Produtores rurais estão cada vez mais responsáveis, diz ambientalista Voltar

Você está em: Sustentabilidade » Casos de Sucesso Publicado em 16/09/2015 às 14:31:04
Gérard Moss, que coordena o projeto dos Rios Voadores.

Coordenador do projeto Rios Voadores fala sobre a evolução do agronegócio sustentável e do panorama das águas brasileiras

Ele é engenheiro mecânico e aviador. Mas depois de uma volta ao mundo a partir de 1989, que durou três anos, Gérard Moss resolveu se dedicar a projetos ambientais. E, desde 2001, se profissionalizou nessa "nova função", ganhando destaque nacional com projetos como o dos "Rios Voadores", sobre os quais percorre o país ministrando palestras.

Para o ambientalista, a questão "água" tem várias vertentes, podendo ser um problema ou uma solução. "O Brasil é realmente um país de águas. Cai mais chuvas aqui do que em qualquer outro território no mundo, o que dá ao país grandes oportunidades. É justamente isso que incentiva o Brasil a enfrentar o desafio de alimentar o mundo: a grande incidência de chuva, graças a Floresta Amazônica", ressalta.

 

Essa relação do índice pluviométrico com a presença da floresta foi comprovada pelo estudioso, através de pesquisas aéreas na região. G realizou inúmeros voos para coletar as amostras, em altitudes diferentes. A análise das amostras foi feita no CENA (Centro de Energia Nuclear na Agricultura) da USP-Piracicaba.Numa segunda fase do projeto, foram interligados os resultados das análises com as condições meteorológicas regentes na hora da coleta.

 

A comprovação da movimentação desses vapores foi carinhosamente chamada de "Rios Voadores", um projeto que ganhou fama com destaque em reportagens de grandes veículos de comunicação do país. "Chamamos de Rios Voadores o transporte de massas de ar úmidas da região da Amazônia para outras partes do país, inclusive sudeste. Então é um rio com água em forma de vapor na atmosfera", explica.

 

Leia mais sobre o projeto em: http://riosvoadores.com.br/o-projeto/

Falta d'agua. "Não temos falta dágua. Temos um consumo irreal", Gérard Moss define o panorama brasileiro. Segundo o pesquisador, ao invés de procurarem mais fontes de água, a solução seria promover mais trabalhos sobre como as famílias e como a indústria podem economizar, assim como o governo pode ser mais racional na distribuição da água com menos perdas.

Já são cerca de seis anos, trabalhando com palestras de educação ambiental pelo país. Até hoje, de acordo com Moss, o público ainda fica surpreso ao descobrir a dependência que o ciclo das águas tem das florestas em pé.


Pecuária x florestas. Para o defensor do meio ambiente, as atitudes dos fazendeiros estão cada vez mais responsáveis em grande parte do país. Ele acredita que o crescimento da integração lavouxa/ pecuária x florestas é uma tendência. "Há 10 anos, a maioria era contra florestas. Hoje já têm consciência de que florestas trazem chuvas e chuvas trazem produção. Estou confiante de que todos os produtores rurais, em pouco tempo, estarão completamente convencidos da importância da preservação de todas as matas que nós temos", destaca Gérard Moss.

Para que isso aconteça, o ambientalista defende mudanças de conceitos e estímulo por parte do poder público. "Muitas vezes, as matas são vistas como áreas não produtivas. Mas as matas produzem chuva e sem chuva não há produção. O governo deveria incentivar através de incentivos fiscais a recuperação de áreas degradadas", orienta.

 

*Acesse, a seguir, a recente adição do livro infanto-juvenil Rios que voam, de Yana Marull. O kit de material didático e as oficinas do projeto incluem professores de Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II. O convite para participar, extensivo aos professores da rede pública (municipal e estadual), é realizado através das Secretarias de Educação estaduais e municipais.


Edição recente do livro infanto-juvenil Rios que voam, de Yana Marull. Disponível para baixar em pdf. Fonte: riosvoadores.com.br

Baixe a recente adição do livro infanto-juvenil Rios que voam, de Yana Marull (pdf)


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