Notícias do Agronegócio - boletim Nº 166 - 09/06/2014 Voltar

Exponop começa na quarta-feira, 11

A 24ª Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial de Sinop (Exponop) começa nesta quarta-feira, 11, com novidades para o setor agropecuário do Mato Grosso. A principal delas é a realização da feira...((Jornal A Gazeta/MT – 09/06/2014))


A 24ª Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial de Sinop (Exponop) começa nesta quarta-feira, 11, com novidades para o setor agropecuário do Mato Grosso. A principal delas é a realização da feira Acrinorte Genética, que apresentará aos produtores informações sobre as tecnologias em melhoramento genético disponíveis no mercado e os resultados obtidos nas fazendas da região. Membro da comissão organizadora Ana Bardi destaca que comercializar material genético é uma tendência dentro da pecuária de produção, visando agregar qualidade a carne e diminuir o tempo de produção. Isso é possível por meio da junção de características especiais de cada espécie e o encaixe das mesmas em um novo animal. O resultado desse processo é a diminuição do ciclo, ou seja, o gado irá produzir mais rápido e o consumidor receberá um produto melhor. Porém, estes benefícios ainda são desconhecidos por alguns criadores. “Nós temos a cultura que animal bom é aquele que participa dos julgamentos e é escolhido campeão. Nem sempre ele é um bom produtor de sêmen”. Para esclarecer estas e outras dúvidas serão apresentados os programas de melhoramento genético executados no Estado, bem como os progênies, que são os filhos desses reprodutores. Desta forma o produtor poderá conferir de perto a qualidade do animal que vai para o campo, ou seja, o boi que será criado para a comercialização, produção de carne. Também serão disponibilizados detalhes sobre as características e histórico dos animais, como peso ao desmama, peso ao sobreano, idade do primeiro parto, entre outras informações que poderão auxiliá-los na escolha de um animal para melhorar a qualidade do rebanho. “Além de palestras, os produtores poderão conhecer os resultados obtidos nas fazendas e tirando dúvidas com os próprias criadores”. Somente a Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP) participará da Acrinorte Genética com cerca de 30 animais, oriundos de fazendas de Mato Grosso e São Paulo que trabalham com melhoramento genético. A feira acontecerá no período diurno, paralelamente a outras atividades, como o julgamento de bovinos das raças Nelore Mocho e Padrão, e também Senepol. Em torno de 400 argolas foram comercializadas. Os animais serão avaliados nos dias 12, 13 e 14 de junho pelos juízes Arnaldo Manoel Machado, Izarico Camilo Neto e Thiago Montalão Veloso Rabelo, todos membros da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Como o gado de argola em geral é mais dócil e amansado, ficam expostos nos pavilhões, os quais o público tem acesso no período noturno. A exposição terá ainda 6 leilões na programação. O primeiro foi realizado ontem, antes mesmo da feira começar. Na quarta-feira, durante a festa de abertura, acontece o segundo evento. Realizado pelas fazendas Germânia e São José, o 2º Leilão Pêga & Quarto de Milha será o único com oferta de equinos de alto padrão. Na quinta-feira será a vez do 18º Leilão MT - Wilson Martinelli e Convidados, com transmissão ao vivo pelo Canal do Boi. Na sexta haverá o Leilão Nelore Agro Maripá, também com transmissão ao vivo pelo canal Terra Viva. Já no sábado os arremates para os animais ofertados no 52º Leilão Nelore Mocho CV, do produtor Carlos Viacava, poderão ser feitos a partir das 14 horas. A transmissão será pelo Agro Canal. A agenda encerra no domingo, ao meio dia, com o 22º Leilão Produção do Nortão Cria, recria e engorda de gado de corte Nelore e cruzamentos, realizado pela Acrinorte e transmitido ao vivo pelo canal Terra Viva. Membro da comissão de Leilões da Acrinorte, Jackson Capistrano, destaca que este ano a feira contempla os criadores de uma maneira bem completa expondo animais de elite, corte, cria, recria e engorda. “A expectativa é muito boa, porque as perspectivas do mercado nacional são altas e o rebanho é de qualidade. Nossa região sempre teve a melhor genética e os melhores preços”. Diferente dos últimos anos, neste a Exponop terá 5 dias de duração. Mas apesar da redução, a expectativa é de bons negócios. A cada edição a feira movimenta em torno de R$ 40 milhões nos leilões e também nas vendas fechadas pelos expositores. Presidente da Associação dos Criadores do Norte do Mato Grosso (Acrinorte), Invaldo Weis, afirma que a meta é superar este faturamento. “O momento é oportuno. Nosso setor vive um momento bom, com preços da arroba do boi e da soja em alta. Com isso incentiva os negócios. Nos leilões, por exemplo, teremos animais de corte de grande porte que devem chamar atenção dos produtores. O mesmo deve ocorrer na feira de melhoramento genético, espaço onde o produtor poderá buscar conhecimento para aplicar em sua propriedade. Quem quiser participar todas as noites da exposição e assistir aos shows -Victor e Leo, Cristiano Araújo, Lucas Lucco, Munhoz e Mariano, Bonde do Forró e Jorge Negretti Motocross Show – pode comprar os passaportes no valor de R$ 100 (inteiro) e R$ 50 (meia). Já a cartela para concorrer aos prêmios custa R$ 25. Cada noite serão sorteados um carro, uma moto, uma tevê, uma geladeira, um notebook, um tablete, um smartphone, um forno microondas, um fogão e uma bicicleta. (Jornal A Gazeta/MT – 09/06/2014) ((Jornal A Gazeta/MT – 09/06/2014))

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Tyson vence JBS e compra Hillshire, afirma agência

Brasileira havia aumentado oferta por americana; envolvidas não comentam A empresa de alimentos americana Tyson Foods Inc. declarou neste domingo ter vencido a Pilgrims Pride, do grupo brasileiro JBS,...((Jornal Folha de São Paulo,Mercado/SP – 09/06/2014))


Brasileira havia aumentado oferta por americana; envolvidas não comentam A empresa de alimentos americana Tyson Foods Inc. declarou neste domingo ter vencido a Pilgrims Pride, do grupo brasileiro JBS, na disputa pela compra da Hillshire Brands Co., segundo a agência Bloomberg. Segundo a agência, duas pessoas próximas das negociações disseram que a decisão foi tomada neste final de semana. O jornal "Wall Street Journal", também citando fontes envolvidas no negócio, disse que ele está "próximo de uma decisão". A Tyson, a Hillshire e a Pilgrim´s, procuradas pela Bloomberg, não se pronunciaram sobre a informação. Procurado pela Folha, no grupo JBS disse não ter informações a respeito. Na última semana, a Pilgrim´s havia aumentado sua oferta, de US$ 6,4 bilhões para US$ 7,7 bilhões, depois que a Tyson ofereceu US$ 6,8 bilhões. A Hillshire havia declarado que estudava ambas as propostas. (Jornal Folha de São Paulo,Mercado/SP – 09/06/2014) ((Jornal Folha de São Paulo,Mercado/SP – 09/06/2014))

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União BRF-Minerva frustra acordo Sadia-Perdigão, afirma Cade

A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) avaliou em parecer publicado nesta sexta-feira, 6, que a troca de ações entre a BRF o Minerva "frustra" o Termo de Desemp...((Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 07/06/2014))


A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) avaliou em parecer publicado nesta sexta-feira, 6, que a troca de ações entre a BRF o Minerva "frustra" o Termo de Desempenho de Compromisso (TCD) firmado na fusão Sadia-Perdigão validada pelo tribunal antitruste. Na decisão de 2011, quando a fusão foi aprovada com restrições (venda de ativos e eliminação de marcas), a BRF aceitou cláusula que proibia "qualquer tipo de compra ou associação" que gerasse concentração "ínfima", capaz de impedir concorrentes. A Superintendência entende o TCD não como uma "arquitetura única de restrições", ou seja, o documento deve servir de base para operações futuras da BRF sobre concorrentes. Essa interpretação foi o que levou ao órgão do Cade a sugerir a impugnação do acordo da BRF com o Minerva. A Superintendência entendeu que há riscos concorrenciais nos mercados de alimentos processados de frios saudáveis, frango, quibes e almôndegas. A BRF pretende assumir 16,8% do Minerva na operação proposta ao Cade. No caso da transferência de plantas de abate bovino para o Minerva, não é ameaça ao mercado de carne in natura bovina, e a operação foi considerada "potencialmente pró-competitiva". Mas, por outro lado, avaliou o Cade, na medida que a operação confere à BRF uma participação no capital de Minerva, há "potenciais direitos de influência, acesso a informações e interesse financeiro" com potencial para "permitir uma concentração relevante em certos mercados de alimentos processados, com efeitos anticompetitivos potenciais não triviais" que "não podem ser ignorados pelo Cade". A Superintendência ressalta que eventuais movimento de mercado da BRF podem não ser enquadrados "juridicamente e formalmente uma violação do TCD", mas frisa que o termo de compromisso tinha entre seus objetivos "evitar concentrações artificiais adicionais pela BRF nos mercados em que foram gerados efeitos anticompetitivos, bem como permitir que agentes menores como o Minerva possam se desenvolver de forma independente, de maneira a concorrer com a BRF, e não se unir a ela, nos mercados de processados". Caso essa orientação seja acatada pelo plenário do tribunal administrativo, comprovando o risco de concentração no segmento de alimentos processados, como sugere a Superintendência, o Cade pode adotar decisão similar a da fusão Sadia-Perdigão, determinando a venda de ativos. As observações do Superintendência serão analisadas pelo tribunal, que ainda precisa definir um relator para o caso. O Cade tem o prazo de 240 dias, prorrogável por mais 90 dias, para julgar o acordo BRF-Minerva desde a sua entrada na Corte administrativa. Já se passaram 130 dias desde a entrada do caso no tribunal. A decisão final tem mais de 201 dias, cerca de sete meses, para ser emitida. (Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 07/06/2014) ((Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 07/06/2014))

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Resolução dá um passo aquém das necessidades

Como em qualquer nicho regulatório com potenciais efeitos redistributivos, a responsabilidade das instituições financeiras por danos socioambientais decorrentes da venda de produtos e prestação de ser...((Jornal Valor Econômico, Brasil/SP – 09/06/2014))


Como em qualquer nicho regulatório com potenciais efeitos redistributivos, a responsabilidade das instituições financeiras por danos socioambientais decorrentes da venda de produtos e prestação de serviços é um assunto permeado por conflitos entre visões sobre a relação entre Estado, mercado e sociedade. Tratada pelo próprio Banco Central (BC) como um marco na regulação do sistema financeiro, a resolução com diretrizes para a implantação de uma Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) pelas instituições financeiras, divulgada em 25 de abril, certamente trouxe surpresas para quem participou do processo de consulta pública, que o antecedeu. Embora o BC afirme que a nova regra é fruto de um amplo debate com a sociedade, a mera comparação entre a minuta submetida a audiência pública em 2012 e o texto definitivo deixa claro que as diferentes perspectivas não parecem ter sido levadas em conta de uma maneira equilibrada pela autoridade. Como bem noticiado pelo Valor na sua edição de 28/4/2014, foram excluídos do texto final quase todos os critérios concretos para a construção de uma PRSA, e em seu lugar foi instituído um dever geral de que a política deve "estabelecer diretrizes sobre as ações estratégicas relacionadas à sua governança". Por outro lado, foram absorvidas várias das preocupações expostas pelo setor financeiro ao longo do processo, como a exclusão da avaliação do histórico de clientes e a inserção dos princípios da relevância e proporcionalidade. O CMN optou por uma política de responsabilidade socioambiental genérica e formal, isenta de diretrizes de mérito sobre aspectos indispensáveis à própria natureza da matéria, além de não conter critérios objetivos e verificáveis para a mensuração de riscos socioambientais das operações financeiras. O grande prejuízo dessa estratégia regulatória é que o desenho e a efetividade das salvaguardas tornam-se opacos a avaliadores externos, como clientes, comunidades afetadas pelos projetos e investidores preocupados com padrões mais elevados de responsabilidade socioambiental. Mas mais preocupante que o conteúdo da resolução publicada é tudo o que ela deliberadamente omitiu. Causa perplexidade que o CMN tenha desistido de publicar, de forma conjunta, uma regulação sobre a obrigatoriedade das instituições financeiras de elaborar e divulgar anualmente um Relatório de Responsabilidade Socioambiental. Ainda não há nenhuma explicação pública dos motivos que levaram à eliminação desta importante proposta para complementar a PRSA e aumentar a transparência ativa das instituições financeiras no país. A opção do CMN em regular a questão socioambiental por meio de diretrizes genéricas torna-se ainda mais incompreensível se olhado o quadro normativo vigente e as melhores práticas de mercado, que já trazem critérios substantivos para orientar as decisões de financiamento e investimento das instituições aderentes. Na contramão dos padrões mais avançados sobre direitos humanos e empresas, como os Princípios da ONU para Empresas e Direitos Humanos, a resolução não trata o respeito aos direitos humanos como padrão mínimo de conduta social esperada dos atores privados. A identificação de riscos de direitos humanos é uma exigência prevista em referenciais influentes no setor financeiro, como os Padrões de Desempenho da International Finance Corporation (IFC, braço do Banco Mundial para o setor privado). Uma ausência particularmente preocupante da nova regra diz respeito aos canais institucionais para a resolução de conflitos e tratamento de denúncias, a exemplo do Painel de Inspeção do Banco Mundial. Tais mecanismos têm se mostrado fundamentais para a formação de um canal de diálogo entre as instituições financeiras e as comunidades afetadas pelos empreendimentos, servindo também como ferramenta para o conhecimento de riscos eventualmente subdimensionados nas fases de planejamento dos projetos. Essa exigência consta, por exemplo, dos Princípios do Equador. Quanto à participação das partes interessadas na confecção da PRSA, a resolução abre um tímido espaço para o engajamento externo, e, com relação àquilo que foi proposto na minuta de 2012, retrocede ao restringir partes interessadas a clientes, usuários, comunidade interna, e aqueles que, "conforme avaliação da instituição sejam impactadas por suas atividades". Ignorou-se a complexidade da definição de impactados, e perdeu-se uma importante oportunidade de envolver atores como agentes públicos, comunidades locais e sociedade civil organizada no processo de construção e controle social de PRSA consistentes e eficientes. O fato é que a resolução sobre PRSA deixa claro que o BC trata a questão socioambiental como algo a ser resolvido mediante controles internos e "boa" governança corporativa. Essa abordagem formalista segue uma lógica já bem conhecida dos mercados financeiros, cujo melhor exemplo são os padrões de controle de riscos instituídos pela segunda versão dos Acordos de Basileia, duramente criticados desde a crise financeira global por terem amplificado o risco sistêmico. Parece crucial relembrar, neste momento, que a regulação da responsabilidade socioambiental das instituições financeiras apenas faz sentido se feita à luz de seus propósitos primordiais, que são, no mínimo, evitar que o sistema financeiro atue como uma alavanca material para o cometimento de abusos de direitos humanos por empresas e governos e, idealmente, tornar esse setor da economia um exemplo de que lucros, desenvolvimento sustentável e promoção dos direitos humanos não são valores mutuamente excludentes. Despida de elementos substantivos, a resolução do CMN pouco acrescentou ao atual quadro normativo sobre financiamento, responsabilidade socioambiental e direitos humanos. A interpretação de sua aplicação deve ser ampla e sistêmica para obter a coerência necessária à sua efetividade. Embora a fiscalização do BC, usualmente tida por rigorosa, possa suprir algumas das lacunas, a esperança é que os próximos passos sejam mais corajosos e transformadores. (Jornal Valor Econômico, Brasil/SP – 09/06/2014) ((Jornal Valor Econômico, Brasil/SP – 09/06/2014))

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Novas tecnologias beneficiam agricultores

Para que progridam de forma mais sustentável, os agricultores familiares precisam ser mais beneficiados com as soluções tecnológicas já existentes. A afirmação é do pesquisador e chefe-geral da Embrap...((Jornal O Estado MS/MS – 09/06/2014))


Para que progridam de forma mais sustentável, os agricultores familiares precisam ser mais beneficiados com as soluções tecnológicas já existentes. A afirmação é do pesquisador e chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Guilherme Lafourcade Asmus. A instituição realizou, de 3 a 5 de junho, em Dourados, a Tecnofam 2014 (Tecnologias e Conhecimento para Agricultura Familiar), evento com forte representatividade no setor produtivo brasileiro.Durante a Tecnofam, que aconteceu no Ano Internacional da Agricultura Familiar, agricultores familiares, agentes da assistência técnica rural e pesquisadores trocaram conhecimentos e experiências, e conheceram 15 tecnologias de campo apresentadas por pesquisadores e técnicos.“Entendemos que é preciso investir mais na disponibilização, para este setor, de conhecimentos tecnológicos já validados”, diz Asmus. (Jornal O Estado MS/MS – 09/06/2014) ((Jornal O Estado MS/MS – 09/06/2014))

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Agronegócio defende mobilização para monitorar impactos de nova lei agrícola dos EUA

Representantes do agronegócio brasileiro e especialistas em comércio exterior defenderam nesta quinta-feira, no Senado, o monitoramento dos impactos da Lei Agrícola 2014 dos Estados Unidos no comércio...((Portal Rural Centro/MS – 09/06/2014))


Representantes do agronegócio brasileiro e especialistas em comércio exterior defenderam nesta quinta-feira, no Senado, o monitoramento dos impactos da Lei Agrícola 2014 dos Estados Unidos no comércio internacional de produtos agrícolas. Em audiência conjunta das comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), o consultor para Assuntos Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), embaixador Clodoaldo Hugueney, avaliou que esta é uma “tarefa nacional” para a iniciativa privada, Executivo e Legislativo. Nos debates, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) defendeu a união dos países exportadores para monitorar os efeitos distorcivos de políticas de subsídios, formando uma frente de observação internacional. O tema poderá ser discutido na reunião dos Brics – grupo de potências emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – agendada para julho, no Brasil. Para dar visibilidade à questão, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) sugeriu que seja feita nova audiência pública no plenário do Senado, com participação de outras comissões técnicas da Casa e ouvindo, também, representantes dos ministérios da Agricultura e Relações Exteriores. O objetivo da audiência foi a apresentação do estudo encomendado pela CNA à consultoria Agroicone, mostrando que a nova Lei Agrícola norte-americana tem grande potencial de distorcer o mercado global de soja, de milho e de algodão, embora tenha modificado seus programas de subsídios. A análise tem como base projeções de preços internacionais mais baixos para os próximos dois anos. As distorções são graves porque a nova lei também prevê a ampliação significativa do seguro rural, que garante a renda dos produtores dos EUA independentemente dos preços e da produtividade, sustentando a produção até em áreas marginais. O estudo apresentou dados preocupantes a respeito da concentração dos subsídios norte-americanos em poucos produtos específicos. Do montante anual de até US$ 29 bilhões, até US$ 20 bilhões serão destinados a milho, soja, algodão, arroz e trigo. Segundo o diretor da consultoria, André Nassar, a nova lei norte-americana será implementada a partir do início da colheita da safra 2014/2015, em setembro. O temor é que os mecanismos de sustentação de preço sejam acionados pelo Tesouro dos Estados Unidos nos próximos meses para compensar, na renda dos produtores, o recuo dos preços das commodities agrícolas. O aumento da produção subsidiada poderá pressionar os preços internacionais e comprometer o desempenho exportador do Brasil, grande produtor mundial de alimentos. Diante deste cenário, o embaixador Hugueney, avalia que o Brasil pode, neste momento, mostrar aos Estados Unidos que “está atento ao processo de implementação das políticas”, o que pode ser feito a partir de consultas entre os dois governos. Há, também, possibilidade de rodadas de negociações com os países do G20, em Genebra, na sede da Organização Mundial do Comércio (OMC). A CNA monitora, além da legislação dos Estados Unidos, a nova Política Agrícola Comum da União Europeia, vigente a partir deste ano. Com o orçamento anual de 60 bilhões de euros para 28 países-membros, os subsídios europeus representam, em média, 14% da renda total do produtor rural europeu. Apesar dos valores altos, os programas, em geral, não são destinados a produtos específicos. O Brasil deverá discutir as leis americana e europeia no Comitê de Agricultura da OMC. “Não é questionar, mas abrir um debate que pode levar a um questionamento”, afirmou o Embaixador Clodoaldo Hugueney. (Portal Rural Centro/MS – 09/06/2014) ((Portal Rural Centro/MS – 09/06/2014))

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Projeto eleva produtividade da pecuária

Quando a operação "Arco de Fogo", da Polícia Federal, apertou o cerco contra as serrarias que desmatavam madeira ilegalmente e empregavam mão de obra em condição análoga à escravidão no Pará, um dos e...((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 09/06/2014))


Quando a operação "Arco de Fogo", da Polícia Federal, apertou o cerco contra as serrarias que desmatavam madeira ilegalmente e empregavam mão de obra em condição análoga à escravidão no Pará, um dos empresários que tiveram que mudar de ramo foi Joaquim Loureiro Pereira. Até 2008, sua atividade principal era comandar uma serraria, e a pecuária era apenas hobby. Após o cerco, restou a criação de gado. De cara, ele enfrentou três desafios: se adequar à legislação ambiental, superar a baixa produtividade da atividade e garantir que ela fosse rentável. O primeiro passo foi reservar mais de mil hectares de sua propriedade para a recuperação da mata nativa para recompor a área de Reserva Legal e as Áreas de Proteção Permanente (APP). O segundo foi aplicar técnicas de manejo para evitar que a menor oferta de pasto provocasse perda de peso no gado. Em três anos, Pereira manteve seu plantel entre 4 mil e 5 mil cabeças de gado e elevou sua produtividade em 25%, o que alavancou seus ganhos. Pereira foi um de seis fazendeiros de Paragominas escolhidos para participar do projeto Pecuária Verde, iniciativa do Sindicato Rural dos Produtores da cidade, com financiamento da Dow AgroSciences e do Fundo Vale - iniciativa da mineradora, que possui participação minoritária na mina de bauxita na cidade. "Diz-se que a pecuária é o vetor do desmatamento. Como a atividade tem problema, resolveu-se focar nela com o projeto", diz Mauro Lucio Costa, presidente do sindicato rural. Com a assessoria de professores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), o projeto-piloto conseguiu, em dois anos, elevar a lotação de 1,1 animal com peso médio de 450 quilos por hectare para 3,3 animais por hectare. A melhora se deu em todos os demais resultados: na média, a produtividade passou de 7 arrobas por hectare para 20,8 arrobas por hectare, e as margens saíram dos magros 0,69 arroba por hectare para 7,1 arrobas por hectare. Além de reduzir a pressão sobre a floresta amazônica, a intensificação da pecuária tem como meta "produzir com a mesma margem que as outras atividades econômicas", sustenta Moacyr Corsi, professor da Esalq e um dos coordenadores do projeto nas fazendas. Ele considera, no entanto, que a pressão pelo avanço de área da pecuária será, em algum momento, inevitável. "Por enquanto, vamos aumentar a produção verticalmente, aumentando a produtividade, para justificar depois uma expansão horizontal", afirma. (Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 09/06/2014) ((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 09/06/2014))

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MS é o 3º maior produtor de couro bovino do Brasil

Mato Grosso do Sul é o terceiro maior fornecedor de couro bovino do Brasil, com 1,6 milhão de unidades produzidas em 2013, ficando atrás apenas de Mato Grosso e Rio Grande do Sul. De janeiro a abril d...((Portal Rural Centro/MS – 09/06/2014))


Mato Grosso do Sul é o terceiro maior fornecedor de couro bovino do Brasil, com 1,6 milhão de unidades produzidas em 2013, ficando atrás apenas de Mato Grosso e Rio Grande do Sul. De janeiro a abril de 2014, o Estado exportou 19,6 mil toneladas de couro e ultrapassou em 16% o embarque internacional do mesmo período do ano passado, estimado em 16 mil toneladas, segundo as informações do Departamento Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul). Para potencializar este mercado estratégico da pecuária do Estado e valorizar a matéria-prima, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul (Senar/MS - Sistema Famasul) oferece em Porto Murtinho, em parceria com o Sindicato Rural do município, a capacitação Preparo e Utilização do Couro. O curso acontece dos dias 9 a 13 de junho, na Fazenda Lucero Porã e ensina como preparar e utilizar o couro na confecção de peças para uso no campo. De acordo com o instrutor do Senar/MS, Marcelo Godoy, o correto aproveitamento do couro bovino eleva o preço do produto. “A peça de couro seccionada, ou seja, dividida e sem defeitos, pode ser vendida por R$ 1,3 mil em Mato Grosso do Sul”, aponta Godoy, que ressalta a oportunidade de movimentar a economia do setor. “É importante capacitar o trabalhador e atentar o produtor rural que essa é uma alternativa para gerar trabalho e renda”. A qualificação promove também a confecção de utensílios de couro bovino que facilitam o trabalho no campo como rédeas, pescoceiras e laços. Segundo Godoy, o Estado carece de profissionais para desempenhar este tipo de trabalho: “O trabalho para produção desses materiais é manual e por isso a necessidade de qualificar o trabalhador”, relata o instrutor do Senar/MS. O curso Preparo e Utilização do Couro tem carga horária de 40 horas e deve capacitar 10 trabalhadores rurais. De 9 a 13 de junho, o Senar/MS oferece 59 qualificações ao homem do campo. Para saber mais, acesse www.senarms.org.br ou ligue para o 3320-9700. (Portal Rural Centro/MS – 09/06/2014) ((Portal Rural Centro/MS – 09/06/2014))

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É hora de abrir o silo

Este ano, o preço da arroba está subindo e a perspectiva de aumento permanece com a chegada da nova estação. Além disso, as previsões são de um inverno seco e frio, com carência de pasto e, assim, os ...((Portal Rural Centro/MS – 09/06/2014))


Este ano, o preço da arroba está subindo e a perspectiva de aumento permanece com a chegada da nova estação. Além disso, as previsões são de um inverno seco e frio, com carência de pasto e, assim, os preços da carne se elevarão e esse cenário apresenta bons indicadores para o produtor que investiu na silagem como estratégia alimentar. Quando bem realizada, tem valor nutritivo próximo ao da forragem verde. O processo não melhora a qualidade, apenas mantém a original. A silagem é o resultado da fermentação anaeróbica dos açúcares solúveis em água e sua conversão em ácido lático. É um alimento dinâmico, nunca estático, que piora, consideravelmente, em determinadas circunstâncias e quem optou pela silagem como tática para a produção de leite, carne ou suplemento no período da seca já começou a abrir os silos e utilizar o volumoso para os bovinos. Nessa etapa algumas precauções são indispensáveis, do contrário, todo o trabalho executado, anteriormente, está comprometido. “É muito comum o produtor se preocupar somente no momento de encher o silo. Ele fez a silagem e está tudo certo, mas não. A silagem é um material frágil, do momento em que é o silo é aberto até servi-la pode haver deterioração e precisamos ter certos cuidados para servir um alimento de qualidade, que não seja rejeitado pelos animais e que não tenha perdido o valor nutritivo”, confirma Haroldo Pires de Queiroz, zootecnista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Haroldo elencou procedimentos a serem observados pelos produtores e seus colaboradores na hora de tirar a lona: - Abrir o silo somente 30 dias após o fechamento. A silagem está pronta depois de completar o processo de fermentação, que leva em torno de três semanas e, por segurança, abre-se em um mês. Antes disso, ela apodrece. Ao se utilizar aditivo para acelerar, segue-se o tempo indicado no rótulo pelo fabricante. Um silo pode permanecer vedado por vários anos, desde que a fermentação esteja completa. - Retirar a silagem somente na hora de servir. Ao abrir o silo e expô-lo ao ar há uma explosão de microorganismos, havendo uma refermentação da massa ensilada perdendo o valor energético. O volumoso aquecido perde açúcar e também proteína e o material fica indigestível. - A fatia deve ser retirada diariamente, ter no mínimo 15 cm e corresponder a toda a face do silo, de um lado a outro, e o silo tem que ser projetado para facilitar a operação e considerar o número de animais a serem alimentados no dia. - Retirar a silagem de cima para baixo para evitar desmoronamento. Muitas vezes, o alimento é retirado de baixo para cima e o volume, além dos 15 cm que sair da proteção da massa ensilada, se não for consumido, está descartado pela excessiva exposição. - Proteger a abertura do sol e da chuva. O sol acelera o processo de respiração das bactérias e desidrata o volumoso perdendo a palatabilidade. A chuva lava os nutrientes solúveis, deixando somente fibra. A proteção não deve abafar, reverter o processo aeróbico. Cobrir, não lacrar. - Monitorar a matéria seca (MS) semanalmente. O investimento em silagem é alto e espera-se uma garantia no desempenho dos animais, seja em litros produzidos ou ganhos de peso por dia. A matéria seca determina a quantidade de massa que o animal pode consumir. Semanalmente, amostrar de oito a dez pontos da superfície do silo, homogeneizá-los somando 500 gramas e, em subamostras de 100 gramas, secar para se obter a porcentagem de MS, que pode variar entre 25% e 35%. A ingestão do animal é por quilo de matéria seca, de 1,5 a 3% do peso vivo, misturando silagem e ração. - Ainda, a cada 20 dias, é realizado o monitoramento da proteína. O nível de proteína define o desempenho tanto para lactação quanto para produção de carne. A silagem flutua até 5% de proteína e é necessário esse acompanhamento. - Descartar material fora do padrão. Massa com cor alterada, escura ou esbranquiçada, mofada, encharcada e com odor adverso é dispensada para consumo. O analista da Embrapa Gado de Corte ressalta, por fim, que “o produtor deve retirar do silo só o que for servir, na hora. É normal retirar um volume de material e servi-lo no outro dia, próximo ao cocho. A silagem tem que ser retirada e consumida no dia. São itens comuns e, às vezes, esquecidos”. “O agropecuarista não deve esperar o período seco e então tomar providências. É aconselhável pensar nessas estratégias de nutrição, planejar a propriedade como uma empresa rural”, reforça o pesquisador da Embrapa, José Alexandre Agiova da Costa. Também especialista em zootecnia, Alexandre Agiova, lembra que o produtor tem a mão um conjunto crescente de medidas - descarte de animais, vedação de pastagens, vedação com adubação, feno-em-pé com suplementos variados visando ganho de peso e terminação dos animais, fenação e silagem e “não precisa aplicar tudo para encarar o inverno, mas necessita de uma estratégia nutricional que propicie atravessar com relativa facilidade a estação. Ele não pode é cruzar os braços e esperar”. (Portal Rural Centro/MS – 09/06/2014) ((Portal Rural Centro/MS – 09/06/2014))

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Casas de carne: desafio agora é garantir o fornecimento da matéria-prima

Não é por acaso que a pecuária brasileira observa algum avanço nas relações estabelecidas na ponta de lança da cadeia produtiva, o varejo. Supermercados e açougues evoluíram em termos de exposição de ...((Portal Rural Centro/MS – 09/06/2014))


Não é por acaso que a pecuária brasileira observa algum avanço nas relações estabelecidas na ponta de lança da cadeia produtiva, o varejo. Supermercados e açougues evoluíram em termos de exposição de marcas nas gôndolas e apresentação das carnes em vitrines. Há oferta restrita de boi gordo, acentuada pela maior participação de matrizes no abate total nos últimos quatro anos, aumento dos embarques de carne bovina do Brasil para o mundo e crescimento do consumo interno, potencializado pelo fortalecimento do salário médio real do trabalhador brasileiro (veja os gráficos ao final do texto). A partir desse cenário, é possível concluir que há demanda crescente pelo produto em quantidade e qualidade. “A política é agregar valor e otimizar as estruturas. Sempre acompanhando tendências, principalmente externas, como nos Estados Unidos, ouvia falar que essa era a evolução. Na prática, no entanto, vi que pouco se fazia neste sentido aqui no Brasil”, lembra o empreendedor Marco Túlio Duarte Soares, fundador da Celeiro Carnes Especiais, sediada em Rondonópolis, interior do Mato Grosso e distante da capital Cuiabá cerca de 200 km. A empresa, que existe desde 2007, agora se estrutura para virar fornecedora de cortes especiais e padronizados para as classes consumidoras A e A+ da capital paulista, um dos mercados mais exigentes do Brasil. A entrada do produto em São Paulo acontece em meados de junho de 2014, inicialmente em duas redes, St. Marche e Mambo. Entretanto, a princípio, nem todas as lojas das redes terão as carnes disponíveis. “Vamos ter que crescer e manter a mesma qualidade, ou seja, produzir dentro de uma escala e aumentá-la. Vamos sair com a carne daqui para São Paulo (distância de 1,3 mil km), dividir a carga para entregar de loja em loja, já que os caminhões têm restrições para rodar nas vias, e fazer chegar com vácuo e qualidade, sem ruptura no fornecimento. Esse vai ser o grande desafio”, explica a diretora da Celeiro, Cristiane Rabaioli. As carnes que entrarão no mercado paulista são de apenas uma das quatro linhas produzidas a partir da desossa de carnes da empresa, a linha América. Os cortes são provenientes de fêmeas zebuínas abatidas com até 24 meses de idade e criadas 100% a pasto. “Para esta linha, nós priorizamos a compra de gado produzido no norte do Mato Grosso, como nas cidades de Juína e Alta Floresta, porque a região tem essa característica de produzir o chamado gado natural, a pasto e sem confinamento”, explica Rabaioli. Cortes especiais A linha América, que será levada ao mercado paulistano, conta com os cortes baby beef, bananinha, costela gaúcha, contrafilé, cupim, filé mignon, fraldinha, lagarto, maminha, medalhão de filé, picanha. Pelas características de acabamento, os animais destinados à desossa da linha também dão origem aos cortes Slim (carne magra bovina), que são peças limpas de toda a gordura subcutânea para atender um mercado ainda mais específico. “Nesta marca usamos cortes cujo teor de gordura é cientificamente comprovado como menor. São o noix (contrafilé magro), lagarto, peixinho dianteiro, patinho e maminha”, lista Cristiane. As outras linhas disponibilizadas pela Celeiro Carnes Especiais são a Euro (produção de gado provindo de cruzamento industrial, sobretudo Angus e Hereford), marcada pela gordura entremeada nos cortes, e ainda a Gourmet, que comercializa carne rigorosamente porcionada (cortes de 280 gramas) para restaurantes e chefs. Além dos cortes já citados acima, são disponibilizados alcatra, bife ancho, bife de chorizo, costela de tira, fillet, flinston (contrafilé com osso), l-bone, linguiça euro, master beef; ponta de peito, premium rib, short rib;. Para controle de qualidade, a empresa conta com profissionais de medicina veterinária, que conferem desde os lotes enviados para abate até o produto final nas lojas. Além de critério de padrão racial, em que há exclusão de indivíduos que não apresentam as características desejadas, há fiscalização de etiquetagem das carcaças, existência de lesões (hematomas), se a embalagem está adequada, se os caminhões saem da indústria ou da desossa com a temperatura correta e se os produtos estão bem expostos nas gôndolas das lojas próprias e dos clientes revendedores, atendendo à cartilha de boas práticas. Produção O projeto da Celeiro, que inicialmente visava suprir a demanda por carne ovina, passou a oferecer cortes bovinos em 2009. “Quando começou o projeto, chamamos os pecuaristas para uma reunião. Nós analisamos a venda de sêmen Angus no Mato Grosso e acreditávamos no sucesso, pois havia crescido demais”, lembra Rabaioli. Com efeito, a venda de sêmen de Angus no ano anterior, 2008, cresceu 23,75% em todo o Brasil, alcançando a marca de mais de um milhão de doses comercializadas, segundo relatório da Asbia, a Associação Brasileira de Inseminação Artificial. As linhas de carne bovina da empresa contam atualmente com 100 fornecedores, sendo aproximadamente 40 de animais Euro e 60 de América. Para os pecuaristas, a empresa oferece preço de boi gordo Esalq na compra de fêmeas cruzadas (Euro, cujo rendimento de carcaça chega a 53%) e preço de vaca Esalq mais plus de até R$ 2,00 por arroba nas zebuínas (América, em que há garantia de no mínimo 50% de rendimento de carcaça). “Quando você observa o consumidor querendo pagar mais, isso possibilita pagar mais também para quem produz. Assim você fecha a cadeia. Nós ajudamos o produtor a investir em tecnologia, consequentemente ele vai produzir mais qualidade”, explica Marco Túlio. A empresa dá preferência para animais que não tenham sido terminados em confinamento, principalmente para fornecedores de carne da linha América. Para a linha Euro, há tolerância para uso de confinamento pela exigência de acabamento e marmoreio na carne. No entanto, não é permitido o uso de caroço ou torta de algodão na dieta. “Começamos a receber reclamações dos cientes e, rastreando o lote, chegamos a um cuja dieta era formulada com 3% de caroço de algodão. Essa quantia não representa quase nada, mas pelas reclamações optamos por barrar o uso de caroço e torta de algodão”, conta a diretora da Celeiro. Na aquisição da matéria prima, a carcaça do animal cruzado é comprada inteira pela possibilidade que tem de dar vazão também ao dianteiro. “Alguns cortes do dianteiro da linha Euro viabilizam a desossa”, revela Rabaioli, que se refere ao Master Beef, feito a partir do miolo da paleta - valorizado em até 90% em relação ao mercado comum; à ponta de peito - valorizada em até 130%; e ao Beef Roll, corte do miolo do acém - valorizado em até 145%. Quanto à linha América, o dianteiro é vendido com osso. O abate dos animais é feito em parceria com um frigorífico habilitado por SIF e atinge hoje a marca de 500 animais por semana. Com o atendimento às redes paulistas, mais 300 animais devem ser abatidos por semana. Mercado Além de atender o atacado, como fará com as redes St. Marche e Mambo em São Paulo e já faz com o supermercado Big-Lar, de Cuiabá, a empresa conta também com boutiques de carne em Rondonópolis (três estabelecimentos) e uma em Primavera do Leste, que se trata do projeto piloto de franquia da marca. Para regular a oferta e demanda das lojas, a ideia é agregar cada vez mais produtos através de uma marca própria. Hoje, itens como farinha, pimenta, facas, aventais, espetos, alguns pescados e até cachaças já levam a marca da Celeiro. Existem planos para expandir o programa de franquias, começando pelo norte do estado, em cidades como Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde, mas o projeto piloto, que completará um ano em outubro, ainda deve ser validado para garantir a rentabilidade do negócio. “Hoje estamos a um passo do Brasil. Além das redes Mambo e St. Marche, temos demanda até para 51 lojas do Pão de Açúcar, mas aí eu não consigo atender. Eu precisaria multiplicar por 30 a Celeiro pra atender só essas lojas, então a princípio não vamos fazer isso. Mas nós estamos crescendo de 20 a 30% ao ano e creio que quando chegarmos a São Paulo essa taxa pode dobrar ou triplicar”, projeta Marco Túlio. O motivo do crescimento em ritmo acelerado do projeto, resume o empresário, é bem simples. “A melhor resposta para mim é a seguinte: meu comercial, que atende as redes de mercado – hoje são 23 lojas – não telefona para vender, mas sim recebe ligações ou mensagens perguntando sobre disponibilidade do produto, ou seja, existe um consumidor ávido que paga mais. Essa é a resposta”. (Portal Rural Centro/MS – 09/06/2014) ((Portal Rural Centro/MS – 09/06/2014))

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Tchau, febre

A Organização Mundial de Saúde Animal (OlE) conferiu o status de "livre de febre aftosa com vacinação" a oito Estados brasileiros: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Pará, Piauí e Rio Gran...((Revista Dinheiro Rural/SP – Junho. 14 – pg 10))


A Organização Mundial de Saúde Animal (OlE) conferiu o status de "livre de febre aftosa com vacinação" a oito Estados brasileiros: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Pará, Piauí e Rio Grande do Norte. Com a certificação internacional, 99% do rebanho nacional de bovinos e bubalinos passa a ficar em zonas livres da doença com e sem vacinação. (Revista Dinheiro Rural/SP – Junho. 14 – pg 10) ((Revista Dinheiro Rural/SP – Junho. 14 – pg 10))

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Nilza faz pedido dNilza faz pedido de recuperação nos EUA

A fabricante de laticínios Nilza entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos após um dos administradores nomeados no processo de gestão da massa falida no Brasil descobrir que a co...((Jornal Valor Econômico, Valor. Com/SP – 09/06/2014))


A fabricante de laticínios Nilza entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos após um dos administradores nomeados no processo de gestão da massa falida no Brasil descobrir que a companhia pode estar mantendo dinheiro de forma fraudulenta - a maior parte dele nos Estados Unidos - fora do alcance de credores. (Jornal Valor Econômico, Valor. Com/SP – 09/06/2014) ((Jornal Valor Econômico, Valor. Com/SP – 09/06/2014))

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Leite apreendido em Teutônia/RS é o mesmo recolhido no ano passado

O leite recolhido pela polícia nessa quarta-feira em Teutônia, no Vale do Taquari, já havia sido apreendido em agosto passado, segundo informou o titular da Delegacia do Consumidor, Fernando Soares. N...((Portal do Agronegócio/MG – 09/06/2014))


O leite recolhido pela polícia nessa quarta-feira em Teutônia, no Vale do Taquari, já havia sido apreendido em agosto passado, segundo informou o titular da Delegacia do Consumidor, Fernando Soares. Na época, havia a informação de que o produto era reaproveitado e a polícia permitiu que a Hollmann ficasse como fiel depositária do produto. A orientação era de que o produto não fosse mexido até que uma ordem judicial definisse a destinação correta. A quantidade apreendida em 2013 e nesta semana é a mesma. Ontem, a polícia localizou mais de 130 mil litros de leite das marcas Latvida e Hollman, vencidos há um ano, em um depósito no bairro Canabarro. Uma denúncia anônima levou a autoridade policial até o ponto. Brigada Militar e Ministério da Agricultura também participaram do trabalho que resultou na abordagem, na tarde desta quarta-feira Segundo as empresas, requerimentos foram encaminhados para os órgãos competentes para descobrir a forma de descarte necessária. A VRS, que trabalha com marca Latvida, informou que o local era de conhecimento das autoridades. (Portal do Agronegócio/MG – 09/06/2014) ((Portal do Agronegócio/MG – 09/06/2014))

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Inseminação artificial pode aumentar produtividade leiteira das vacas

pecuária é a principal atividade nas fazendas de Jussara, cidade que fica no oeste de Goiás, bem na divisa com Mato Grosso. O rebanho do município tem mais de 340 mil cabeças, a maioria é gado de cor...((Portal Expresso MT/MT – 08/06/2014))


pecuária é a principal atividade nas fazendas de Jussara, cidade que fica no oeste de Goiás, bem na divisa com Mato Grosso. O rebanho do município tem mais de 340 mil cabeças, a maioria é gado de corte. Na região, leite é negócio de pequena propriedade, como a do produtor Edivaldo Barbosa, que tem 50 hectares e um rebanho em torno de 80 cabeças. Ele virou criador há três anos e toca todo o serviço sozinho, tirando na mão os quase 100 litros de leite que produz por dia. O leite vai para Associação de Pequenos Produtores de Jussara (Aproleite), que vende toda a produção para uma cooperativa de Minas Gerais. A associação tem 400 fornecedores, que entregam por dia cerca de 45 mil litros de leite. Só que o rebanho em lactação estimado é de mais ou menos 10 mil vacas. O que dá uma média de apenas 4,5 litros de leite por vaca por dia. Para aumentar a produtividade e a renda dos criadores, a Aproleite criou um programa que busca melhorar a genética do rebanho através da inseminação artificial. Contratou um veterinário, comprou botijões para armazenar sêmen, instrumentos para inseminar e uma moto para ir até as propriedades. Inseminação artificial Antes de saber como funciona o programa, vamos relembrar a técnica? Começa com touros com boa genética, que comprovadamente melhoram a qualidade de seus filhos, vão para centrais que fazem a coleta do sêmen. Que depois é tecnicamente avaliado para conferir se os espermatozóides são viáveis: se estão vivos, perfeitos e com boa mobilidade. Se aprovado, o sêmen é armazenado em botijões com nitrogênio líquido, substância que mantém o material a uma temperatura muito baixa, de quase 200 graus Celsius negativos. Dessa forma, ele permanece em perfeitas condições por muitos anos. O sêmen é vendido em doses. Na hora da inseminação ele é descongelado e colocado diretamente dentro do útero da vaca, que tem que estar no cio há pelo menos 12 horas. O serviço deve ser feito por um veterinário ou por alguém bem treinado. O programa da Aproleite funciona da seguinte forma. Quando o produtor tem uma vaca no cio, liga para o veterinário e marca um horário. Ele pega a moto com todos os intrumentos e vai até o local. A distância é fundamental para o sucesso da inseminação. Um dos requisitos pra propriedade poder participar desse programa é que ela não pode estar a mais de 15 km da sede do município. "Por causa da viabilidade do sêmen. Por até uma hora o sêmen se mantém viável dentro da garrafinha entre 35 e 37 graus”, explica o veterinário Felipe Martins. O criador só paga pela dose de sêmen, que na Aproleite custa entre R$ 25 e R$ 85. O preço da dose varia de acordo com a raça, o touro e o tipo de sêmen. O chamado sexado dá a probabilidade de mais de 90% de gerar uma fêmea, mas é o mais caro. Para se manter no programa, o criador tem que fazer algumas mudanças na propriedade: “Na parte de manejo: um tronco, um curral, uma estrutura mais adequada para gente fazer a inseminação. A segunda: a parte de sanidade: pelo menos um exame de brucelose e tuberculose. O terceiro é fator nutricional do animal, que é uma ótima qualidade de volumoso e um sal mineral de boa qualidade”, explica Felipe Martins. Outra obrigação do criador é manter touros longe das vacas, para evitar algum cruzamento indesejado. Além de fazer a inseminação, o veterinário também dá toda a assistência técnica necessária para o manejo do gado. Fazenda modelo A propriedade tem apenas 8 hectares e um rebanho de 22 vacas, sendo 16 em lactação. O criador, Vismar Filho, que também é zootecnista, já fazia inseminação artificial por conta própria, mas aderiu ao programa da Aproleite, por causa das facilidades que ele traz. Os animais ficam em piquetes divididos com cerca elétrica, que custa menos que uma cerca normal. Vacas em produção, secas, bezerras. Cada categoria tem seu próprio espaço e todo o rebanho recebe concentrado no cocho. No verão, os animais têm capim à vontade no pasto. No inverno, período seco na região, além do capim os animais recebem silagem de milho e de cana de açúcar. Vismar diz que nem precisou gastar muito pra mudar o perfil da propriedade. Bem alimentadas e saudáveis as vacas respondem bem na hora da ordenha, que hoje já é mecanizada. Em cerca de 4 anos, o programa da Aproleite chegou a 20 propriedades. A média diária de produtividade passou de 4 para 7 litros de leite. (Portal Expresso MT/MT – 08/06/2014) ((Portal Expresso MT/MT – 08/06/2014))

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