Viola Giannini, início do século XX. Pertenceu a Manoel Rodrigues da Cunha.

Em novembro de 1900, no número 60 da "pacata" Rua de São João (atual Avenida São João), um imigrante começou a criar uma pequena empresa que logo iria se tornar sinônimo de violas no país: A "Fábrica de Instrumentos de Cordas de Tranquillo Giannini". Ali, os instrumentos musicais eram produzidos artesanalmente pelo seu fundador, o italiano Tranquillo Giannini, e seus funcionários. Na década seguinte, a Giannini iniciou a construção de sua primeira fábrica com equipamentos mais modernos e um sistema parcialmente mecanizado. A empresa continuou a crescer cada vez mais até que no ano de 1920 a fábrica ficou pequena, tornando-se necessárias novas e maiores instalações não muito distantes dali, no número 126 da Rua General Osório. Mesmo em uma área maior que a primeira, logo o espaço tornou-se incapaz de atender à demanda das vendas e a empresa mudou-se para zona oeste da cidade, em uma área de 1.500 metros quadrados, no número 414 da Alameda Olga, no bairro da Barra Funda em 1930. Em 1954, a empresa tomaria um lugar de grande importância no cenário paulistano ao participar da inesquecível exposição do IV Centenário da Cidade de São Paulo, realizada no recém-inaugurado Parque do Ibirapuera. Era impossível falar de instrumentos de corda no Brasil sem mencionar pelo menos uma vez o nome "Giannini", que, além de sinônimo de música erudita, tornara-se parte integrante e inseparável da vida musical brasileira.