iLP - Integração Lavoura e Pecuária e a recuperação e renovação indireta da pastagem degradada Voltar

Você está em: Sustentabilidade » Manejo Sustentável no Brasil » ILPF - Uma alternativa sustentável Publicado em 14/07/2015 às 22:58:28 - atualizado em 15/07/2015 às 08:57:28
Integração Lavoura e Pecuária - iLP. Fonte: Rural Centro

A recuperação e renovação indireta, ou seja, envolvendo cultivos agrícolas, em suas modalidades, tais como integração lavoura:pastagem (conhecidas pela sigla ILP), a integração lavoura:pecuária:floresta (ILPF) e a integração pecuária:floresta (IPF) apresentam várias vantagens para o desenvolvimento de atividades complementares a pecuária.

Dessas, podem ser destacadas: a melhoria da biologia do solo; a redução da incidência de insetos, pragas e doenças e plantas invasoras; o aumento da reciclagem de nutrientes e plantas invasoras; o aumento da reciclagem de nutrientes no solo e a eficiência de uso e extração pelas plantas; o aumento da estabilidade dos agregados do solo; diminuição da densidade e a compactação do solo; aumenta a taxa de infiltração das águas das chuvas; facilita a conservação do solo devido a disponibilidade de máquinas; facilita a troca da espécie forrageira devido ao uso intensivo de máquinas e herbicidas seletivos na agricultura; diversifica a produção da propriedade; otimização de máquinas e implementos ao longo do ano; redução dos custos para renovação/recuperação da pastagem (MACEDO; ZIMMER, 1993; KICHEL et al., 2000).

 

Segundo Martha Júnior et. Al., (2011), ainda devem ser consideradas as vantagens ambientais positivas de tecnologia, tais como a possibilidade de redução do avanço da fronteira agrícola (efeito poupa-terra), de mitigação de carbono (aumento do teor de matéria orgânica do solo) e redução de emissão de metano pelos animais com maior desempenho pastejando em pastagens de melhor qualidade. Na tabela 1, observa-se o impacto da integração lavoura-pecuária na recuperação de pastagens degradadas ao longo de 13 anos, possibilitando o aumento da taxa de lotação de 1,1 animal/ha para 3,2 animais/ha.

 


Fonte: MACEDO; ZIMMER, 1983.

A integração possibilitou a redução da área de pastagem de 100% da área útil da propriedade para apenas 36% desta área, ainda com um aumento no tamanho do rebanho.

 

1. Método de renovação e recuperação de pastagens com lavoura

1.1 Renovação ou recuperação rápida ou de curto prazo

 

Consiste em preparar o solo no final da seca; fazer o plantio da cultura no início das chuvas junto com a forrageira e usar a pastagem após a colheita.

 

Um bom exemplo de recuperação ou renovação rápida e usando o consórcio com milheto. As etapas são as seguintes:

 

1ª - Gradagem do solo em março e plantio de milheto ou aveia para pastagem no outono-inverno; 2ª - Preparo do solo na primavera e plantio de milheto junto com as sementes de braquiária no início das chuvas; 3ª - Usar uma variedade de milheto de ciclo longo; 4ª - Semear de 20 a 25 Kg de sementes/ha a lanço ou em linhas; 5ª Após 30 ou 35 dias da emergência das plântulas, quando o milheto alcançar 50 a 60 cm de altura, iniciar o pastejo. Geralmente a lotação neste primeiro pastejo varia de 1,5 a 3 UA/ha com ganho médio diário (GMD) de 0,7 a 1,0 Kg/dia (mais de 15% de proteína bruta (PB) na forragem); 6ª - O período de pastejo varia de 90 a 120 dias (até fevereiro) com produtividade de 8 a 15@/ha; 7ª - Vedar a pastagem por 40 a 50 dias e até a entrada da seca.

 

1.2 Renovação ou recuperação de longo prazo

 

Consiste em explorar ciclos de dois a cinco anos de lavoura/Pasto. Um bom exemplo é o plantio direto da soja ou milho sobre a pastagem (quadro abaixo).

 


Fonte: QUEIROZ, 2003.

1.3 Plantio com cultura acompanhante

Sistema Barreirão

 

Segundo Kluthcouski et al., 2003 as etapas são as seguintes: 1ª Redução da Brachiaria com grade pesada no período seco; 2ª Aração profunda (30-35cm), com arado de aiveca, no início do período chuvoso; 3ª Passagem de grade niveladora, antes da semeadura do arroz; 4ª Adubação de 12 Kg de N, 90 de P205, 48 de K20, 20 de sulfato de zinco e 30 Kg de FTE BR_12/ha; 5ª Semeadura do fato arroz de 40-45 cm entre linhas e 80 sementes/m linear para variedades do ciclo médio, e 100 sementes/m linear para as de ciclo curto; 6ª Aplicação de 5 Kg/ha de sementes de Brachiaria, misturados ao adubo e colocados a uma profundidade de 8 a 10 cm por ocasião do plantio; 7ª Adubação em cobertura (20 a 30 kg/ha); 8ª Vedação do pasto por 60 dias após a colheita de arroz.

 

* Adaptado de artigo escrito para revista ABCZ, nº 86 de Adilson de Paula Almeida Aguiar, consultor da CONSUPEC e professor da Faculdade Associadas de Uberaba - FAZU


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