IBGE faz raio x do desenvolvimento sustentável no Brasil
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Publicado em 08/07/2015 às 10:20:30

Emissões de CO2
IBGE faz raio X do desenvolvimento sustentável do país em 63 indicadoresO IBGE lançou um extenso relatório com 63 indicadores, incluindo várias séries históricas, que traçam um panorama da sustentabilidade da forma de desenvolvimento do Brasil.A 6ª edição dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) Brasil 2015 mostra que o país está avançando em diversas áreas ambientais, sociais e econômicas, mas tem muito por avançar em outras.
A proporção do uso de energia não-renovável, por exemplo, aparece em queda no relatório do IBGE, enquanto o consumo de energia em geral cresce mais rapidamente que a população. O desmatamento da Amazônia tem diminuído, mas ainda consome milhares de quilômetros quadrados de floresta a cada ano. Os casos de doença por falta de saneamento têm diminuído, mas os que têm insetos como causa aumentaram.
O relatório usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Produto Interno Bruto (PIB), Pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM) e Projeção da População do Brasil, todos do IBGE, além de dados de ministérios, secretarias estaduais e municipais, Ibama, DataSUS, Iphan, Unesco e outras instituições.
Veja abaixo alguns destaques do IDS 2015:
População em áreas costeiras - Um dos dados apresentados pelo instituto é o aumento de 33%, entre 1991 e 2010, da população residente no litoral, saltando de 34,3 milhões para 45,7 milhões.
Um dos principais efeitos da mudança climática, previsto por cientistas, é o aumento do nível do mar em decorrência do degelo dos polos.
Essa elevação pode afetar as populações que vivem áreas costeiras, inclusive no Brasil. A região do país com maior vulnerabilidade à elevação dos oceanos é o Nordeste. Dos 53 milhões de habitantes distribuídos por nove estados, 20 milhões moram na costa litorânea.
Emissões de CO2 - Ainda em relação à questão das mudanças climáticas, o relatório do IBGE, baseado em dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, ressalta que as emissões de dióxido de carbono (CO2) do país aumentaram 65% entre 1990 e 2005.
Em números absolutos, o total de dióxido de carbono liberado na atmosfera no país saltou de 991.731 gigatoneladas para 1.637.905 gigatoneladas.
O CO2 é um poderoso gás de efeito estufa e o aumento de seus níveis preocupa por influenciar o aumento da temperatura do planeta, responsável por provocar as mudanças climáticas.
Entre 1990 e 2010, o setor de energia foi o que mais emitiu dióxido de carbono no Brasil. O total foi crescente no período, saltando de 179.948 gigatoneladas para 382.698 gigatoneladas. Houve aumento também nas emissões provenientes de processos industriais e tratamento de resíduos. Na agricultura, houve alta no lançamento de gases como metano e óxido nitroso.
Desmatamento - O IBGE incluiu em seu relatório os dados do Sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que mostram que o ritmo do desmate da amazônia, entre subidas e descidas, diminuiu entre 1991 e 2013.
Em 1991, o desflorestamento bruto na Amazônia Legal (bioma que abrange todos os estados da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão) foi de 11.030 km². A devastação atingiu seu pico em 1995 (29.059 km²), mas houve nova redução. Em 2013, último dado tabulado pelo IBGE neste relatório, houve perda de 5.843 km².
As informações representam o índice oficial de perda de vegetação amazônica do governo federal e avaliam os meses que integram o chamado "calendário do desmatamento", relacionado com as chuvas e atividades agrícolas (o índice de 2013, por exemplo, vai de agosto de 2012 a julho de 2013).
Mata Atlântica e Cerrado - O relatório apresenta ainda a quantidade de áreas remanescentes de vegetação nos demais biomas brasileiros. A partir de informações do Ibama, o documento mostra que, até 2012, restavam 14,5% da vegetação original de Mata Atlântica (189,5 mil km² de 1,3 milhão de km²).
Do Pampa, presente na Região Sul, até 2009 restavam 36%, o equivalente a 63,7 mil km². Até 2010, o Cerrado teve desmatado 49,1% de sua vegetação original, restando 1,03 milhão de km².
Do Pantanal, ainda há 84,6% de área preservada, o que totaliza 127,2 mil km². Ainda de acordo com o relatório do IBGE, 46,6% da Caatinga foram desmatados até 2009, restando 441,2 mil km² do bioma.
Queimadas - Entre 2008 e 2013, o Cerrado foi o bioma que mais registrou focos de queimada, de acordo com os dados do IBGE, a partir do monitoramento de focos de calor do Inpe.
No período, o Brasil registrou 937,7 pontos de calor, sendo que 373,7 mil (39,8%) ocorreram nos oito estados que compõem o Cerrado.
Os dados do relatório do IBGE mostram que 1.152 espécies da flora e da fauna brasileira são consideradas ameaçadas de extinção. Os números apresentados são de 2008, portanto o número desde então pode ter aumentado.
A Mata Atlântica é o bioma brasileiro com a maior quantidade de espécies da flora e fauna ameaçadas de extinção. São 544 espécies (275 da flora e 269 da fauna) em risco de desaparecer.
Agrotóxicos - A quantidade de agrotóxico entregue ao consumidor final mais que dobrou entre 2000 e 2012, segundo o IBGE. Em 2002, quando houve o menor uso no período, a comercialização do produto era de 2,7 quilos por hectare. Em 2012, esse número chegou a 6,9 kg/ha.
O relatório apontou que os produtos considerados perigosos foram os mais representativos, respondendo por 64,1% dos itens comercializado entre 2009 e 2012. Segundo o especialista do IBGE, esse resultado foi puxado por um herbicida denominado glifosato.
"É um produto medianamente perigoso e muito usado na cultura da soja. Está-se usando muito no país, principalmente na área do Cerrado e do Centro-Oeste. Glifosato é o componente mais comercializado", disse Rodrigo Pereira, gerente de estudos ambientais da coordenação de recursos naturais e estudos ambientais do IBGE.
Doenças por falta de saneamento diminuíram - De 2000 a 2013, diminuíram as internações por doenças relacionadas a falta de saneamento ambiental no Brasil. Se, em 2000, havia 326,1 internações por esse tipo de doença a cada 100 mil habitantes, em 2013, o número caiu para 202,6 a cada 100 mil.
Nesse período, diminuíram os casos de doenças de transmissão feco-oral, de transmissão pela água e relacionadas com a higiene, aponta o IBGE. As doenças transmitidas por insetos, porém, aumentaram. Em 2000, foram 22 casos por 100 mil habitantes, número que subiu para 34,9 casos por 100 mil habitantes em 2013.
A região com maior incidência desse tipo de doença em 2013 foi o Norte. Já o Sudeste foi a região com a menor incidência do problema.
Aids aumentou - A incidência de Aids aumentou de 2000 para 2012: passou de 16,6 para 20,2 a cada 100 mil habitantes. Ainda de 2000 a 2012, o Brasil registrou um aumento de 4,7 anos na esperança de vida ao nascer: a expectativa foi de 69,8 para 74,5 anos.
No mesmo período, houve uma redução da mortalidade infantil de 29,02 por mil nascidos vivos para 15,69 por mil nascidos vivos. Em 2012, a maior taxa de mortalidade infantil foi registrada no Nordeste: 20,5 por mil nascidos vivos. A menor taxa foi observada no sul: 10,8 mortes por mil nascidos vivos.
A desnutrição em crianças menores de 5 anos também vem diminuindo progressivamente. Entre 2008 e 2009, a prevalência foi de 2,8%. Esse índice era de 18,4 entre 1974 e 1975. De 2002 a 2009, aumentou o número de estabelecimentos de saúde por mil habitantes: de 0,37 para 0,49. O número de leitos para internação, porém, diminuiu, passando de 2,6 para 2,23 por mil habitantes.
Educação - Os dados compilados pelo IBGE mostram que o Brasil tem avançado rumo ao cumprimento de metas internacionais, mas que ainda há desigualdades. Uma das áreas destacadas pelo levantamento é a alfabetização de adultos.
Segundo a Pnad 2012, no Distrito Federal e nos estados do Amapa, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, a taxa de alfabetização de jovens e adultos de cor branca é de entre 95,1% e 97,2% da população.
Já entre os jovens e adultos pretos ou pardos, só no Distrito Federal e no Espírito Santo a taxa chegou a esse patamar. Há ainda três estados (Alagoas, Maranhão e Paraíba) onde a taxa varia entre 76,5% e 80% para os jovens e adultos negros. No caso dos brancos, nenhum estado tem taxa abaixo de 80%.
A meta do Plano Nacional de Educação (PNE) é ter, até o fim deste ano, 93,5% das pessoas com 15 anos ou mais alfabetizadas, e 100% até 2024. Em 2013, a taxa média nacional era de 91,5%.
Menos energia renovável - A energia renovável - hidrelétrica, gerada com lenha e carvão vegetal, derivados da cana-de-açúcar, entre outras fontes primárias renováveis - perdeu participação na matriz energética brasileira em 2012, mostra o IDS. Naquele ano, ela registrou sua menor participação em uma década: 42,4%.
"Houve queda forte na cana de açúcar e derivados, queda na hidráulica, em função principalmente de fatores climáticos. Estamos passando por uma certa seca. Isso já vem de algum tempo. A lenha também: na medida que diminuiu o desmatamento, diminui a lenha", explica o pesquisador de Recursos Naturais do IBGE, Júlio Gonçalves.
Mais energia não-renovável - A participação de energia não-renovável na matriz energética brasileira cresceu de 56,1%, em 2003, para 57,6%, em 2012, "principalmente na oferta de petróleo e derivados, que passou de 36,7% para 39,2%, entre 2008 e 2012.
"Isso se deve à descoberta das reservas de pré-sal e ao crescimento das vendas dos automóveis", ressaltou o IBGE. " A produção de petróleo e gás começa a subir a partir de 2008.O que está crescendo são as outras fontes de energia não-renováveis", completou Gonçalves.
De acordo com ele, no entanto, as participações totais das não-renováveis estão caindo.
"Petróleo e gás são os que puxam a não-renovável para ampliar a sua participação na matriz energética", completou o pesquisador.
Consumo energético - O estudo mostrou também que o consumo final de energia per capita cresceu entre 2000 e 2012, com exceção de 2009, e passou de 41,5 gigajoules (GJ) por habitante, em 2000, para 53,3 GJ/habitante em 2012.
"A população cresceu 1,2% ao ano em média, enquanto o consumo de energia exibiu crescimento de 3,3% ao ano", avaliou o IBGE. Data de Publicação: 23/06/2015 às 08:40hs
Fonte: G1

IBGE faz raio X do desenvolvimento sustentável do país em 63 indicadores
O IBGE lançou um extenso relatório com 63 indicadores, incluindo várias séries históricas, que traçam um panorama da sustentabilidade da forma de desenvolvimento do Brasil.
A 6ª edição dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) Brasil 2015 mostra que o país está avançando em diversas áreas ambientais, sociais e econômicas, mas tem muito por avançar em outras.
A proporção do uso de energia não-renovável, por exemplo, aparece em queda no relatório do IBGE, enquanto o consumo de energia em geral cresce mais rapidamente que a população. O desmatamento da Amazônia tem diminuído, mas ainda consome milhares de quilômetros quadrados de floresta a cada ano. Os casos de doença por falta de saneamento têm diminuído, mas os que têm insetos como causa aumentaram.
O relatório usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Produto Interno Bruto (PIB), Pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM) e Projeção da População do Brasil, todos do IBGE, além de dados de ministérios, secretarias estaduais e municipais, Ibama, DataSUS, Iphan, Unesco e outras instituições.
Veja abaixo alguns destaques do IDS 2015:
População em áreas costeiras - Um dos dados apresentados pelo instituto é o aumento de 33%, entre 1991 e 2010, da população residente no litoral, saltando de 34,3 milhões para 45,7 milhões.
Um dos principais efeitos da mudança climática, previsto por cientistas, é o aumento do nível do mar em decorrência do degelo dos polos.
Essa elevação pode afetar as populações que vivem áreas costeiras, inclusive no Brasil. A região do país com maior vulnerabilidade à elevação dos oceanos é o Nordeste. Dos 53 milhões de habitantes distribuídos por nove estados, 20 milhões moram na costa litorânea.
Emissões de CO2 - Ainda em relação à questão das mudanças climáticas, o relatório do IBGE, baseado em dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, ressalta que as emissões de dióxido de carbono (CO2) do país aumentaram 65% entre 1990 e 2005.
Em números absolutos, o total de dióxido de carbono liberado na atmosfera no país saltou de 991.731 gigatoneladas para 1.637.905 gigatoneladas.
O CO2 é um poderoso gás de efeito estufa e o aumento de seus níveis preocupa por influenciar o aumento da temperatura do planeta, responsável por provocar as mudanças climáticas.
Entre 1990 e 2010, o setor de energia foi o que mais emitiu dióxido de carbono no Brasil. O total foi crescente no período, saltando de 179.948 gigatoneladas para 382.698 gigatoneladas. Houve aumento também nas emissões provenientes de processos industriais e tratamento de resíduos. Na agricultura, houve alta no lançamento de gases como metano e óxido nitroso.
Desmatamento - O IBGE incluiu em seu relatório os dados do Sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que mostram que o ritmo do desmate da amazônia, entre subidas e descidas, diminuiu entre 1991 e 2013.
Em 1991, o desflorestamento bruto na Amazônia Legal (bioma que abrange todos os estados da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão) foi de 11.030 km². A devastação atingiu seu pico em 1995 (29.059 km²), mas houve nova redução. Em 2013, último dado tabulado pelo IBGE neste relatório, houve perda de 5.843 km².
As informações representam o índice oficial de perda de vegetação amazônica do governo federal e avaliam os meses que integram o chamado "calendário do desmatamento", relacionado com as chuvas e atividades agrícolas (o índice de 2013, por exemplo, vai de agosto de 2012 a julho de 2013).
Mata Atlântica e Cerrado - O relatório apresenta ainda a quantidade de áreas remanescentes de vegetação nos demais biomas brasileiros. A partir de informações do Ibama, o documento mostra que, até 2012, restavam 14,5% da vegetação original de Mata Atlântica (189,5 mil km² de 1,3 milhão de km²).
Do Pampa, presente na Região Sul, até 2009 restavam 36%, o equivalente a 63,7 mil km². Até 2010, o Cerrado teve desmatado 49,1% de sua vegetação original, restando 1,03 milhão de km².
Do Pantanal, ainda há 84,6% de área preservada, o que totaliza 127,2 mil km². Ainda de acordo com o relatório do IBGE, 46,6% da Caatinga foram desmatados até 2009, restando 441,2 mil km² do bioma.
Queimadas - Entre 2008 e 2013, o Cerrado foi o bioma que mais registrou focos de queimada, de acordo com os dados do IBGE, a partir do monitoramento de focos de calor do Inpe.
No período, o Brasil registrou 937,7 pontos de calor, sendo que 373,7 mil (39,8%) ocorreram nos oito estados que compõem o Cerrado.
Os dados do relatório do IBGE mostram que 1.152 espécies da flora e da fauna brasileira são consideradas ameaçadas de extinção. Os números apresentados são de 2008, portanto o número desde então pode ter aumentado.
A Mata Atlântica é o bioma brasileiro com a maior quantidade de espécies da flora e fauna ameaçadas de extinção. São 544 espécies (275 da flora e 269 da fauna) em risco de desaparecer.
Agrotóxicos - A quantidade de agrotóxico entregue ao consumidor final mais que dobrou entre 2000 e 2012, segundo o IBGE. Em 2002, quando houve o menor uso no período, a comercialização do produto era de 2,7 quilos por hectare. Em 2012, esse número chegou a 6,9 kg/ha.
O relatório apontou que os produtos considerados perigosos foram os mais representativos, respondendo por 64,1% dos itens comercializado entre 2009 e 2012. Segundo o especialista do IBGE, esse resultado foi puxado por um herbicida denominado glifosato.
"É um produto medianamente perigoso e muito usado na cultura da soja. Está-se usando muito no país, principalmente na área do Cerrado e do Centro-Oeste. Glifosato é o componente mais comercializado", disse Rodrigo Pereira, gerente de estudos ambientais da coordenação de recursos naturais e estudos ambientais do IBGE.
Doenças por falta de saneamento diminuíram - De 2000 a 2013, diminuíram as internações por doenças relacionadas a falta de saneamento ambiental no Brasil. Se, em 2000, havia 326,1 internações por esse tipo de doença a cada 100 mil habitantes, em 2013, o número caiu para 202,6 a cada 100 mil.
Nesse período, diminuíram os casos de doenças de transmissão feco-oral, de transmissão pela água e relacionadas com a higiene, aponta o IBGE. As doenças transmitidas por insetos, porém, aumentaram. Em 2000, foram 22 casos por 100 mil habitantes, número que subiu para 34,9 casos por 100 mil habitantes em 2013.
A região com maior incidência desse tipo de doença em 2013 foi o Norte. Já o Sudeste foi a região com a menor incidência do problema.
Aids aumentou - A incidência de Aids aumentou de 2000 para 2012: passou de 16,6 para 20,2 a cada 100 mil habitantes. Ainda de 2000 a 2012, o Brasil registrou um aumento de 4,7 anos na esperança de vida ao nascer: a expectativa foi de 69,8 para 74,5 anos.
No mesmo período, houve uma redução da mortalidade infantil de 29,02 por mil nascidos vivos para 15,69 por mil nascidos vivos. Em 2012, a maior taxa de mortalidade infantil foi registrada no Nordeste: 20,5 por mil nascidos vivos. A menor taxa foi observada no sul: 10,8 mortes por mil nascidos vivos.
A desnutrição em crianças menores de 5 anos também vem diminuindo progressivamente. Entre 2008 e 2009, a prevalência foi de 2,8%. Esse índice era de 18,4 entre 1974 e 1975. De 2002 a 2009, aumentou o número de estabelecimentos de saúde por mil habitantes: de 0,37 para 0,49. O número de leitos para internação, porém, diminuiu, passando de 2,6 para 2,23 por mil habitantes.
Educação - Os dados compilados pelo IBGE mostram que o Brasil tem avançado rumo ao cumprimento de metas internacionais, mas que ainda há desigualdades. Uma das áreas destacadas pelo levantamento é a alfabetização de adultos.
Segundo a Pnad 2012, no Distrito Federal e nos estados do Amapa, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, a taxa de alfabetização de jovens e adultos de cor branca é de entre 95,1% e 97,2% da população.
Já entre os jovens e adultos pretos ou pardos, só no Distrito Federal e no Espírito Santo a taxa chegou a esse patamar. Há ainda três estados (Alagoas, Maranhão e Paraíba) onde a taxa varia entre 76,5% e 80% para os jovens e adultos negros. No caso dos brancos, nenhum estado tem taxa abaixo de 80%.
A meta do Plano Nacional de Educação (PNE) é ter, até o fim deste ano, 93,5% das pessoas com 15 anos ou mais alfabetizadas, e 100% até 2024. Em 2013, a taxa média nacional era de 91,5%.
Menos energia renovável - A energia renovável - hidrelétrica, gerada com lenha e carvão vegetal, derivados da cana-de-açúcar, entre outras fontes primárias renováveis - perdeu participação na matriz energética brasileira em 2012, mostra o IDS. Naquele ano, ela registrou sua menor participação em uma década: 42,4%.
"Houve queda forte na cana de açúcar e derivados, queda na hidráulica, em função principalmente de fatores climáticos. Estamos passando por uma certa seca. Isso já vem de algum tempo. A lenha também: na medida que diminuiu o desmatamento, diminui a lenha", explica o pesquisador de Recursos Naturais do IBGE, Júlio Gonçalves.
Mais energia não-renovável - A participação de energia não-renovável na matriz energética brasileira cresceu de 56,1%, em 2003, para 57,6%, em 2012, "principalmente na oferta de petróleo e derivados, que passou de 36,7% para 39,2%, entre 2008 e 2012.
"Isso se deve à descoberta das reservas de pré-sal e ao crescimento das vendas dos automóveis", ressaltou o IBGE. " A produção de petróleo e gás começa a subir a partir de 2008.O que está crescendo são as outras fontes de energia não-renováveis", completou Gonçalves.
De acordo com ele, no entanto, as participações totais das não-renováveis estão caindo.
"Petróleo e gás são os que puxam a não-renovável para ampliar a sua participação na matriz energética", completou o pesquisador.
Consumo energético - O estudo mostrou também que o consumo final de energia per capita cresceu entre 2000 e 2012, com exceção de 2009, e passou de 41,5 gigajoules (GJ) por habitante, em 2000, para 53,3 GJ/habitante em 2012.
"A população cresceu 1,2% ao ano em média, enquanto o consumo de energia exibiu crescimento de 3,3% ao ano", avaliou o IBGE.
Data de Publicação: 23/06/2015 às 08:40hs
Fonte: G1
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