Guaiaca, décadas de 1940 a 1960.

A Guaiaca é um tipo de cinto de couro que contém alguns "bocos", ou compartimentos, para guardar moedas e outros utensílios pequenos. Era bastante utilizada pelos tropeiros, mascates e outros tipos de personagens ligados às atividades do tipo que envolve viagens, de curta ou longa distância, e afins. É um tipo bastante usado por vaqueiros, boiadeiros e capatazes responsáveis pela pecuária de um determinado lugar ou região. No Brasil, era bastante comum entre os desbravadores das terras que ousaram promover o povoamento e a expansão territorial durante os séculos XVI e XVII. Sua utilização sobreviveu até o século XX, diminuindo expressivamente à medida que a atividade foi se modernizando. Segundo o doador, que era descendente de criadores de zebu, a família preservou o adereço com o objetivo de guardar a memória de seus antepassados e relembrar a ligação deles com a agropecuária no Triângulo Mineiro. A peça corresponde provavelmente à segunda metade do século XX. É toda confeccionada em couro, contendo alguns adereços em metal sob moldagem e adornos com corte, costura e pintura, medindo 10 x 94 cm de largura e comprimento. Foi doada por Sebastião Faleiros de Aguiar ao Museu do Zebu em 08 de março de 1984. Sua importância histórica está ligada à preservação de itens materiais que remetem aos tempos clássicos da formação da zebuínocultura em Uberaba, correspondendo aproximadamente entre os anos de 1940 a 1960, em que ocorreram algumas importações consideradas relevantes para a caracterização do plantel zebuíno no Brasil.