Aplicativos inovadores para o criador e o meio ambiente ganharem mais Voltar

Você está em: Sustentabilidade » Assuntos em debate Publicado em 05/12/2016 às 09:18:41 - atualizado em 05/12/2016 às 10:14:52
Foto ilustrativa do aplicativo Produzindo Certo

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estima que o gado seja responsável por 14% (cerca de 7 gigatoneladas de CO2) de todas as emissões antropogênicas de gases de efeito estufa (GEE) e que o potencial para reduzir as emissões do setor chegue a 30%.

A contribuição do gado para a mudança climática tem atraído atenção e debate nos últimos anos, tornando-se uma fonte de preocupação para o público, decisões políticos, produtores e outros intervenientes. O aumento esperado da procura de produtos pecuários intensificará a necessidade de minimizar os efeitos ambientais prejudiciais, assegurando simultaneamente a viabilidade socioeconómica do setor.

 

A complexidade e a heterogeneidade da produção pecuária, juntamente com a falta de ferramentas acessíveis e confiáveis, impedem a adoção de tecnologias e práticas disponíveis que possam reduzir as emissões, mantendo ou aumentando a produção, contribuindo assim para a melhoria da segurança alimentar.

 

A adoção mais ampla dessas medidas exigirá mais esforços na formulação de políticas adequadas, na criação de incentivos adequados e na disseminação e promoção efetivas. ( FAO 2016, tradução e resumo da descrição do programa GLEAM i).

 

Para a situação da pecuária no Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa Brasileira ( Embrapa) afirma que dos 173 milhões de hectares de pastagens no Brasil, 117 milhões de hectares são de pastagens cultivadas, com lotação média de 1,0 animal/ha. Estima-se que mais de 70% das pastagens cultivadas encontra-se em algum estádio de degradação, sendo que destas uma grande parte em estágios avançados de degradação.

 

A proporção de pastagens em condições ótimas ou adequadas não deve ser superior a 20%. Das pastagens cultivadas, mais de 70% são do gênero Brachiaria, o que permite inferir que no Brasil são cultivados mais de 80 milhões de hectares com pastagens dessa espécie. Dentre estas, 90% da área é ocupada por duas espécies: Brachiaria brizantha e Brachiaria decumbens.

 

Para B. brizantha a predominância é da cultivar Marandu e, mais recentemente, aparecem as cultivares Xaraés e BRS Piatã. Na espécie B. decumbens, a predominância é da cultivar Basilisk. Essa grande área de pastagem, quase em monocultivo, em solos de baixa fertilidade e com manejo inadequado, apresenta grande risco para a pecuária nacional, principalmente com o acelerado processo de degradação dessas pastagens.

 

Estas estão presentes e distribuídas em todos os estados e biomas do Brasil, em diferentes níveis de degradação, os quais são proporcionais à área ocupada pelas pastagens. Em regiões com solos arenosos e/ou com alto risco de erosão o problema é grave e o processo de degradação mais acentuado.

 

Considerando-se que a maioria da produção animal no Brasil é realizada a pasto, pondera-se que a degradação das pastagens é um dos maiores problemas da pecuária brasileira, refletindo diretamente na sustentabilidade do sistema produtivo.

 

Levando-se em conta apenas a fase de engorda de bovinos, a produtividade de carne de uma pastagem degradada está em torno de 2 arrobas/ha/ano, enquanto numa pastagem recuperada e bem manejada pode-se atingir, em média, 12 arrobas/ha/ano.

 

Mais grave ainda são as consequências da degradação das pastagens, pois dada a grande extensão da área ocupada, os impactos atingem a degradação ambiental, com consequências nos recursos hídricos e no agravamento das emissões de GEEs. ( Embrapa, documentos 189 por Zimmer et al.,2012).

 

Uma das soluções apresentadas mundialmente pela FAO é o sistema GLEAM-i que foi desenvolvido para avaliar o impacto ambiental do setor pecuário e avaliar os cenários de intervenção.

 

Ele fornece estimativas desagregadas e espacialmente explícitas da produção pecuária e das emissões de GEE com base em metodologias de Nível 2. A GLEAM apoia uma série de projetos nacionais e internacionais que visam melhorar a produtividade dos animais e reduzir as emissões de GEE.

 

Por exemplo, é atualmente usado em projetos de Agricultura Climática Inteligente no Equador, Níger, Zâmbia e Malawi. Também apoia um programa financiado pelo , Climate and Clean Air Coalition, para melhorar a produtividade e reduzir as emissões de metano na América do Sul, Sudeste da Ásia e África Oriental e Ocidental.

 

GLEAM-interactive (GLEAM-i) traz as principais funcionalidades do GLEAM para o público em um único arquivo do Excel. A GLEAM-i é a primeira ferramenta aberta, de fácil utilização e específica para o gado, projetada para apoiar governos, planejadores de projetos, produtores, indústria e organizações da sociedade civil para calcular as emissões usando métodos de Nível 2.

 

O GLEAM-i pode ser utilizado na preparação de inventários nacionais e na avaliação de projetos e de cenários de intervenção na pecuária, gestão de alimentos para animais e de estrume. ( Traduzido da FAO, 2016)

 

Acesse o GLEAM clicando aqui!

 

DOWNLOAD GLEAM

Aplicativos Inovadores para o pecuarista brasileiro

 

Um novo aplicativo que permite gerar relatórios com informações do campo foi desenvolvido pelo BovControl, empresa de tecnologia, com apoio do Grupo Pão de Açúcar com fins de dar transparência à cadeia produtiva da carne brasileira . O "Produzindo Certo" como foi denominado, é um grande aliado na gestão socioambiental das fazendas.

 

Ele está disponível na Play Store e pode ser usado por qualquer produtor rural brasileiro.

 

Download : APLICATIVO PRODUZINDO CERTO

 

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) também possui ferramentas que auxiliam o produtor a diagnosticar o nível tecnológico das propriedades nas áreas de genética, nutrição e sanidade. Com isso é possível identificar as ineficiências e implantar as recomendações necessárias. Equação da Pecuária Eficiente.

 

CLIQUE AQUI PARA SABER MAIS SOBRE A EQUAÇÃO DA PECUÁRIA EFICIÊNTE

 

Fonte: pesquisa, tradução e adaptação Aryanna Sangiovani Ferreira


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