Raças e tipos de cruzamentos para produção de leite Voltar

Você está em: Pesquisa » Divulgação de Estudos e Pesquisas Publicado em 14/09/2020 às 10:30:39
Guzera leiteiro

O conhecimento e entendimento do conceito da heterose ou vigor de híbrido pode ajudar o produtor na escolha do tipo de cruzamento mais adequado conforme o sistema de produção adotado em sua propriedade

O conhecimento e entendimento do conceito da heterose ou vigor de híbrido pode ajudar o produtor na escolha do tipo de cruzamento mais adequado conforme o sistema de produção adotado em sua propriedade. O acasalamento de animais de raças diferentes é a maneira mais rápida de fazer melhoramento genético dos bovinos, reunindo em um só animal as boas características de duas ou mais raças, aproveitando-se a heterose ou vigor de híbrido. A heterose é o fenômeno pelo qual os filhos apresentam melhor desempenho (mais vigor ou maior produção) do que a média dos pais. A heterose será tão mais pronunciada quanto mais divergentes (geneticamente diferentes) forem as raças ou linhagens envolvidas no cruzamento. Existem resultados de pesquisas científicas mostrando heterose para produção de leite variando de 17,3% até 28% nos cruzamentos entre animais da raça Holandês e animais das raças zebuínas. A heterose afeta características particulares e não o indivíduo como um todo. A heterose é máxima nos animais híbridos F1 ou de 'primeira cruza'. O animal F1 reúne as boas características de ambos os progenitores. No caso do cruzamento de vaca Gir com touro Holandês PO, as fêmeas F1 irão apresentar maior precocidade e maior aptidão leiteira (características típicas do Holandês) do que a Gir e também maior resistência a ectoparasitas, maior tolerância ao calor e maior rusticidade do que o Holandês, pois essas são características marcantes das raças zebuínas. O desempenho (produção) do animal F1 depende da qualidade genética dos progenitores (do touro e da vaca) envolvidos em cada cruzamento. Assim, existem bons e maus animais F1 (ou meio-sangue), refletindo a qualidade genética do touro e da vaca envolvidos em cada cruzamento. Portanto, é importante utilizar sempre touros provados para leite, sejam eles europeus ou zebuínos. Até início da década de 1990, a recomendação técnica para obter animais F1 HZ era acasalando vacas Gir com touros Holandês puros de origem (PO). Isso porque a população de Gir era grande, a vaca Gir era relativamente de baixo custo e dispunha-se de touros Holandeses provados para leite, sendo as vacas da raça Holandês de maior valor monetário. Mas desde 1993 dispõe-se no Brasil de touros Gir Leiteiro provados e selecionados para produção de leite. Além disso, as vacas da raça Holandês não estão com preço muito elevado e a população de bovinos da raça Gir Leiteiro é pequena. Assim, pode-se utilizar tanto o cruzamento de vacas Gir Leiteiro com touro Holandês puro, como o cruzamento recíproco, ou seja, vacas da raça Holandês com touro Gir Leiteiro. Geneticamente, a qualidade do F1 HZ é a mesma, com o mesmo potencial genético para a produção de leite.

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