Vida de Técnico - o principal elo entre a ABCZ e o avanço do plantel de Zebu no Brasil Voltar

Você está em: A Força do Agronegócio » Destaques Publicado em 06/12/2016 às 10:22:59 - atualizado em 06/12/2016 às 10:22:39
Foto: Rubio Marra. Acervo: ABCZ

O rebanho brasileiro deu um grande salto de qualidade nas últimas décadas e esse avanço está diretamente ligado ao trabalho de melhoramento genético conduzido diariamente nas propriedades rurais do país. Na história dos 82 anos da ABCZ, vários capítulos foram dedicados ao melhoramento genético.

Um personagem importante dessa narrativa é o técnico de campo. A falta de um serviço de extensão rural eficiente no país faz com que os técnicos da associação auxiliem também os criadores na seleção e manejo do rebanho. "Nosso trabalho não se resume apenas o registro dos animais. Em muitos casos, o criador conta apenas com a nossa orientação para promover melhorias no rebanho. Nos atendimentos feitos nas fazendas, levamos informações importantes em várias etapas do negócio, desde alimentação correta, acasalamento mais indicado e até formas de negociar melhor os animais.", explica o zootecnista João Eudes.

 

Já são 32 anos atuando como técnico de registro da ABCZ em diversas regiões, como Bahia, Norte de Minas, Tocantins, Belo Horizonte e Uberaba. Nas andanças pelo país nessas três décadas viu a realidade da pecuária zebuína ganhar novos contornos. "Antigamente, a preocupação dos criadores com o padrão racial era menor. As fazendas tinham rebanhos formados por várias raças.

 

Um animal considerado de grande qualidade naquela época dificilmente conquistaria um campeonato em exposição hoje porque os rebanhos tiveram uma evolução muito grande. Agora, o foco é especializar-se em uma raça apenas para produzir um animal PO superior aos de outros criatórios. O caranguejo é um selo respeitado de qualidade e temos a obrigação de proteger esse valoroso bem da pecuária nacional", conta João Eudes.

 

Na visão do técnico, o brasileiro tem vocação para a pecuária e é ótimo criador, mas nem sempre é empreendedor e peca na hora de comercializar os animais. "O planejamento é fundamental para tornar o negócio eficiente. Até nesse ponto orientamos o pecuarista", garante.

 

A pecuária sempre fez parte da vida do mineiro João Eudes. Nascido em Coração de Jesus, no Norte de Minas, acompanhava o pai no entusiasmo para melhorar o gado comum de corte que a família criava. Outra diversão era ler livros. Como não tinha energia elétrica na fazenda, a leitura era iluminada pela lamparina. "A fumaça da lamparina deixava meu nariz preto, mas nem ligava. Queria mesmo era ler as histórias de faroeste", conta o sorridente João Eudes. Do Norte de Minas, ele foi estudar Zootecnia na FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba). Ao formar, já passou no concurso para técnico da ABCZ.

 

Era um tempo em que a entidade não tinha serviço informatizado, o acesso às fazendas era mais difícil, o quadro de técnicos era reduzido e eles tinham de passar muito tempo fora de casa. "Ah, hoje tudo é mais fácil. Temos acesso às informações pelo notebook e podemos comunicar os serviços na mesma hora. Esse avanço foi muito importante", finaliza.

 

 

Texto: Larissa Vieira

Fonte: Revista ABCZ, nº 84. Ano 2015

Adaptações: CRPBZ


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