Lamparina, segunda metade do século XX.

A lâmpada a óleo, também designada por candeia, lamparina ou lâmpada de azeite, é constituída de um recipiente com algum tipo de óleo combustível, sobre o qual flutua um pedaço de madeira ou cortiça, geralmente, com um pavio encerado fixo. Seu uso se estende desde a pré-história até os dias de hoje. Este tipo de lâmpada a combustível visa efetuar o aquecimento de sistemas de pequenas dimensões ou realizar certas flambagens rápidas que requeiram temperatura mais baixa que a produzida pelos queimadores a gás ou bico de Bunsen, ou ainda, pouca quantidade de calor. A fabricação desse objeto corresponde à segunda metade do século XX, mais precisamente à década de 1970. É todo talhado em cobre, cuja forma assemelha-se a um funil de cabeça para baixo. Na parte superior, apresenta-se segundo a forma de um canudo, onde na parte inferior, entreposta entre o canudo e o funil, está um pires com marca de soldas da cor prata, formando finalmente um cone afunilado. Afixada ao cone encontra-se uma alça, onde duas linhas salientes e em alto relevo moldam a estrutura do funil. Apresenta, no fundo circular, um leve amasso causado acidentalmente, mas que não compromete a composição total do objeto. A utilização de objetos como esse nos remete à vida social, seja ela urbana ou rural. Provavelmente, ao considerar a data de fabricação desse utensílio, é possível notar que o mesmo corresponde a um tempo em que a energia elétrica era bastante popular nos meios e deficiente em outros. E pensando o ambiente onde o gado zebu era criado, esse objeto pode ser considerado um item de grande necessidade, uma vez que era bastante comum que os tratadores fizessem uso da lamparina para apartar ou buscar algum gado perdido entre o pasto.