"As leis devem ter uma visão a longo prazo em matéria ambiental", defende pesquisador venezuelano Voltar

Você está em: Sustentabilidade » Código de Ética e Conduta da ABCZ Publicado em 04/10/2016 às 11:34:32
Pesquisador Fernando Marrerra durante o Fórum Latino-Americano do Agronegócio Sustentável. FAZU, 2016.

Por Faeza Rezende, jornalista (CRPBZ)

Dr. Juan Fernando Marrerro é engenheiro agrônomo, advogado, professor da Universidade Central da Venezuela e defensor do agronegócio sustentável. Mas, para isso, ressalta a importância da adoção de princípios legais que permitam o desenvolvimento de um negócio agrícola e pecuário em parceria com o meio ambiente.

O professor explica que é inevitável que a produção agrícola e a produção pecuária consomam recursos naturais, mas a ideia não é esgotá-los e, sim, incorporar práticas que permitam conservar os recursos de solo, a biodiversidade, a água e todos os recursos associados à produção. "As leis podem contribuir para a criação de um ambiente apropriado para conciliar a produção de alimentos, o negócio, a rentabilidade do negócio com um manejo apropriado dos recursos naturais", comenta Marrerro.

 

Para que isso aconteça, o advogado ressalta que é necessário que os legisladores entendam que a agricultura é um negócio como qualquer outro negócio e precisa gerar lucro. "O objetivo não é explorar o meio ambiente", garante, condenando a prática eleitoreira de criação de normas que se transformam em um obstáculo para o agronegócio porque não são baseadas em critérios científicos. "As leis devem ter uma visão a longo prazo em matéria ambiental e devem ser muito cuidadosas para não acabar com os negócios e, principalmente, não acabar com o agronegócio", avalia.

 

No caso do Brasil, definido por Fernando Marrerro como uma grande potência agrícola e pecuária, as leis devem permitir ao produtor o desenvolvimento máximo dessa potencialidade. "Tudo isso, dentro do marco da sustentabilidade, de proteção do meio ambiente", reforça.

 

Para viabilidade da implantação das normas, o engenheiro defende que as universidades trabalhem com parceria, em termos de extensão, repassando ao produtor práticas agronômicas de desenvolvimento sustentável. "Podemos ensiná-los técnicas para conservação da água, tratamento de dejetos, aproveitamento de energias alternativas distintas da energia fóssil, como a energia do vento, energia solar, etc", orienta.

 

*O professor Fernando Marrerro foi entrevistado sobre o assunto pela equipe do Centro de Referência da Pecuária Brasileira - Zebu durante o Fórum Latino-Americano do Agronegócio Sustentável, na FAZU, ocorrido em parceria com a Expogenética 2016.

 

Veja, a seguir, o vídeo completo (CRPBZ):


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