O que é?

A agricultura foi uma das invenções do homem que garantiu o processo de sedentarização, permitindo o surgimento do Estado em tempos bastante remotos. É a mais importante atividade econômica do planeta, envolvendo em torno de 2,6 trilhões de dólares, segundo dados da ONU. É responsável por 99% dos alimentos produzidos no mundo. Atualmente a sociedade moderna enfrenta um desafio: utilizar os recursos naturais de forma sustentável e atender a demanda crescente por alimento, sem aumentar o gasto de energia nem as áreas agricultáveis. Para propor soluções, além de outros aspectos, devem entrar em ação os profissionais das Ciências Agrárias.

Este conjunto multidisciplinar de áreas de estudo envolve Agronomia, Agronegócio, Medicina Veterinária e Zootecnia, além de diversas Engenharias, como a Ambiental, a Florestal, a da Indústria Madeireira, a de Pesca, a de Recursos Hídricos, entre outras sub-áreas. Todos esses campos de estudo visam à segurança alimentar, investindo no aprimoramento técnico para aumentar a produção e a produtividade agropecuária, com melhorias no manejo que contribuam para o uso sustentável dos recursos naturais.

As pesquisas em Ciências Agrárias envolvem campos extremamente promissores, como os organismos transgênicos, biocombustíveis, sustentabilidade, mudanças climáticas e defesa sanitária. A crescente demanda por alimentos, aliada à necessidade de preservação dos recursos naturais, colocam essas Ciências entre as que têm mais urgência de formação de recursos humanos, pois a demanda por profissionais atuantes e perfil adequado de formação é crescente.

Desde que se entende por República, duas das principais atividades econômicas da federação brasileira são a agricultura e a pecuária, segundo dados apresentados pela UFMG. A relação entre essas atividades e a história do País estabelece vínculos para lá de meramente econômicos: são também culturais, que deixaram para as gerações que vieram a seguir traços bem peculiares - praticamente folclóricos -, como a figura do caipira, do roceiro, do fazendeiro com seu pedacinho de terra e a enxada carregada sobre os ombros. E embora a pequena agricultura ainda seja muito expressiva no Brasil, a nova cara do campo brasileiro é o agronegócio, responsável atualmente por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O que implica a necessidade de formação de profissionais com competência e qualificação para atuar na área das Ciências Agrárias.

O que fazem?

O que fascina e estimula o cientista é a possibilidade da descoberta cotidiana. Nas Ciências Agrárias, os pesquisadores lidam com atividades relacionadas à caracterização e às técnicas de uso dos vegetais e animais de interesse humano. Tais atividades dizem respeito a todos os tipos de manejo que incrementem a produção. Além disso, microrganismos (fungos, bactérias e vírus) também são muito usados como fertilizantes (bactérias fixadoras de nitrogênio, solubilizadores de fosfatos) e no controle biológico (fungos, vírus, bastérias). Os cientistas agrários trabalham para desenvolver insumos agrícolas ou técnicas de manejo que ajudem a proteger o meio ambiente e a saúde humana e animal.

Áreas de Atuação

As áreas de atuação das Ciências Agrárias abrangem todos os aspectos da exploração da terra, dos cultivos vegetais e da criação animal. O profissional pode trabalhar em empresas, universidades e órgãos públicos. Pode haver também interação entre universidades e empresas: há diversos casos em que essas interações são bem sucedidas, mostrando que um trabalho feito na universidade pode se transformar num projeto de geração de valor para sociedade, através da criação de empresas que, por exemplo, possam contribuir para o aumento da produtividade e sustentabilidade agrícola. Existem muitas áreas promissoras no Brasil, como a Biotecnologia, Aquacultura e Piscultura, Silvicultura, Bioenergia e Alimentos.

Segundo informações do Guia do Estudante, faltam professores de Ciências Agrárias no ensino técnico, principalmente no Norte e Nordeste. No Norte, o mercado de trabalho cresce principalmente nos institutos federais, que estão em rápida expansão. Além de lecionar em universidades e no Ensino Fundamental e Médio, o licenciado é procurado também por prefeituras, ONGs, cooperativas e associações rurais para treinar profissionais que já trabalham na área e precisam se atualizar, diante das novidades no setor. Confederações de Agricultores e Secretarias de Agricultura procuram o licenciado como consultor.

A seguir, acesse alguns itens para saber mais as principais áreas de atuação em:

• Agroecologia
• Agronomia
• Aquacultura
• Biotecnologia
• Engenharia de Alimentos
• Engenharia Florestal
• Engenharia de Pesca
• Zootecnia
• Medicina Veterinária

Fonte: MEC, ProfiCiência, Guia do Estudante, Embrapa, Revista Brasileira de Ciências Agrárias

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