Nos últimos 20 anos a pecuária bovina no Brasil, especialmente a zebuína, contribui para o aumento da produção de carne e leite. Conjuntamente com os trabalhos de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) observou-se a intensificação de intercâmbio de germoplasma de plantas e o uso de programas de melhoramento animal poporcionando aumento de produtividade no campo. Além disso as melhorias em manejo e a força tarefa de erradição da Febre aftosa no Brasil levou o país ao patamar de maior produtor de alimentos do planeta.

Ao mesmo tempo em que o Brasil elevou-se a um patamar tão expressivo, sendo um grande player mundial, por outro lado as pressões de barreiras sanitárias e ambientais cresceram. Hoje os produtores enfrentam desafios que vão desde a embargos sanitários, falta de recursos econômicos, alto custo de produção até a adequação ao Código Florestal Brasileiro, o mais rigoroso em vigência no mundo.

Quem afirma que a pecuária bovina no país é destruidora de florestas desonhece os dados estatísticos da área. O país possui preservado mais de 60% do seu território nacional, sendo que nenhum continente possui tal condição ambiental. Os 80% do efetivo populacional bovino possuem traços de genética zebuína com alta adaptabilidade ao clima tropical, criado à pasto sem necessidade de derrubar mais florestas como no passado.

Hoje trabalhadores rurais possuem todos os direitos preservados, sendo um avanço, porém necessitando de ajustes, pois acaba por vezes engessando o trabalho nas propriedades rurais e honerando o produtor que já possui tantos encargos e altos custos de produções.

Acesse aqui a Cartilha do Empregador e Empregado Rural (eSocial)

Nos últimos 20 anos, a globalização trouxe maior velocidade aos negócios, as redes sociais ditam a maneira que se quer consumir. Não basta entregar o alimento na mesa, precisa mostrar qual o caminho que ele fez e ainda não ter causado dano ambiental, social ou transgressão ao Bem Estar Animal.

Os avanços são notórios mas o Brasil ainda necessita avançar em infraestrutura, Bem Estar Animal, aumentar ainda mais a produtividade no campo além de adequar regras ambientais de acordo com a real situação de cada estado ou região.

A distribuição do Zebu no território brasileiro nos últimos 20 anos

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) , detentora do registro genealógico das raças zebuínas no país há mais de 80 anos, contribui com o melhoramento genético para a produção de leite e carne. Construindo ferramentas de gestão de manejo nas propriedades, investindo em tecnologias na área de informática, bem como forma técnicos capacitados para atendimento no campo.

Veja os dados de cada raça zebuína e como ela se espalhou nos últimos 20 anos pelos estados brasileiros. O melhoramento genético e de pastagens bem como o manejo são as ferramentas necessarias para aumentar os ganhos e reduzir áreas de pastagens possibilitando maior presevação ambiental e cedendo espaço para outros tipos de produção.

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Adptabilidade do zebu ao Brasil e à faixa tropical

O clima brasileiro mostra-se diversificado em consequência de fatores variados, como as características geográficas, a extensão territorial, o relevo e a dinâmica das massas de ar. Este último fator é de suma importância porque atua diretamente, tanto na temperatura, quanto na pluviosidade, provocando as diferenciações climáticas regionais. Nesse sentido, as massas de ar que incidem diretamente no clima são a equatorial (continental e atlântica), a tropical (continental e atlântica) e a polar atlântica.

O clima, o solo e a genética - aliados aos custos de produção e a logística, são aspectos determinantes na tomada de decisões para o empreendimento de negócios viáveis economicamente aos produtores. (INMET,2011)

Em outras palavras, ao observar as principais variações climáticas do País: úmido, quente e seco, podemos encontrar nas raças do "bos indicus" brasileiro, animais muito bem adaptáveis as faixas tropicais tanto para o Brasil, como para o redor do planeta.

De acordo com pesquisas científicas, as raças zebuínas dentro deste contexto são apontadas como sendo soluções altamente eficientes, tanto para a criação de raças de caracteres fixos, quanto para cruzamentos.

Cabe salientar ainda que, nos últimos anos o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas - IPCC vem alertando a comunidade internacional sobre os possíveis impactos que a produção de alimentos sofrerá nas próximas décadas, especialmente quando relacionados a climas extremos, como o prolongamento das secas e o excesso de chuvas em diferentes partes do globo.

Por assim dizer, o aumento das temperaturas ameaça o cultivo de várias plantas agrícolas, podendo agravar a problemática da fome em países pobres na África e Ásia. Neste cenário, ainda que estes países forem os mais afetados, o Brasil como um todo poderá sentir nas próximas décadas mudanças drásticas na produção.

Especialistas em Zoneamento de Risco Climático e Política Pública da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas, realizam estimativas desde o ano de 2008 para identificar as mudanças geográficas da produção ocasionadas pelas variações climáticas a busca subsídios científicos de planejamentos para a safra no País.

Perante essas análises, as principais culturas estudadas e que já sofrem com essas variações no clima são o café arábica, algodão, açúcar, soja, milho, mandioca, feijão, girassol, além de pastagens e gado de corte. (ASSAD e PINTO, 2008)

Ainda que existam divergências em entre inúmeros estudos na contemporanidade sobre os efeitos climáticos, pode-se afirmar que as variações climáticas extremas são fenômenos advindos de diversas naturezas, seja pela interferência humana ou não e, esses estão ocorrendo em todas as partes do planeta levando a grandes prejuízos econômicos, sociais e ecológicos, como é o caso da seca sentida em algumas regiões brasileiras entre 2014 e 2015.

Mediante a esses conjuntos de problemáticas, a adaptabilidade dos zebuínos aos sistemas de produção tropical se mostram eficientes.

Os dados abaixo fornecem o mapa estatísticos da evolução do Regsitro Genealógico Definitivo de cada raça nesses últimos 20 anos.

Para acessar mais dados, mapas e tabelas acesse AQUI!!!

Nelore

Nelore Mocho

Gir

Sindi

Tabapuã

Brahman

Cangaian

Indubrasil