Agronegócio & Carne Bovina: Brasil atinge mais de 90% da cota Hilton, segundo Abiec Voltar

Você está em: A Força do Agronegócio » Destaques Publicado em 26/07/2016 às 13:59:43 - atualizado em 26/07/2016 às 16:50:24
Pela primeira vez, em dez anos, o Brasil atingiu mais de 90% da Cota Hilton com o embarque de 9,2 mil toneladas de carne bovina entre junho de 2015 e junho de 2016. APPA, 2016.

Este é o maior resultado desde 2006/2007; foram embarcadas 9,2 mil toneladas de carne bovina entre junho de 2015 e junho de 2016. A cota Hilton estabelece um volume limite de exportação de cortes de alta qualidade, provenientes de alguns países credenciados, para a União Europeia (UE). Entenda como isso acontece.

O CRPBZ destaca uma notícia importante para o mês de julho: o Brasil atingiu mais de 90% da cota Hilton pela primeira vez em mais de dez anos, com o embarque de 9,2 mil toneladas de carne bovina entre junho de 2015 e junho deste ano, informou em nota a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

A cota Hilton estabelece um volume limite de exportação de cortes de alta qualidade, provenientes de alguns países credenciados, para a União Europeia (UE). No caso do Brasil, a cota é de 10 mil toneladas. Com as exportações no último ano, o País atingiu 92,9% do limite estabelecido pela UE ao Brasil na cota Hilton.

 

Segundo informações do diretor executivo da Abiec, Fernando Sampaio, o desempenho do Brasil vem melhorando porque a indústria começou, já há algum tempo, a organizar seu fornecimento para atender aos critérios da cota e, assim, aproveitar a vantagem concedida com a tarifa de importação.

 

O produto destinado à cota Hilton tem somente uma tarifa de 20% "ad valorem", ou seja, 20% sobre o valor da mercadoria. A tarifa extra cota é de 12,8% mais 303,4 euros por 100 quilos de carne. "Vale lembrar que a Hilton cria, além das barreiras sanitárias que já existem para a carne brasileira, barreiras técnicas como a exigência de alimentação exclusiva a pasto e identificação individual desde a desmama; nosso desempenho só aumentou porque vale a pena cumprir as exigências", disse Sampaio, no comunicado.

 

O executivo avaliou, porém, que a definição da Hilton continua sendo prejudicial ao País e precisa ser atualizada. "A renegociação das exigências com as autoridades europeias continua sendo uma pauta da Abiec junto aos Ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores", afirmou Sampaio.


A cota Hilton é constituída de cortes especiais do quarto traseiro, de novilhos precoces. Fonte: ABIEC, 2016.

O que é a cota Hilton

 

Segundo a Scot Consultoria, a cota Hilton surgiu através de um acordo comercial concedido nas Negociações Multilaterais Comerciais do GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), no ano de 1979, realizada em um dos hotéis da cadeia norte-americana Hilton, justificando, assim o seu. Quando a rede hoteleira foi instalada na Europa na década de 50, o propósito inicial era servir, em suas unidades, cortes de carne bovina com o mesmo padrão que servia nos Estados Unidos. Desde então, a União Europeia resolveu atribuir uma cota para realizar exportações de cortes bovinos.

 

Atualmente ela é constituída de cortes especiais do quarto traseiro, de novilhos precoces, e seu preço no mercado internacional geralmente é mais alto do que a carne em geral. A cota anual total, de 65.250 toneladas, é fixa, e a ela somente têm acesso os países credenciados: Argentina, Austrália, Brasil, Uruguai, Nova Zelândia, Estados Unidos e Canadá e Paraguai.

 

A Argentina tem uma cota de quase 50% do total, 28 mil toneladas. A Austrália é autorizada a vender 7.150 toneladas, os Estados Unidos e Canadá juntos, 11.500 t, a Nova Zelândia 1.300 t e o Uruguai, 6.300 t. A cota possui uma taxa de importação de 20% ad valorem. A tarifa extra cota é de 12,8% mais 303,4 euros por 100 quilos de carne. A cota brasileira é de 10 mil toneladas anuais.

 

O Brasil tem a necessidade de investir na formação de técnicos capacitados, para que seja apto a concorrer, em termos de qualidade da carne, com os demais países exportadores. Acredita-se que somente assim, trabalhando com seriedade na rastreabilidade, o país poderá ser mais competitivos e, por conseguinte, atender às exigências do mercado externo e, também, do consumidor. Com o pagamento diferenciado da cota Hilton, o produtor poderá ficar atento ao mercado com um produto mais competitivo e de melhor qualidade.

 

Fonte: Estadão, Abiec, Gazeta do Povo (Agronegócio), Scot Consultoria (Adaptações Equipe do CRPBZ).


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