Flame, objeto de uso técnico-veterinário para sangria em animais.

O flame é um tipo de canivete usado como instrumento veterinário para sangrar cavalos e outros animais similares desde o século XIX. Com 04 lâminas de tamanhos distintos, onde uma delas apresenta uma gravação em baixo relevo da marca "Corneta", é de origem pouco conhecida. Com o passar dos anos, o uso desse item foi substituída por outros métodos e instrumentos considerados mais apropriados. Para alguns especialistas, é um objeto considerado como relíquia desde quando foi gradativamente substituído por outros de formatos mais anatômicos e modernos. O método de sangria consiste na extração de sangue para promover a redução dos estoques corpóreos de ferro nos animais, aumentados na hemocromatose, geralmente, ou para reduzir o excesso de hemácias na policitemia vera. Cada uma das lâminas era usada para ferir o animal, e este sangrava por determinado tempo limite até que seja possível observar certa melhora nas suas condições físicas. A policitemia vera, também denominada policitemia rubra vera, consiste em um distúrbio mieloproliferativo crônico, consequente da multiplicação anormal de células progenitoras hematopoiéticas, que resulta especialmente, mas não somente, em excesso de eritrócitos, e também de plaquetas e alguns leucócitos. Esta superprodução de células sanguíneas impede que as células-mãe desempenhem suas funções corretamente. Esse tipo de instrumento veterinário pertenceu a José Bento (dados e referências pessoais não registrados) e foi doado ao Museu do Zebu em 06 de maio de 1995.