Grosa, objeto usado na preparação do casco do gado.

A grosa é uma ferramenta manual ou mecânica consistente, feita a partir de haste de aço com ranhuras, usada para desbastar outras peças, sejam elas de metais mais moles, como o alumínio ou o latão, ou de outros materiais como a madeira. Apesar de menor precisão, em comparação com a lima, a grosa tem uma capacidade de desbaste superior. São ferramentas específicas para proporcionar acabamentos em trabalhos com madeiras e a diferença está nos dentes que são mais profundos com intervalos maiores entre eles, proporcionando um corte agressivo, ou seja, um desbaste mais rápido. É um tipo muito usado por marceneiros, principalmente, para esculpir, talhar ou modelar móveis, pedras, e outros aspectos similares. No caso desse item, também era usado pelos tratadores tradicionais para preparar (polir, lixar) o casco do gado, uma região intradigital que se localiza na parte inferior da pata do gado. Segundo a medicina veterinária, a pata do boi é alvo comum de várias doenças, inclusive a ação de fungos e outros tipos de microorganismos. Atualmente, esse método foi substituído gradativamente por outros considerados mais apropriados e eficazes. Corresponde a um tipo de tratamento considerado ultrapassado, mas que é possível observar a permanência dele entre criadores que adotam procedimentos tradicionalmente "rústicos" nas fazendas ou pequenas propriedades. Essa ferramenta foi doada ao museu por Osmar Alves (dados pessoais desconhecidos ou não registrados) em 30 de março de 1984. A fabricação é de origem estadunidense, trazendo registro em baixo relevo no metal que está próximo ao cabo nos dizeres "Nicholson USA, Made in USA". Sua procedência corresponde aos anos iniciais do século XX, sendo composto de ferro, madeira e outros detalhes em plástico, medindo 35,5 Cm. É provável que tenha sido usado no tratamento de animais zebuínos desse período.