Zebu e Dinossauros, novos negócios para o turismo rural
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Publicado em 04/04/2017 às 14:33:03
O Geoparque é uma iniciativa que tem a chancela da Unesco e já acontece em cerca de 100 municípios no mundo. Mas no Brasil ele ainda é novidade. Caso consigamos efetivá-lo em Uberaba, ela será a segunda cidade brasileira a desenvolvê-lo, e a quarta na América Latina", explica o coordenador do Geoparque Uberaba, Dr. Luíz Carlos Borges Ribeiro.
Projeto Geoparque Uberaba
Dr. Luiz CArlos Borges Ribeira
Desde que a matéria "Uberabatitan o Dinossauro-Zebu" de José Hamilton Ribeiro foi publicada no ano de 2009 na Revista Globo Rural, uma ideia que vinha sendo construída há algum tempo, ganhou força para a fundamentação e construção da proposta de criação do Geoparque Uberaba. Em verdade, apesar de não haver muita relação entre estas duas temáticas, em Uberaba, Zebu e Dinossauro têm muito mais em comum do que a maioria das pessoas imaginam, o que pode ser comprovado por suas historicidades e desenvolvimento ao longo da linha do tempo.
O termo "Geopark" é atribuído à UNESCO para uma área representada pelos seus patrimônios: geológico, ecológico, histórico e cultural, como um conceito holístico de proteção, educação e desenvolvimento sustentável. Deve gerar atividade econômica notadamente através do turismo. Ou seja, para uma determinada região poder se transformar em um projeto desta envergadura deve conter os elementos essências de relevância nacional e internacional que a habilite a receber este título. Ao todo são cerca de 100 Geoparques ligado à rede global, espalhados em todos os continentes e mais de 30 países, mostrando-se como uma iniciativa bem sucedida a nível mundial.
No Brasil, até o momento, existe apenas o Geoparque Araripe no nordeste do país. Entretanto o Serviço Geológico do Brasil apontou Uberaba como uma destas áreas excepcionais, haja vista três atributos singulares: Capital mundial do Zebu, Terra dos Dinossauros do Brasil e forte religiosidade, notadamente o médium Chico Xavier, expressão máxima do espiritismo. O primeiro grande passo para a implantação efetiva do Geoparque Uberaba será dado durante a 83ª EXPOZEBU, por meio da assinatura de um Termo de Compromisso firmado entre a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, a Universidade Federal do Triângulo Mineiro e a Prefeitura de Uberaba.
A partir deste evento tem início um árduo trabalho para dotar os Geossítios Peirópolis e Santa Rita e os Sítios Históricos e Culturais ABCZ, Fazenda Cassu e Memorial Chico Xavier, de infraestrutura e logística para compor roteiros turísticos. Aprovado como macro projeto turístico de Uberaba pelo Conselho Municipal de Turismo COMTUR, onde tem assento uma dezena de instituições, espera-se que até 2019 o Geoparque Uberaba possa compor destino turístico de alta competitividade.
Para a implantação dos 2 Geossítios e 3 Sítios Históricos e Culturais foram criados Grupo de Trabalho GTs compostos por 3 a 4 membros do COMTUR, coordenados pelo geólogo da UFTM Luiz Carlos Borges Ribeiro, que também é membro da diretoria da ABCZ e do COMTUR. No caso do Sítio ABCZ, o GT para o desenvolvimento das propostas ficou a cargo de Thiago Riccioppo gerente executivo do Museu do Zebu, João Gilberto Bento, consultor da ABCZ e Andréia Azeredo Barbosa, analista de marketing e comercial da ABCZ. Dos 5 locais escolhidos para esta primeira etapa, o Sítio ABCZ é o melhor estruturado para receber o turista em todas suas necessidades.
A abertura do Museu do Zebu aos finais de semana a partir de abril deste ano foi ação imprescindível, assim como a tarefa de potencializar o Museu a Céu Aberto para maior visibilidade aos monumentos e história do parque Fernando Costa ao público visitante, inserindo também como atrativo a sede da ABCZ, maior instituição mundial de pecuária. O Projeto Geoparque atende ao propósito do compromisso maior assumido pela atual gestão Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges de uma ABCZ para todos.
CENTRO DE REFERÊNCIA DA PECUÁRIA BRASILEIRA - ZEBU