Rédea para montaria, década de 1970.

A rédea é um item de montaria (arreio), usado para direcionar um cavalo ou outro animal destinado a esse fim. Ela pode ser confeccionada em couro, nylon, metal ou outros materiais, e atreladas ao cabresto pelo freio do cavalo. Registros históricos indicam que esse tipo de ornamento tenha sido usado pelo homem desde os tempos em que ocorreu a domesticação dos animais, na Pré-História. Acredita-se que o item tenha sido usado assiduamente entre os povos durante o processo em que ocorreu o surgimento da escrita e as primeiras civilizações organizadas. Na Antiguidade até a Idade Média, entre os romanos, os gregos, os celtas e mesmo os cavaleiros medievais na Europa, esse tipo de ornamento possuía significados e relevâncias diferentes entre si. Nesse contexto, a rédea poderia ser usada como um elemento de indício social, tal como acontecia com outros apetrechos de montaria. Na ocasião, essa rédea é do tipo tradicional, sendo o seu contexto ligado à cultura latifundiária característica do processo de formação do Brasil, desde os tempos em que houve o estabelecimento da Colônia portuguesa. É um artefato que se tornou muito popular durante a fase em que a pecuária foi inserida na conjuntura política amadurecida pelo surgimento das fazendas modernas, ou seja, à partir do final do século XIX, durante a transição do Império (1822 - 1889) para a República Velha (1889 - 1930). O item foi doado ao Museu do Zebu em 23 de março de 1984 por Laerte Rodrigues Borges, pecuarista de família tradicional e associado à ABCZ. De fabricação industrial, é feito a partir da crina de cavalo, com fios de nylon e couro entrelaçados, possuindo 243 Cm de extensão. Corresponde, provavelmente, à segunda metade do século XX, mais precisamente à década de 1970.