Embrapa apresenta técnica de produção de embriões bovinos que dispensa o uso de laboratório Voltar

Você está em: Zebuinocultura » Destaques Publicado em 04/04/2017 às 10:11:23 - atualizado em 04/04/2017 às 10:22:09
Foto: Claudio Bezerra. O nascimento de três bezerros no Campo Experimental Fazenda Sucupira da Embrapa, em Brasília,confirmou o êxito da tecnologia

Trata-se de uma biotécnica com grande potencial de aceitação pelo mercado agropecuário, já que apresenta todas as vantagens da fecundação in vitro (FIV), com um benefício a mais: o fato de não precisar de laboratório para ser realizada. Os criadores podem obter os embriões com a mesma rapidez e agilidade da FIV - ou seja, em torno de um bezerro por semana a partir de uma única vaca doadora - sem precisar sair da sua fazenda.

A FIV é hoje a biotécnica mais utilizada no melhoramento genético animal no Brasil, pela capacidade de aumentar o número de descendentes de uma vaca em menos tempo. Para se ter uma ideia da potencialidade das biotécnicas reprodutivas de maior Impacto utilizadas hoje na pecuária global, pode-se estimar que a inseminação artificial (IA) permite a obtenção de um (1) bezerro por ano; a transferência clássica de embriões (TE), um por mês; enquanto a FIV é capaz de produzir um (1) bezerro por semana.

A pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Margot Dode, que estará presente à Dinapec 2017, explica que todo o processo da TIFOI se dá de forma natural, aproveitando o processo fisiológico da vaca ovuladora, o que imprime maior qualidade aos embriões. Grosso modo, a vaca é o laboratório.



TIFOI: a vaca é o laboratório

 

Os óvulos são aspirados da mesma maneira que na FIV, mas ao invés de maturados em laboratório, são cultivados dentro do corpo da vaca que está ovulando, aproveitando o seu processo reprodutivo natural. Depois da ovulação, os óvulos são fecundados por inseminação artificial (IA). Sete dias depois, os embriões que se desenvolveram são coletados e transferidos para a vaca receptora (barriga de aluguel), semelhante ao que ocorre na transferência clássica de embriões. A produção dos embriões de forma natural no trato reprodutivo da fêmea dispensa todos os componentes de laboratório, reduzindo significativamente os custos finais do processo.

 

Pelo pioneirismo no Brasil, a TIFOI teve sua marca registrada junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

 

O próximo passo é aumentar a eficiência e transferir a tecnologia ao setor produtivo, o que deverá ser feito a partir de cursos e publicações.

 

Vantagens da tecnologia:

 

- Produção de grande número de embriões de uma doadora;

- Aproveitamento dos eventos fisiológicos do animal;

- Produção totalmente realizada na fazenda;

- Sem utilização de hormônios;

- Menor Intervalo entre coletas;

- Menor custo de laboratório (custo da produção do embrião);

- Maior resistência à criopreservação (Congelamento);

- Maior qualidade do embrião;

- Mais facilidade para comercialização.

Para mais informações,

 

Fernanda Diniz (MTB/DF 4685/89)
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
cenargen.nco@embrapa.br
Telefone: (61) 3448-4768

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/


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