ONU aprova uma nova política de recomendações relacionadas ao bem-estar animal
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Publicado em 03/11/2016 às 15:55:04
- atualizado em 03/11/2016 às 16:11:17
O Comitê de Segurança Alimentar Mundial das Nações Unidas (ONU) aprovou recentemente uma nova política de recomendações relacionadas ao bem-estar animal em uma reunião realizada em Roma. Todos, sem exceção, têm a ganhar muito com as medidas acertadas entre as partes participativas, o que sem dúvida, contribui para afirmar que os frutos colhidos agora são resultados de inúmeros esforços conjuntos. O bem-estar animal é reconhecido como um componente essencial de um setor pecuário responsável. É também conceituado como parte integrante de programas que melhoram a saúde animal, aumentam a produção pecuária, respondem a catástrofes naturais onde animais estão envolvidos e atuam de forma a definir a adequação entre a composição genética dos animais e os ambientes em que são mantidos.
Os 192 países membros da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) possuem cenários sociais, culturais, religiosos e econômicos muito diferentes. Estas circunstâncias devem ser reconhecidas e respeitadas, tanto devido à sua importância intrínseca, quanto para atingir bons resultados no bem-estar animal. A FAO reconhece, por outro lado, que as práticas sobre bem-estar animal, apesar dos seus evidentes impactos positivos, são insuficientemente aplicadas em todo o setor produtivo, tanto em sistemas tradicionais quanto nos modernos.
Para aumentar a atenção explícita e estratégica para esse fim e que a atenção se concretize na prática, a Divisão de Saúde e Produção Animal (AGA) vem produzindo debates desde o ano de 2008 sobre a relevância de promover o conhecimento específico com os melhores especialistas disponíveis sobre a necessidade de capacitação para implementar essas boas práticas. Isso oferece a oportunidade de integrar sistematicamente as dimensões de bem-estar animal no programa da FAO, como um mecanismo de apoio para um setor pecuário mais responsável, conforme as recomendações feitas.
É, portanto preciso entender que o bem-estar animal vem ganhando reconhecimento como fator relevante para o sucesso do desenvolvimento internacional. É parte de programas para melhorar a saúde animal, para desenvolver a produção animal, para responder às catástrofes naturais onde há animais envolvidos, assim como para fazer a adaptação da constituição genética dos animais ao ambiente em que são criados.
As organizações de desenvolvimento que não levam em consideração o bem-estar animal podem perder oportunidades importantes para melhorar a vida das pessoas que dependem dos animais para sua subsistência. Além disso, o cumprimento das normas pode promover a melhoria da tecnologia e dar acesso aos mercados internacionais para os produtos dos países menos desenvolvidos, contribuindo assim para o desenvolvimento.
Sendo assim, o CRPBZ divulga no portal uma ótima notícia: o Comitê de Segurança Alimentar Mundial das Nações Unidas (ONU) aprovou uma nova política de recomendações relacionadas ao bem-estar animal em uma reunião realizada na semana passada em Roma. Todos, sem exceção, têm a ganhar muito com as medidas acertadas entre as partes participativas, o que sem dúvida, contribui para afirmar que os frutos colhidos agora são resultados de inúmeros esforços conjuntos.
As recomendações da organização incluem:
- Permissão ao acesso a serviços veterinários, vacinações e medicação, incluindo antimicrobianos;
- Melhora no manejo de saúde animal através de biossegurança, seguindo os padrões da Organização Mundial para Saúde Animal (OIE);
- Promoção do uso prudente de antibióticos, mas evitando o uso desnecessário e a remoção gradual do uso para promoção do crescimento animal;
- Melhora no bem-estar animal fornecendo as cinco liberdades da OIE (Livre de fome e sede; Livre de desconforto; Livre de dor, ferimentos e doenças; Livre de medo e angústia; Livre para expressar seu comportamento natural);
- Promoção do acesso a alimentos de boa qualidade e práticas sustentáveis de alimentação;
- Promoção de um ambiente físico e seção de genética que garanta o cumprimento com os padrões de bem-estar da OIE.
Para saber mais, acesse o Boletim de Notícias da ONU para o Brasil.
Fonte: FAO, Mapa e ONU, 2016.
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