Análise bromatológica dos Pastos, por Adilson Aguiar Voltar

Você está em: Sustentabilidade » Sustentabilidade ISO 14001 ABCZ » Tecnologias Sustentáveis Publicado em 11/08/2016 às 19:53:06
Análise bromatológica dos pastos. Fonte: Universidade da Carne

Na edição anterior da revista ABCZ, falamos sobre a análise bromatológica dos alimentos, uma técnica que permite conhecer a composição qualitativa e quantitativa das plantas forrageiras ou se há presença de alterações, de contaminações e de fatores antinutricionais. Agora, vamos falar sobre as metodologias de análise laboratorial utilizadas no Brasil para a avaliação bromatológica de alimentos. Existem três tipos diferentes, mas é comum laboratórios entregarem resultados mistos entre estas metodologias. São elas:

Sistema ou Método de Weende: o Sistema de Weende ou Sistema de Análise Proximal foi criado por Henneberg em 1860, na Weende Experimental Station, Alemanha.

 

Neste sistema o alimento é fracionado em seis componentes: água, cinzas ou matéria mineral (MM), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra bruta (FB) e extrativo não nitrogenado (ENN). Este sistema não oferece informações precisas sobre carboidratos, pois inclui no grupo da FB a celulose e lignina. Por outro lado, no grupo dos ENN, encontram-se frações de natureza diversas, como: amido, lignina, hemicelulose e carboidratos solúveis em água. Portanto, do ponto de vista nutricional, o sistema é considerado insatisfatório, devido às diferenças nas características nutricionais englobadas no ENN (hemicelulose, lignina, amido, carboidratos). Neste sistema, parte da FB pode ser computada como extrativo não nitrogenado. O sistema Weende é a base para o cálculo do conteúdo de nutrientes digestíveis totais (NDT), segundo a fórmula: NDT = PD + (EED x 2,25) + FD + ENND, onde o D significa digestível.

 

Sistema ou Método de Van Soest: outros métodos surgiram para melhorar as frações obtidas pelo método Weende e, entre elas, a fibra bruta foi fracionada por Van Soest e Wine (1967) em fibra detergente neutro (FDN), fibra detergente ácido (FDA) e lignina. Este sistema, proposto para análises de plantas forrageiras, preconiza que a planta é dividida em duas porções, conteúdo celular e parede celular.


Quadro 1

Apesar da análise bromatológica ser uma tecnologia simples, relativamente barata e de importância estratégica, não é utilizada pela maioria dos produtores brasileiros, particularmente para a determinação da composição química de forragem coletada em sistemas de pastejo. Tem sido mais comum para a determinação de composição de volumosos suplementares (cana, silagens, pré-secados, fenos) e de concentrados.

 

Com base em resultados de análises bromatológicas de forragens é possível ao técnico nutricionista predizer o consumo daquela forragem pelos animais, a ingestão de nutrientes e consequentemente o desempenho animal (ganho em peso,produção de leite etc.), além de diagnosticar se há ou não deficiência de nutrientes específicos. A análise bromatológica de forragens ainda dá suporte para o técnico nutricionista formular suplementos minerais, suplementos múltiplos, suplementos concentrados e a ração total.

 

* Adilson Aguiar - Consultor da Consupec e professor da FAZU - Faculdade Integradas de Uberaba

Fonte: Revista ABCZ. Ed. 91 mar/abr, 2016

 

No vídeo produzido durante a Expozebu Dinâmica, você poderá conhecer modelos de análises de solo e bromatológica. Confira:


CENTRO DE REFERÊNCIA DA PECUÁRIA BRASILEIRA - ZEBU

Fone: +55 (34) 3319-3900

Pça Vicentino R. Cunha 110

Parque Fernando Costa

CEP: 38022-330

Uberaba - MG


©2015-2025 - Associação Brasileira dos Criadores de Zebu - Todos os direitos reservados