Firmas Importadoras dos Séculos XIX e XX
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Memórias do Zebu » Importações de Zebu para o Brasil » Segunda Fase (1875 - 1891)
Publicado em 24/06/2015 às 17:00:30

No contexto da segunda metade do século XIX, a principal firma importadora do zebu indiano para o Brasil foi a Hagenbeck & Co., de propriedade de Carl Hagenbeck, com sede em Stellingen, próximo a Hamburgo na Alemanha. Outras quatro empresas de menor porte foram criadas ao longo dos anos. A primeira foi a Friburgo & Filhos, formada pelos membros da família Clemente Pinto, com chefia do Barão de Nova Friburgo, onde a sede desta empresa estava localizada na antiga Rua Municipal na cidade do Rio de Janeiro.
Depois surgiu a Crasley & Co., comandada por negociantes ingleses estabelecidos no Rio de Janeiro. A pedido de Joaquim Carlos Travassos, negociou com casas exportadoras indianas a compra de zebuínos da região de Madras. O gado adquirido destinava-se a atender a demanda de fazendeiros de seu ciclo de convívio. Essa empresa também negociou a compra de livros sobre estudos indianos da pecuária zebuína para o mesmo, haja visto que o importador era também zootecnista praticante e pesquisador no ramo.
A empresa de comércio internacional Hopkins, Causer & Hopkins, de Birmingham, na Inglaterra, como possuidora sedes no Rio de Janeiro, na Rua Teófilo Otoni nº 75 e outra em São João Del Rei, desempenhou atividades no ramo entre os anos de 1908 a 1910, quando o governo mineiro estimulou as aquisições de gado zebu na região. Acredita-se que essa empresa tenha realizado número relevante de importações, sendo inferior apenas à alemã Hagenbeck.
Outra empresa de comércio internacional que se dedicou ao comercio e aquisição de zebuínos foi a Casa Arens S.A, cuja matriz esteve estabelecida por muito tempo à Rua Rio Branco nº 20, onde possuía filiais em São Paulo e Jundiaí/SP. Não obstante, devido à ação dos pecuaristas da região do Triângulo Mineiro em Minas Gerais em especializarem-se na busca direta do gado na Índia, as operações realizadas por essa empresa acabaram perdendo expressividade no meio.
Texto e pesquisa: Thiago Riccioppo, Historiador, Mestre em História pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU; Gerente Executivo do Museu do Zebu/ABCZ e colaborador do CRPBZ.
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