Moedor de Café, segunda metade do século XX.

O moinho é utilizado para moer os grãos de café, depois de torrados. Esse aparelho aplica uma força mecânica para tornar cada dum dos grãos em pó, ideal para o consumo e o preparo do café. Registros históricos consideram o surgimento do café apreciado como bebida estimulante a partir do século IX, na África. Teria surgido na Etiópia, para depois ser difundido para o Egito, o Oriente Médio e a Europa. O nome vem da palavra árabe que significa "qahwa", que significa vinho devido à importância que a bebida passou a ter para a comunidade árabe. No Brasil, o café teria se difundido a partir do século XVIII, na região do sudeste e nordeste. Seria, a partir do Império até o início da Era Vargas, o principal gênero de exportação responsável pela maior parte da economia do país, que era essencialmente agrícola até o fim da Segunda Guerra Mundial. A atividade tornou-se tradição à medida em que a sociedade patriarcal, no princípio, foi se fortalecendo no Brasil. As primeiras fazendas, vilarejos e cidades traziam como aspecto cultural a difusão artesanal do café, sendo o moinho (ou moedor) um item que não poderia faltar nas tradicionais cozinhas brasileiras. Atualmente existem grandes moedores utilizados para moagem industrial em larga escala, assim como moedores menores e caseiros, projetados para moer o café logo antes do líquido ser preparado. Esse Moinho de café é de origem artesanal, todo elaborado em ferro, medindo 38,4 X 16,8 Cm. Encontra-se em bom estado de conservação, sendo notável a ação corrosiva do tempo em sua composição, o que é considerado comum. Acredita-se ter sido fabricado durante a década de 1950, segundo Terezinha Teixeira Rosa, doadora do item ao Museu do Zebu em 25 de janeiro de 1985.