Zebu nos biomas brasileiros
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Sustentabilidade » Produção de Carne/Leite x Meio Ambiente

Quadro 1. Previsão das mudanças climáticas até 2100. Fonte: Portal de Notícias G1.
Adaptabilidade do zebu ao Brasil e à faixa tropical O clima brasileiro mostra-se diversificado em consequência de fatores variados, como as características geográficas, a extensão territorial, o relevo e a dinâmica das massas de ar. Este último fator é de suma importância porque atua diretamente, tanto na temperatura, quanto na pluviosidade, provocando as diferenciações climáticas regionais. Nesse sentido, as massas de ar que incidem diretamente no clima são a equatorial (continental e atlântica), a tropical (continental e atlântica) e a polar atlântica. O clima, o solo e a genética - aliados aos custos de produção e a logística, são aspectos determinantes na tomada de decisões para o empreendimento de negócios viáveis economicamente aos produtores. (INMET,2011) Em outras palavras, ao observar as principais variações climáticas do País: úmido, quente e seco, podemos encontrar nas raças do "bos indicus" brasileiro, animais muito bem adaptáveis as faixas tropicais tanto para o Brasil, como para o redor do planeta.
Quadro 2. Principais climas do Brasil. Fonte: IBGE. Adaptação: CRPB - Zebu.
De acordo com pesquisas científicas, as raças zebuínas dentro deste contexto são apontadas como sendo soluções altamente eficientes, tanto para a criação de raças de caracteres fixos, quanto para cruzamentos. Cabe salientar ainda que, nos últimos anos o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas - IPCC vem alertando a comunidade internacional sobre os possíveis impactos que a produção de alimentos sofrerá nas próximas décadas, especialmente quando relacionados a climas extremos, como o prolongamento das secas e o excesso de chuvas em diferentes partes do globo.
Por assim dizer, o aumento das temperaturas ameaça o cultivo de várias plantas agrícolas, podendo agravar a problemática da fome em países pobres na África e Ásia. Neste cenário, ainda que estes países forem os mais afetados, o Brasil como um todo poderá sentir nas próximas décadas mudanças drásticas na produção.
Especialistas em Zoneamento de Risco Climático e Política Pública da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas, realizam estimativas desde o ano de 2008 para identificar as mudanças geográficas da produção ocasionadas pelas variações climáticas a busca subsídios científicos de planejamentos para a safra no País. Perante essas análises, as principais culturas estudadas e que já sofrem com essas variações no clima são o café arábica, algodão, açúcar, soja, milho, mandioca, feijão, girassol, além de pastagens e gado de corte. (ASSAD e PINTO, 2008)
Ainda que existam divergências em entre inúmeros estudos na contemporanidade sobre os efeitos climáticos, pode-se afirmar que as variações climáticas extremas são fenômenos advindos de diversas naturezas, seja pela interferência humana ou não e, esses estão ocorrendo em todas as partes do planeta levando a grandes prejuízos econômicos, sociais e ecológicos, como é o caso da seca sentida em algumas regiões brasileiras entre 2014 e 2015. Mediante a esses conjuntos de problemáticas, a adaptabilidade dos zebuínos aos sistemas de produção tropical se mostram eficientes.
Quadro 3. Adaptabilidade do Zebu aos sistemas de produção tropical. Fonte: ABCZ. Adaptação: CRPB - Zebu.
Assista ao vídeo da EMBRAPA
Minimizar as consequências do aquecimento global na agricultura é o objetivo de pesquisas desenvolvidas na Embrapa/Campinas, em São Paulo. Para isso, os cientistas desenvolvem variedades mais tolerantes ao aumento da temperatura do planeta, investem no zoneamento dos riscos climáticos e simulam as condições previstas para os próximos anos. O objetivo das pesquisas é preparar a agricultura brasileira para se adaptar ao aumento de temperatura e continuar produzindo de acordo com as condições climáticas futuras.
CENTRO DE REFERÊNCIA DA PECUÁRIA BRASILEIRA - ZEBU