Análise de especialistas sobre a Força do Agronegócio
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A Força do Agronegócio » Palavra de especialistas
Publicado em 06/03/2015 às 02:21:38
- atualizado em 06/03/2015 às 02:26:14
As avaliações sobre A Força do Agronegócio feita por alguns dos maiores especialistas em economia do país, A questão chave é: se o Agronegócio parasse de produzir, como ficaria nossa economia?

""Enquanto temos o agronegócio com grande importância na economia brasileira, uma crise de produção, por menor que fosse a redução na oferta de alimentos, impactaria muito nos preços dos alimentos, catapultando a inflação e deteriorando o poder de compra das familias. Pelo lado externo, tambem interferiria no desempenho comercial do país, frente ao mercado internacional. Importante lembrar, o Brasil é um dos grandes players do mercado internacional de commodities, e dada uma pequena alteração de volume de produção do agronegócio o mercado mundial se modifica. Caso houvesse uma hipotética e radical paralisação na produção, o país entraria em uma crise sem precedentes, de consequências inimagináveis. ""
Sérgio Bastos é economista e atual Presidente do Sindicato dos Economistas no Estado do Mato Grosso do Sul (SINDECON-MS)
""É interessante destacar que, enquanto a produção primária da agricultura e da pecuária chega a cerca de 5% do Produto Interno Bruto do país, o agronegócio representa em torno de 24% do PIB, ou seja, o valor agregado agricultura-pecuária-indústria eleva sobremaneira e dá a exata dimensão da importância econômica desse setor. Notadamente no comércio exterior há grande destaque para o agronegócio, já que mais de 40% das exportações brasileiras é dele proveniente. O ideal é que tal dinamismo transforme-se, também, em maior número de empregos e melhor remuneração para todos os envolvidos na produção e na comercialização, transformando-se no que chamo de "sustentabilidade humana" de qualquer empreendimento que queira ser duradouro.""
Pedro Afonso Gomes é economista, pós-graduado em Mercado de Capitais, Direito Empresarial e Estratégias Empresariais. Atual Presidente (até 2017) do Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo (SINDECON-SP)


"" O agronegócio responde hoje por 30% do PIB e por 35% do emprego no país, contribuindo fortemente para a interiorização do desenvolvimento, além de ser o principal gerador de divisas ao responder por 35% das exportações e por um saldo comercial da ordem de 20 bilhões de dólares anuais, segundo o Ministério da Agricultura. Essa história de sucesso só não é maior por causa de alguns gargalos que ainda atravancam o desenvolvimento do setor: elevadas taxas de juro e impostos, deficiências na infra-estrutura de suporte ao setor, dificuldades no sistema de defesa sanitária, relações conflituosas entre os agentes nas cadeias agroindustriais, problemas de acesso aos mercados compradores e competição desleal diante dos indecentes subsídios praticados no mundo desenvolvido. ""
Marcos Fava Neves é economista, PhD. Professor Titular FEA/USP.
""Historicamente, o agronegócio, (agricultura, pecuária e atividades extrativistas) se mistura com o retrato da economia brasileira. Sua participação no crescimento do País continua se dando de forma sólida e sustentável. Muito embora o momento presente seja cercado de incertezas da economia para 2015, o cenário para o agronegócio ainda é de prosperidade. A moeda nacional (Real) se desvalorizou em 2014 em mais de 9%, beneficiando as exportações brasileiras e o agronegócio se manteve na liderança. Para 2015, é possível prever que o setor vá continuar sua trajetória de alta, mesmo com a desvalorização internacional das commodities, o que produz perda de competitividade dos nossos produtos de forma generalizada no exterior. Outro aspecto é o da geração de empregos que continuará em alta neste setor, embora a economia tenha crescido menos, agravada pela valorização importante do câmbio e inflação atingindo o topo da meta de 6,5% ao ano. A economia brasileira depende da participação do agronegócio e seus desdobramentos para a geração de emprego, renda e divisas (exportações) em todas as regiões."
Sérgio Martins é economista, administrador, economiário federal, professor e consultor financeiro.

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