A genética é essencial para o aumento do desempenho da produção de um rebanho. Ela é a capacidade de um individuo transmitir uma série de características para seu descendente.

Acompanhe logo mais alguns vídeos que explicam passo a passo a importância da genética no aumento da rentabilidade e sustentabilidade nos rebanhos.

O melhoramento genético de bovinos acontece desde o ano 2 mil a.C, na Península Ibérica. Na época já se escolhia os animais que rendiam mais leite. Dessa forma, aos poucos o rebanho ganhava algumas características de gado de leite ou gado de corte. Mesmo depois de 4 mil anos, a ideia de melhoramento genético é bem próxima disso. Basicamente, os pecuaristas descartam aqueles bovinos que não tem uma qualidade apurada para que esse animal não tenha descendentes, o que acarretaria em mais um individuo de baixa qualidade.

Porém, atualmente existem as mais diversas formas de melhoramento genético. Atualmente, pecuaristas podem comprar sêmen de bovinos premiados e realizar Inseminação Artificial ou FIV (Fertilização in Vitro), quando é possível fazer um melhoramento genético em seu rebanho, melhorando a característica genética dos mesmos. Para isso é necessário um planejamento minucioso e complexo, partindo de análises de características morfológicas e rendimentos de produção, até Inseminação Artificial, FIV e outras técnicas que vieram para acelerar este processo.

No vídeo a seguir você vai conhecer um pouco das raças zebuínas no Brasil e como foi desenvolvido o Programa de Melhoramento da ABCZ (PMGZ):

Inseminação artificial (IA)

É a técnica em que o sêmen do touro é introduzido, pelo homem, no útero da vaca ou novilha em cio sem o contato direto com o touro. Ou seja, uma dose de sêmen descongelada é depositada no aparelho reprodutivo da fêmea para que ocorra a fecundação do óvulo. Para isso, são utilizados instrumentos e procedimentos apropriados. Vacas em cio pela manhã deverão ser inseminadas na tarde do mesmo dia; vacas observadas em cio à tarde devem ser inseminadas no início da manhã do dia seguinte.

A utilização da inseminação artificial é altamente indicada para vacas com produção superior a 2.000 litros de leite por lactação. O uso de touros não provados para características de leite, nesses tipos de rebanhos, pode ser arriscado, pois as filhas podem não obter a produção de leite das mães e chegar a índices bem menores, inclusive. É importante observar que a IA deve ser adotada em fazendas que já possuam bom nível tecnológico, com boa escrituração zootécnica e adequados manejos sanitário e nutricional, sem as quais não se obterá sucesso com a técnica.

A aplicação deste conjunto de condutas, assim como atentar para a fertilidade e qualidade do sêmen, a atenção e responsabilidade do inseminador, a qualidade da assistência técnica especializada e, principalmente, o constante acompanhamento e empenho do proprietário são um forte indicativo de alcance do sucesso. Alguns outros cuidados relacionados à IA serão abordados logo adiante.

Veja vídeo da Embrapa e aprenda mais sobre o assunto:

Fecundação in vitro em Bovinos

É comum confundir a FIV com a inseminação artificial em bovinos, porém, são processos totalmente distintos. O nome "in vitro" se dá pelo fato da técnica ser realizada em um laboratório. Ou seja, tanto o óvulo quanto o espermatozoide podem ser de animais que não estão envolvidos.

Geralmente, a fertilização in vitro em bovinos é utilizada para dar continuidade na geração de uma fêmea extremamente produtiva, e não a colocando em risco ao qual a gravidez geralmente proporciona. Em alguns casos, é comum que nasçam bastante gêmeos na FIV, tanto em humanos quanto em animais. Isso acontece pelo fato de ser incluído mais que um embrião no útero da fêmea, uma vez que colocando dois embriões, as chances do processo ser um sucesso são duplicadas.

Veja estudo de caso apresentado no Globo Rural:

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Fonte: (Adaptação e Pesquisa) Embrapa, Globo Rural e ABCZ