EUA e Brasil assinam acordo para remover barreira da carne bovina 'in natura' Voltar

Você está em: A Força do Agronegócio » Destaques Publicado em 28/07/2016 às 07:55:56
Rebanho da raça Tabapuã. Imagem: Jadir Bison. Acervo: ABCZ

Na quinta-feira (28/07), Estados Unidos e Brasil fecham um acordo em Washington que prevê a entrada de carne bovina "in natura" do Brasil no mercado norte-americano. Os dois países estavam em negociação desde 1999. Segundo informações da Folha de S.Paulo, o acordo entre os dois países será celebrado com algumas condições.

Os Estados Unidos, que só aceitavam até então carne de Santa Catarina, estado livre da doença da febre aftosa, passam a aceitar carne brasileira de outras regiões onde o gado é vacinado contra a doença.

 

Já o Brasil passa a aceitar a carne dos EUA, apesar das ocorrências da doença da vaca louca em território norte-americano em anos recentes.

 

De acordo com a publicação, os órgãos especializados dos dois países fizeram inspeções para liberar os frigoríficos.

 

O acordo pode trazer benefícios para o Brasil, já que o mercado americano é considerado a vitrine mundial para avaliar condições sanitárias. Com isso, o Brasil poderá ganhar a confiança do mercado internacional.

 

Contudo, apesar do sucesso da negociação, o ganho exclusivo com o mercado americano tende a ser limitado. Isso porque os EUA impõem cotas para as exportações brasileiras, enquanto o Brasil não impõe limites para a entrada de carne americana.


GRAFICO 1

Atualmente, os EUA distribuem suas cotas de importação entre os vários países aptos a exportar para eles. No ano passado, por exemplo, foram 736,6 mil toneladas. A Austrália ficou com 418,2 mil e a Nova Zelândia, com 213,4 mil. Já Argentina e Uruguai possuem 20 mil toneladas cada. O resto, cerca de 64 mil, é repartido entre os demais exportadores que não possuem cota definida. É nessa quantidade que o Brasil se insere, caso consiga eliminar a concorrência.


TABELA 2

Considerando os valores médios da carne importada pelo EUA desse grupo de "outros países", que foi US$ 5.410 por tonelada no ano passado, o Brasil ganhará pouco mais de US$ 300 milhões se conseguir exportar 60 mil toneladas para os EUA, um terço do valor previsto pelo Ministério da Agricultura.

Com vendas de US$ 6 bilhões em 2015, o Brasil é o maior exportador de carne do mundo.

Fontes: Jornal Folha de São Paulo; Portal Economia ao Minuto

Adaptações: CRPBZ


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