Notícias do Agronegócio - boletim Nº 156 - 26/05/2014
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Os julgamentos da raça Nelore estão sendo coordenados pelos criadores Ricardo Goulart Filho, Rodrigo Pável e Adilson Brancalione. A partir de segunda-feira (26), a 50ª Expoagro (Exposição Agropecuária...((Portal Rádio Grande FM/MS – 25/05/2014))
Os julgamentos da raça Nelore estão sendo coordenados pelos criadores Ricardo Goulart Filho, Rodrigo Pável e Adilson Brancalione. A partir de segunda-feira (26), a 50ª Expoagro (Exposição Agropecuária Internacional de Dourados) dá início aos tradicionais julgamentos da raça Nelore. Com a promessa de ser o maior julgamento da raça em Mato Grosso do Sul em 2014, o evento contará com a participação de pelo menos 400 animais de criadores vindos de diversos Estados do país, divididos em 18 categorias. Já confirmaram participação nos julgamentos criadores do Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo, além de pecuaristas de Dourados e de diversos municípios de MS. Os julgamentos da raça Nelore estão sendo coordenados pelos criadores Ricardo Goulart Filho, Rodrigo Pável e Adilson Brancalione. Conforme Brancalione, a expectativa é de que o nível dos julgamentos seja altíssimo, tendo em vista a qualidade dos animais que estarão na disputa. O julgamento somará pontos para o Ranking estadual e Nacional. Os julgamentos servem para avaliar o gado e assim encontrar a melhor carne para o abate. O criador conta que os cuidados com o gado vem desde o aprimoramento genético e segue com alimentação especial, qualidade do pasto entre outras coisas. Segundo Brancalione, através dos julgamentos, os criadores buscam o melhoramento genético da raça. Além de vantagens para o proprietário, os consumidores também são beneficiados, já que através desses julgamentos há uma melhora na qualidade da carne comercializada. “Um laboratório de melhoramento genético e oportunidade de encontrar a melhor carne de corte”, afirma ele, que chama o gado em julgamento de “Avô do Bife”, pois são com os aprimoramentos que acontecem depois dos julgamentos que os criadores vão produzir uma carne de melhor qualidade para ser vendida futuramente. O coordenador do julgamento conta também que outro ponto importante para ter um gado campeão é o seu tratador, já que para esse trabalho é necessário dedicação. “Eles fazem isso porque amam mesmo. Não é qualquer peão que trata um boi, tem que saber o que está fazendo”, disse. Para escolher o gado campeão da Expoagro os jurados seguem as normas da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) e da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e avaliam o gado por seu conjunto, ou seja, beleza corporal, porte, estrutura óssea, arqueamento das costelas e caracterização racial. EXPOSIÇÃO Paralelamente ao julgamento de raças acontecerá a exposição de gado leiteiro. Serão expostos na lista de julgamentos da 50ª Expoagro animais das raças GER e Holandesa. (Portal Rádio Grande FM/MS – 25/05/2014) ((Portal Rádio Grande FM/MS – 25/05/2014))
topoA Marfrig informou na sexta-feira que sua subsidiária Moy Park, sediada no Reino Unido, emitiu 200 milhões de libras esterlinas em notas sêniores com vencimento em sete anos, à taxa de juros fixas de ...((Jornal Valor Econômico, Valor. Com/SP – 26/05/2014))
A Marfrig informou na sexta-feira que sua subsidiária Moy Park, sediada no Reino Unido, emitiu 200 milhões de libras esterlinas em notas sêniores com vencimento em sete anos, à taxa de juros fixas de 6,25% ao ano. (Jornal Valor Econômico, Valor. Com/SP – 26/05/2014) ((Jornal Valor Econômico, Valor. Com/SP – 26/05/2014))
topoEscrevo esta análise motivado pela matéria do Valor Econômico de 22/02/14, com o título “Cruzada do MPT contra a terceirização já altera relações na citricultura”. Chamo a atenção do leitor, do empres...((Portal Agro link/RS – 26/05/2014))
Escrevo esta análise motivado pela matéria do Valor Econômico de 22/02/14, com o título “Cruzada do MPT contra a terceirização já altera relações na citricultura”. Chamo a atenção do leitor, do empresário da agricultura brasileira, do Governo e da imprensa para o grave assunto tratado nesta matéria, tema de duas análises anteriores. Para o leitor que não conheceu este problema ainda, basicamente o MPT (Ministério Público do Trabalho) e o Poder Judiciário determinaram que a indústria de suco de laranja apenas processe frutas que tenham sido plantadas e colhidas por elas e em outra decisão relativamente semelhante afetou o setor de cana, intervindo na maior empresa que atua no Brasil. Se esta intervenção do judiciário já preocupava muito, a matéria do Valor trouxe uma preocupação adicional, advinda do fato dos jornalistas que cobrem o agronegócio brasileiro, e ressalto estarem cada vez mais preparados e técnicos, estarem, neste caso e em outros correlatos, usando o termo terceirização de maneira unilateral, como se observa no título da matéria do Valor e com isto, quase que referendando uma visão do judiciário que se mostra equivocada quando analisada sob a ótica administrativa (empresarial) e econômica. Explico a seguir que o caso da citricultura não é de terceirização, portanto o título da matéria tem problemas. É importante termos uma visão clara de três conceitos centrais, antes de voltarmos a analisar o problema nas cadeias do agronegócio. O primeiro conceito central refere-se ao fato de apesar do mundo econômico contemporâneo cada vez mais se organizar na forma de cadeias produtivas integradas, inclusive transnacionais, com verdadeiros conjuntos ou nexos de contratos orientados e dirigidos pela demanda visando competitividade, os setores da economia ainda são divididos em primário, que corresponde à agricultura (produção através da exploração de recursos da natureza), o secundário, que é composto pela indústria (setor transformador de matérias primas produzidas pelo setor primário), e o terciário, que é o setor de serviços. Isto é fato consagrado e aceito mundialmente. O segundo conceito central é o de atividade-fim. Esta é a finalidade principal do negócio, o objetivo social e de existência de determinada empresa ou organização privada/pública. Identifica a atuação central de uma organização, onde se desenvolvem os processos de trabalho para executar a função, o objetivo para o qual uma organização privada ou pública foi criada. É de se esperar que o contrato social defina muito bem a atividade-fim da empresa. A atividade-fim de um abatedouro de animais, seja bois, frango, suínos, ovinos ou outros é o abate e a comercialização de carnes. A atividade fim de uma torrefação de café é a de adquirir os grãos de café, torrá-los e comercializar o café, e assim sucessivamente nas outras cadeias produtivas. O terceiro conceito ou entendimento importante é sobre terceirização (em inglês usa-se “outsourcing”). Aqui vale uma explicação um pouco mais densa, pois da forma como o conceito vem sendo usado por partes do Judiciário e da imprensa, corremos o risco também de demonizar uma das práticas mais interessantes em administração de empresas, que é a terceirização. Existem diversas definições, mas na essência, trata-se de uma prática empresarial que visa competitividade (ganhos de eficiência pela redução de custos ou melhorias de qualidade) substituindo uma atividade antes feita internamente pela empresa por uma nova configuração, via contratação de força externa de trabalho, de agentes especializados, externos à empresa, em contratos que podem ser de curto, médio e longo prazos. Parte-se do princípio, correto, de que agentes especializados conseguem reduzir capacidades ociosas, ter escala, foco, capacidade de inovação e principalmente, ter os benefícios da especialização, transferindo parte destes benefícios às empresas contratantes, gerando eficiência no sistema. Ou seja, a terceirização é uma atividade que cria, captura e compartilha valor quando bem executada. A literatura de administração diz que podem ser terceirizadas atividades-meio ou até mesmo atividades-fim de uma empresa. “Outsourcing” é um conceito moderno na economia, nas cadeias produtivas integradas, sendo que hoje existem casos mundiais de sucesso de empresas que contratam até a atividade-fim, a elaboração de seu principal produto, para empresas especializadas, como por exemplo uma das marcas mais famosas de tênis e roupas esportivas. O whisky mais conhecido dos brasileiros é produzido por diversas destilarias terceirizadas sob encomenda e grande controle feito pela destilaria principal. O “outsourcing” ou terceirização também possibilita inclusão social e acesso a mercados. Entre muitos casos, cito um que conheci na região de Mendoza (Argentina) onde existem engarrafadoras autônomas (móveis) de vinhos, ou seja, uma pequena vinícola não necessita ter a atividade de envase, que é cara e ficaria ociosa boa parte do tempo. Quando sua produção de uvas e vinho a granel está pronta, ela contrata a o engarrafamento feito por terceiros, que visitam sua propriedade em caminhões específicos, executam o serviço e deixam os produtos finais (vinhos engarrafados) encaixotados, permitindo com isto a inclusão de pequenas empresas no sistema econômico. Demonizar a terceirização significa matar o empreendedorismo e diminuir possibilidades de ascensão social também. Para o leitor que deseja mais embasamento, o estabelecimento das fronteiras de uma empresa, parcerias e verticalização de atividades no sistema econômico são explicados desde o seminal artigo do inglês Ronald Coase, em 1937 (The Nature of the Firm) e posteriormente nos influenciadores estudos do prêmio Nobel em economia (2009) Oliver Williamson. Leitura densa, porém agradável e de grande aplicabilidade em estratégia empresarial. Vistos os conceitos de setores primário, secundário e terciário da economia, de atividade-fim e de terceirização, voltamos ao agronegócio. Há uma confusão que precisa ser debelada. Por definição, não é atividade-fim de uma indústria de suco de laranja, de maçã, pêssego, manga, uva, goiaba, entre outras frutas, plantar, produzir e colher as frutas que usa em sua fábrica, da mesma forma que não é atividade-fim de um frigorífico de animais ter confinamento ou granja, de uma torrefadora de café plantar e colher café, de uma usina de cana plantar e colher canaviais, de uma empresa de tabaco plantar e colher fumo, de uma fiação plantar e colher algodão, de uma fecularia plantar e colher mandioca, de uma produtora de óleos plantar e colher soja. Sua atividade-fim é clara, trata-se do processamento industrial, setor secundário da economia, que é distinto do setor primário, o agrícola. Mas o leitor aqui pode ficar em dúvida pois vê estas empresas as vezes executarem estas atividades tecnologicamente distintas, ou seja, frigoríficos também têm fazendas, abatedouros têm granjas, usinas têm cana própria, fábricas de suco têm frutas próprias e temos também os casos de cooperativas de produtores rurais que montam fábricas de processamento de grãos, frutas e abatedouro de animais. Se existe integração vertical para trás, ou seja, se parte destas indústrias executa parte destas atividades do setor primário da economia, ou é responsável por parte do seu suprimento, ou se produtores rurais, principalmente via cooperativas constroem fábricas, o que é uma integração vertical para frente, o fazem no sentido de redução de custos de transação, redução de incerteza e até ganhos de eficiência e de agregação de valor. Mas estas decisões são feitas por finalidade de estratégia de negócios, por opção estratégica, e não por serem atividade-fim, pois não são. A leitura das obras de Oliver Williamson nos ajuda a entender bem a racionalidade (ou as vezes irracionalidade!) destes movimentos empresariais de verticalização para frente ou para trás em uma cadeia produtiva integrada. Como já explorei em dois outros textos sobre este tema, declaro aqui não ter a mínima dúvida da boa intenção do Poder Judiciário, mas esta interferência no funcionamento da cadeia produtiva, refletida na decisão de que as indústrias de suco de laranja plantem e colham toda a fruta necessária para seu processamento, é errônea, apresenta uma visão parcial dos setores da economia e do conceito de atividade-fim. É também um retrocesso econômico e social, como vem sendo atestado pelos sindicatos de produtores rurais, comprovado na matéria do Valor. Se existe precarização das condições de trabalho, o que deve ser combatido é justamente a precarização das condições e não alterar o modelo econômico de sucesso. Trata-se da aplicação de um medicamento forte e equivocado para curar um problema. É aquela velha história, resolve-se o problema matando o paciente. Ou... tira-se a verruga do dedo pela amputação do braço. Neste caso da laranja não vai matar o paciente, mas é uma medida que tira eficiência, competitividade e capacidade exportadora deste setor e que pode ser altamente concentradora, condenando-o a ter menos de uma centena de empresários rurais no médio prazo, além de arriscar pequenos produtores a perderem todas as suas frutas e o seu patrimônio agora, como alertado pelo Sindicato. Esta decisão do Judiciário deveria preocupar e muito as outras cadeias produtivas integradas do agronegócio e ao Governo, pelo saldo na balança comercial trazido por este setor, além do desenvolvimento e geração de empregos. Não há impedimento ou razões distintas para que esta decisão tomada no setor de laranja e que já está acontecendo parcialmente na cana, venha como um dominó pegando também o café, as carnes, o fumo, grãos, outras frutas e outros produtos, comprometendo a eficiência e competitividade do agronegócio. Também aos jornalistas fica a minha recomendação que percebam a importância deste assunto e tratem o tema não somente sob a ótica jurídica, mas sob a ótica econômica e de eficiência empresarial. A colheita das frutas, do café, da cana, do fumo, da soja, do milho é uma função do produtor rural, pois trata-se da sua produção, da sua atividade-fim. Se a indústria processadora desejar colher por questão de escala e eficiência, é uma decisão a ser tomada em conjunto com o produtor, e representa sim uma terceirização, mas do produtor rural. É preciso ficar bem claro: é o produtor rural quem terceiriza a colheita dos seus produtos para a indústria. Aceitar que a colheita de produtos agrícolas é uma terceirização da indústria é equivocado. Marcos Fava Neves é professor titular de planejamento estratégico e cadeias alimentares da FEA-RP/USP. Autor de 45 livros publicados em oito países. Foi professor visitante da Purdue University (Indiana, EUA) em 2013. (Portal Agro link/RS – 26/05/2014) ((Portal Agro link/RS – 26/05/2014))
topoPresidente afirma que a agricultura brasileira vai ganhar em produtividade. Crédito é 10 vezes o montante oferecido na safra 2001/2002, diz Dilma. A presidente Dilma Roussef disse na manhã desta segun...((Portal Zero Hora/RS – 26/05/2014))
Presidente afirma que a agricultura brasileira vai ganhar em produtividade. Crédito é 10 vezes o montante oferecido na safra 2001/2002, diz Dilma. A presidente Dilma Roussef disse na manhã desta segunda-feira (26), durante seu programa de rádio “Café com a Presidenta”, que o agronegócio terá mais de R$ 156 bilhões para financiar a produção agrícola e que o país vai ganhar em produtividade. O valor representa o maior volume de recursos da história e significa uma alta de 14,7% em relação à safra anterior, segundo o programa de rádio. “São R$ 156,1 bilhões para financiar a nossa produção agrícola e pecuária, quase, 15% a mais que a safra passada. Esse é o investimento do tamanho do agronegócio brasileiro. A cada ano nós temos ampliado os recursos para apoiar o nosso produtor rural. O total de crédito que vamos liberar nesta próxima safra é 10 vezes o montante oferecido na safra 2001/2002, anterior ao governo do presidente Lula”. Segundo Dilma as taxas são atrativas para o produtor. “São muitos recursos, e com taxas de juros muito atrativas. Veja só, na safra 2001/2002, os juros variavam de 8,75% a 10,75% ao ano. Hoje, os juros estão praticamente pela metade, entre 4% e 6,5%. Não faltará crédito para os nossos produtores. Se todo o crédito previsto for utilizado, vamos oferecer mais recursos. Nossa agricultura e nossa pecuária são exemplos de sucesso. Somos líderes mundiais na produção e exportação de café, açúcar e suco de laranja. Somos também os maiores exportadores de soja, carne bovina e carne de frango”. A presidente explicou como será o crédito para os médios produtores: “vamos oferecer R$ 16,7 bilhões em crédito para essas faixa de agricultores e pecuaristas. São 26,5% a mais do que na safra passada, e com juros de 5,5% ao ano”. Dilma disse que o pecuarista também será beneficiado. “Uma das novidades do Plano Agrícola e Pecuário para o próximo período é que vamos financiar a aquisição de animais para engorda em confinamento. Oferecemos crédito para o pecuarista adquirir e reter matrizes, o que evita o abate precoce. Com essas linhas de crédito estamos atendendo reivindicações dos pecuaristas. Aliás, esse plano, como todos os outros, é fruto do diálogo com os produtores e os criadores. As demandas do setor chegaram até a nós, e todas foram contempladas”. A presidente também falou sobre o financiamento para a compra de máquinas e equipamentos. “Reativamos o Moderfrota, programa do BNDES que oferece crédito barato para a compra de máquinas novas. Somado ao PSI Rural, que é o Programa de Sustentação do Investimento, serão R$ 8 bilhões para aquisição de colheitadeiras e tratores. Outra iniciativa para estimular o uso de novas tecnologias é o fortalecimento do Inovagro. Agora há R$ 1,7 bilhão para financiar a agricultura de precisão, o cultivo protegido de hortifrutigranjeiros, e a automação da avicultura, da suinocultura e da pecuária leiteira”. De acordo com Dilma, o Brasil está produzindo cada vez mais e o governo tem apoiado a melhoria das condições de armazenamento e escoamento das safras. “A exemplo do que já aconteceu no ano passado, neste ano, novamente nós vamos ter R$ 5 bilhões para financiar a construção e ampliação de armazéns privados, com juros de 4% a 5% ao ano. Quanto ao escoamento da safra, nós estamos agindo de várias maneiras. Investimos na duplicação e modernização de rodovias, na construção de ferrovias, na melhoria de nossas hidrovias, porque precisamos de uma infraestrutura de transporte adequada ao tamanho do Brasil”. (Portal Zero Hora/RS – 26/05/2014) ((Portal Zero Hora/RS – 26/05/2014))
topoExportadores de carne suína e de aves de Santa Catarina voltam a conviver com o fantasma da suspensão das importações pela Rússia. Em função da crise na Ucrânia, os russos reduziram em U$ 1.000,00 os ...((Portal Clic RBS/SP – 25/05/2014))
Exportadores de carne suína e de aves de Santa Catarina voltam a conviver com o fantasma da suspensão das importações pela Rússia. Em função da crise na Ucrânia, os russos reduziram em U$ 1.000,00 os preços por tonelada de frango e suínos. Os dois maiores exportadores cancelaram as vendas. Em represália, a Rússia ameaça cortar as compras, atingindo Santa Catarina.(Portal Clic RBS/SP – 25/05/2014) ((Portal Clic RBS/SP – 25/05/2014))
topoAtendendo a demandas dos movimentos sociais, a presidente Dilma Rousseff divulga hoje o Plano Safra da Agricultura Familiar com mais crédito, mudanças no modelo de seguro, financiamento à agroecologia...((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 26/05/2014))
Atendendo a demandas dos movimentos sociais, a presidente Dilma Rousseff divulga hoje o Plano Safra da Agricultura Familiar com mais crédito, mudanças no modelo de seguro, financiamento à agroecologia, políticas regionais voltadas ao abastecimento de áreas metropolitanas e de incentivo à permanência de jovens no campo. Mas, diferentemente do que se viu no pacote voltado ao agronegócio e anunciado na última semana, o governo decidiu não subir e manteve os juros do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para a safra 2014/15. O Pronaf disponibilizará R$ 24,1 bilhões em linhas de crédito, uma alta em relação aos R$ 21 bilhões da safra anterior. Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, o plano será executado até o fim de junho de 2015. "O objetivo do governo federal com os dois planos [o Plano Safra para o agronegócio e o da agricultura família] é ampliar a produção agropecuária brasileira, abastecer a sociedade e continuar gerando excedentes exportáveis", afirmou Rossetto ao Valor, referindo-se ao pacote divulgado pelo Ministério da Agricultura, com R$ 156,1 bilhões em crédito agrícola. "O que nós queremos com o Plano Safra da Agricultura Familiar 2014/2015 é ampliarmos a produção de alimentos, garantirmos renda ao agricultor e preços estáveis ao consumidor. As taxas de juros permanecerão entre -0,5% e 2% ao ano para investimento e de -1,5% a 3,5% ao ano para custeio. "Em 2014/2015, nós queremos investir R$ 12,2 bilhões. Isso significa mais mecanização, melhores instalações, mais equipamentos, renovação de plantel, melhoramento genético dos rebanhos. Portanto, mais produtividade e mais eficiência. Isso é um indicador estrutural do momento em que passa a agricultura familiar no Brasil", comentou o ministro, lembrando que em 2003 os investimentos no setor somavam R$ 1 bilhão. Outra novidade do novo Plano Safra da Agricultura Familiar se dará no seguro rural. Atualmente, o seguro cobre 100% do custo de produção e a receita líquida esperada do produtor de até R$ 7 mil. A partir de hoje, o seguro garantirá 80% da receita bruta esperada em até R$ 20 mil. Segundo o ministro, há uma migração de um modelo que tinha como base o custo de financiamento para um modelo que assegura a renda bruta esperada da atividade. "O novo seguro fortalece a garantia da renda esperada com a produção. Com isso, ele estimula a utilização das melhores tecnologias de produção. Isso é uma reivindicação dos movimentos sociais e sindicais e nós demos um passo muito importante nesse sentido." Uma nova linha de crédito de R$ 40 mil será criada para os produtores das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que dará um bônus de até R$ 3,3 mil em assistência técnica em caso de adimplência. "Nós queremos estimular nessas regiões mais carentes e mais pobres os investimentos produtivos dirigidos para atender às demandas e vocações regionais. Estimular investimentos nas regiões metropolitanas e médias de atividades produtivas para o abastecimento dessas regiões", explicou Rossetto, lembrando que o plano já contempla a nova política do governo de incentivar a quitação de débitos de assentados para que eles possam novamente acessar financiamento. Uma medida provisória sobre o tema tramita no Congresso. De acordo com o ministro, o governo também buscou acolher outras duas demandas dos movimentos sociais do campo. A agroecologia será incentivada com crédito a taxas de juros de 1% ao ano e com linhas de financiamento voltadas a sistemas integrados de produção de várias culturas, e não a um único produto. Além disso, o governo Dilma regulamentará a lei que permite jovens a tomarem empréstimos para comprar a parte de seus irmãos na propriedade da família, caso algum dos herdeiros queira se desfazer de sua participação nas terras da família. "Durante a execução do plano nós teremos um diálogo permanente para assegurar a implantação do Cadastro Ambiental Rural por parte dos assentamentos", concluiu Rossetto, destacando que o Incra incluiu o primeiro assentamento no CAR na semana passada, no Rio de Janeiro. (Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 26/05/2014) ((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 26/05/2014))
topoO pouco ânimo dos empresários da indústria para fazer investimentos destinados à ampliação da capacidade de produção deve provocar neste ano um recuo no indicador que mede a relação entre investimento...((Jornal O Estado de São Paulo/SP – 25/05/2014))
O pouco ânimo dos empresários da indústria para fazer investimentos destinados à ampliação da capacidade de produção deve provocar neste ano um recuo no indicador que mede a relação entre investimento total da economia em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Em 2013, o investimento representou 18,4% do PIB e foi ligeiramente maior do que no ano anterior (18,2%). Levando em conta pesquisa sobre os planos das empresas, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) projeta que o investimento em relação ao PIB encerre o ano em 17,9%. "Essa estimativa aponta que o investimento neste ano será menor do que em 2013 e muito abaixo da projeção do Plano Brasil Maior, que esperava que o investimento chegaria a 22,4% do PIB em 2014", afirma José Ricardo Roriz Coelho, diretor de Fiesp e responsável pela pesquisa sobre intenção de investimentos. Lançado pelo governo federal no segundo semestre de 2011, o Plano Brasil Maior é um conjunto de medidas para estimular a produção da indústria brasileira. A projeção da Fiesp é, de certa forma, compartilhada pela economista Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria. "Antes eu projetava que a relação entre investimento e PIB seria mantida em 18,4% este ano. Agora, certamente ficará abaixo disso." Alessandra não fechou a nova projeção para o indicador, mas mudou radicalmente a sua análise, depois de conhecer os números da economia do primeiro trimestre. Antes, ela esperava crescimento do investimento de 2% para este ano. Agora aposta numa queda entre 1,5% e 2%. "As notícias não são muito boas nessa seara", diz. O que mais pesa no resultado do indicador é o desempenho da indústria, que responde por 55% do investimento total. O resultado dos fabricantes de máquinas é um indicador da tendência dos investimentos. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas, o consumo aparente de máquinas - produção nacional somada à importação e descontada a exportação - caiu 14% no primeiro trimestre em comparação a igual período de 2013. "A queda do consumo, tanto nacional quanto de importados, confirma a redução de investimentos produtivos no Brasil", ressalta o relatório da entidade. Na avaliação de Alessandra, o segundo ponto que indica o recuo do investimento é o desempenho mais fraco do setor imobiliário neste começo de ano. A construção civil, residencial e de obras públicas, pesa 45% no investimento. A economista lembra que o enfraquecimento do mercado de trabalho, a queda da confiança do consumidor e o menor crescimento da renda do trabalhador esfriaram a construção civil residencial. "Além disso, estávamos esperando um impulso maior das obras por conta da Copa, o que não se concretizou." Outro ponto lembrado por Alessandra que indica a baixa disposição do empresário para investir é que as consultas das companhias para tomar crédito no BNDES têm recuado nos últimos meses. "Tomar crédito para quê, num ambiente no qual a atividade cresce pouquíssimo?", pergunta a economista. Confiança. Para o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Aloisio Campelo, os índices de confiança dos empresários da indústria, do comércio e do setor de serviços e da construção civil são um bom termômetro de como a iniciativa privada avalia o momento e faz planos para o seu negócio. Segundo o economista, em abril houve um baque na confiança dos empresários. De 72 segmentos pesquisados, a confiança dos empresários recuou sobre março em 77% dos segmentos. Esse é o maior grau de difusão de queda da confiança desde abril de 2010. "A queda na confiança está bem espalhada e essa expectativa negativa não combina com investimento", alerta Campelo. Para este ano, Campelo diz que o País ficará estagnado em termos de investimento. "A piora vem sendo sinalizada desde o fim de 2013, com a deterioração das expectativas." (Jornal O Estado de São Paulo/SP – 25/05/2014) ((Jornal O Estado de São Paulo/SP – 25/05/2014))
topoO Brasil acabava de passar por três planos econômicos. Assim como ocorrera com os anteriores, o mais recente também não surtia efeito e a inflação atingia o recorde de 1.783% ao ano. Era 1989 e, no tr...((Jornal Folha de São Paulo/SP – 24/05/2014))
O Brasil acabava de passar por três planos econômicos. Assim como ocorrera com os anteriores, o mais recente também não surtia efeito e a inflação atingia o recorde de 1.783% ao ano. Era 1989 e, no troca-troca de moedas, a de plantão era o cruzado novo. Nesse cenário, e para situar melhor as commodities na economia brasileira, era criada a coluna "Vaivém", há exatos 25 anos. A agricultura era caseira e feijão e arroz atingiam 25% da área de grãos plantada no país. O mercado externo ainda representava pouco para as commodities agrícolas e minerais. Os navios mais traziam do que levavam produtos. Importavam-se carnes, arroz, milho, trigo e até feijão. Hoje, o cenário é outro e o país se tornou líder em exportações. Apenas o agronegócio trouxe US$ 982 bilhões nominais nesses 25 anos. A China, o grande parceiro atual, comprou apenas 12 mil toneladas de soja dos brasileiros naquele ano, mas já alimentava o Brasil enviando carne suína. Era o segundo item da pauta de exportação dos chineses para o Brasil. Na primeira coluna --já são perto de 6.400--, o destaque era o avanço da safra, devido à boa produtividade do milho: 2.073 quilos por hectare. Hoje quem tiver essa produtividade não fecha as contas. A evolução foi grande nesse setor, mas os problemas continuam. Ferrovias iniciadas naquele período ainda não estão prontas, tirando competitividade do país. E, o pior, apesar da importância no cenário mundial, o Brasil não consegue avançar na venda de produtos com valor agregado. É líder mundial em exportações de café, mas quem ganha dinheiro com a industrialização do produto são os alemães, os italianos e os suíços. Produção O grande avanço da agricultura foi na produtividade, que dobrou nos últimos 25 anos. Já a área semeada cresceu 33% e a produção de grãos subiu 169% no período. Os líderes Os dois destaques no setor de commodities são a soja e o minério de ferro. Juntos trouxeram US$ 55,3 bilhões para o país no ano passado, 23% das receitas totais das exportações. Laranja A exportação do setor atingiu US$ 1,1 bilhão em 1989 e deve render US$ 2 bilhões neste. A produção foi de 347 milhões de caixas naquele ano. As estimativas para 2014/15 indicam uma produção de 309 milhões de caixas. Cana 1 O fim do Instituto do Açúcar e do Álcool, em 1990, e a chegada do carro flex, em 2003, deram ânimo ao setor. As exportações de açúcar saíram de 1 milhão de toneladas para os atuais 27 milhões. Cana 2 Em 1974, a produtividade era de 40 toneladas por hectare. Hoje, é de 82. Já a produtividade do etanol chega a 7.000 litros por hectare, ante 3.000 na década passada. Pecuária 1 Um dos grandes passos foi o controle da aftosa, o que abriu novos mercados para o Brasil. Mas o setor ainda tem muito a avançar com a adoção de tecnologia. Pecuária 2 O setor consegue produzir um boi com 20 arrobas em pouco mais de dois anos. Há duas décadas, demorava mais de cinco anos para produzir um boi de 17 arrobas. Carnes Os setores de avicultura e de suinocultura aceleraram ainda mais a adoção de tecnologia do que a pecuária, antecipando a produção. (Jornal Folha de São Paulo/SP – 24/05/2014) ((Jornal Folha de São Paulo/SP – 24/05/2014))
topoDia 31 de maio, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ), ocorre o 70º Leilão de Bovinos e Ovinos. O evento é promovido pelo Departamento de Zootecnia (LZT), com organização do Cl...((Jornal A Gazeta/MT – 26/05/2014))
Dia 31 de maio, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ), ocorre o 70º Leilão de Bovinos e Ovinos. O evento é promovido pelo Departamento de Zootecnia (LZT), com organização do Clube de Práticas Zootécnicas (CPZ). A vistoria dos animais terá início às 8h e a venda pública terá inicio às 10h. Serão leiloados 204 animais. Do total, 29 touros P.O Nelore e cinco Canchim, 16 vacas leiteiras, 42 animais para abate e 112 Borregas. (Jornal A Gazeta/MT – 26/05/2014)((Jornal A Gazeta/MT – 26/05/2014))
topoDurante concurso leiteiro realizado na 80ª Expozebu, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, a vaca Manacá JF sagrou-se como a primeira guzerá a quebrar a marca dos 50 quilos de leite/dia, sendo a nova reco...((Portal Cana Mix/SP – 26/05/2014))
Durante concurso leiteiro realizado na 80ª Expozebu, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, a vaca Manacá JF sagrou-se como a primeira guzerá a quebrar a marca dos 50 quilos de leite/dia, sendo a nova recordista mundial de produção, com o pico de 52 quilos/dia e média de 45,730 quilos. “Uma produção surpreendente, que dá projeção ao plantel da Fazenda Ygarapés, localizada no município de Jampruca (Vale do Rio Doce), de onde se originou o animal”, explica o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, André Merlo. O concurso leiteiro da Expozebu, sempre muito concorrido, neste ano foi marcado por diferenças insignificantes entre as três primeiras colocadas. No último dia, Manacá JF registrou os números definitivos nas três últimas pesagens: 15,960 quilos, 17,590 quilos e 18,410 quilos, totalizando 51,960 quilos. A Fazenda Ygarapés, de José Transfiguração Figueirêdo (por isso a sigla JF acompanha o nome de cada animal) tem alcançado excelentes resultados com o trabalho de seleção do guzerá leiteiro, o Guzerá JF. Mica Figueirêdo, filho de José, há mais de 20 anos responde pelas atividades da propriedade, com animais que batem recordes de produção em concursos oficiais desde 2003. De acordo com Mica, a história do Guzerá JF em concursos leiteiros teve início em 1991, quando Madona JF ganhou o primeiro concurso leiteiro em Governador Valadares (Vale do Rio Doce). Em 1992, começou o controle oficial pela Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), e desde então, buscou-se associar as novas tecnologias aos critérios de seleção. “Já em 1995, as primeiras transferências de embrião do rebanho, a multiplicação de famílias por meio das FIVs e a participação dos programas de melhoramento genético para leite, além da participação no Núcleo MOET, foram decisivas para o avanço genético do plantel”, informa ainda José Transfiguração. Ele acrescenta que é necessário buscar desafios sempre, conhecer as potencialidades do rebanho por meio de dados zootécnicos, mas também colocá-los à prova, mostrando resultados concretos em controles leiteiros oficiais e em concursos leiteiros oficiais e públicos. (Portal Cana Mix/SP – 26/05/2014) ((Portal Cana Mix/SP – 26/05/2014))
topo“Nunca antes na história desse País” e, desse setor, se falou tanto em qualidade de carcaça. O bordão do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que exaltava as realizações do governo, ...((Revista Feed & Food/SP – Maio. 14 – pg 70 a 75))
“Nunca antes na história desse País” e, desse setor, se falou tanto em qualidade de carcaça. O bordão do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que exaltava as realizações do governo, cabe, cada vez mais, como luva em ações destinadas à pecuária brasileira. Assuntos como bem-estar animal, pastagens, gestão, Inseminação Artificial de Tempo Fixo (IATF), Integração Lavoura-Pecuária (ILP), estão se tornando secundários e o novo mote passa a ser a qualidade. Isso não quer dizer que os outros temas estão sendo menos importante, pelo contrário, isso demonstra a evolução e sinaliza que a agropecuária está alcançando novos patamares, na qual a rentabilidade e a produtividade estão no eixo central das discussões. E a tão “descomoditização” da carne vermelha vem acontecendo. No mês de abril, em Campo Grande (MS), aconteceu o Beef Congress of the Americas. O evento finaliza a primeira etapa do Programa de Mercados Emergentes (EMP, sigla em inglês) apresentado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) e pela Cooperative Resources International (CRI, Shawano/Estados Unidos), com apoio da CRI Genética Brasil (São Carlos/SP). O projeto, iniciado em 2013, com visitas técnicas à Nicaraguá, Honduras, Colômbia e Brasil, tem como objetivo expandir as relações comercias por intermédio de economias de países em desenvolvimento. Além disso, busca estudar e assessorar essas regiões para possíveis parcerias na produção de alimentos, e como diz o diretor de Desenvolvimento da CRI, Dean Gilge, “melhorar os pratos dos países participantes”. De 7 a 11 de abril os convidados de cada país supracitado puderam acompanhar uma grade de palestras e dias de campo em fazendas de corte da Região e uma boutique de carne. A escolha do Brasil em sediar este evento se deve à referência que a cadeia produtiva de carne nacional junto ao EMP. De acordo com Gilge, a proposta é aumentar a exportação de genética para esses países, pois quando se trabalha com uma genética melhorada a outras etapas, consequentemente, também ganham. “Uma coisa puxa a outra. Quando há eficiência no potencial genético melhora-se a nutrição, o manejo e o suporte tecnológico. O País cresce rapidamente e esse é o motivo pelo qual estamos aqui e trouxemos esses profissionais da Nicaraguá, Honduras e Colômbia. Assim eles conseguem ver in loco como é realizado, pois o Brasil está um passo à frente, ou melhor, dez passos à frente e é um ótimo exemplo para esses e outros países”, explica. Para ele, daqui sete anos, será possível observar no País um aumento nas exportações de carne IA, já que atualmente “o Angus superou o Nelore e quando se compara os resultados são impressionantes”, exalta. O diretor explica que o USDA auxilia com o aporte financeiro, que neste caso foi de US$ 200 mil. “Há dez anos vimos uma oportunidade de se trabalhar com o subsídio do governo americano, pois essa é uma das ferramentas e opções para o aumento de mercado. O USDA tem diferentes concessões disponíveis para a agricultura dos EUA, portanto qualquer organização que queira abrir mais mercados para seus produtos pode utilizar a concessão para mercados emergentes”, informa. ESTUDO DE CASO. A viagem pelos quatro países durou aproximadamente dois anos, segundo Gilge. Cada técnico da CRI visitou um país coletando informações sobre suas vantagens e deficiências na produção de gado de corte.O gerente de Desenvolvimento da Cooperativa CRI, Matthew Rhody, estudou a cadeia de carne bovina de Honduras. E, segundo ele, o setor ainda não está organizado e não faz parte de nenhuma associação. “Em Honduras também não se existe um programa de qualificação da carcaça. Está começando agora um processo simples de nível de qualidade, um, dois ou três, que se pagará mais pelo nível mais alto. Há muitas oportunidades, mas também desafios, entre eles a dupla aptidão, na qual os produtores não alcançam o potencial genético em produção de carne, nem de leite. O rebanho também está diminuindo, em 24 anos, perderam metade, que hoje concentra 1,7 milhões de cabeças, pontua. Rhody complementa que para reverter esse quadro e a crise que a pecuária vive no país, “é necessário restaurar a rentabilidade, com um sistema de produção mais completo, com genética melhorada, produzir aquilo que o mercado exige, criando incentivos para produção de touros e carne de alta qualidade, aliado a gestão adequada e moderna, com a contribuição do governo”. Já a expedição para Nicarágua ficou a cargo da Beef Education Manager da CRI, Sarah Thorson, que diz existir muita semelhança entre Honduras e a Nicaraguá. Deacordo com ela, o desafio do país está concentrado na inconsistência de oferta, já que muitos frigoríficos não operam com capacidade total. “Outra entrave é a má nutrição, especialmente durante o período de seca, devido as forragens limitadas. Observamos também que no tocante a produção de carne bovina a base genética do gado não está em situação desejável para produzir a quantidade de carne necessária, por dois motivos: dupla aptidão e falta de subsídios aos produtores”, argumenta. Entre as oportunidades, Thorson, considera que a demanda da carne bovina nicaraguana é elevada, e dita como, uma carne de alta qualidade. “Mercado para eles existem, só precisam trabalhar a eficiência para comercializarem carne desse padrão”. Na Colômbia a pesquisa de campo foi realizada pelo gerente de Desenvolvimento de Produto Corte da Genex, Brad Johnson, que já cita um cenário diferente. “Eles possuem pastagem abundante, existem poucos confinamentos e muita mão de obra disposta a trabalhar”. Para ele, existem três pontos de oportunidades: educação do produtor, organização da indústria e crescimento de mercado. “Os produtores podem se beneficiar melhor das práticas de manejo e alimentação. Na indústria é preciso ter dados como mapa de lucratividade, sinalizando quais as melhores raças e adaptabilidade, para que seja provado com base sólida o seu uso. Já no mercado, quem quer qualidade paga por isso, então aposta no valor agregado do marketing e vendas para estimular a produção, com diferenciação de cortes e marcas”. O Beef Product Manager da CRI Brasil, Daniel Carvalho, falou sobre o sucesso do modelo da pecuária brasileira. “A menina dos nossos olhos é a vaca Nelore, o casamento perfeito foi a chegada da braquiária e há seis anos o Angus chegou para formar o tripé de sucesso”. Carvalho também citou as qualidades naturais do Brasil, com suas diversidades de ecossistemas e a vocação na produção de carne e agrícola. Porém, segundo ele, um assunto ainda difícil de se discutir é a lucratividade. “Cada produtor administra de um jeito, mas em termos gerais o lucro médio de uma propriedade de cria a pasto é de 2%. Para quem faz a recria e engorda a pasto essa porcentagem passa para 3%. E quem compra recriado, 4,5%. Os que fazem o ciclo completo a pasto 2,2%”, aponta e complementa que é um quadro que pode mudar com aplicação de tecnologia: “13 a 15% da base dos bovinos de corte é inseminada, podemos melhorar as margens, melhorando nossas ferramentas”. DIA DE CAMPO. A 180 quilômetros da capital mato-grossense, o grupo com os integrantes dos cinco países viajaram para Ribas do Rio Pardo conhecer a Fazenda 7 Voltas, de propriedade de Paulo Almeida. In loco, os participantes puderam conferir todo o sistema da propriedade: cria, recria e engorda, com sistema a pasto, confinamento e cruza de gado Angus-Nelore e de Brangus-Nelore-Angus. “De 2000 para cá muita coisa mudou. Nosso manejo alimentar era inferior, com suplementação apenas na seca, mas percebemos que tinha bom desempenho ao desmame, porém para entregar ao frigorífico tínhamos dificuldade, devido a falta de peso na terminação. Aprendemos com os próprios erros e focamos em alimentação e biótipo de bezerro. Começamos a IATF, o cruzamento industrial, sempre em busca do que era mais lucrativo independente de cor”. A fazenda hoje produz o que o mercado demanda. “Fomos os primeiros do Mato Grosso do Sul a ser certificada no sistema de garantia de origem do Carrefour (São Paulo/SP) e também somos habilitados para Lista Trace”, conta Almeida. Para ele, o resultado dessas conquistas e de ser uma das fazendas a receber o grupo do EMP se deve ao trabalho voltado à produção de carne. Atualmente, a propriedade está com 7.176 cabeças de gado, sendo que 250 estão em confinamento. Segundo ele, este último número tende a aumentar de acordo com a demanda. “Os animais são abatidos com 28 a 30 meses e são engordadosa pasto. Os castrados ficam também nessa engorda e os não castrados terminam no confinamento”, explica. Nos últimos 90 dias, o proprietário conta que o gado é suplementado por cerca de 60 dias e consomem ração a base de milho, em torno de 0,06% do peso vivo, ou seja, 2,5 a 3 quilos por dia/cabeça. O nicaraguenho, Roberto Mendieta, com 250 fêmeas, trabalha há 13 anos com Red Angus em ciclo completo (desde a cria até a gôndola da sua própria boutique de carne). De acordo com ele, sua propriedade trabalha similar aos moldes brasileiros e já conquistou bons resultados. “Muita coisa que vi aqui, já faço, mas sempre é possível agregar mais experiência e aprender novos métodos, ainda mais quando falamos em Brasil”. O gerente Geral da C&D, o hondurenho David Fernandez Dias, revelou a diferença do que ele viu no País com a atualidade de Honduras. “O conceito de produção é muito diferente, a começar pelo manejo e as formas de cruzamento com Nelore, Angus e Brangus. Por esses motivos que este tour está sendo tão proveitoso, pois levo daqui estes conceitos, como o manejo com bezerros que saem do desmame com peso de 300 até 320 quilos, enquanto em Honduras é de 200 a 230 quilos. Outra coisa a ser destacada são os cruzamentos realizados para alcançar um F1 (meio sangue) com maior vigor híbrido”, exclama. A reportagem feed&food também falou com o diretor Executivo da Associação Angus & Brangus da Colômbia, Juan David Pelaez. Segundo ele, as condições de oferta são similares ao do Brasil, porém nesta visita foi possível perceber a ênfase e a evidência das raças Angus e Brangus e seus cruzamentos. “Sendo assim, conseguirei agora promover algumas ações que aprendi aqui, como buscar a melhor solução produtiva, pois na Colômbia não há qualidade na carne em que se consome. Já aqui percebemos uma tipificação de carcaça dos animais Angus impressionante. É isso que quero levar, pois a predominância na Colômbia é de Brangus, assim, achamos a nossa porta de entrada”, encerra. (Revista Feed & Food/SP – Maio. 14 – pg 70 a 75) ((Revista Feed & Food/SP – Maio. 14 – pg 70 a 75))
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Nos primeiros quatro meses de 2014, a indústria de carne bovina brasileira atingiu US$ 2,2 bilhões de faturamento, registrando crescimento superior a 10% na comparação com o mesmo período de 2013, quando foram exportadas US$ 1,9 bilhão. O período também marcou um incremento de 13,6% no volume exportado, que subiu de 444 mil toneladas no ano passado para 504 mil toneladas em 2014. Os resultados foram especialmente impactados pelo Irã, que triplicou os negócios com os frigoríficos brasileiros - que compraram 44 mil toneladas de produtos em 2014, contra 11 mil no ano passado -, Egito (incremento de 80,7%) e Hong Kong, que mantém o crescente interesse na aquisição da carne brasileira, tendo comprado mais de 127 mil toneladas em 2014. A carne in natura foi a categoria de produtos mais desejada pelos importadores. (Jornal O Estado MS/MS – 26/05/2014) ((Jornal O Estado MS/MS – 26/05/2014))
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O serviço sanitário russo autorizou o Frigorífico Rio Maria, localizado no sul do Pará, a exportar carne bovina para o mercado russo, segundo informações divulgadas pela Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos). O rio Maria produz atualmente 150 toneladas/dia de carne bovina. Em outubro do ano passado, a área internacional da Abrafrigo já havia conseguido a habilitação de outro frigorífico do Pará, o Mafripar, para exportações para a União Aduaneira formada pela Rússia, Bielorússia e Cazaquistão. Desde 2010, as habilitações para o mercado russo estão paralisadas e a Associação vem realizando um intenso trabalho para destravar a comercialização da carne bovina para aquele país, que é o segundo maior importador do produto brasileiro, perdendo apenas para a China. Atualmente há 56 frigoríficos brasileiros habilitados para exportações para a Rússia. (Jornal O Estado MS/MS – 26/05/2014) ((Jornal O Estado MS/MS – 26/05/2014))
topoDesde 2008, Planalto e Pantanal sul-mato-grossenses apresentam status livre de febre aftosa com vacinação, segundo a OIE (Organização Internacional de Saúde Animal). Para este ano, a expectativa da Ia...((Jornal O Estado MS/MS – 26/05/2014))
Desde 2008, Planalto e Pantanal sul-mato-grossenses apresentam status livre de febre aftosa com vacinação, segundo a OIE (Organização Internacional de Saúde Animal). Para este ano, a expectativa da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) é vacinar 19 milhões de bovinos e bubalinos apenas na etapa de maio. A vacinação é obrigatória de mamando a caducando. O presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Eduardo Riedel, afirma que o status obtido pelo Estado é resultado do esforço dos produtores. “Eles fizeram o dever de casa. Registramos cobertura vacinal acima de 98%”. De acordo com ele, o Estado conquistou a condição atual por meio da vacinação. “Esse status é fundamental para a manutenção e conquista de novos mercados, como Estados Unidos e China", destaca. Em 2014, houve mudança no calendário de vacinação do Estado devido a Expogrande. “O usual é imunizar o rebanho na região do Planalto de 1º a 31 de maio, mas alteramos para o dia 5 de maio por causa da feira”, explica a diretora-presidente da Iagro, Maria Cristina Carrijo. Segundo ela, a data foi alterada pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), pois não pode haver trânsito de animais durante o período de vacinação. Em Mato Grosso do Sul, as revendas comercializaram a dose da vacina por valores 5% mais baratos em comparação a 2013. O gerente da Vet Mais Produtos Agropecuários, Paulo Henrique da Silva, explica que “a decisão quanto ao valor da vacina parte da indústria e dos laboratórios, que repassam o preço”. De acordo com ele, a dose custava entre R$ 1,45 e R$ 1,50 em novembro. “Atualmente, custa em média R$ 1,35”, informa. Vendedor da Pró Rural Agropecuária, Rafael Junqueira confirma que o valor da vacina caiu este ano. (Jornal O Estado MS/MS – 26/05/2014) ((Jornal O Estado MS/MS – 26/05/2014))
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O Acrimat em Ação 2014 encerra sua trajetória em Cuiabá nesta segunda-feira, no Parque de Exposições Senador Jonas Pinheiro, depois de percorrer 29 municípios entre os dias 21 de março e 26 maio de 2014. Esta foi a maior edição do evento que percorre todo o Estado há quatro anos e reuniu aproximadamente 4,5 mil pecuaristas de todas as regiões produtoras de carne de Mato Grosso. O maior programa itinerante da pecuária de corte é realizado pela Associação dos Criadores de Mato Grosso - Acrimat em prol do desenvolvimento da cadeia produtiva. Este ano o Acrimat em Ação aborda o tema eficiência produtiva e econômica, apresentado pelo engenheiro agrônomo José Renato Silva Gonçalves. O intuito é mostrar aos produtores de Mato Grosso como é possível aumentar os índices zootécnicos e econômicos de uma propriedade por meio de uma gestão adequado e manejo correto. O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari destaca a importância do projeto para os produtores de carne do Estado, que muitas vezes não têm acesso à informação técnica. “O serviço de amparo técnico rural no país e no Estado deixam muito a desejar. Os pecuaristas precisam recorrer a iniciativas como esta para ter contato com tecnologia, pesquisa e orientações sobre os modelos produtivos e mercado. A Acrimat vem justamente para suprir esta demanda por informação”. Para o palestrante José Renato Gonçalves, a Associação vem desempenhando um papel importante na promoção da capacitação técnica. “Percebemos que há interesse em ter mais conhecimento, os produtores prestam atenção na palestra, querem melhorar sua produtividade”. Entre os questionamentos mais comuns durante a apresentação da palestra sobre eficiência produtiva e econômica, estão as perguntas sobre pastagem e tecnologia de reprodução. Além do compromisso com o conhecimento técnico, a Acrimat também realiza um trabalho político ao ouvir dos produtores quais as demandas e problemas de cada região. Todos os dados coletados são compilados em documento que depois é apresentado aos órgãos responsáveis por cada um dos itens identificados. “Temos um compromisso com a produção de carne, mas isso passa inevitavelmente pelas condições oferecidas para produzir. Por isso, assumimos o papel de intermediar as reivindicações dos produtores para as instituições competentes”, explica Luciano Vacari. O evento em Cuiabá acontece no Espaço Spekula, no Parque de Exposições de Cuiabá, a partir das 19 horas e reunirá os principais produtores da Baixada Cuiabana. Ao todo, 30 municípios participaram do programa que foi dividido em quatro etapas. A Rota 01 visitou a região Oeste, a Rota 02 percorreu o Nordeste e Sul de Mato Grosso, a Rota 03 passou pelas regiões do Arinos e Noroeste e a Rota 04 os municípios do Norte e Médio Norte mato-grossense. Para viabilizar o Acrimat em Ação 2014, a entidade contou com a parceria das empresas Dow Agroscience; JBS; BVRio e Trescinco e Ariel, que acreditam no projeto e na atividade como fonte de renda, oportunidade de emprego e produção de alimentos para o mundo. (Jornal A Gazeta/MT – 26/05/2014) ((Jornal A Gazeta/MT – 26/05/2014))
topoVendeu 159 exemplares e 170 doses de sêmen, por R$ 460,35 mil, o leilão virtual da Associação Brasileira de Criadores de Devon, realizado no sábado, em Gramado, durante a 31ª Convenção Brasileira de C...((Jornal Correio do Povo/RS – 26/05/2014))
Vendeu 159 exemplares e 170 doses de sêmen, por R$ 460,35 mil, o leilão virtual da Associação Brasileira de Criadores de Devon, realizado no sábado, em Gramado, durante a 31ª Convenção Brasileira de Criadores da raça. Destaque para as novilhas PO prenhes, com média de R$ 5,05 mil. (Jornal Correio do Povo/RS – 26/05/2014) ((Jornal Correio do Povo/RS – 26/05/2014))
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Mercado do boi gordo pressionado na última quinta-feira, entretanto, com menor ritmo de negociações. Houve queda na referência em três praças para o boi gordo e em uma para a fêmea. Com as escalas mais confortáveis em São Paulo, houve uma menor necessidade em pagar preços acima da referência. As programações de abate no estado atendem, em média, seis dias úteis. Boiadas de estados vizinhos têm contribuído para escalas mais confortáveis. No Tocantins, as chuvas estão contribuindo para a melhora da condição das pastagens, resultando na retenção de animais no pasto e dando sustentação ao mercado. No mercado atacadista de carne com osso, as vendas estão ruins e os estoques mais abastecidos, devido a melhora na oferta, o que resultou em recuo dos preços. O boi casado de animais castrados está cotado em R$7,36/kg, queda de 2,7% em sete dias. (Portal Agro link/RS – 26/05/2014) ((Portal Agro link/RS – 26/05/2014))
topoCompradores buscam em leilões lotes mais uniformes e animais de maior qualidade para atender a demanda do mercado Sentado numa arquibancada em frente à pista de remates, Daniel Guizzardi, 36 anos, obs...((Portal Zero Hora/RS – 26/05/2014))
Compradores buscam em leilões lotes mais uniformes e animais de maior qualidade para atender a demanda do mercado Sentado numa arquibancada em frente à pista de remates, Daniel Guizzardi, 36 anos, observa a entrada de 20 terneiros da raça angus com peso médio acima de 200 quilos. Enquanto os animais se movimentam na mangueira e o leiloeiro começa a instigar o público a fazer lances, o comprador observa o comprimento dos animais, formato do corpo, tamanho da cabeça e o aspecto visual de cada um. – No olho já dá para ver a qualidade, conforme a raça e as características do animal – diz Guizzardi. Quando outros dois lotes com 48 animais da mesma raça entram em pista, Guizzardi faz nova avaliação minuciosa Ao conferir a uniformidade dos terneiros e fazer algumas anotações, não pensa duas vezes: arremata 68 unidades ao preço médio de R$ 1,26 mil cada. Tornou-se, assim, o maior comprador da 12ª Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, realizada pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), em Esteio, no último dia 15, quando foram vendidos 834 animais. No total, a Fazenda Gabardo Agroturismo, com sede em Montenegro, investiu R$ 158 mil na compra de 138 terneiros ofertados no remate. Os animais que foram escolhidos por Guizzardi têm idade média de oito meses, peso entre 200 e 220 quilos e irão se juntar ao rebanho da fazenda com quase 3 mil terneiros e reprodutores criados em sistema de semiconfinamento. Quando chegarem a 24 meses, e peso médio entre 450 quilos a 500 quilos, serão vendidos para indústrias frigoríficas. – Nessa hora, a qualidade fará a diferença. Ganhamos um prêmio em relação ao preço de mercado com os carcaças padronizadas – explica o comprador. Guizzardi representa um perfil cada vez mais visível entre compradores de feiras de terneiros e reprodutores no Rio Grande do Sul, asseguram os leiloeiros. – O comprador está mais seletivo, busca um retorno mais rápido – avalia Alexandre Crespo, responsável pelo remate de Esteio. A seleção mais rigorosa é ditada pela necessidade dos criadores de alcançar maior eficiência, tanto pelo encurtamento do ciclo de engorda em razão do avanço das lavouras de grãos quanto pela exigência do mercado consumidor por carne de qualidade. – O crescimento dos programas de certificação é um exemplo desse mercado cada vez mais sedento por produtos padronizadas, com marmoreio (índice de gordura intramuscular), sabor e maciez – afirma Crespo. O comportamento fez com que o critério peso perdesse força. – A ideia antiga era muito baseada no peso médio por lote. Hoje, a prioridade é a padronização das carcaças, com genética e qualidade que elevem o potencial do animal – ressalta o veterinário Fernando Furtado Velloso, da assessoria agropecuária FF Velloso & Dimas Rocha. Soja coloca mais dinheiro no bolso dos pecuaristas Regulado pela cotação do boi gordo, o preço do quilo vivo dos terneiros teve média de R$ 5,01 na temporada de remates de outono no Rio Grande do Sul. O valor representa alta de 16,2% na comparação com os leilões realizados no mesmo período de 2013, conforme o Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Estado (Sindiler-RS). O número de animais vendidos foi 48% superior ao ano passado, alcançando 50,86 mil terneiros. – A soja ajudou muito a pecuária, deixou o produtor capitalizado para investir em genética e animais com terminação mais precoce – avalia Jarbas Knorr, presidente do Sindiler-RS. A oleaginosa também ajuda a melhorar as pastagens de inverno por causa da resteva deixada no solo. Os restos de palha da colheita da soja, aliados ao azevém, são benéficos para a nutrição dos terneiros, que neste ano deverão alcançar média de 180 quilos. – As áreas de azevém aumentaram, isso faz com que a conversão alimentar dos animais seja mais rápida, com qualidade superior – diz Francisco Schardong, presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, que também atribui o bom momento aos financiamentos para compra de animais, ao aumento do consumo e exportações. Qualidade e falta de animais elevam preços O motivo da atual preferência dos compradores por uniformidade nos terneiros ofertados em pista é simples: os animais entram e saem do campo ao mesmo tempo e os frigoríficos premiam carcaças padronizadas. Lotes homogêneos significam tamanho, peso e genética semelhantes. Os animais com essas especificações são valorizados pela indústria com acréscimo de até 10% no preço. – Animais parecidos entram no mesmo regime alimentar, facilitando o engorde – diz Enio Santos, presidente da Associação dos Núcleos de Produtores de Terneiros de Corte do Sul. A padronização a que se refere o setor inclui raça, idade, peso, tamanho e acabamento do terneiros. – São características que resultarão na carne que o consumidor quer, macia e saborosa – afirma Ronei Lauxen, presidente do Sindicado da Indústria de Carnes e Derivados do Estado (Sicadergs). Conforme Lauxen, o valor diferenciado é uma forma de incentivar a melhora de qualidade e o aumento da produção. – A escassez de terneiros no mercado fez com que o quilo da carcaça pago ao produtor aumentasse 30% em um ano, com alta de preço para o consumidor, na mesma proporção – ressalta Lauxen. A alta no preço da carne bovina estimulou a migração para outras carnes, como frango e suíno. Por isso, Lauxen avalia que não há espaço para novos reajustes, nem mesmo na entressafra, que ocorre de junho a agosto. (Portal Zero Hora/RS – 26/05/2014) ((Portal Zero Hora/RS – 26/05/2014))
topo“O Rio Grande do Sul tem o melhor leite do Brasil”. A afirmação é do secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Estado, Claudio Fioreze, e foi expressa em entrevista dada por ele e o governa...((Portal Rádio Progresso/RS – 25/05/2014))
“O Rio Grande do Sul tem o melhor leite do Brasil”. A afirmação é do secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Estado, Claudio Fioreze, e foi expressa em entrevista dada por ele e o governador Tarso Genro, no Palácio Piratini, ao programa radiofônico A Voz do Campo, veiculado sábado, 24, e transmitido por várias emissoras do interior gaúcho. Fioreze acrescentou não ter dúvida de que o leite produzido no RS é de “alta qualidade”. Para o secretário, o problema crucial enfrentado pelo setor leiteiro foi o “vácuo” legal existente entre a porteira do produtor e a indústria. No espaço ocupado pelos transportadores apareceram “alguns poucos atravessadores inescrupulosos que cometeram fraude”, acrescentou Fioreze, que defende o fim dessa lacuna na legislação. Esse aspecto está sendo modificado e corrigido pelas autoridades. Fioreze explicou que no Rio Grande do Sul o governo está exigindo dos estabelecimentos controle na coleta do leite a granel, produto mais suscetível a eventuais adulterações. A Seapa pretende acrescentar em breve nove novos fiscais agropecuários à fiscalização das três indústrias fiscalizadas pelo Estado que produzem mais de um milhão de litros de leite por mês. Ou seja, três fiscais em cada estabelecimento. As três indústrias (Santa Rita, Seberi e Frizzo) não têm nenhum envolvimento com fraude no leite. Conforme a Seapa, trata-se de medida de prevenção, a qual pode ser servir como fonte de discussão no país para que se intensifique esse tipo de fiscalização nas empresas que produzem leite pasteurizado. Semana passada, no seminário Sisbi RS, promovido pelo Sindilat, Fioreze sugeriu que se os demais Estados da Federação tivessem fiscalização semelhante à do Rio Grande do Sul certamente apareceriam casos de fraudes. A fiscalização permanente a cargo da Seapa, no segundo semestre, com os novos funcionários,passaria das atuais quatro para 40 horas semanais nos laticínios. Mais de 90% das indústrias sediadas no RS têm fiscalização do Ministério da Agricultura. As outras se dividem em 3% fiscalizadas pela Secretaria da Agricultura, 3% pelos Serviços Municipais de Inspeção (Sim) e o restante é tido como produção para consumo próprio ou comércio informal. (Portal Rádio Progresso/RS – 25/05/2014) ((Portal Rádio Progresso/RS – 25/05/2014))
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