Expogenética 2016 (Especial): Mercado externo quer boi novo, bem pesado e terminado Voltar

Você está em: Zebuinocultura » Destaques Publicado em 17/11/2016 às 08:31:43
O 1º Workshop do Projeto Equação da Pecuária Eficiente foi realizado no Centro de Eventos “Rômulo Kardec de Camargos”. Foto: Maurício Farias, 2016.

O mercado externo quer animais jovens para oferecer aos seus consumidores, tanto em função da maciez da carne quanto em razão dos protocolos contra a chamada doença da "vaca louca". Nesse sentido, os programas de melhoramento genético e criadores devem selecionar animais com idade entre 30 a 36 meses, pesados, bem terminados e com pH baixo.

As dicas são do zootecnista e mestre em Engenharia de Produção, Fabiano Tito Rosa, Gerente Executivo de compra de gado da Minerva Foods. Ele participou da mesa-redonda sobre o tema "A seleção de zebuínos para corte deve almejar nichos de mercado ou os desafios da segurança alimentar mundial?", e falou sobre "As características do mercado europeu e australiano".

"Não tem mais mercado para boi erado", afirmou Fabiano, destacando que a carne para exportação deve ter maciez e marmoreio. Além disso, deve vir com um mínimo de gordura para proteger a carcaça durante o processo de resfriamento/maturação, regra que, segundo ele, vale mesmo se o destino final for para um comprador de carne magra.

 

"O grande desafio para os técnicos é como [fazer o animal] chegar [ao exterior] dessa forma", ponderou o sócio diretor da Perfect Beef Company e da Eleven Brazil Importação e Exportação, Carlos Eduardo Rocha, o Paulista. Ele participou da mesa-redonda realizada durante a Expogenética 2016 e falou sobre "As características do mercado do Oriente Médio", cujos clientes "questionam tudo", não apenas o tempo de entrega e as questões de sanidade do rebanho, além de buscarem carne com peso e cor adequados, e bem embalada.


O 1º Workshop do Projeto Equação da Pecuária Eficiente foi realizado no Centro de Eventos “Rômulo Kardec de Camargos”. Foto: Maurício Farias, 2016.

"Na prática, existe mercado para todo tipo de carne, a questão é: todos esses mercados são rentáveis, de qual quero participar?", colocou Fabiano Tito. Para o pesquisador da Embrapa, Antônio do Nascimento Ferreira Rosa, o futuro é promissor e o País está no caminho certo. Ele, porém, defendeu maior divulgação da pecuária nacional, cujo grande diferencial é que os animais passam a maior parte do tempo no pasto.

 

Já o veterinário Luís Adriano Teixeira destacou a importância de se colocar todos os elos da cadeia produtiva da pecuária para conversar. Para ele, a produção será mais eficiente à medida que a indústria disser ao produtor o que quer que seja produzido, qual a demanda do mercado. De acordo com Fabiano Tito, desde 2010, a Minerva Foods reúne seus principais fornecedores e formadores de opinião para discutir o mercado, ao que Antônio Nascimento acrescentou: "nos interessa é o sucesso da cadeia".

 

*Por Renata Gomide, para a Revista O Zebu no Brasil (Edição nº 219, Ano 44, Setembro/Outubro de 2016)


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