Estiagem, como proteger sua propriedade de incêndios
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Publicado em 23/06/2016 às 08:59:07
Com altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, um simples pedaço de vidro, garrafa, lata de alumínio ou um resto de cigarro mal apagado, jogado no pasto seco, pode se transformar em agente de incêndios incontroláveis.O fogo na vegetação seca provoca riscos de curto-circuito na fiação elétrica, incêndios, degradação do solo, perda de animais e outros tantos prejuízos, se não for controlado com rapidez.
Para prevenir esses incidentes os produtores rurais devem tomar algumas medidas antecipadamente. Naquelas propriedades que margeiam rodovias e estradas vicinais é necessário que se façam aceiros de aproximadamente 1,5 metro de cada lado da cerca.
O mesmo trabalho deve ser repetido nas cercas de divisas da propriedade e em torno da área de reserva legal. Em áreas de florestas de eucalipto os aceiros devem ser ainda mais largos, em alguns casos recomenda-se que tenham até 20 metros. Desta forma, torna-se mais fácil controlar o fogo e evitar que ele atinja outras áreas.
Caso ocorra uma queimada ou incêndio involuntário na propriedade o produtor deve comunicar imediatamente aos órgãos responsáveis, fazer ocorrência junto à Polícia Militar ou Polícia Civil e arrolar testemunhas do ocorrido para poder se resguardar de possíveis penalidades.
Sabe-se que no meio rural a queimada é, também, uma antiga prática agropastoril, quando o fogo é usado de forma controlada para viabilizar a agricultura ou renovar as pastagens. Hoje, ela já não é mais recomendada. O setor de máquinas já evoluiu muito e criou implementos que substituem as queimadas.
Porém, se houver necessidade de queima ela deve ser licenciada e feita sob determinadas condições ambientais que permitam que o fogo se mantenha limitado à área que será utilizada para a agricultura ou pecuária.
Qualquer queimada sem o devido licenciamento é considerada pelas legislações pertinentes como crime ambiental. Em caso de queimada sem licenciamento os infratores estão sujeitos às penas previstas nos artigos 14 e 15 da Lei 9.605 (Lei de Crimes Ambientais). Elas podem chegar à prisão de três a seis anos e multas.
Fonte: Adilson Gonçalves - Engenheiro florestal e consultor da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás - Faeg para a área de meio ambiente (adilson@faeg.com.br) - Diário da Manhã
Texto adaptado pela equipe do CRPBZ
Fonte: Associação Mineira do Meio Ambiente, site.
BRIGADA ALIANÇA
A Brigada Aliança possui duas bases de operações, uma no município de Novo Santo Antônio, e outra no assentamento rural da Bordolândia, região nordeste do Mato Grosso, localizado a 15 km do município de Bom Jesus do Araguaia. A realização das atividades da Brigada contam com o apoio financeiro da Agência Norueguesa para Cooperação e Desenvolvimento (Norad) e também do Serviço Florestal Americano (USFS).
Anualmente, as tripulações Smokejumper e Hotshot disponibilizam tempo e experiência para promover a formação de brigadistas.
A equipe utiliza técnicas simples e equipamentos de combate a incêndio florestal em toda uma vasta região que é conhecida pela falta de infraestrutura e estradas de má qualidade. A lista de equipamentos básicos inclui: equipamentos de proteção individual (máscaras, uniformes, gandolas, óculos de proteção, capacetes), caminhonetes 4×4, bombas costais, queimadores para queima controlada, GPS, abafadores, pás, enxadas, etc. Mais de 194 incêndios florestais foram combatidos desde a criação da Brigada Aliança, em 2009, totalizando mais de 3 mil horas de ação.
Com o fim do período crítico de queimadas, os brigadistas passam a ministrar treinamentos teórico-práticos e recebem capacitações. A ação é destinada a pessoas que trabalham em propriedades rurais, povos indígenas e funcionários municipais que ajudam no combate a incêndios. Já foram formados de mais de 600 brigadistas. 137 desses voluntários são representantes de várias comunidades indígenas, incluindo Kalapalo, Kamayurá, Kuikuro, Matipu, Mehinaku, Nafukuá, Suruí, Waurá, Xavante e Yawalapiti.
Os treinamentos duram 32 horas e são compostos por teoria e prática, abordando os tópicos: elementos e classificação de incêndio florestal, química do fogo, fases da combustão e fatores de propagação, métodos de extinção de incêndios florestais, primeiros socorros, uso e funcionamento dos equipamentos de combate, técnicas de abertura de aceiros e deslocamento de equipes para frente de combate.
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CENTRO DE REFERÊNCIA DA PECUÁRIA BRASILEIRA - ZEBU