVI. Os colonizadores espanhóis e missões jesuíticas introduziram o cristianismo e a cultura espanhola para a colônia. O Paraguai estava na periferia do Império Espanhol, com poucos centros urbanos e uma população escassa. Após a independência da Espanha em 1811, o país foi governado por uma série de ditadores que implementaram políticas isolacionistas e protecionistas. Este desenvolvimento foi truncado pela desastrosa Guerra do Paraguai (1864-1870), no qual o país perdeu entre 60 e 70 por cento da sua população, por conta de da guerra e de doenças, e perdeu cerca de 140.000 quilômetros quadrados do seu território para a Argentina e o Brasil. No século XX, o Paraguai sofreu uma sucessão de governos autoritários, culminando no regime de Alfredo Stroessner, que liderou a mais longa ditadura militar da América do Sul, de 1954 a 1989. Ele foi derrubado durante um golpe militar interno e eleições multipartidárias livres foram organizados e realizadas pela primeira vez em 1993. Um ano depois, o Paraguai se juntou a Argentina, Brasil e Uruguai para fundar o Mercosul, uma colaboração econômica e política regional.

O Paraguai é um dos países mais pobres e isoladas da região, embora desde a virada do século XXI tenha experimentado um rápido crescimento econômico. Em 2010, sua economia cresceu 14,5 por cento, a maior expansão econômica da América Latina e a terceira mais rápido do mundo (depois de Qatar e Singapura). Em 2011, o crescimento econômico desacelerou para 6,4%, mas manteve-se superior à média global. No entanto, a desigualdade de renda e o subdesenvolvimento permanecem generalizados. A dependência econômica do setor primário torna o país dependente do clima como, por exemplo, em 2009 e 2012, quando a economia registrou um crescimento negativo devido a condições climáticas adversas. O índice de desenvolvimento humano (IDH) do país é 0,669, um dos mais baixos da América do Sul e ainda menor que o da Bolívia.

População: 4,1 milhões devendo chegar até 2050 a 8,1 milhões. Rural: 2,6 milhões caindo para 2, 3 milhões em 2050. Cerca de 300 mil pessoas trabalham na cadeia industrial da carne e 1,7 milhão no campo.

Produção: Carne: 385 mil toneladas. Leite: 396,3 mil toneladas.

Situação: grande produtor e exportado de carne

Venezuela

Venezuela

A Venezuela, oficialmente República Bolivariana da Venezuela (em espanhol: República Bolivariana de Venezuela), é um país tropical, na costa norte da América do Sul. O país possui várias ilhas fora de seu território continental situadas em sua costa no mar do Caribe ou mar das Caraíbas. A república é uma antiga colônia espanhola que conquistou a sua independência em 1821.

A introdução de dois touros Zebus em 1920 representou a mudança da pecuária no país. Entre 1954 a 1963 entraram 17.000 cabeças de Brahman norte-americano para cruzamento com o Crioulo. Em 1960 surgiu a Associação Venezuelana de Criadores de Gado Zebu ( Asocebú), aliança com a Universidade del Zulia para divulgar cruzamentos com o gado Zebu, por meio de Jornadas Internacionais.

População: 27,1 milhões e chegará aos seus 40,3 milhões em 2050. Rural: 1,8 milhões diminuindo para 1,5 milhões em 2050

Rebanho: 16, 9 milhões de cabeças

Produção: carne: 466,3 mil toneladas. Leite: 2,3 milhões de toneladas.

Etiópia

África Oriental

Etiópia

A Etiópia , oficialmente República Democrática Federal da Etiópia é um país encravado no Chifre da África, um dos países mais antigos do mundo. É a segunda nação mais populosa da África e a décima maior em área. O país faz fronteira com o Sudão e com o Sudão do Sul a oeste, Djibuti e Eritreia ao norte, Somália ao leste, e Quênia ao sul. Sua capital é a cidade de Adis Abeba.

Considerando que a maioria dos Estados africanos têm muito menos de um século de idade, a Etiópia foi um país independente continuadamente desde tempos passados. Um Estado monárquico que ocupou a maioria de sua história, a Dinastia Etíope, tem suas raízes no século X a.C. Quando o continente africano foi dividido entre as potências europeias na Conferência de Berlim, a Etiópia foi um dos dois únicos países que mantiveram sua independência. A nação foi uma dos apenas três membros africanos da Liga das Nações, e após um breve período de ocupação italiana, o país tornou-se membro das Nações Unidas. Quando as outras nações africanas receberam sua independência após a Segunda Guerra Mundial, muitas deles adotaram cores da bandeira da Etiópia, e Addis Ababa tornou-se a sede de várias organizações internacionais focadas na África. Em 1974, a dinastia, liderada por Haile Selassie, foi deposta. Desde então, a Etiópia foi um Estado secular com variação nos sistemas governamentais. Hoje, Addis Abeba ainda é sede da União Africana e da Comissão Econômica das Nações Unidas para a África.

Além de ser um país antigo, a Etiópia é um dos sítios de existência humana mais antigos conhecidos por cientistas de hoje em dia que estudam os traços mais antigos da humanidade; podendo potencialmente ser o lugar em que o homo sapiens se originou. A Etiópia divide com a África do Sul o posto de maior número de Patrimônios Mundiais da UNESCO na África (oito, cada país). O país também tem laços históricos próximos com as três maiores religiões abraâmicas do mundo. A Etiópia foi um dos primeiros países cristãos no mundo, tendo oficialmente adotado-o como religião do Estado no século IV. O país ainda tem maioria cristã, porém um terço da população é muçulmana. A Etiópia é o sítio do primeiro Hégira na história islâmica e da mais antiga população muçulmana na África, em Negash. A nação também é o berço espiritual da religião Rastafari. Até os anos 1980, uma população significativa de judeus etíopes residiram na Etiópia. Além disso, o país tem, ao todo, cerca de 80 grupos étnicos diferentes hoje em dia, com o maior sendo o Oromo, seguido pelos Amhara, ambos os quais falam línguas afro-asiáticas. O país também é famoso pelas suas igrejas talhadas em pedras e como lugar onde o grão de café se originou.

No período após a queda da monarquia, a Etiópia transformou-se em um dos países mais pobres do globo e sofreu uma série trágica de períodos de fome na década de 1980, resultando em milhões de mortes. Lentamente, no entanto, o país começou a se recuperar, e hoje a economia etíope é uma das que mais crescem na África.

 

População - Urbana: 13,9 milhões, evoluindo para 51,6 milhões em 2050. Rural: 69,1 milhões, evoluindo para 93,6 milhões em 2050.

Rebanho - 53,4 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 373,2 mil toneladas. Leite: 1, 75 milhão de toneladas.

 

Kenya

Kenya

Quénia ou Quênia (em suaíli e inglês Kenya), oficialmente República do Quénia, é um país da África Oriental, limitado a norte pelo Sudão do Sul e pela Etiópia, a leste pela Somália e pelo oceano Índico, a sul pela Tanzânia e a oeste pelo Uganda.

A capital e cidade mais populosa é Nairobi. O país situa-se na linha do equador. A área do Quênia abrange 581 309 km² e o país tem uma população de cerca de 44,1 milhões de habitantes, de acordo com estimativas de 2013. Seu nome origina-se do Monte Quênia, seu ponto geográfico mais elevado e a segunda montanha mais alta da África.

O país tem um clima quente e úmido ao longo de sua costa no Oceano Índico, com fauna rica em savana e gramados do interior para a capital. Nairóbi tem um clima frio que vai decrescendo ao ir se aproximando do Monte Quênia, que tem três picos permanentemente cobertos de neve. Mais para o interior há um clima quente e úmido em torno do Lago Vitória, e áreas florestais e montanhosas de clima temperado na região oeste. As regiões do nordeste ao longo da fronteira com a Somália e Etiópia são regiões áridas e semi-áridas com paisagens quase desérticas. O Lago Vitória, o segundo maior lago de água doce do mundo e maior lago tropical do mundo, situa-se a sudoeste do país e é compartilhado com a Uganda e Tanzânia. O Quênia é famoso por suas safaris e diversas reservas de vida selvagem e parques nacionais, como o Parque Nacional de Tsavo-Oeste, o Masai Mara,o Lago Nakuru e o Parque Nacional Aberdares. Existem vários sítios de património mundial como Lamu, e praias de renome mundial, tais como Kilifi, onde são realizadas competições de iatismo internacional a cada ano.

A região dos Grandes Lagos Africanos, do qual o Quênia faz parte, tem sido habitada por humanos desde o período Paleolítico Inferior. A expansão Bantu chegou à área da África Ocidental-Central no primeiro milênio d.C, e as fronteiras do Estado moderno do Quênia compreendem áreas do continente etno-linguísticas, de línguas nigero-congolesas, Nilo-saarianas e Afro-asiáticas, tornando o Quênia um país multicultural. A presença europeia e árabe em Mombaça remontam ao início do período moderno, mas a exploração europeia no interior do país iniciou-se apenas no século XIX. O Império Britânico estabeleceu o protetorado da África Oriental Britânica em 1895, conhecida desde 1920 como a Colônia Quênia. A República do Quénia tornou-se independente em dezembro de 1963. Por um referendo em agosto de 2010, e a adoção de uma nova Constituição, o Quénia está agora dividido em 47 condados semiautônomos, governados por governadores eleitos.

A capital, Nairobi, é um centro comercial regional. A economia do Quênia é a maior da África Oriental e Central. A agricultura é um grande empregador e o país tradicionalmente exporta chá e café, e, mais recentemente, flores frescas para a Europa. O setor de serviços é um dos principais motores da economia. O Quênia é membro da Organização das Nações Unidas (ONU), da União Africana (UA) e da Comunidade da África Oriental (CAO).

População - Urbana: 9,6 milhões, evoluindo para 44,3 milhões em 2050. Rural: 31,0 milhões, passando para 52,6 milhões em 2050.

Rebanho - 17,8 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 462,0 mil toneladas. Leite 57,4 mil toneladas.

 

Madagascar

Madagascar

Madagáscar ou Madagascar , oficialmente República de Madagásca ou de Madagascar (francês: République de Madagascar) e anteriormente conhecida como a República Malgaxe, é um país insular no Oceano Índico, ao largo da costa sudeste da África. A nação compreende a ilha de Madagascar (de longe a maior ilha da África e quarta maior do mundo), bem como numerosas ilhas periféricas menores. Após o desmembramento pré-histórico do supercontinente Gondwana, Madagascar se desmembrou da Índia cerca de 88 milhões de anos atrás, permitindo que plantas e animais nativos a evoluir em relativo isolamento. Consequentemente, Madagascar é um hotspot da biodiversidade; mais de 90 por cento de sua vida selvagem é encontrada em nenhum outro lugar na Terra. Diversos ecossistemas da ilha e vida selvagem única estão ameaçados pelo avanço do rápido crescimento da população humana, bem como o recém-descoberto sapo-cururu relativa, que, segundo os pesquisadores, "poderia causar estragos na biodiversidade única de Madagascar".

Assentamento humano inicial de Madagascar ocorreu entre 350 a.C. e 550 d.C. por povos austronésios que chegam em canoas de Bornéu. Estes juntaram-se em torno de 1000 d.C. por imigrantes bantos que cruzam o Canal de Moçambique. Outros grupos continuaram a se estabelecer em Madagascar ao longo do tempo, cada um fazendo contribuições duradouras para a vida cultural malgaxe. O grupo étnico malgaxe é frequentemente dividida em dezoito ou mais subgrupos dos quais os maiores são o merina do planalto central.

Até o final do século XVIII, a ilha de Madagascar foi governado por uma variedade fragmentada de mudança de alianças sócio-políticas. A partir do início do século XIX, a maior parte da ilha foi unida e governou como o Reino de Madagascar por uma série de nobres de Merina. A monarquia entrou em colapso em 1897, quando a ilha foi absorvido pelo império colonial francês, a partir do qual a ilha se tornou independente em 1960. O estado autônomo de Madagascar desde então passou por quatro grandes períodos constitucionais, denominadas repúblicas. Desde 1992, o país foi oficialmente governada como uma democracia constitucional a partir de sua capital em Antananarivo. No entanto, em um levante popular em 2009, o último presidente eleito Marc Ravalomanana foi demitido e o poder presidencial foi transferido em março de 2009 para Andry Rajoelina, em um movimento amplamente visto pela comunidade internacional como um golpe de Estado.

Em 2012, a população de Madagascar foi estimada em pouco mais de 22 milhões, 90 por cento dos quais vivem com menos de dois dólares por dia. Malgaxe e francês são ambas as línguas oficiais do Estado. A maioria da população segue crenças tradicionais, o cristianismo, ou uma fusão de ambos. Ecoturismo e agricultura, emparelhado com maiores investimentos em educação, saúde e iniciativa privada, são elementos-chave da estratégia de desenvolvimento de Madagáscar. Sob Ravalomanana esses investimentos produziram um crescimento econômico substancial, mas os benefícios não foram uniformemente espalhados por toda a população, produzindo tensões sobre o aumento do custo de vida e declínio do nível de vida entre os pobres e alguns segmentos da classe média.

População - Urbana: 6,6 milhões, aumentando para 30,6 milhões em 2050. Rural: 14,1 milhões, aumentando para 22,9 milhões em 2050.

Rebanho - 9,9 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 150,4 mil toneladas. Leite 555,0 mil toneladas.

 

Moçambique

Moçambique

Moçambique, oficialmente República de Moçambique, é um país localizado no sudeste da África, banhado pelo Oceano Índico a leste e que faz fronteira com a Tanzânia ao norte; Malawi e Zâmbia a noroeste; Zimbabwe a oeste e Suazilândia e África do Sul a sudoeste. A capital e a maior cidade do país é Maputo (chamada de Lourenço Marques durante o domínio português).

Entre o primeiro e o quinto século d.C., povos bantos migraram de regiões do norte e oeste para essa região. Portos comerciais suaílis e, mais tarde, árabes, existiram no litoral moçambicano até a chegada dos europeus. A área foi reconhecida por Vasco da Gama em 1498 e em 1505 foi anexada pelo Império Português. Depois de mais de quatro séculos de domínio português, Moçambique tornou-se independente em 1975, transformando-se na República Popular de Moçambique pouco tempo depois. Após apenas dois anos de independência, o país mergulhou em uma guerra civil intensa e prolongada que durou de 1977 a 1992. Em 1994, o país realizou as suas primeiras eleições multipartidárias e manteve-se como uma república presidencial relativamente estável desde então.

Moçambique é dotado de ricos e extensos recursos naturais. A economia do país é baseada principalmente na agricultura, mas o sector industrial, principalmente na fabricação de alimentos, bebidas, produtos químicos, alumínio e petróleo, está crescendo. O sector de turismo do país também está em crescimento. A África do Sul é o principal parceiro comercial de Moçambique e a principal fonte de investimento directo estrangeiro. Portugal, Brasil, Espanha e Bélgica também estão entre os mais importantes parceiros económicos do país. Desde 2001, a taxa média de crescimento económico anual do PIB moçambicano tem sido uma das mais altas do mundo. No entanto, as taxas de PIB per capita, índice de desenvolvimento humano (IDH), desigualdade de renda e expectativa de vida de Moçambique ainda estão entre as piores do planeta.

A única língua oficial de Moçambique é o português, que é falado principalmente como segunda língua por cerca de metade da população. Entre as línguas nativas mais comuns estão o macua, o tsonga e o sena. A população de cerca de 24 milhões de pessoas é composta predominantemente por povos bantos. A religião mais popular em Moçambique é o cristianismo, mas há uma presença significativa de seguidores do islamismo. O país é membro da União Africana, da Commonwealth Britânica, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da União Latina, da Organização da Conferência Islâmica, da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral e da Organização Internacional da Francofonia.

 

População - Urbana: 7, 2 milhões, aumentando para 23, 3 milhões em 2050. Rural: 16, 2 milhões, aumentando para 25, 0 milhões em 2050.

Rebanho - 1, 25 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 18, 9 mil toneladas. Leite: 75, 7 mil toneladas.

Brasil - Moçambique - Em 2011, o Governo estudava a colocação de 6,0 milhões de hectares à disposição dos brasileiros (em Niassa, Cabo Delgado, Nampula e Zambézia), por 50 anos, renováveis por mais 50 anos, renováveis por mais 50, mediante pagamento anual de R$ 21,00 por hectares. O Contrato diz que 90% de mão - de - obra deve ser comercializada no mercado interno da África. Usinas de açúcar e empresários rurais brasileiros estão iniciando as atividades em Moçambique.

 

Sudão

Sudão

O Sudão, oficialmente República do Sudão ( em inglês: Republic of the Sudan), é um país africano, limitado a norte pelo Egito, a leste pelo Mar Vermelho, por onde faz fronteira com a Arábia Saudita, pela Eritreia e pela Etiópia, a sul pelo Sudão do Sul e a oeste pela República Centro-Africana, Chade e Líbia. O Rio Nilo divide o país em duas metades: a oriental e a ocidental. Sua religião predominante é o islamismo. Quase um quinto da população do Sudão vive abaixo da linha internacional de pobreza, vivendo com menos de U$ 1,25 por dia.

Até 2011, o Sudão era o maior país da África e do Mundo árabe, quando o Sudão do Sul se separou em um país independente, após um referendo sobre a independência. O Sudão é hoje o terceiro maior país da África (após a Argélia e a República Democrática do Congo) e também o terceiro maior país do mundo árabe (depois da Argélia e Arábia Saudita). Sua área consiste em 1.886.068 km².

A nação é membro da Organização das Nações Unidas, União Africana, Liga Árabe, Organização da Conferência Islâmica e do Movimento de Países Não-Alinhados, bem como um observador na Organização Mundial do Comércio. Sua capital é Cartum, o centro político, cultural e comercial da nação. É uma República federal presidencial democrática e representativa. As políticas do Sudão são reguladas pela Assembleia Nacional. O sistema legal sudanês é baseado na lei islâmica.

Grande parte da história do Sudão é marcada por conflitos étnicos, além de um conflito interno em andamento e duas guerras civis, entre 1955 e 1972 e 1983 e 2005, na região de Darfur. Há inúmeros casos de limpeza étnica e escravidão no país. O Índice de Percepção da Corrupção indicou o Sudão como o quarto país mais corrupto do mundo. De acordo com o Índice Global da Fome de 2013, o Sudão tem um valor indicador GHI de 27,0, indicando que o país tem um "estado alarmante de situação de fome", fazenda desta a quinta nação mais faminta do mundo. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), de 0,414, o classifica como um dos mais baixos níveis de desenvolvimento humano no mundo.

População - Urbana: 11, 1 milhões, aumentando para 34, 7 milhões em 2050. Rural: 22, 5 milhões, aumentando para 33, 7 milhões em 2050.

Rebanho: 41, 8 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 1, 25 milhão toneladas. Leite: 7, 8 milhão toneladas.

Geografia - Embora estejam no deserto do Saara, o rio Nilo (branco e azul) permite boas condições de vida para as populações do Egito e do Sudão.

 

 

 

 

Tânzania

Tanzânia

A Tanzânia é o lar de alguns dos mais antigos assentamentos humanos, com fósseis dos primeiros seres humanos, encontrados próximos da Garganta de Olduvai, no norte da Tanzânia, uma área muitas vezes referida como "o berço da Humanidade". Estes incluem ossos fósseis de Paranthropus que se pensa ter mais de 2 milhões de anos, e as pegadas mais antigas conhecidas.

A Tanzânia foi uma colônia alemã desde a década de 1880 até 1919. Foi colônia britânica entre 1919 e 1961. Pouco depois da independência, Tanganica e Zanzibar fundiram-se para criar a nação da Tanzânia, a 26 de Abril de 1964. O regime de partido único chegou ao fim em 1995, ano em que se realizaram as primeiras eleições democráticas no país desde a década de 1970.

População - Urbana: 11,8 milhões, aumentando para 69,1 milhões em 2050. Rural: 33,1 milhões, aumentando para 69,2 milhões em 2050.

Rebanho - 19,2 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 291,6 mil toneladas. Leite: 1,76 milhão toneladas.

Uganda

Uganda

O rico planalto entre os dois ramos do Vale do Rift foi habitado por bantus e nilotas desde tempos imemoriais e, quando os árabes e europeus ali chegaram, no século XIX, encontraram vários reinos, aparentemente fundados no século XVI, o maior e mais importante dos quais era o ainda existente Buganda. Esta área foi, em 1888, concedida à Companhia Britânica da África Oriental e, em 1894, o reino do Buganda tornou-se um protectorado do Reino Unido.

Realizaram-se eleições a 1 de Março de 1961 e Benedicto Kiwanuka tornou-se Ministro-Chefe (similar ao Primeiro Ministro Britânico, porém, totalmente dependente da Coroa) de Uganda, ainda como uma commonwealth e tornou-se independente em 9 de Outubro de 1962.

Nos anos seguintes, verificou-se uma luta política entre os apoiantes de um estado centralizado, em vez da federação vigente baseada nos reinos. Como resultado, em Fevereiro de 1966, o então Primeiro Ministro Apollo Milton Obote suspendeu a constituição, assumiu todos os poderes e depôs o Presidente e o Vice-Presidente. Em Setembro de 1967, uma nova constituição proclamou o Uganda como uma república, deu ao presidente poderes adicionais e aboliu os reinos tradicionais.

Em 1971, Idi Amin tomou o poder num golpe de estado e dirigiu o país como um ditador durante quase uma década, expulsou os residentes de origem indiana e promoveu o assassinato de um número estimado em cerca de 300 000 ugandeses. O seu regime terminou com a invasão de um exército de rebeldes, apoiados pela Tanzânia em 1979 e multidões de ugandeses jubilantes, encheram as ruas para comemorar.

Depois deste contra-golpe, a Frente Nacional de Libertação de Uganda formou um governo interino, com Yusuf Lule como presidente, que adoptou um sistema ministerial de administração e criou um órgão quase parlamentar, a Comissão Consultiva Nacional (NCC), mas este órgão e o gabinete de Lule tinham visões políticas diferentes e, em Junho de 1979, o NCC substituiu Lule por Godfrey Binaisa. A disputa continuou sobre os poderes do presidente interino, Binaisa foi afastado em maio de 1980 e Uganda passou a ser governado por uma comissão militar dirigida por Paulo Muwanga.

Em Dezembro de 1980, foram realizadas eleições, que levaram de novo à presidência Obote, que era vice-presidente de Muwanga. No período que se seguiu, as forças de segurança estabeleceram um dos piores recordes de violações direitos humanos do mundo. Nos seus esforços para terminar com uma rebelião liderada por Yoweri Museveni e o seu Exército de Resistência Nacional ("National Resistance Army" ou NRA), eles praticamente destruíram uma parte substancial do país, especialmente na área de Luwero, a norte de Kampala.

Em 27 de Julho de 1985, uma brigada do exército composta por acholi (uma das etnias do Uganda) e comandada pelo Brigadeiro Bazilio Olara Okello e o General-de-Exército Tito Okello (não são parentes) tomou Kampala e proclamou novamente um governo militar.

Obote exilou-se na Zâmbia e o novo regime, dirigido pelo anterior comandante das forças de defesa, o General Tito Okello, iniciou negociações com Museveni, prometendo melhorar o respeito pelos direitos humanos, acabar com os conflitos entre tribos e organizar eleições livres e justas. No entanto, os massacres continuaram, uma vez que Okello tentava destruir o NRA e seus apoiantes.

Apesar de negociações em Nairobi, sob a mediação do Presidente queniano Daniel Arap Moi, terem chegado a um acordo de cessar-fogo, o NRA continuou a lutar e, em Janeiro de 1986, capturou Kampala, forcando as forças de Okello a fugirem para o Sudão e colocando Museveni como presidente. Este acabou com os abusos aos direitos humanos, iniciou uma política de liberalização e de liberdade de imprensa e estabeleceu acordos com o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e com vários países.

Museveni foi democraticamente eleito em 1996, quando concorreu contra Paul Ssemogere, líder do Partido Democrático, tendo recebido 75% dos votos.

População - Urbana: 5,07 milhões, aumentando para 34,8 milhões em 2050. Rural: 28,4 milhões, aumentando para 59,4 milhões em 2050.

Rebanho - 7,7 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 129,6 mil toneladas. Leite: 1,19 milhão toneladas.

 

 

 

Zambia

Zâmbia

A região onde hoje se situa o território zambiano recebeu influência ocidental em meados do século XIX, primeiramente com os portugueses, que queriam que o atual território zambiano fosse integrado as suas possessões de Angola e Moçambique. Contudo, devido à pressão britânica, os planos lusitanos foram cancelados. Então, com isso a chegada de missionários e exploradores britânicos, como David Livingstone e Cecil Rhodes a presença inglesa foi garantida. Este obtém licença para a exploração mineral no território, onde, em 1888, são fundadas as colônias britânicas da Rodésia do Norte (correspondente à Zâmbia de hoje) e da Rodésia do Sul (hoje o Zimbabwe). A Rodésia do Norte é administrada pela Companhia Britânica da África do Sul até 1924, quando passa a ser um protetorado do Reino Unido.Colonos britânicos instalam-se no período anterior à Segunda Guerra Mundial. Em 1960, a minoria branca chega a cerca de 5% da população. Em 1953, as duas Rodésias fundem-se com a colônia britânica de Niassalândia (atual Malauí) e formam a Federação da Rodésia e Niassalândia, sob a tutela britânica.

Em 1963, a federação é dissolvida. No ano seguinte, a Rodésia do Norte torna-se independente com o nome de Zâmbia, sob a presidência de Kenneth Kaunda, da União Nacional da Independência (o partido único). Kaunda convence os colonos brancos a não emigrar, como ocorrera na maior parte das ex-colônias europeias na África. Em 1973, o país fecha as fronteiras com a Rodésia do Sul, em protesto contra o regime racista de Ian Smith. Em 1979, comandos da Rodésia destroem em Lusaka o quartel-general do movimento guerrilheiro União Africana do Povo do Zimbábue (Zapu), que combate o regime branco rodesiano com o apoio do governo zambiano. Em 1982, as medidas de austeridade econômica levam a uma greve geral contra Kaunda. A crise agrava-se com a queda internacional do preço do cobre.

Kaunda é reeleito várias vezes e fica na Presidência até 1991. Durante o seu governo, em 1987, o país rompe com o FMI. O agravamento da crise econômica obriga Kaunda a fazer concessões políticas. As eleições de 1991 resultam na vitória do Movimento pela Democracia Multipartidária (MMD), cujo líder, Frederick Chiluba, se torna presidente. O novo governo, porém, não consegue resolver a crise.

Em 1993, Chiluba decreta o estado de emergência (revogado no final do ano) para conter uma campanha de desobediência civil dos partidários de Kaunda contra as reformas estruturais. Um acordo com o FMI, em 1993, leva à privatização de estatais, ao aumento do desemprego e à insatisfação popular.

Em 1994, Chiluba faz uma troca de dez de seus ministros, acusados de tráfico de drogas. Em maio de 1996 apóia emenda constitucional determinando que só zambianos de mais de duas gerações podem concorrer à Presidência. A emenda é inserida para impedir a candidatura do ex-presidente Kaunda, filho de malauianos. Em novembro, Chiluba é reeleito.

Em 1997, o governo debela uma tentativa de golpe de Estado liderada por militares rebeldes e decreta estado de emergência (suspenso em março de 1998). O ex-presidente Kenneth Kaunda, detido sob acusação de participar do golpe, é libertado em junho de 1998.

População - Urbana: 5,1 milhões, aumentando para 27,0 milhões em 2050. Rural: 8,02 milhões, aumentando para 18,2 milhões em 2050.

Rebanho - 3,0 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 60,8 mil toneladas. Leite: 88,5 mil toneladas.

 

Chade

Chade

Chade, também chamado de Tchade ou Tchad,oficialmente República do Chade é um país sem acesso ao mar, localizado no centro-norte da África. Faz fronteira com a Líbia a norte, com o Sudão a leste, com a República Centro-Africana a sul, com Camarões e Nigéria a sudoeste e com o Níger a oeste. Encontra-se dividido em três grandes regiões geográficas: a zona desértica no norte, o cinturão árido do Sahel no centro e a savana sudanesa fértil no sul. O Lago Chade, do qual o país obteve o seu nome, é o segundo maior corpo de água da África e o maior do país. O ponto mais alto do Chade é o Emi Koussi no Deserto do Saara. Sua capital e cidade mais populosa é N'Djamena. O país abriga mais de duzentas etnias. Os idiomas oficiais são o árabe e o francês, enquanto as religiões oficiais são o islã e o cristianismo.

A princípios do sétimo milênio antes do nascimento de Cristo, populações numerosas ocuparam o território chadiano. Em finais do primeiro milênio antes de Cristo, vários estados e impérios desapareceram na zona central do país, todos eles dedicados a controlar as rotas do comércio transaariano que cruzavam a região. No século XIX, com a Conferência de Berlim, a França conquistou e colonizou este território e o incorporou à África Equatorial Francesa. Em 11 de agosto de 1960, a independência foi proclamada, pela liderança de François Tombalbaye. Em 1965, revoltas contra a política do país fizeram com que os muçulmanos da região norte entrassem em uma guerra civil. Assim, em 1979, rebeldes tomam a capital do país e puseram fim à hegemonia dos cristãos da região sul. Entretanto, comandantes rebeldes permaneceram em conflito constante até Hissène Habré se impor ante seus riviais, mas em 1990 Idriss Déby derrotou-o. Recentemente, o conflito de Darfur no Sudão atravessou a fronteira e gerou o conflito entre Chade e Sudão, com centenas e milhares de refugiados vivendo em acampamentos no leste do país.

Enquanto existem vários partidos políticos ativos no país, o poder recai firmemente nas mãos do presidente Déby e seu partido, o Movimento Patriótico de Salvação. No Chade ainda ocorre violência política e frequentes golpes de estado. Atualmente, o Chade é um dos países mais pobres e com maior índice de corrupção no mundo. A maioria de sua população vive abaixo da linha de pobreza. Desde 2009, o petróleo passou a ser a maior fonte exportações no país, sobrepassando a tradicional indústria de algodão.

População - Urbana: 2,4 milhões, aumentando para 8,7 milhões em 2050. Rural: 8,02 milhões, aumentando para 8,8 milhões em 2050.

Rebanho - 7,4 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 94, 8 mil toneladas. Leite: 271, 8 mil toneladas.

 

 

Angola

Angola

Angola, oficialmente República de Angola, é um país da costa ocidental de África, cujo território principal é limitado a norte e a nordeste pela República Democrática do Congo, a leste pela Zâmbia, a sul pela Namíbia e a oeste pelo Oceano Atlântico. Inclui também o exclave de Cabinda, através do qual faz fronteira com a República do Congo, a norte. Para além dos vizinhos já mencionados, Angola é o país mais próximo da colónia britânica de Santa Helena.

Os portugueses estiveram presentes em alguns pontos no que é hoje o território de Angola desde o século XV, interagindo de diversas maneiras com os povos nativos, principalmente com aqueles que moravam no litoral. A presença portuguesa na região iniciou-se no século XV, mas a delimitação do território apenas aconteceu no início do século XX. O primeiro europeu a chegar a Angola foi o explorador português Diogo Cão. Angola foi uma colónia portuguesa que apenas abrangeu o actual território do país no século XIX e a "ocupação efectiva", como determinado pela Conferência de Berlim em 1884, aconteceu apenas na década de 1920, após a resistência dos povos bundas e o sequestro de seu chefe, Mwene Mbandu Kapova.

A independência do domínio português foi alcançada em 1975, depois de uma longa guerra de libertação. Após a independência, Angola foi palco de uma intensa guerra civil de 1975 a 2002, maioritariamente entre o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). Apesar do conflito interno, áreas como a Baixa de Cassanje mantiveram activos seus sistemas monárquicos regionais. No ano de 2000 foi assinado um acordo de paz com a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), uma frente de guerrilha que luta pela secessão de Cabinda e que ainda se encontra activa. É da região de Cabinda que sai aproximadamente 65% do petróleo de Angola.

O país tem vastas reservas minerais e de petróleo e sua economia tem crescido em média a um ritmo de dois dígitos desde 1990, especialmente desde o fim da guerra civil. Apesar disso, os padrões de vida angolanos continuam baixos para a maioria da população e as taxas de expectativa de vida e mortalidade infantil no país continuam entre os piores do mundo. Angola é considerada economicamente desigual, visto que a maioria da riqueza do país está concentrada em um setor desproporcionalmente pequeno da população.

População - Urbana: 11,1 milhões, aumentando para 33,0 milhões em 2050. Rural: 7,9 milhões, aumentando para 9, 33 milhões em 2050.

Rebanho - 5,2 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 105,5 mil toneladas. Leite: 183,8 mil toneladas.

 

Camarões

Camarões

Camarões, oficialmente a República dos Camarões (francês: République du Cameroun), é um país da região ocidental da África Central. Faz fronteira com a Nigéria a oeste; Chade a nordeste; República Centro-Africana a leste; e Guiné Equatorial, Gabão e República do Congo, ao sul. O litoral dos Camarões encontra-se no Golfo do Biafra, parte do Golfo da Guiné e do Oceano Atlântico. O país é muitas vezes referida como "África em miniatura ", pela sua diversidade geológica e cultural. Recursos naturais incluem praias, desertos, montanhas, florestas tropicais e savanas. O ponto mais alto é o Monte Camarões no sudoeste, e as cidades mais populosas são Douala, Yaoundé e Garoua. Camarões é o lar de mais de 200 grupos linguísticos diferentes. O país é conhecido por seus estilos musicais nativos, especialmente makossa e bikutsi, e para a sua bem-sucedida seleção nacional de futebol. Francês e inglês são as línguas oficiais.

Os antigos habitantes do território incluíram a civilização Sao em torno do Lago Chade e os caçadores-coletores Baka nas florestas tropicais do sudeste. Exploradores portugueses chegaram ao litoral no século XV e nomeou a área de Rio dos Camarões, que se tornou Cameroon em Inglês. Os soldados Fulani fundaram o Emirado Adamawa, no norte, durante o século XIX, e vários grupos étnicos do oeste e noroeste estabeleceram tribos poderosas e fondoms. Camarões foi elevado à categoria de colônia alemã em 1884 conhecido como "Kamerun" .

Após a Primeira Guerra Mundial, o território foi dividido entre a França e a Grã-Bretanha como mandatos da Liga das Nações. A Union des Populations du Cameroun (UPC) é um partido político que defendeu a independência, mas foi proibida pela França em 1950. O país travou uma guerra contra as forças militantes franceses e da UPC até 1971. Em 1960, a parte dos Camarões administrada pelos franceses tornou-se independente como a República dos Camarões sob o presidente Ahmadou Ahidjo. A parte sul dos Camarões Britânicos fundiu-se com o Camarões francês em 1961 para formar a República Federal dos Camarões. O país foi renomeado República Unida dos Camarões em 1972 e a República dos Camarões, em 1984.

Em comparação com outros países africanos, Camarões goza de estabilidade política e social relativamente alta. Isso permitiu o desenvolvimento da agricultura, estradas, ferrovias e grandes indústrias de petróleo e madeira. No entanto, um grande número de camaroneses vivem na pobreza como agricultores de subsistência. O poder está firmemente nas mãos do presidente autoritário a partir de 1982, Paul Biya, e do Movimento Democrático Popular dos Camarões. Os territórios anglófonos dos Camarões têm crescido cada vez mais alienado do governo, e os políticos daquelas regiões têm chamado para uma maior descentralização e mesmo a separação (por exemplo, o Conselho Nacional de Camarões do Sul) dos antigos territórios governados pelos britânicos.

População - Urbana: 10,1 milhões, aumentando para 27, 4 milhões em 2050. Rural 9, 5 milhões, aumentando para 11, 1 milhões em 2050.

Rebanho - 5, 7 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 124,0 mil toneladas. Leite: 241, 6 mil toneladas.

Tem 18, 5 milhões de habitantes. 4,9 milhões de bovinos; 7, 6 milhões de caprinos e ovinos. Capital: Yaoundé, com 1, 4 milhões de habitantes.

 

 

 

Congo

Congo, Rep. Democrática

O Congo obteve a sua independência da França em 15 de agosto de 1960. Seu primeiro presidente foi Fulbert Youlou, forçado a deixar o governo por uma revolta, em 1963. Assume então, a presidência Alphonse Massamba-Délbat que, em 1964, fundou um partido de índole marxista-leninista adotando uma economia planificada, de base socialista. A seguir, dá início a um "Plano Quinquenal" que levou a uma expansão inicial da agricultura e da indústria.

A tensão entre o governo e os militares cresce e, em 1968, o Exército dá um golpe-de-estado, liderado pelo major Marien Ngouabi, que assume o poder. Em dezembro de 1969, o presidente Ngouabi anuncia a nova República Popular durante a solenidade de fundação do "Partido Congolês dos Trabalhadores" (PCT), presidido por ele e dirigido por um comitê central composto de 30 membros. Em janeiro de 1970, o país passa a chamar-se República Popular do Congo, adota como símbolos nacionais A Internacional, uma bandeira vermelha, a foice e o machado emblemáticos dos países socialistas. O ex-Congo francês consolida seu regime ligado ao marxismo-leninismo, tornando-se o primeiro país comunista da África.3 Neste mesmo ano, o exército esmaga uma tentativa de golpe contra o presidente, liderada pelo ex-tenente paraquedista Pierre Xitonga, e executa todos os conspiradores, com exceção do ex-ministro da Defesa, Augustin Poignet, que consegue fugir. Aproveitando-se desta situação, dá início a um expurgo geral de todos os suspeitos de serem contrários ao seu governo.

O Partido Congolês do Trabalho (PCT) permanece como sendo o único legal e, em 1977, o presidente foi assassinado, assumindo o poder uma junta militar. Em 1979 passa à presidência o coronel Sassou-Nguesso, que exerce poderes ditatoriais até 1989, quando o colapso comunista do leste europeu o leva a anunciar reformas políticas e a transição para a economia de mercado. O governo mantém uma política internacional de neutralidade, relacionando-se tanto com o capitalismo como com o comunismo.

Em 1990, o PCT abandona o marxismo-leninismo. No ano seguinte, tropas cubanas estacionadas no país desde 1977, deixam o Congo. Em 1992 é votada a nova Constituição, onde está previsto um sistema político multipartidário.

Em 1993 milícias promovem ataques contra tropas do governo, cujo presidente é Pascal Lissouba. A situação persiste até 1995, com greves e motins. Sassiy-Nguesso dá um golpe de estado em 1997 apoiado por Angola (até então também em guerra civil). Em 1998 e 1999 tropas do novo governo e aliados enfrentam rebeldes orientados pelo antigo governo (Lissouba e Kolelas), deposto. Em 1999 é assinado cessar-fogo e chega ao fim a guerra civil. Na Justiça, Kolelas é condenado à morte. As perdas são estimadas em US$ 2,5 bilhões, além de 10 mil mortos.

População - Urbana: 22,2 milhões, aumentando para 85,1 milhões em 2050. Rural: 43,7 Milhões, aumentando para 63,4 milhões em 2050.

Rebanho - 755,0 mil cabeças.

Produção - Carne: 12,5 mil toneladas. Leite: 8,0 mil toneladas.

 

Argélia

África do Norte ou Setentrional

Argélia

Argélia, oficialmente República Democrática e Popular da Argélia, é um país da África do Norte que faz parte do Magreb. Sua capital é Argel, no norte do país, na costa do Mediterrâneo. Com uma superfície de 2 381 741 km², é o maior país da bacia do Mediterrâneo e o mais extenso de todo continente africano, após a divisão entre o Sudão e o Sudão do Sul. Partilha suas fronteiras terrestres ao nordeste com a Tunísia, a leste com a Líbia, ao sul com o Níger e o Mali, a sudoeste com a Mauritânia e o território contestado do Saara Ocidental, e ao oeste com Marrocos.

A Argélia é membro da Organização das Nações Unidas (ONU), da União Africana (UA) e da Liga Árabe praticamente depois de sua independência, em 1962, e integra a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) desde 1969. Em fevereiro de 1989, a Argélia participou com os outros estados magrebinos, para a criação da União do Maghreb Árabe.

A Constituição argelina define "o islã, os árabes e os berberes" como "componentes fundamentais" da identidade do povo argelino, e o país como "terra do islã, parte integrante do Grande Magreb, do Mediterrâneo e da África".

População - Urbana: 25,5 milhões, aumentando para 40,6 milhões em 2050. Rural: 9,9 milhões, caindo para 5,8 milhões em 2050.

Rebanho - 1,7 milhão de cabeças.

Produção - Carne: 132,5 mil toneladas. Leite: 2,3 milhões toneladas.

 

Egito

Egito

O Egito é um país do norte da África que inclui também a península do Sinai, na Ásia, o que o torna um Estado transcontinental. Com uma área de cerca de 1 001 450 km², o Egito limita-se a oeste com a Líbia, a sul com o Sudão e a leste com a Faixa de Gaza e Israel. O litoral norte é banhado pelo mar Mediterrâneo e o litoral oriental pelo Mar Vermelho. A península do Sinai é banhada pelos golfos de Suez e de Acaba. A sua capital é a cidade do Cairo, a maior e mais populosa cidade do país e do continente africano. Os gentílicos para o país são "egípcio", "egipciano" e "egipcíaco", embora as últimas formas raramente sejam usadas.

Com mais de 85 milhões de habitantes, o Egito é um dos países mais populosos da África e do Oriente Médio, sendo o 15º mais populoso do mundo. A população está concentrada, sobretudo, às margens do rio Nilo, praticamente a única área não desértica do país, com cerca de 40 000 kmª; O da Líbia, a oeste, o Arábico ou Oriental, a leste, ambas as parte do Saara, e o do Sinai, são pouco povoados. Cerca de metade da população egípcia vive nos centros urbanos, em especial no Cairo, em Alexandria e nas outras grandes cidades do Delta do Nilo, de maior densidade demográfica.

O país possui uma das histórias mais longas entre todos os estados modernos, tendo sido continuamente habitado desde o 10º milênio A.C. Sua antiga civilização foi responsável pela construção de alguns dos monumentos mais famosos da humanidade, como as pirâmides de Gizé e a Grande Esfinge, tendo sido também uma das mais poderosas de seu tempo e uma das primeiras seis civilizações a surgir de forma independente no mundo. Suas ruínas antigas, como as de Mênfis, Tebas, e o templo de Karnak e Vale dos Reis, abrigados na cidade de Luxor, são um foco importante de estudo arqueológico e interesse popular de todo o mundo.

O rico legado cultural do Egito, bem como suas atrações, como o Mar Vermelho e os sítios arqueológicos, fizeram do turismo a parte vital da economia, empregando cerca de 12% da força de trabalho no país. A economia egípcia é uma das mais diversificadas na África, com setores como o turismo, a agricultura, indústria e serviços em níveis de produção quase iguais. O Egito é considerado uma potência média, com influência cultural, política e militar significativa no Norte da África, no Oriente Médio e no mundo muçulmano.

População - Urbana: 35,2 milhões, aumentando para 74,0 milhões em 2050. Rural: 45,9 milhões, aumentando para 49,4 milhões em 2050.

Rebanho - 4,5 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 405,0 mil toneladas. Leite: 5,8 milhões toneladas.

Geografia - Embora estejam no deserto do Saara, o rio Nilo (branco e azul) permite boas condições de vida para as populações do Egito e do Sudão.

 

Marrocos

Marrocos

Marrocos, tal como grande parte do Norte de África esteve sucessivamente sob o domínio dos fenícios, do Império Romano e do Império Bizantino até à chegada dos árabes, que trouxeram o Islão e fundaram o reino de Nekor, nas montanhas do Rife, no século VIII.

Os berberes, no entanto, assumiram o controle no século XI e governaram, não só Marrocos (agregando-lhe reinos vizinhos), mas também a parte sul da península ibérica, até ao fim do século XII.

Em 1415, Portugal vira os olhos para a África e empreende a conquista de Ceuta e, no século seguinte, a maior parte do litoral marroquino estava nas mãos de portugueses e espanhóis. Ceuta continua sob soberania espanhola até hoje.

Em 1904, na Conferência de Algeciras, a Inglaterra concedeu à França o domínio de Marrocos, cujo sultão tinha contraído uma grande dívida com aquele país da Europa (em troca, a França concordou que o Reino Unido governasse o Egito). Em 1859, a Espanha anexara Marrocos, anexação essa que terminaria quando o sultão marroquino Moulay Abd al-Hafid aceitou em 1912 o estatuto de protetorado francês.

A seguir à Segunda Guerra Mundial, de acordo com a Carta do Atlântico (assinada em 1941 por Winston Churchill e Franklin Delano Roosevelt), as forças vivas de Marrocos exigiram o regresso do sultão Maomé V e em 1955 a França, que já se encontrava a braços com insurreição na Argélia, concordou com a independência da sua colónia, que foi celebrada dia 2 de Março de 1956. A mudança do controle francês sobre Marrocos para as mãos do sultão e do partido independentista Istiqlal decorreu pacificamente.

Em Agosto de 1957, Maomé V transformou Marrocos num reino, passando a usar o título de rei. Quando, em 1959, o Istiqlal se dividiu em dois grupos: um abrangendo a maioria dos elementos do partido, conservador e obediente a Mohammed 'Allãl al-Fasi, apoiante do rei; outro, de carácter republicano e socialista, que adoptou o nome de (União Nacional das Forças Populares), Muhammed aproveitou a oportunidade para distanciar a figura do rei dos partidos, elevando-o a um papel arbitral.

Tal manobra política contribuiu decisivamente para o fortalecimento da monarquia, como se verificou no referendo de 1962, já com Mulay Hassan, filho de Maomé V (falecido em 1961), como rei Hassan II, em que foi aprovada uma constituição de cariz monárquico-constitucional. Um ano depois foram realizadas eleições parlamentares que levaram a conjuntura política a um beco sem saída. Tal facto permitiu a concentração de poderes em Hassan II, como ficou demonstrado na Constituição de 1970, que não sobreviveu a uma tentativa de golpe de Estado, em 1971. Sucedeu-lhe uma outra Constituição em 1972, que só foi implementada efectivamente após outra tentativa de golpe de Estado em Agosto desse ano.

O ano de 1974 marcou o início de uma nova orientação da política de Hassan II, a partir do momento em que Marrocos declarou a sua pretensão sobre o Saara Espanhol, rico em minérios (sobretudo fosfato), pretensão essa que foi concretizada em Novembro de 1975, com o avanço da "Marcha Verde", constituída por 350 000 voluntários desarmados, sobre o protetorado da Espanha, que evitou o conflito e conduziu à assinatura de um acordo em que eram satisfeitas as ambições de Marrocos.

No entanto, muitos têm sido os obstáculos à política marroquina: primeiro, a luta da guerrilha Polisário (Frente Popular para a Libertação de Saguia e do Rio do Ouro), apoiada pela Argélia e, mais tarde, também pela Líbia, que recusou, inclusive, os resultados de um referendo promovido por Hassan II em 1981; segundo, a condenação por parte das Nações Unidas; e, terceiro, a criação da República Árabe Saaráui Democrática em 1989, que tem obtido o reconhecimento de um número crescente de países.

Em 1994, o secretário-geral das Nações Unidas, Boutros Boutros-Ghali, propôs um aprofundamento das negociações com o objectivo de promover um processo de recenseamento eleitoral o mais completo possível, de modo a um futuro referendo ter uma legitimidade aceitável por ambas as partes.

Por último, é de salientar o papel que Marrocos tem desempenhado no importante processo de paz na Palestina, através de um relacionamento equilibrado entre Hassan II e as partes beligerantes, a Organização de Libertação da Palestina (OLP) e Israel, que permitiu, nomeadamente, o estabelecimento de interesses económicos naqueles países.

População - Urbana: 18,1 milhões, aumentando para 28,4 milhões em 2050. Rural: 13,8 milhões, reduzindo para 10,8 milhões em 2050.

Rebanho - 3,0 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 192,0 mil toneladas. Leite: 2,0 milhões toneladas.

África do Sul

África do Sul

África do Sul, oficialmente República da África do Sul, é um país localizado no extremo sul da África, entre os oceanos Atlântico e Índico, com 2.798 quilômetros de litoral.É uma democracia parlamentar, limitado pela Namíbia, Botsuana e Zimbábue ao norte; Moçambique e Suazilândia a leste; e com o Lesoto, um enclave totalmente rodeado pelo território sul-africano.

O país é conhecido por sua diversidade de culturas, idiomas e crenças religiosas. Onze línguas oficiais são reconhecidas pela Constituição do país. Duas dessas línguas são de origem europeia: o africâner, uma língua que se originou principalmente a partir do holandês que é falada pela maioria dos brancos e coloured sul-africanos, e o inglês sul-africano. O inglês é a língua mais falada na vida pública oficial e comercial, entretanto, é apenas o quinto idioma mais falado em casa.

Multiétnico, o país possui as maiores comunidades de europeus, indianos e multiétnicos do continente africano. Embora 70% da população sul-africana seja negra, os habitantes são de diferentes grupos étnicos que falam línguas bantas, um dos nove idiomas que têm estatuto oficial.Cerca de um quarto da população do país está desempregada e vive com menos de 1,25 dólar por dia.

A África do Sul é uma democracia constitucional, na forma de uma república parlamentar; ao contrário da maioria das repúblicas parlamentares, os cargos de chefe de Estado e chefe de governo são mesclados em um presidente dependente do parlamento. É um dos membros fundadores da União Africana, da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (NEPAD), além de ser membro do Tratado da Antártida, do Grupo dos 77, da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, da União Aduaneira da África Austral, da Organização Mundial do Comércio (OMC), do Fundo Monetário Internacional (FMI), do G20, do G8+5 e é uma das nações BRICS. Tem ainda a melhor infraestrutura e a segunda maior economia do continente.

População - Urbana: 30,8 milhões, aumentando para 43,6 milhões em 2050. Rural: 19,3 milhões, reduzindo para 13,4 milhões em 2050.

Rebanho - 13,7milhões de cabeças.

Produção - Carne: 847,5 mil toneladas. Leite: 3,2 milhões toneladas.

 

Botswana

Botswana

Botswana ou Botsuana, oficialmente República do Botswana (em tswana: Lefatshe la Botswana), é um país sem costa marítima da África Austral. Anteriormente um protetorado britânico chamado Bechuanalândia, adotou seu novo nome após tornar-se independente, em 30 de setembro de 1966. Desde sua independência, o país teve governos democráticos e eleições ininterruptas, sem sofrer qualquer golpe de estado. Sua capital é Gaborone, que é também a maior cidade do país.

O relevo de Botswana é plano e sua superfície é coberta em até 70% pelo deserto de Kalahari. Faz fronteira com a África do Sul a sul e sudeste, a Namíbia a oeste e ao norte e o Zimbabwe a nordeste. Sua fronteira com a Zâmbia ao norte, perto de Kazungula, não é bem definida, mas uma curta faixa de aproximadamente 750 metros, ao longo do rio Zambeze, com travessia feita por ferry-boat, é comumente usada para marcar a fronteira com este país.

Botswana é um dos países mais escassamente povoados no mundo, sendo habitado por pouco mais de 2 milhões de habitantes. Quando conquistou a independência do Reino Unido, em 1966, a nação era uma das mais pobres do mundo, com um PIB per capita de cerca de US$ 70 por ano. Desde então, Botswana transformou-se numa das economias de mais rápido crescimento no continente, com um PIB per capita de cerca de 16.400 US$ em 2013, um alto rendimento nacional bruto, o quarto maior da África, dando ao país um padrão de vida modesto. O país é membro da União Africana e Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, tendo um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,634, o segundo maior da África subsaariana.

População - Urbana: 1,2 milhão, aumentando para 1,9 milhão em 2050. Rural: 783,0 mil, caindo para 539,0 mil em 2050.

Rebanho - 2,5 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 37,0 mil toneladas. Leite: 118,2 mil toneladas.

Benin

O Benim , oficialmente designado como República do Benim (em francês: République du Bénin), é um país da região ocidental da África limitado a norte pelo Burkina Faso e pelo Níger, a leste pela Nigéria, a sul pela Enseada do Benim e a oeste pelo Togo.

A capital constitucional é a cidade de Porto-Novo, mas Cotonou é a sede do governo e a maior cidade do país. O país tem 112 622 km² e uma população de quase 9 milhões de habitantes (2009). Do século XVII ao século XIX, Benin foi governada pelo Reino de Daomé. Esta região foi referida como a Costa dos Escravos, desde as do século XVII devido ao grande número de escravos embarcados para o Novo Mundo durante o tráfico negreiro transatlântico. Após a escravidão ser abolida, a França tomou conta do país e rebatizou Daomé francês. Em 1960, Daomé ganhou a independência total da França, trazendo um governo democrático para os próximos 12 anos . Antiga colónia francesa, o país alcançou independência em 1 de agosto de 1960, com o nome de República de Daomé. Em 1975 o país adotou o atual nome de Benim, em razão de o país ser banhado a sul pela Baía de Benim.

Burkina Faso

Burkina Faso

O Burkina Faso (Burkina Fasso, Burquina Faso ou Burquina Fasso), antigo Alto Volta, é um país africano limitado a oeste e a norte pelo Mali, a leste pelo Níger, e a sul pelo Benin, pelo Togo, por Gana e pela Costa do Marfim. Sua capital é a cidade de Uagadugu. O país possui a pior taxa de alfabetização do mundo (23,6%).

Sua área territorial abrange 274 200 quilômetros quadrados (105 900 sq mi) com uma população estimada de mais de 15 757 000. Anteriormente chamado de República do Alto Volta, foi rebatizado em 4 de agosto de 1984, pelo presidente Thomas Sankara, que significa "a terra de pessoas honestas" em More e Dioula, as principais línguas nativas do país. Figurativamente, "Burkina" pode ser traduzido por "homens íntegros", da língua more, e "Faso" significa "pátria" em Dioula. Os habitantes de Burkina Faso são conhecidos como Burkinabè.

Burkina Faso foi povoado entre 14 000 e 5 000 a.C. pelos caçadores-coletores na região noroeste do país. Assentamentos agrícolas apareceram entre 3 600 e 2 600 a.C. O que é agora central Burkina Faso foi composto principalmente pelo Reino Mossi. Estes reinos Mossi se tornaria um protetorado francês em 1896. Depois de ganhar a independência da França em 1960, o país sofreu muitas mudanças governamentais até chegar à sua forma atual, uma república semi-presidencialista. O presidente é Blaise Compaoré.

É membro da União Africana, da Comunidade de Estados Sahel-Sahara, a Organização Internacional da Francofonia, a Organização da Conferência Islâmica e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

 

População - Urbana: 4,2 milhões, aumentando para 25,8 milhões em 2050. Rural: 12,2 milhões, aumentando para 20,9 milhões em 2050.

Rebanho - 8,4 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 133,5 mil toneladas. Leite: 265,0 mil toneladas.

 

Costa do Marfim

A Costa do Marfim (em francês: Côte d'Ivoire), oficialmente République de Côte d'Ivoire, é um país africano, limitado a norte pelo Mali e pelo Burkina Faso, a leste pelo Gana, a sul pelo Oceano Atlântico e a oeste pela Libéria e pela Guiné. Sua capital é Yamoussoukro, mas a maior cidade é Abidjan.

Em Portugal, denomina-se ebúrneo, marfinês, costa-marfinês ou ainda costa-marfinense a quem é natural da Costa do Marfim. No Brasil, é marfinense.

O governo marfinês solicitou à comunidade internacional em outubro de 1985 que o país seja designado apenas pelo nome francês Côte d'Ivoire e vários países e organizações internacionais acataram. No entanto, em português o país é comumente designado pelo seu nome traduzido Costa do Marfim, o mesmo ocorrendo em outras línguas, como Ivory Coast em inglês e Elfenbeinküste em alemão.

Guiné

Guiné

A área ocupada hoje pela Guiné fez parte do território de diversos povos africanos, incluindo o império Songai, no período entre os séculos X e XV, quando a região tomou contato pela primeira vez com os comerciantes europeus.

O período colonial da Guiné se iniciou quando tropas francesas penetraram na região em meados do século XIX. A dominação francesa foi assegurada ao derrotarem as tropas de Samory Touré, guerreiro de etnia malinke, o que deu aos franceses o controle do que é hoje a Guiné, e de regiões adjacentes.

A França definiu, em fins do século XIX e início do XX, as fronteiras da atual Guiné com os territórios britânico e português que hoje formam, respectivamente, Serra Leoa e Guiné-Bissau. Negociou ainda a fronteira com a Libéria. Sob domínio francês, a região passou a ser o Território da Guiné dentro da África Ocidental Francesa, administrada por um governador-geral residente em Dakar (atualmente, capital do Senegal). Tenentes-governadores administravam as colônias individuais, incluindo a Guiné.

Liderados por Ahmed Sékou Touré, líder do Partido Democrático da Guiné (PDG), que ganhou 56 das 60 cadeiras nas eleições territoriais de 1957, o povo da Guiné decidiu em plebiscito, por esmagadora maioria, rejeitar a proposta de pertencer a uma Comunidade Francesa. Os franceses se retiraram rapidamente, e em 2 de Outubro de 1958, a Guiné se tornou um país independente, com Sékou Touré como presidente.

Sob o governo de Touré, a Guiné se tornou uma ditadura de partido único, com uma economia fechada de caráter socialista, e intolerante a direitos humanos, liberdade de expressão ou oposição política, a qual foi brutalmente suprimida. Antes acreditado por sua defesa de um nacionalismo sem barreiras étnicas, Touré gradualmente passou a depender de seu próprio grupo étnico, os malinke, para preencher posições no seu governo. Alegando tentativas de golpe oriundas do exterior e do próprio país, o regime de Touré visou inimigos reais e imaginários, aprisionando milhares em prisões similares aos gulag soviéticos, onde centenas pereceram. A repressão do regime levou mais de 1 milhão de pessoas ao exílio, e a paranóia de Touré arruinou as relações com países estrangeiros, incluindo países africanos vizinhos, aumentando o isolamento econômico da Guiné e, posteriormente, devastando sua economia.

Sékou Touré morreu a 26 de Março de 1984, e uma junta militar encabeçada pelo coronel Lansana Conté tomou o poder a 3 de Abril de 1984. O país continuou sem eleições democráticas até 1993, quando foram realizadas eleições e Lansana Conté ganhou-as numa disputa apertada. O presidente foi reeleito em 1998. O presidente foi severamente criticado ao prender, em 1999, um importante líder de oposição. As tensões com a vizinha Serra Leoa ainda persistem.

Em 22 de dezembro de 2008, o presidente Conté faleceu, tendo sido substituído por uma junta militar que, aproveitando-se da vacância no poder, anunciou através do capitão Musa Dadis Camara um golpe de estado, que supendeu a constituição e as instituições republicanas do país.

População - Urbana: 3,5 milhões, aumentando para 13,4 milhões em 2050.. Rural: 6,5 milhões, aumentando para 9,6 milhões em 2050.

Rebanho - 4,9 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 55,0 mil toneladas. Leite: 131,3 mil toneladas.

 

Mali

Mali

Mali ou Máli cujo nome oficial é República do Mali, é um país africano sem saída para o mar na África Ocidental. Mali é o sétimo maior país da África. Limita-se com sete países, a norte pela Argélia, a leste pelo Níger, a oeste pela Mauritânia e Senegal e ao sul pela Costa do Marfim, Guiné e Burkina Fasso. Seu tamanho é de 1.240.000 km². Sua capital é Bamako.

Formada por 8 regiões, o Mali tem fronteiras ao norte, no meio ao Deserto do Saara, enquanto a região sul, onde vive a maioria de seus habitantes, está próximo aos rios Níger e Senegal. Alguns dos recursos naturais em Mali são o ouro, o urânio e o sal.

O atual território do Mali foi sede de três impérios da África Ocidental que controlava o comércio transaariano: o Império Gana, o Império Mali (que deu o nome de Mali ao país), e o Império Songhai. No final do século XIX, Mali ficou sob o controle da França, tornando-se parte do Sudão francês. Em 1960, Mali conquistou a independência, juntamente com o Senegal, tornando-se a Federação do Mali. Um ano mais tarde, a Federação do Mali se dividiu em dois países: Mali e Senegal. Depois de um tempo em que havia apenas um partido político, um golpe em 1991 levou à escritura de uma nova Constituição e à criação do Mali como uma nação democrática, com um sistema pluripartidário. Quase a metade de sua população vive abaixo da linha de pobreza, com menos de 1 dólar por dia.

População - Urbana: 5,3 milhões, aumentando para 24,9 milhões em 2050. Rural: 10,1 milhões, aumentando para 17,2 milhões em 2050.

Rebanho - 9,2 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 143,7 mil toneladas. Leite: 1,5 milhão toneladas.

 

Mauritânia

Mauritânia

Do século V ao século VII, a migração de tribos berberes do Norte da África expulsou da região os bafours, habitantes originais da atual Mauritânia, ancestrais dos soninquês. Os bafours eram primordialmente agricultores, e estavam entre os primeiros povos do Saara a abandonar o seu estilo de vida tradicionalmente nômade. Com o gradual processo de desertificação da região, migraram para o sul. Seguiu-se uma migração em massa do povo que habitava a região do Saara Central para a África Ocidental, até que em 1076 monges-guerreiros islâmicos (almorávidas) atacaram e conquistaram o antigo Império Gana, e assumiram o controle da região. Pelos próximos 500 anos os árabes foram a casta dominante da sociedade local, enfrentando resistência feroz da população local (tanto berberes quanto não-berberes), da qual a Guerra de Char Bubá (1644-1674) foi o esforço derradeiro e malsucedido. Esta guerra colocou a população da Mauritânia contra invasores árabes da tribo maquil, vindos do Iêmen, liderados pela tribo dos Beni Hassan. Os descendentes desta tribo tornaram-se a hassane, camada mais alta da sociedade moura. Os berberes mantiveram sua influência por terem a maior parte dos marabutos - indivíduos que preservam e ensinam a tradição islâmica. Muitas das tribos berberes alegam origem iemenita (ou árabe em geral), porém há pouca evidência que comprove o fato, embora existam estudos que façam uma ligação entre os dois povos.O hassaniya, um dialeto árabe influenciado pelo berbere, cujo nome é derivado de Beni Hassan, tornou-se o idioma dominante entre a população nômade da época.

A colonização francesa gradualmente absorveu os territórios da atual Mauritânia e Senegal a partir do início do século XIX. Em 1901 o militar francês Xavier Coppolani assumiu o controle da missão colonial. Através de uma combinação de alianças estratégicas com as tribos zawiya e pressão militar sobre os guerreiros nômades hassane, Coppolani conseguiu ampliar o domínio francês por todos os emirados mauritanos: Trarza, Brakna e Tagant rapidamente se submeteram a tratados com os poderes coloniais (1903-1904), porém o emirado de Adrar, situado ao norte, resistiu por mais tempo, auxiliado pela rebelião anticolonial (jihad) do xeque Maa al-Aynayn. Foi derrotado militarmente em 1912, e incorporado ao território da Mauritânia, que havia sido estabelecido em 1904. A Mauritânia passaria a fazer parte da África Ocidental Francesa a partir de 1920.

A dominação francesa trouxe proibições legais contra a escravidão, e pôs um fim às guerras entre os diferentes clãs. Durante o período colonial a população continuou nômade, porém diversos povos sedentários, cujos ancestrais haviam sido expulsos séculos atrás, começaram a retornar aos poucos à Mauritânia. Quando o país obteve sua independência, em 1960, e a capital Nouakchott foi fundada, no local duma pequena aldeia colonial, Ksar, 90% ainda era nômade. Com a independência, muitas populações indígenas da África subsaariana, como os haalpulaar, soninquês, e wolof, entraram na Mauritânia, movendo-se para a área ao norte do rio Senegal. Educados no idioma e nos costumes franceses, muitos destes recém-chegados tornaram-se funcionários, soldados e administradores do novo estado. Este fato, em conjunto com a opressão militar dos franceses, especialmente contra tribos hassane mais intransigentes, do norte do país, predominantemente mouro, afetou os antigos equilíbrios de poder, e criou novos motivos para conflito entre as populações subsaarianas do sul do país e os mouros e berberes do norte. Entre estes grupos estavam os haratin, uma enorme população de escravos arabizados, devidamente inseridos na sociedade moura, e integrados numa casta inferior. A escravidão é até hoje em dia uma prática comum no país, embora ilegal.

Os mouros reagiram a estas mudanças, e aos apelos dos nacionalistas árabes do exterior, através de uma maior pressão para arabizar diversos aspectos da vida mauritana, como as leis e o idioma. Um cisma acabou por desenvolver-se entre os mouros que consideram a Mauritânia um país árabe, e aqueles que desejam um papel dominante para os povos não-mouros, com diversos modelos para a contenção da diversidade cultural do país tendo sido sugeridos sem que qualquer um deles tenha sido implementado com sucesso. Esta discórdia étnica ficou evidente durante os episódios de violência intercomunitária que eclodiram em abril de 1989 (eventos de 1989 e conflito senegalo-mauritano), que já arrefeceram. A tensão étnica e a questão delicada da escravidão - tanto no passado como, em diversas áreas do país, no presente - ainda é um tema de muita força no debate político nacional; porém um número significativo de pessoas de todos os grupos parece procurar uma sociedade mais diversa e pluralista.

População - Urbana: 1,4 milhão, aumentando para 4,3 milhões em 2050. Rural: 2,0 milhões, aumentando para 2,8 milhões em 2050.

Rebanho - 1,7 milhão de cabeças.

Produção - Carne: 26,3 mil toneladas. Leite: 391,5 mil toneladas.

 

Niger

Níger

O Níger (em francês: Niger), oficialmente República do Níger (em francês: République du Niger), é um país na África Ocidental. Faz fronteira com a Argélia e Líbia ao norte, a leste com o Chade, a sul com a Nigéria e Benim e a oeste com Burkina Faso e Mali. O país abrange uma área de quase 1.270.000 km², fazendo desta a maior nação da África Ocidental, com mais de 80% de sua área de terra coberta pelo Deserto do Saara. A população é predominantemente islâmica. A capital é Niamey, localizado no sudoeste do país, que é também a sua maior e mais populosa cidade.

O Níger é um país em desenvolvimento, e é consistentemente a nação a apresentar o mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com um total de 0,337 pontos, obtendo a 187ª classificação entre os países pesquisados, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Grandes partes das porções não desérticas do país estão ameaçadas por secas periódicas e a desertificação. A economia está concentrada em torno de subsistência e o setor agrário concentra-se na região sul, a parte mais fértil de seu território. A exportação de matérias-primas, principalmente minério de urânio, também é um dos principais contribuintes da economia nigerina. O país enfrenta sérios desafios para o desenvolvimento devido a sua posição sem litoral, terreno desértico, má educação, extrema pobreza, falta de infraestrutura e degradação ambiental.

A sociedade nigerina reflete uma diversidade resultante das longas histórias independentes de seus diversos grupos e regiões e seu período de vida relativamente curto, em um único estado étnico. Historicamente, o que é agora o Níger esteve à margem de vários Estados grandes. Desde a independência, os nigerinos estiveram sob cinco constituições e três períodos de regime militar. Na sequência de um golpe militar em 2010, o Níger tornou-se um estado democrático multipartidário. A maior parte da população vive em áreas rurais e têm pouco acesso à educação superior.

População - Urbana: 2,7 milhões, aumentando para 25,5 milhões em 2050. Rural: 12,8 milhões, aumentando para 2,8 milhões em 2050.

Rebanho - 9,8 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 163,7 mil toneladas. Leite: 1,0 milhão tonelada.

 

Nigéria

Nigéria

Nigéria, oficialmente República Federal da Nigéria (em inglês: Federal Republic of Nigeria), é uma república constitucional federal que compreende 36 estados e o Território da Capital Federal, Abuja. O país está localizado na África Ocidental e compartilha fronteiras terrestres com a República do Benim a oeste; com Chade e Camarões a leste e com o Níger ao norte. Sua costa encontra-se ao sul, no Golfo da Guiné, no Oceano Atlântico.

Por muito tempo a sede de inúmeros reinos e impérios, o Estado moderno da Nigéria tem suas origens na colonização britânica da região durante final do século XIX a início do século XX, surgindo a partir da combinação de dois protetorados britânicos vizinhos: o Protetorado Sul e o Protetorado Norte da Nigéria). Os britânicos criaram estruturas administrativas e legais, mantendo as chefias tradicionais. O país tornou-se independente em 1960, mas mergulharam em uma guerra civil, vários anos depois. Desde então, alternaram-se no comando da nação governos civis democraticamente eleitos e ditaduras militares, sendo que apenas as eleições presidenciais de 2011 foram consideradas as primeiras a serem realizadas de maneira razoavelmente livre e justa.

A Nigéria é muitas vezes referida como "o gigante da África", devido à sua grande população e economia sendo o sétimo país mais populoso do mundo. A nação africana é habitada por mais de 500 grupos étnicos, dos quais os três maiores são os hauçás, os igbos e os iorubas. O país é dividido ao meio entre cristãos, que em sua maioria vivem no sul e nas regiões centrais, e muçulmanos, concentrados principalmente no norte. Uma minoria da população pratica religiões tradicionais e locais, tais como as religiões igbo e iorubá.

O país tem sido identificado como uma potência regional no continente africano, com particular hegemonia sobre a África Ocidental. Em 2013, o seu produto interno bruto (PIB) se tornou o maior da África, com mais de 500 bilhões de dólares, ultrapassando a economia da África do Sul e chegando ao posto de 26ª maior economia do mundo. Além disso, a dívida do país em relação ao PIB é de apenas 11%, 8% abaixo da taxa de 2012, e estima-se que a Nigéria irá se tornar uma das 20 maiores economias do mundo por volta de 2050. As reservas de petróleo nigerianas têm desempenhado um papel importante na crescente riqueza e influência do país. A Nigéria é considerada um mercado emergente pelo Banco Mundial e está listado entre as economias chamadas de "Próximos Onze". A maior parte da população nigeriana, no entanto, ainda vive na pobreza absoluta. O país é membro da Commonwealth, da União Africana, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e das Nações Unidas.

População - Urbana: 77,6 milhões, aumentando para 277,9 milhões em 2050. Rural: 80,8 milhões, aumentando para 111,7 milhões em 2050.

Rebanho - 16,0 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 301,6 mil toneladas. Leite: 495,8 mil toneladas.

 

Senegal

Senegal

O Senegal, oficialmente República do Senegal (em francês République du Sénégal) é um país localizado na África Ocidental. Faz fronteira com o Oceano Atlântico a oeste, com a Mauritânia ao norte e ao leste, com o Mali, a leste, e com a Guiné e a Guiné-Bissau ao sul. A Gâmbia forma um quase enclave no Senegal, penetrando mais de 300 km para o interior. As ilhas de Cabo Verde estão localizadas 560 km da costa do Senegal. O país deve o seu nome ao rio que faz fronteira com ele para o leste e para o norte e sobe no Fouta Djallon na Guiné. O clima é tropical e seco com duas estações: a estação seca e a estação chuvosa.

O atual território do Senegal tem visto o desenvolvimento de vários reinos, como o Império de Djolof, vassalo dos impérios sucessivos de Gana, Mali e Songhai. Depois de 1591, ele sofreu a fragmentação política do Oeste Africano consecutivo na Batalha de Tondibi. No século XVII, vários contadores pertencentes a vários impérios coloniais europeus se estabeleceram ao longo da costa, eles servem para apoiar o comércio triangular. A França assumiu ascendência gradual para os outros poderes e ergueu Saint Louis, Gorée, Dakar e Rufisque em comunas francesas regidas pelo estatuto dos quatro municípios. Com a Revolução Industrial, a França queria construir uma ferrovia para ligar e Lat Dior entrou em conflito com o rei Damel do Kayor. Este conflito fez com que a França elevasse o Reino de Cayor à categoria de protetorado em 1886, um ano após a Conferência de Berlim. A colonização de toda a África Ocidental é então preparada e Saint Louis e Dakar vai se tornar duas capitais sucessivas de África Ocidental Francesa criados em 1895. Dakar mais tarde se tornou a capital da República do Senegal, no momento da independência em 1960.

O país faz parte da CEDEAO. Desde 2 de abril de 2012, o presidente do país é Macky Sall. Integrado com os principais órgãos da comunidade internacional, o Senegal também faz parte da União Africana (UA) e da Comunidade dos Estados do Sahel-Saara.

População - Urbana: 5,3 milhões, aumentando para 17,6 milhões em 2050. Rural: 7,2 milhões, aumentando para 11,0 milhões de cabeças.

Rebanho - 3,3 milhões de cabeças.

Produção - Carne: 83,8 mil toneladas. Leite: 168,8 mil toneladas.

 

Serra Leoa

Serra Leoa

Serra Leoa, oficialmente República da Serra Leoa, é um país da África Ocidental. É delimitada com a Guiné ao norte e nordeste, a Libéria a sudeste, e com o Oceano Atlântico ao sudoeste. Abrange uma área total de 71.740 km e sua população é estimada em 5 485 998 habitantes, de acordo com dados da CIA em 2012. O país possui um clima tropical, com um ambiente diversificado variando de savana para florestas tropicais. É uma república constitucional que compreende quatro províncias. A capital da república é Freetown, sede do governo, principal centro econômico e maior cidade do país, com aproximadamente 1,1 milhão de habitantes. Além de Freetown, outras cidades notáveis são Bo, segunda cidade mais populosa com população estimada em 233 684 habitantes, e Kenema, Koidu e Makeni. O país abriga a universidade mais antiga da África Ocidental, Fourah Bay College, fundada em 1827 e possui o terceiro maior porto natural do mundo.

Divide-se em quatro regiões geográficas: Província do Norte, Província Oriental, Província do Sul e a Área do Oeste; que são subdivididas em quatorze distritos. Sua economia está voltada principalmente para a mineração, especialmente diamantes. O país está entre os maiores produtores mundiais de titânio e bauxita, sendo também um grande produtor de ouro. Na região está um dos maiores depósitos mundiais de rutilo. Apesar desta riqueza natural, 70% de sua população vive na extrema pobreza, de acordo com dados de 2004.

A religião muçulmana é a predominante no país, que é classificado como um dos mais tolerantes no mundo, no quesito religioso. A população serra-leonesa compreende cerca de 16 grupos étnicos, cada um com sua própria língua e dialetos. Os dois maiores e mais influentes são os Temnes e os Mendes. Embora o idioma inglês seja o oficial do país e o principal usado na educação e na administração do governo, a linguagem Krio (derivado do inglês e de várias línguas africanas tribais) é a principal língua de comunicação entre os diferentes grupos étnicos de Serra Leoa, sendo falado por cerca de 90% dos habitantes do país.

Em 1462, a área do atual território de Serra Leoa foi visitado pelo explorador português Pedro de Sintra, que a nomeou Serra Leoa. O país tornou-se um importante centro do comércio transatlântico de escravos até 11 de março de 1792, quando Freetown foi fundada pela Companhia de Serra Leoa, como forma de servir como um lar para ex-escravos do Império Britânico. Em 1808, tornou-se uma Freetown britânica Crown Colony, e em 1896, o interior do país tornou-se um protectorado britânico. Entre 1991 e 2002, ocorreu a Guerra Civil de Serra Leoa, que devastou o país e resultou na morte de aproximadamente 50 000 pessoas. Grande parte da infraestrutura do país foi destruída, e mais de dois milhões de pessoas deslocadas em países vizinhos como refugiados; principalmente para a Guiné, que recebeu mais de 600 000 refugiados serra-leoneses.

População - Urbana: 2,3 milhões, aumentando para 6,6 milhões em 2050. Rural: 3,6 milhões, aumentando para 4,9 milhões em 2050.

Rebanho - 517,0 mil cabeças.

Produção - Carne: 8,6 mil toneladas. Leite: 21,1 mil toneladas.

 

Togo

Togo

Entre os séculos XIV e XVI, povos de língua ewe, provenientes da Nigéria, colonizaram o atual território do Togo. Outras tribos de língua ane (ou mina) emigraram de regiões hoje ocupadas por Gana e Costa do Marfim, depois do século XVII. Durante o século XVIII, os dinamarqueses praticaram na costa de Togo um lucrativo comércio de escravos. Até o século XIX, o país constituiu uma linha divisória entre os estados indígenas de Ashanti e Daomé.

Em 1847 chegaram alguns missionários alemães e, em 1884, vários chefes da região costeira aceitaram a proteção da Alemanha. A administração alemã, ainda que eficiente, impôs trabalhos forçados aos nativos.

Os alemães foram desalojados durante a Primeira Guerra Mundial e, em 1922, a Liga das Nações dividiu o Togo entre o Reino Unido e a França. Em 1946, esses dois países colocaram seus territórios sob a custódia das Nações Unidas. Em 1960 a porção britânica foi incorporada ao território da Costa do Ouro (atual Gana), enquanto os territórios franceses se transformaram na República Autônoma de Togo em 1956. O país conquistou a independência completa em 1960, embora tenha continuado a manter estreitas relações econômicas com a França.

As relações do Togo com Gana foram difíceis enquanto Kwame Nkrumah presidiu o país vizinho, mas melhoraram após sua deposição. Durante a década de 1960, assassínios políticos e golpes de estado culminaram em 1967 com a ascensão do general Étienne Gnassingbe Eyadema ao poder. Uma nova constituição foi adotada em 1979 e Eyadema proclamou a terceira república togolesa. Em 1982, o fechamento de fronteiras decretado por Gana para conter o contrabando resultou em conflitos entre os dois países. Em 1985, o regime de Eyadema começou a se liberalizar. O general convocou em 1991 uma Conferência Nacional que suspendeu a constituição e elegeu Joseph Koffigoh, um civil, para o cargo de primeiro-ministro.

Em 2006 concordam em formar um governo de transição o governo e a oposição.

População - Urbana: 2,3 milhões, aumentando para 6,6 milhões em 2050. Rural: 3,8 milhões, aumentando para 4,5 milhões em 2050.

Rebanho - 309,4 mil cabeças.

Produção - Carne: 9,3 mil toneladas. Leite: 12,8 mil toneladas.

Austrália

Oceania

Austrália

O Zebu foi introduzido entre 1843 e 1872 no nordeste australiano, mas teve pouco impacto inicial. Em 1912, a província de Queensland comprou três touros do zoológico de Melbourne, dois para William McDowell e outro para Jonh Robins. O resultado foi rápido e, em 1929, teve início um programa de cruzamentos, comprando 18 cabeças de Brahman nos Estados Unidos, para experiências. O gado chegou em 1933 a 1954 entraram mais 31 cabeças de Brahman, quando surgiu a doença ( língua Azul) nos Estados Unidos. Somente em 1982 seria inaugurado o quarentenário em Cocos Island, recomeçando as importações que iriam até 2003, quando surgiria a doença BSE ( Encefalopatia espongiforme) nos Estados Unidos. Desde então, apenas é possível importações de sêmen e embriões. O desenvolvimento do Brahman australiano é apontado como a maioria revolução da história da pecuária, pelos resultados evidentes nos cruzamentos com Bos taurus.

Área: 7,6 milhões de km². Cerca de 200 milhões de hectares são ocupados pela pecuária

População: Urbana: 19,8 milhões, aumentando para 29,2 milhões em 2050. Rural: 2,4 milhões, caindo para 2,2 milhões em 2050.

Rebanho: soma 26,7 milhões de cabeças. Há grandes rebanhos: a North Astralian Pastoral Company (NAPCO) tem 180.000 cabeças em 14 fazendas. Australian Agriculture Company (AACO) tem 585.000 cabeças. A Heystesbury Beef tem 200.000 cabeças.

Registro Genealógico: A Australian Zebu Breeders Association foi fundada em 1946, mudando o nome "Zebu" para "Brahman" em 1954. Hoje conta com 1214 criadores. Soma 20.000 animais a cada ano, sendo 50% com avaliações genéticas pelo programa "Breedplan".

Produção: carne: 2,1 milhões de toneladas. Cerca de 60% é para exportação. Leite: 10,1 milhões de toneladas.

Situação: Não possui áreas significativas para expansão, dentro do modelo de produção atual. Atende o mercado mundial em temos de produção e tecnologias na área.

Índia

Ásia

Índia

É o mais importante berço das raças zebuínas. Chegou a ter mais de 500 "reinos", cada um tratando de ter um gado diferenciado (não havia cercas). Hoje a pecuária deixou o esplendor de outrora, sendo apenas uma atividade comum no campo. O Brasil, porém, transferiu as principais raças indianas e promove intenso melhoramento genético, com bons resultados, para atender a todos os países das regiões quentes do planeta.

População: urbana: 1,25 bilhão, aumentando para 1,69 bilhões em 2050. Rural: 878,8 milhões, caindo para 774,4 milhões em 2050.

Rebanho: 210,2 milhões de cabeças. Não há espaço para expansão, pois a população humana continua aumentando.

Registro Genealógico: começou recentemente, com ligação direta com o Brasil.

Produção: carne: 1,08 milhões de toneladas. Leite: 121,8 milhões de toneladas

Situação: Mantida as atuais condições, a Índia continuará sendo pequeno produtor de carne de gado, devido a religião hinduísta praticada por 80% de seu povo.

 

China

China

A história da China está registrada em documentos que datam do século XVI A.C. em diante e que demonstram ser aquele país uma das civilizações mais antigas do mundo com existência contínua. Os estudiosos entendem que a civilização chinesa surgiu em cidades-estados no vale do rio Amarelo. O ano 221 A.C. costuma ser referido como o momento em que a China foi unificada na forma de um grande reino ou império, apesar de já haver vários estados e dinastias antes disso. As dinastias sucessivas desenvolveram sistemas de controle burocrático que permitiriam ao imperador chinês administrar o vasto território que viria a ser conhecido como a China.

A fundação do que hoje se chama a civilização chinesa é marcada pela imposição forçada de um sistema de escrita comum, pela dinastia Qin no século III a.C., e pelo desenvolvimento de uma ideologia estatal baseada no confucionismo, no século II a.C. Politicamente, a China alternou períodos de unidade e fragmentação, sendo conquistada algumas vezes por potências externas, algumas das quais terminaram assimiladas pela população chinesa. Influências culturais e políticas de diversas partes da Ásia, e mais tarde algumas da Europa levadas por ondas sucessivas de imigrantes, fundiram-se para criar a imagem da atual cultura chinesa.

O território chinês possui Zebu, mas sem melhoramento genético. O governo tem importado Bos taurus para cruzamentos aleatórios para carne ou leite.

População: urbana: 1,38 bilhão, caindo para 1,32 em 2050. Rural 707,5 milhões, caindo para 352,2 milhões em 2050.

Rebanho: Soma 83,8 milhões de cabeças

Produção: carne: 6,2 milhões de toneladas; leite: 41,2 milhões de toneladas.

Fonte: Zebu, A Pecuária Sustentável, Rinaldo Santos.


CENTRO DE REFERÊNCIA DA PECUÁRIA BRASILEIRA - ZEBU

Fone: +55 (34) 3319-3900

Pça Vicentino R. Cunha 110

Parque Fernando Costa

CEP: 38022-330

Uberaba - MG


©2015-2025 - Associação Brasileira dos Criadores de Zebu - Todos os direitos reservados