Um objeto museológico não pode ser tomado como mais um, entre vários outros itens, dentro do acervo. Ao contrário, deve revelar-se único em suas múltiplas possibilidades de abordagem, para ser utilizado em todo o seu potencial. O objeto deve contemplar tanto a fruição estética como o aprendizado sobre aspectos da vida do homem. Dessa forma, ressalta-se a importância do espaço museológico para ilustrar e enriquecer os conhecimentos de história.

A documentação dos objetos do acervo constitui fator imprescindível para esta abordagem, acompanhando todas as atividades desenvolvidas dentro da instituição. Documentar cada peça de forma completa, exige um sistema apropriado e criterioso, que esteja de acordo com as estruturas técnicas especializadas e adotas segundo algumas convenções seguidas e referendadas pelos diversos segmentos especializados no ramo.

Embora a Museologia estabeleça algumas recomendações metodológicas para o registro dos objetos, não há, no momento, uma norma oficial e homogêna para isso aconteça. Desse modo, cada museu adota uma sistemática própria, segundo suas convenções. Essa ciência tem tentado fazer com que as instituições museológicas tracem suas diretrizes dentro de uma política de feição social pela qual a comunidade participe de todas as ações desenvolvidas, entre outras inúmeras considerações.

O setor de Documentação Museológica tem a finalidade de resgatar, organizar e disponibilizar informações sobre o acervo. Entre suas atribuições, está a guarda de documentos relacionados com a aquisição e movimentação dos objetos, além de relatórios técnicos, inventários e fichas de catalogação gerados a partir dos anos de 1980, que são fontes de referência para a produção de novos dossiês.

Saiba como consultar o Acervo Museológico do Museu do Zebu

Para facilitar a consulta virtual ao Acervo Museológico do Museu do Zebu, escolhemos disponibilizá-lo seguindo algumas classificações necessárias. Desse modo, cada uma das peças oferecerão dois tipos de identificação:

Fichas de Inventário: É o documento oficial de registro dos objetos da instituição. A partir dele é possível organizar e apresentar a relação exaustiva dos bens culturais que constituem o acervo próprio do museu, independentemente da modalidade de incorporação. Esse tipo de documentação visa à identificação e individualização de cada bem cultural e integra a respectiva documentação de acordo com as normas técnicas mais adequadas à sua natureza e características.

Fichas de Catalogação: Contêm informações extensivas sobre cada objeto da coleção do museu. Para a organização do Acervo Histórico foram criadas categorias de identificação dos itens para facilitar a sua consulta. Entre elas, definimos algumas modalidades que contemplam as informações mais importantes para identificação das características de todos os objetos do acervo, contendo número de registro; nome do objeto; data de registro; tipo de registro; autoria e função; observações. As categorias serão dividas em peças e objetos de uso técnico-científico; simbólicos e iconográfico; pessoais; pinturas e esculturas; documentos diversos. No inventário, diferentemente das fichas de catalogação, os itens são comuns a todas as coleções.