Escudo ou Brasão da Família Azevedo no Brasil.

Analisando as considerações citadas na obra de André Weiss (1956), não foram localizadas até o momento da confecção dessa pesquisa fontes históricas que demonstram que Acácio Américo de Azevedo tenha sido de fato um criador de zebu. Contudo, mesmo sem a colaboração determinante desses dados biográficos, sua contribuição para a história da pecuária zebuína não deve ser ignorada. Mesmo estando limitado ao acaso silencioso das primeiras publicações, como deve ter acontecido com tantos outros que permaneceram no anônimato, alguns documentos atestam que Acácio foi um emissário importante na aquisição e seleção das raças durante o contexto clássico dos acontecimentos que marcaram o final do século XIX. Ao efetuar compras de um casal de zebu vindos do Jardim Zoológico de Londres para o Barão do Paraná em 1875, além de outras negociações realizadas em 1880 e 1881, procedeu de modo inusitado na conclusão da venda no Brasil de um touro Guzerá oriundo diretamente da Índia nesses tempos, consolidando a capacidade promissora desses animais no mercado nacional, que até então comportava-se com desconfiança ao sopro inovador das conquistas. O autor lhe confere lugar merecido na memória ao destacar a participação dele entre aqueles que foram protagonistas decisivos no processo embrionário da introdução e adaptação da raça no Brasil.

Texto e pesquisa: Thiago Riccioppo, Historiador, Mestre em História pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU; Gerente Executivo do Museu do Zebu/ABCZ e colaborador do CRPBZ.