Esporas Gaúchas, segunda metade do século XX.

As esporas são utensílios utilizados para pressionar o animal de montaria a se locomover, e ficam dispostos nas botas ou calçados similares do cavaleiro. Acredita-se que objetos similares a esse foram usados por civilizações antigas desde o processo em que se verificou a formação dos Estados Teocráticos na Antiguidade, há cerca de 4.000 a.C. Entretanto, vestígios históricos afirmam que essas primeiras esporas eram feitas a partir de uma espécie de agulha grossa, de material duro, que se prendia ao calcanhar. Esses tipos continuaram sendo usados até o século XII, sem muitas alterações, sofrendo modificações apenas nos tamanhos. Nessa época, o item era usado em apenas um dos pés, normalmente. Foi por volta do século XIV, que apareceu a roseta giratória com uma espécie de círculo cravejado de "espinhos" moldados através da fundição de metais. Quando os cavaleiros medievais vestiam armaduras da cabeça aos pés, as pernas, quase imobilizadas, precisavam de esporas bem compridas para tocar o animal. Consideradas obras de arte, eram fabricadas por artesãos e fabricantes de armas mais famosos da Itália e da Alemanha. Durante o auge da cavalaria, a espora foi o distintivo mais apreciado dos cinco considerados "as grandes honras" que distinguiam um cavaleiro. Alguns cavaleiros possuíam esporas de ouro, e tirá-las na frente de alguém era considerado sinal de homenagem. Até o século IX, inclusive os religiosos que participavam de combates montados usavam esporas. Dentre as várias condecorações famosas, a Ordem da Espora de Ouro foi criada pelo Papa em 1500.