Fábrica de Reprodutores PNAT, um negócio rentável e que mostra seus resultados na prática
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Publicado em 05/02/2018 às 10:29:04
- atualizado em 05/02/2018 às 10:30:40
PNAT comprova a qualidade dos touros jovens avaliados pelo programa. Um negócio rentável e que mostra seus resultados na prática .Por Thais Ferreira
Thaís Ferreira
"Trabalhar bastante e acreditar no que faz!", essa é a receita para fazer um reprodutor campeão, segundo Bruno Peretti Furtado que, junto com o pai, José Antônio Furtado, gerencia a Rodrigues Furtado Agropecuária, e toda a equipe da RFA, localizada em Itapetininga (SP).
O criatório de Nelore começou a investir em melhoramento genético no final da década de 90. "Verificamos a necessidade de melhorar o rebanho comercial na produção de bezerros. Vimos que os resultados estavam dando certo e resolvemos entrar no melhoramento de matrizes. Meu pai era conselheiro da empresa Fertilizantes Manah e recebeu um convite do senhor Fernando Penteado para participar de um leilão em Brotas. Naquele ano, ele adquiriu da Fazenda Mundo Novo 22 matrizes Nelore PO Lemgruber, e foi aí que demos inicio à criação de Nelore PO", recorda Bruno.
O PNAT (Programa Nacional de Avaliação de Touros Jovens) foi apresentado aos pecuaristas por um técnico de campo da ABCZ. A entrada no programa não poderia ter sido melhor. Logo na estreia, em 2011, o touro Lastro entrou para o time de classificados no PNAT. Depois, seguiram com o touro Samurai. "O Lastro foi o primeiro touro PNAT a fazer um filho PNAT. Para nós em nível de divulgação da nossa marca foi muito importante, porque ele foi um dos touros recordes na venda de sêmen no ano de 2012 e 2013 na Alta Genetics", conta Bruno orgulhoso.
Seis anos depois, Lastro continua sendo uma grande referência no PNAT. Em toda a história do programa é o touro que mais teve material genético usado. Até 06 de julho de 2017 foram 17.920 inseminações comunicadas à ABCZ, com 6326 nascimentos registrados. E esses números ainda podem aumentar já que o touro ainda está em atividade. "Esse é o reconhecimento do nosso trabalho e, o mais importante, é a gente poder disseminar nossa genética através dos nossos reprodutores", destaca Furtado.
Na Fazenda Vô Thomaz, do selecionador Amauri Gouveia, localizada no município de Avaré (SP), mais uma história de sucesso no PNAT. Em 1999, o pecuarista começou a criar gado Nelore, e em 2006 foi apresentado ao melhoramento genético, "Contratei um zootecnista e ele me mostrou as avaliações do gado em planilha e a gente viu que tinha vaca que não paria há 3, 4 anos, vaca que não desmamava bem, e foi aí que ele me convenceu a começar a fazer melhoramento genético", recorda Gouveia.
Amauri administra seus negócios na ponta do lápis. Sabe de cabeça cada detalhe de sua criação. "No ano em que começamos a fazer melhoramento genético, já abatemos mais de 600 matrizes por conta disso e aí graças a Deus começou a mudar o rumo da fazenda: fomos melhorando, melhorando. Tanto que Mérito foi o primeiro garrote que levamos para o PNAT e a gente viu que criar com genética é muito melhor, você tem muito mais resultado, vende os animais com melhor preço agregado, os touros são bem procurados. Por isso que a gente decidiu criar buscando o melhoramento genético", destaca.
O número de inseminações com o material genético do touro Mérito reafirma o potencial do reprodutor. Já foram comunicados 7.583 procedimentos à ABCZ. E o melhoramento genético feito na última década tem ajudado, e muito, o crescimento do criatório. Um dos filhos do Mérito, o Robin FIV VT, foi um dos classificados no PNAT 2017.
Um modelo de sucesso que traz lições para grandes e pequenos pecuaristas. "É só olhar os resultados! Não existe a possibilidade de você conquistar resultados melhores sem comprar touros avaliados. Você não vai obter uma desmama melhor, não vai obter fêmeas para reposição, é andar para trás. É jogar dinheiro fora comprar um touro sem avaliação genética", finaliza.
Os ganhos da seleção são visíveis nos olhos e no bolso: tudo que se é investido pode voltar em dobro e até mais, "O melhoramento genético é um processo contínuo. E no caso do PNAT nós constatamos que esse ciclo fechou. E com o uso contínuo de alguns touros antigos e dos novos touros esse ciclo tem aumentado em quantidade e qualidade. Exemplos são os touros Samurai e Robin, classificados em 2017, filhos de touros PNAT de gerações anteriores", destaca Lauro Fraga, gerente do Pró-Genética na ABCZ e responsável pelo PNAT.
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