Meta do MAPA é aumentar de 6,9% para 10% a participação do agronegócio brasileiro no mercado mundial Voltar

Você está em: A Força do Agronegócio » Destaques Publicado em 26/10/2016 às 15:29:23 - atualizado em 26/10/2016 às 15:47:36
Ministro Baliro Maggi em encontro com Ricardo Buryaile (Agroindústria da Argentina) em Buenos Aires, na Argentina. Foto: Mapa, 2016.

A meta do Ministério da Agricultura de aumentar de 6,9% para 10% a participação do agronegócio brasileiro no mercado mundial. "É ousada, mas realizável. O problema é a burocracia"

A busca de aumento da participação brasileira no comércio mundial de produtos agropecuários é uma das principais metas do ministro Blairo Maggi, em sua incipiente gestão no Ministério da Agricultura. A meta anunciada, embora seja ousada é, porém, realizável: aumentar dos atuais 6,9 para 10% de todo comércio mundial do agronegócio em apenas cinco anos.

Para concretizar este objetivo o ministro e sua equipe, além de representantes de outras entidades liga das ao setor agropecuário brasileiro, já pegaram a estrada mundo afora. A primeira missão visitou alguns países asiáticos que poderão se tornar (alguns já o são) grandes parceiros comerciais do Brasil.

 

Trata-se de uma via de mão dupla, onde se oferece os produtos os quais temos competitividade ao mesmo tempo em que se acena com um mercado de 200 milhões de consumidores, o maior da América Latina. Um dos principais focos é mostrar aos potenciais consumidores a qualidade dos produtos brasileiros e, sobretudo, a sustentabilidade da nossa produção com ênfase nas questões ambientais.

 

Essa iniciativa reveste-se da maior importância uma vez que ainda existem algumas restrições aos produtos brasileiros, entretanto, à medida que nossa forma de produção for demonstrada, elas tenderão a desaparecer. É sabido que o excesso de burocracia será um dos grandes desafios a serem enfrentados.

 

É preciso que o governo disseque suas práticas e reduza-as ao mínimo indispensável no sentido de permitir que os empresários sintam-se encorajados a ampliar as fronteiras do seu comércio. O anúncio de um plano de governo, neste sentido (Plano Agro Mais), objetiva atender as demandas já identificadas pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) que são alguns dos entraves à maior agilidade das práticas comerciais. Algumas medidas já foram tomadas como, por exemplo, a revisão das regras de certificações fitossanitárias e o fim da reinspeção nos portos de produtos com SIF já emitidos anteriormente.

 

Além disso, já foram resolvidas quase setenta demandas das mais de trezentas identificadas pelo Mapa em um Grupo de Trabalho criado há mais de dez anos. A maioria delas em sintonia com reivindicações de entidades representativas do agronegócio, o que é muito positivo. Há muito tempo já se observa o aumento da importância dos acordos bilaterais no comércio internacional de produtos. Os grandes blocos comerciais existentes, não raro, perdem-se no excesso de preciosismos e questiúnculas, demorando em avançar.

 

O Mercosul é um claro exemplo disso, onde questões ideológicas acabaram afetando os interesses comerciais com evidentes prejuízos para produtores e consumidores. No mundo globalizado burocracia e ineficiência são irmãs siamesas. Há pouco tempo foi divulgado um dado alarmante: somente no setor portuário o excesso de burocracia custa R$ 4,3 bilhões/ano para o Brasil.

 

Não é preciso dizer que quem acaba pagando essa conta é toda a sociedade brasileira, através do aumento de custos dos produtos internalizados ou exportados. O setor rural já representa 46% de todas as exportações brasileiras e quase 22% de todo PIB nacional, entretanto, há muito caminho a ser percorrido face à potencialidade existente. Ainda persistem grandes desafios é inegável.

 

O custo da logística encarece os produtos produzidos nas fronteiras agrícolas, todavia, à medida que estes gargalos forem resolvidos será possível transformar em competitivas as vantagens comparativas que este país continente e seu clima tropical possuem. O papel dos governos é justamente permitir que as negociações sejam "destravadas" para que empregos sejam gerados e a renda seja distribuída. São oportunidades que existem com potencial para gerar receitas também aos pequenos produtores, através do incremento na exportação de proteínas animais (aves e suínos) e lácteos produzidos, principalmente, pelos pequenos módulos rurais.

 

Fonte: Portal DBO (Outubro de 2016)

Autor: Rogério Arioli Silva (Engenheiro Agrônomo, pordutor rural e colunista da Revista DBO)

Adaptação: Equipe do CRPBZ


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