Nutrição, sem ela o seu rebanho não é nada Voltar

Você está em: Pesquisa » Divulgação de Estudos e Pesquisas Publicado em 12/02/2021 às 09:04:33 - atualizado em 12/02/2021 às 09:06:04
Foto Ilustrativa

Considerando que nutrição é um dos principais fatores que afeta o desempenho animal, além de ser, o item mais oneroso no custo de produção, a adoção de medidas nutricionais racionais podem levar a um incremento significativo na produção, a um custo mais reduzido. Tecnologias a serem adotadas em nosso território, no campo da agropecuária devem ser, obviamente, desenvolvidas em nível de Brasil, onde a composição do rebanho, os alimentos disponíveis e o clima são típicos e únicos de ambientes tropicais.
Confira como consultar tudo sobre composição química e bromatológicas de alimentos.
( fonte: www.cqbal.com.br/)

Apresentação

Considerando que nutrição é um dos principais fatores que afeta o desempenho animal, além de ser, o item mais oneroso no custo de produção, a adoção de medidas nutricionais racionais podem levar a um incremento significativo na produção, a um custo mais reduzido. Tecnologias a serem adotadas em nosso território, no campo da agropecuária devem ser, obviamente, desenvolvidas em nível de Brasil, onde a composição do rebanho, os alimentos disponíveis e o clima são típicos e únicos de ambientes tropicais. A utilização de informações geradas nas nossas condições, para a formulação de dietas para ruminantes, contribui para otimização das mesmas, uma vez que o uso de informações estrangeiras não permite o balanceamento ótimo dos nutrientes, em função das diferenças marcantes entre a realidade Brasileira e aquela encontrada nos países onde são geradas.

A tabela de composição química e bromatológicas de alimentos (CQBAL) se iniciou com um trabalho de Cappelle (2000), o qual desenvolveu uma versão inicial de um software específico, chamado de CQBAL 1.0 (Composição Química e Bromatológica de Alimentos), mas devido a carência de informações, Rocha Júnior (2002), buscou novas informações que pudessem ser utilizadas para complementar o trabalho de Cappelle (2000). Para facilitar o cadastramento dos dados e geração dos relatórios estatísticos dos alimentos, foi produzido um software em formato Delphi 3.0 (em parceria com o Departamento de Informática da UFV), a partir do software CQBAL descrito por Cappelle (2000), com todas as informações catalogadas.

Apesar do avanço obtido com a elaboração da primeira Tabela Nacional de Composição de Alimentos para Bovinos, diante do grande volume de dados que são gerados anualmente nas diferentes instituições do país, viu-se a necessidade de atualização dos dados referentes à composição química dos alimentos avaliados, para buscar o aumento do banco de dados e o preenchimento das lacunas presentes na primeira edição. Diante disso, Magalhães (2007) buscou novas informações com o objetivo de atualizar a primeira versão da Tabela de Composição de Alimentos para Bovinos, bem como preencher as lacunas existentes, para elaboração da segunda edição, Valadares Filho et al. (2006). Foram coletados dados presentes em teses publicadas nas Universidades Brasileiras, até julho de 2005, que possuem cursos de mestrado ou doutorado, sendo as Universidades Federais de Viçosa (UFV), de Lavras (UFLA), de Minas Gerais (UFMG), de Goiânia (UFG), de Uberlândia (UFU), Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), do Mato Grosso do Sul (UFMS), do Pará (UFPA), Rural da Amazônia (UFRA), do rio Grande do Sul (UFRGS), de Santa Maria (UFSM), do Paraná (UFPR), de Pelotas (UFPEL), Rural de Pernambuco (UFRPE), da Paraíba (UFPB/Areia), do Ceará (UFC), a Universidade de Brasília (UNB), a Escola Superior de Agricultura Luís de Queiroz (ESALQ - Piracicaba); as Universidades Estaduais de São Paulo (USP - SP e USP - Pirassununga), UNESP de Botucatu e de Jaboticabal; a universidade Estadual de Maringá (UEM) e do Norte Fluminense (UENF).

Também foram coletados os dados dos Centros de Pesquisa da EMBRAPA (Amazônia Oriental, Gado de Corte e Semi- Árido). Foram utilizadas todas as teses publicadas nos Departamentos de Zootecnia de cada instituição, que continham dados relativos às análises dos alimentos utilizados. Foram também coletados sobre todas as informações contidas na primeira versão das Tabelas Brasileiras de Composição de Alimentos para Bovinos (CQBAL 2.0), de acordo com Valadares Filho et al. (2002). Apesar do avanço obtido com a elaboração da primeira Tabela Nacional de composição de Alimentos para Bovinos, e dos benefícios alcançados com a atualização e ampliação desta através da segunda edição, face ao grande volume de dados que são gerados anualmente nas diferentes instituições de pesquisa do país, tornou-se necessária a atualização dos dados referentes à composição química dos alimentos avaliados, desenvolvendo-se assim a terceira edição das tabelas Brasileiras de Composição de Alimentos para Bovinos, que tem uma versão impressa (Valadares Filho et al.,2010a) e uma versão online (www.ufv.br/cqbal). A versão online é de acesso gratuito e apresenta atualmente 3.230 referências, 360 nutrientes e 2160 derivados de alimentos totalizando 12.360 composições de alimentos. Essa versão foi desenvolvida por Chizzotti M.L. em parceria com a empresa Jungle, através da criação do software CQBAL 3.0, em php com MySQL. Neste software, o usuário pode gerar relatórios de composição de alimentos, selecionando o alimento, o derivado, intervalo de agrupamento, a região, entre outras opções, para receber um relatório personalizado, gerado a partir das informações cadastradas. Todos os procedimentos de consulta no Programa CQBAL 3.0 estão descritos em Valadares Filho et al (2010b).

Em 2015, foi publicada a quarta edição da tabela de composição de alimentos para ruminantes, em versão impressa. Em 2017/2018 com intuito de acompanhar a evolução dos sistemas de informação e facilitar o acesso do usuário o software CQBAL 3.0 passou por uma reformulação dando origem ao CQBAL 4.0. A nova versão foi desenvolvida por Lopes S.L. em parceria com a empresa Dinni softwares e apresenta novas informações tais como a estimativa do NDT e das frações digestíveis dos alimentos, baseado no BR- CORTE (2016) e NRC (2001). É importante ressaltar que em virtude do número desigual de repetições, muitas vezes a soma dos nutrientes não totaliza 100%. Os valores descritos como fração A dos componentes fibrosos (FDN, FDA, CELULOSE, etc.) se referem, provavelmente, a perdas de partículas e ao uso de modelos inadequados para medição da degradação da fibra. Dessa forma foram apenas transcritos da literatura, e os autores dessa publicação reconhecem que eles não são corretos e não apresentam utilidade prática. Além disso, o termo FDNVD, FDN verdadeiramente digestível, também não é correto, já que a fibra não possui fração endógena. Espera-se que a continuidade desse trabalho e a colaboração dos alunos, professores, pesquisadores e técnicos possa continuar contribuindo para geração de informações confiáveis e para a difusão desta em todo território nacional.

 

Autores e Citações

 

Autores

Sebastião de Campos Valadares Filho
Sidnei Antônio Lopes
Breno de Castro Silva
Mario Luiz Chizzotti
Lucas Zago Bissaro

Citação

VALADARES FILHO, S.C., LOPES, S.A. et al., CQBAL 4.0. Tabelas Brasileiras de Composição de Alimentos para Ruminantes. 2018. Disponível em: www.cqbal.com.br

 

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