Caso de sucesso na venda de carnes especiais, cooperativa Maria Macia Voltar

Você está em: Sustentabilidade » Assuntos em debate Publicado em 20/06/2017 às 09:56:57
Foto: Revista Metrópole,Luiz Carlos Braga, Carlos Chagas Ferreira, Murilo Menin Flores e Paulo Emílio Fernandes Prohmann

O Brasil é um país que tem suas bases no campo.Com proporções continentais,clima que proporciona o plantio e criação de animais durante o ano todo, tornou-se um dos maiores players do agronegócio do planeta. Entretanto, estamos distantes de conseguir agregar valores aos produtos no campo, isto devido a questões diversas desde tecnologia até a infraestrutura, portanto as commodities comercializadas ficam à mercê do mercado interacional, entre altas e baixas. Dentro deste cenário surgem inúmeras oportunidades para pequenos e médios produtores que fornecem alimentos ao mercado interno. Alimentos convencionais, orgânicos ou agroecológicos existe mercado para todos. Vamos dar uma olhadinha no que tem de bom por ai?

O agronegócio brasileiro é o maior em desenvolvimento de ferramentas sustentáveis na agricultura e pecuária de clima tropical. Se no século 19 e 20 importávamos técnicas européias de plantio e criação, hoje mostramos ao mundo como produzir mais com menos custos. Um desses exemplos é o plantio direto da soja ou os sistemas de integração de lavoura, pecuária e floresta.

 

O último Censo Agropecuário de 2006 cadastrou 219 milhões de hectares com atividades de agricultura. Desta superfície, 72% eram de pastagens, sendo 26 % naturais e 46% plantadas, e 27% de lavouras com 5 % permanentes e 22% temporárias. O rebanho bovino brasileiro possuía, em 2006, 112 milhões de animais criados na pecuária de corte (82% do total) e 23 milhões dedicados à produção leiteira (17%).

 

Cerca de 40% da produção de alimentos que chega no prato do brasileiro, vem do pequeno produtor. Alimentos como verduras,frutas, leite, arroz, feijão e até mesmo a carne.

 

Entre alguns exemplos de sucesso no país, ecolhemos um que ilustra bem como a união, a inovação e aplicação de ferramentas criativas podem encontrar novos nichos de negócios gerando alta rentabilidade financeira.

 

Quem sai ganhando nessa é o consumidor que tem um produto local mais fresco com preço mais acessível. Assim, o contato direto com o produtor pode mostrar como um produto é saudável e confiável.

 

Agregando valores como qualidade e segurança alimentar, todos saem ganhando.

 

Vai uma carne macia e com boa procedência ai?

 

A cooperativa Maria Macia é o resultado da parceria entre produtores paranaenses para a produção de carnes especiais.

 

Em 2004, um grupo de produtores da região de Campo Mourão, com objetivo de traçar formas de ampliação, tornam-se eficientes na pecuária e na agricultura, porém apenas com benefícios pela qualidade produzida nos grãos e nenhum pela qualidade produzida nos animais que iam ao abate, portanto começaram a comercializar seus produtos. Reuniram-se para aumentar o volume, consequentemente à força perante o mercado, pois ambos produziam qualidade!

 

Atendendo os mercados regionais, perceberam que anteriormente seus animais que eram de qualidade superior estavam sendo exportados e o que acabavam consumindo não chegavam próximo do que produziam, indignação maior ainda pois não tinham garantia da carne que consumiam, se era proveniente de animais tratados perante regras, exemplo, bem-estar animal entre outras..

 

Maria Macia. Maria, proveniente dos primeiros animais de propriedades de Maria da Conceição e Maria da Graça, e macia, devido a característica organoléptica de maciez. Junto ao nome foi definido o padrão dos animais a irem ao abate para homogeneizar o produto.

 

Com a ideia dando certo e vontade de expandir mercados, fundaram a cooperativa Maria Macia, está para poder beneficiar mais produtores que se encontravam na mesma situação, pois o objetivo é diminuir o custo de produção e agregar valor ao produto final praticando o cooperativismo. E assim fizeram, iniciaram vários projetos, os quais vinham fortalecer o pecuarista.

 

Hoje a cooperativa Maria Macia é beneficiada com um quadro de 38 colaboradores e 166 cooperados, com uma área de atuação de 60.000 hectares e em torno de 110.000 mil animais.

 

Atendendo 28 municípios com mais de 100 pontos de venda, a cooperativa Maria Macia busca levar qualidade com segurança alimentar em todos seus parceiros de venda da carne, fazendo com que nossos clientes se sintam satisfeitos em comercializar carne Maria Macia.

 


Líderes do Maria Macia, revista Metrópole,diretor presidente Luiz Carlos Braga, juntamente com os diretores Carlos Chagas Ferreira, Murilo Menin Flores e Paulo Emílio Fernandes Prohmann.

Produção do bovino

 

Para conseguir a qualidade da carne Maria Macia, o trabalho começa com o bezerro. A Maria Macia aceita a raça nelore, raça esta com maior volume de animais no rebanho brasileiro, mas abate principalmente cruzamentos com outras raças.

 

O local onde os animais Maria Macia são criados também é diferente: o gado fica nas melhores áreas da fazenda, em locais planos, bebe água em bebedouros, ao contrário do que acontece em outras propriedades, onde os animais ficam em áreas mais acidentadas e bebem água de poças ou beiras de rios.

 

Outro cuidado é com relação ao tratamento. Os animais classificados como Maria Macia são tratados seguindo os ensinamentos de manejo racional. Da chegada dos bezerros nas propriedades, passando pelo confinamento, etapa esta necessária para que os animais ganhem gordura, até serem abatidos, todo manejo dos animais é feito da maneira menos estressante possível, garantindo o bem estar animal. No frigorífico, o controle de qualidade continua. Técnicos da Maria Macia acompanham o processo de abate, evitando assim o estresse do animal, além de garantir higiene e limpeza.

 

O resultado é uma carne macia (principalmente por ser de um animal jovem), com cor vermelho cereja (pela alimentação adequada e bem estar) e suculenta (pelo ganho de gordura no confinamento, também com controle).

 

Veja o vídeo:

Publicado em 23 de jul de 2015

A Maria Macia participou do programa Ric Rural na série de reportagens "Novos rumos da pecuária do Paraná". O controle de qualidade para a produção de carnes de alta qualidade e as vantagens de ser cooperado foram destacados pela reportagem.

Fontes:

 

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Revista Metrópole, texto extraído e adaptado de Liandra Cordeiro;

Site do Maria Macia onde foi extraído e adaptado o texto sobre a história do projeto;

Fotos: Revista Metrópole


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