Notícias do Agronegócio - boletim Nº 32 - 04/11/2013 Voltar

Presidente da ABCZ tem agenda cheia em São Paulo


O Presidente da ABCZ Luiz Claudio Paranhos; o Vice-Presidente Jovelino Mineiro, o Superintendente Geral Adrimedes Onório e o Superintendente de Marketing Juan Lebron tiveram vários compromissos em São Paulo na última semana – também participou como convidado Bento Mineiro. A pauta incluiu visita a Antonio Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), Gustavo Junqueira (próximo presidente da Sociedade Rural Brasileira) e Cesário Ramalho da Silva (atual presidente da SRB). O presidente da ABCZ também deu entrevistas para o Canal do Boi e o Canal Terraviva. Na 6ª feira, o presidente da ABCZ e o superintendente de marketing visitaram a Dow Agrosciences, quando foi assinado acordo de cooperação técnica para desenvolvimento e a disseminação de inovações em melhoramento da genética bovina e de tecnologia de pastagens com o presidente da empresa, Ramiro de la Cruz. “A melhoria de qualidade das pastagens é um dos pilares do trabalho da ABCZ em prol do aumento de produtividade da pecuária brasileira. Esta parceria com a Dow, empresa reconhecida globalmente por sua atuação no segmento, reforça esse compromisso e certamente gerará importantes resultados para a cadeia produtiva da carne e do leite”, assinalou Luiz Claudio Paranhos, presidente da ABCZ. “A associação com a ABCZ é uma forma de reforçar o compromisso Dow, ao lado desta grande instituição, em proporcionar conhecimentos em tecnologia de produção a pasto para os pecuaristas”, avaliou Roberto Risolia, Gerente de Sustentabilidade em Pastagem na DowAgroSciences.


Safra da Santa Cruz rende 70 arrobas

A venda de 121 animais Nelore PO foi o saldo final do 5º Leilão Touros Santa Cruz, realizado em Iaciara, no Leste goiano. O comércio foi promovido Gil Pereira, dono de um rebanho com mais de 20 mil ca...((Portal DBO – 01/11/2013))


A venda de 121 animais Nelore PO foi o saldo final do 5º Leilão Touros Santa Cruz, realizado em Iaciara, no Leste goiano. O comércio foi promovido Gil Pereira, dono de um rebanho com mais de 20 mil cabeças e produção anual de seis mil bezerros no Estado. Na sede do criatório foram negociados reprodutores avaliados pela ABCZ e Embrapa. A média geral ficou em R$ 6.668. Tomando a cotação do boi gordo, a cotação equivale a quase 70 arrobas (R$ 99/@ à vista). Um deles, porém, saiu pelo dobro do preço. Golias FIV Santa Cruz, de 32 meses, recebeu o lance de R$ 12 mil do criador Jader Gomes Fernandes. Entre os investidores, o primeiro posto coube a Gabriel Francez Jacob, que desembolsou R$ 66.480 em compras. Ao final das negociações, o cômputo foi de R$ 806.880. Gil Pereira, titular da Fazenda Santa Cruz, dedica-se há mais de 20 anos à pecuária extensiva e há cinco investe no Nelore de elite e na implantação de programa de melhoramento genético. A organização foi da Programa, com trabalhos de Paulo Brasil Pagamentos em 24 parcelas. (Portal DBO – 01/11/2013)((Portal DBO – 01/11/2013))

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Sumário da raça guzerá para pecuária leiteira será publicado em versão online

A 19ª edição do sumário da raça guzerá seleção para leite foi publicada em versão on line pela ABCZ. O material pode se acessado pelos criadores dentro da área de “Comunicações online” com as senhas e...((Portal Capital News/SP – 01/11/2013))


A 19ª edição do sumário da raça guzerá seleção para leite foi publicada em versão on line pela ABCZ. O material pode se acessado pelos criadores dentro da área de “Comunicações online” com as senhas exclusivas dos criatórios. O documento produzido sob a coordenação da Embrapa Gado de leite em parceria com o Centro Brasileiro de Melhoramento do Guzerá (CBMG), apoiado pela ABCZ e pela Associação de Criadores de Guzerá do Brasil (ACGB) fornece dados gerais da raça, de todos os rebanhos guzerá inscritos no controle leiteiro da ABCZ, das matrizes controladas e mais de 400 touros provenientes do teste de progênie, do núcleo MOET e do PMGZ da ABCZ. Os índices pesquisados nos projetos leiteiros incluem dados que tem relação direta com a sustentabilidade da cadeia produtiva, com a qualidade, sanidade e composição do alimento que segue íntegro até a indústria para ser processado e distribuído ao consumidor. O objetivo comum dos trabalhos de pesquisa que integram o sumário é promover o melhoramento genético dos animais guzerá de aptidão leiteria e produzir indivíduos cada vez mais adaptados as condições atuais dos sistemas pecuários, mais eficientes e com melhor desempenho. As características perseguidas nos estudos têm a capacidade de impactar positivamente na geração de renda dos produtores e definem a viabilidade econômica das propriedades leiteiras. “Os dados médios das avaliações e as tendências genéticas auxiliam o criador no momento em que ele queira fazer um diagnóstico do rebanho, isso ao longo dos anos. As tendências apontam a evolução do rebanho e fornecem comparativos do gado entre gerações e com o plantel nacional. O selecionador pode confirmar o nível de melhoramento real do criatório e identificar os pontos que precisam de maior atenção. As informações do sumário online ainda podem ser alinhadas aos dados de manejo e da interferência do meio ambiente na genética e estas condições integram uma ferramenta de seleção muito valiosa”, explica a gerente do PMGZ Leite, a zootecnista Mariana Alencar. Os autores do 19º Sumário Guzerá são os pesquisadores Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto, Glaucyana Gouvêa dos Santos, Frank Ângelo Tomita Bruneli, Rui da Silva Verneque, João Cláudio do Carmo Panetto, Marco Antônio Machado pela Embrapa Gado de Leite, Vânia Maldini Penna pelo CBMG, Maria Raquel Santos Carvalho pela UFMG, Raysildo Barbosa Lôbo pela ANCP/USP e Carlos Henrique Cavallari Machado pela ABCZ. Os criadores que não fazem controle leiteiro, estão formando plantel, querem fazer as pesagens e desejam estudar a metodologia e se familiarizar com as avaliações, podem consultar a versão online do Sumário impresso, porém sem as tendências genéticas. (Portal Capital News/SP – 01/11/2013)((Portal Capital News/SP – 01/11/2013))

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Pecuária argentina pode perder 1 milhão de cabeças de gado

O rebanho bovino da Argentina pode ter uma redução de um milhão de cabeças este ano. O alerta, divulgado pelo site argentino InfoCampo (www.infocampo.com.ar), lembra ainda que entre 2007 e 2010 o esto...((Jornal DCI/SP – 04/11/2013))


O rebanho bovino da Argentina pode ter uma redução de um milhão de cabeças este ano. O alerta, divulgado pelo site argentino InfoCampo (www.infocampo.com.ar), lembra ainda que entre 2007 e 2010 o estoque diminuiu em 10 milhões de cabeças por conta da intervenção do governo argentino no mercado de carne e também por conta de por uma seca cruel. A nova redução do estoque de carne de vaca, calculada exatamente em 1,02 milhões de cabeças, foi advertida pelo produtor Néstor Roulet em um comunicado que analisa o trabalho acumulado no período entre janeiro e setembro de 2013. De acordo com o estudo, entre julho e setembro passado se acelerou o crescimento do abate bovino e o acumulado janeiro-setembro terminou em 9.575.451 cabeças. Segundo o comunicado, se essa tendência se repetir, este ano se encerrará com um total de 13.068.040 cabeças, 1,46 milhões a mais do que em 2012. Neste contexto, considerando o estoque inicial de 2013, de 50,89 milhões de cabeças, há também uma taxa de mortalidade de 3% (1,52 milhões de cabeças) e o abate total estimado em quase 13,7 milhões de cabeças, para logo somar a uma produção de bezerros de 13,57 milhões de animais. Segundo publicou o jornal La Nación, vale recordar que, depois de cair de 58 a 48 milhões de cabeças entre 2007 e 2010, o gado era capaz de se recuperar em até 50,89 milhões que Roulet menciona. Anteontem, em uma reunião com exportadores e sindicatos de funcionários de frigoríficos para avançar em uma discussão a respeito da redução do imposto sobre a carne, o setor disse ao secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, que não estava sendo respeitado o peso mínimo de 300 quilos para que os animais fossem ao abate, e que entre os animais com menos de 300 quilos havia muitas fêmeas. Guillermo Moreno instruiu para que os veterinários dos frigoríficos controlassem para que não entrassem animais abaixo deste peso. Caso isso não ocorra, o secretário prometeu fazer sanções. "O peso mínimo de abate não está sendo cumprido. Pode ser que se cumpra nos frigoríficos que estão mais controlados pelo Governo, que são cerca de 140 a 150, mas há outras 300 unidades nas quais a regra não é respeitada", disse um operador do mercado. O consultor Victor Tonelli criticou a medida de Moreno. "Se querem que o peso do abate seja aumentado, que as exportações também sejam liberadas e que as retenções sejam minimizadas. Automaticamente, o peso do abate irá subir", opinou. (Jornal DCI/SP – 04/11/2013)((Jornal DCI/SP – 04/11/2013))

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Falta de propano atrasa safra de milho nos EUA

Os agricultores na parte norte do Meio-Oeste dos Estados Unidos estão acostumados com seca, doenças e pragas. Agora, eles estão enfrentando um problema diferente: a falta de gás propano. Chuvas fortes...((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 04/11/2013))


Os agricultores na parte norte do Meio-Oeste dos Estados Unidos estão acostumados com seca, doenças e pragas. Agora, eles estão enfrentando um problema diferente: a falta de gás propano. Chuvas fortes e mais frequentes deixaram as lavouras de milho deste ano mais encharcadas que o normal. Os agricultores estão com dificuldade para conseguir propano suficiente para abastecer os fornos gigantes que secam o milho antes que ele seja armazenado para evitar que apodreça. A demanda pelo gás tem puxado os preços do propano nos EUA ao maior valor dos últimos 18 meses e está postergando a colheita do milho - que já está atrasada por causa do clima úmido durante o plantio. Cerca de 59% da safra dos EUA foram colhidos até agora, o que está abaixo da média histórica de 62% para esta época do ano, informou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) semana passada. "Até que alguém surja com uma solução para esse problema de propano - ou a gente tenha um sol forte - simplesmente não podemos fazer nada", disse Richard Syverson, um agricultor do Minnesota. Ele suspendeu sua colheita porque não pode comprar os cerca de 5.700 litros de propano que usa por dia para colocar seu secador de milho para funcionar. "Tenho contas para pagar e gostaria de terminar essa colheita para saber em que pé estão minhas finanças", disse Syverson. Os agricultores estão colhendo o que se estima que seja uma safra recorde nos EUA. A falta de gás propano é mais aguda de Dakota do Norte a Wisconsin porque, no mês passado, choveu até seis vezes a mais no norte do Meio-Oeste do que o normal. Esse clima está gerando repercussões de longo alcance, forçando agricultores a diminuir o ritmo de suas colheitas até a chegada de caminhões transportando propano de centenas de quilômetros de distância. Governadores de todo o Meio-Oeste assinaram ordens para amainar regulamentos de transporte via caminhão e acelerar as entregas. Em última análise, dizem especialistas, a oferta de milho nos EUA provavelmente será suficiente para manter os preços estáveis. Mas, se os agricultores tiverem que deixar o milho no campo ou armazenar os grãos úmidos, a qualidade pode diminuir ou o produto pode apodrecer, reduzindo seu valor. "Vai custar caro e vai ser uma dor de cabeça para os produtores", diz Tomm Pfitzenmaier, sócio da Summit Commodity Brokerage, em Des Moines, no Iowa. "Isso vai atrasar as coisas, mas não vai parar a colheita." Os futuros do milho para entrega em dezembro na Bolsa de Chicago caíram um centavo de dólar, ou 2%, na sexta-feira. No ano, o preço caiu 39%, devido às previsões de uma safra recorde apenas um ano depois de os preços atingirem a maior alta de todos os tempos por causa da pior seca em décadas. Já o preço do gás no atacado subiu de US$ 1,008 por galão, em 2012, para US$ 1,171 na segunda-feira da semana passada, fechando na maior alta em 18 meses, conforme a agência de informação sobre energia dos EUA. O combustível, que é feito do processamento de petróleo e gás natural, é usado para tudo nos EUA, de cozinhar a secar roupa. Além disso, os preços subiram porque as refinarias americanas estão exportando o gás em maior quantidade. (Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 04/11/2013)((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 04/11/2013))

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Sem transgênico, Roraima deve dobrar área com soja

Com pouca tradição no cultivo de soja, o estado de Roraima pretende dobrar a área do cultivo da oleaginosa utilizando apenas variedades não transgênicas do grão desenvolvidas pela Embrapa. Segundo o p...((Jornal DCI/SP – 04/11/2013))


Com pouca tradição no cultivo de soja, o estado de Roraima pretende dobrar a área do cultivo da oleaginosa utilizando apenas variedades não transgênicas do grão desenvolvidas pela Embrapa. Segundo o pesquisador para soja da Embrapa Roraima, Vicente Gianluppi, a perspectiva é que a área passe de 12 mil hectares na safra de 2012/2013, que acabou de ser colhida em outubro, para ao menos 24 mil hectares em 2013/2014, que será plantada em dezembro no estado. A expansão do cultivo do grão em um estado tão distante dos grandes centros de produção intensiva do agronegócio é estimulada por dois fatores: os altos preços da soja no mercado internacional e a demanda, principalmente de países europeus, por grãos produzidos sem modificação genética. "São poucos países que produzem soja não transgênica. Onde tem, [os interessados] dão um prêmio que estimula o produtor a plantar essa soja", afirma Eledon Oliveira, gerente de levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A demanda externa por grãos "naturais" já foi sentida na última safra. Das cerca de 36 mil toneladas que se estima tenham sido produzidas no estado do Norte brasileiro na última safra, 90%, ou 32,4 mil toneladas, já foram compradas pela Rússia, onde os importadores são conhecidos por rejeitarem a transgenia nos grãos de soja. Para evitar a compra de grãos transgênicos, os importadores russos recorreram na última safra à produção de Roraima. Cada saca de 60 quilogramas de soja foi negociada por R$ 70. O valor ficou bem acima do negociado aos produtores do Centro-Oeste na época de colheita da região neste ano. Entre março e abril, a cotação mais alta negociada no período alcançou R$ 62,50 a saca, ou 12% a menos. Os compradores da soja do estado ainda têm outra vantagem, já que a variedade mais cultivada na região é a tracajá, que possui cerca de 5% a mais de óleo e proteína do que outras variedades cultivadas no Centro-Oeste. A Embrapa possui outras dez variedades desenvolvidas para as terras de Roraima. Vicente Gianluppi acredita, porém, que o uso do tracajá tem prazo para acabar. "Fizemos um levantamento e vimos que já tem nematoides no solo e tracajá não tem resistência a eles. Vai ter que ter logo que trocar a tracajá, principalmente em áreas que estão se multiplicando os nematoides no solo", explica. Segundo o pesquisador, a Embrapa "tem materiais engatilhados para liberar para a próxima safra". Ele acredita, no entanto, que a adoção de variedades de sementes transgênicas no estado será inevitável. A necessidade, afirma, se dá por causa da prática de integração lavoura-pecuária (técnica conhecida como ILP), que demanda sementes transgênicas para recuperar áreas de pastagens degradadas. A adoção da modificação genética nos campos de Roraima ainda não deve se dar na próxima safra, que começará a ser plantada em abril do próximo ano, mas assim que for implementada deve afastar os compradores europeus. Apesar disso, os produtores apostam no mercado asiático para garantir o destino da produção. Produtores A produção de soja no estado de Roraima tem sido promovida por agricultores que já possuem fazendas no Centro-Oeste e por roraimenses que tiveram que abandonar suas produções após a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2005. Desde então, os agricultores migraram para regiões de cerrado, com baixo potencial de irrigação, mas não demarcadas para iniciar outras culturas. Por conta do cenário internacional favorável ao plantio da soja, a oleaginosa é a cultura que mais tem crescido no estado. Para os produtores de outros estados, o cultivo de soja em Roraima é favorável, já que o plantio do grão no estado começa entre abril e maio e a colheita é feita entre setembro e outubro, período em que se concentram as chuvas no estado e também de entressafra da soja no centro-oeste. "Assim, quando no Mato Grosso se colhe, aqui se planta. Nos anos que o mercado está ávido por soja e o preço está alto, como nesse ano, se faz uma safra no Mato Grosso e outra aqui", observa Gianluppi. (Jornal DCI/SP – 04/11/2013)((Jornal DCI/SP – 04/11/2013))

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Armazenagem, o elo perdido do agronegócio

Comprovadamente competitivo, líder mundial na produção de várias commodities e com um aumento de 60 milhões de toneladas nos últimos dez anos, o agronegócio brasileiro passa a enfrentar sérios problem...((Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 04/11/2013))


Comprovadamente competitivo, líder mundial na produção de várias commodities e com um aumento de 60 milhões de toneladas nos últimos dez anos, o agronegócio brasileiro passa a enfrentar sérios problemas a partir da colheita, principalmente de soja e milho, por falta, entre outras coisas, de infraestrutura de armazéns, que não acompanhou a evolução da produção. Nada menos que R$ 20 bilhões são perdidos por ano por causa desse grave problema, que se arrasta há mais de 30 anos. Nessa questão, há uma falsa avaliação do déficit do sistema de armazenagem quando o cálculo é feito pela diferença entre a produção e a capacidade instalada de armazéns. Como o Brasil produz 180 milhões de toneladas de grãos e a capacidade de armazenagem é de 140 milhões de toneladas, o resultado apontado por vários especialistas é de 40 milhões de toneladas. Mas isso está errado, o déficit é muito maior, pois a armazenagem é dividida em níveis. Os produtores dos Estados Unidos, nossos maiores concorrentes e considerados referência em eficiência, armazenam em suas fazendas uma safra e meia, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O produtor brasileiro armazena somente 15%, cerca de 30 milhões de toneladas, com um déficit de 150 milhões de toneladas para uma safra. A deficiência de armazenagem provoca enormes perdas, as quais ocorrem ao longo da cadeia produtiva. A primeira perda se dá na colheita. A recomendação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é que o grão seja colhido com umidade entre 15% e 18%. Nesse caso há necessidade de secar e armazenar na propriedade. Quando não há armazém, o grão é colhido mais seco para retardar o processo de fermentação, ocasionando uma perda de 5%. A segunda perda ocorre após a colheita. Uma vez colhido, o produto é transportado por caminhão para a cooperativa ou para os armazéns coletores. O aumento na demanda encarece o frete, além do que o caminhão enfrenta uma enorme fila para levar o produto para ser limpo e seco. Como ele está úmido, fermenta, perde qualidade e, consequentemente, o preço pode cair até 5%. A perda anual de 10% entre a colheita e o armazém coletor representa R$ 12,6 bilhões, que, somados aos R$ 8 bilhões estimados pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), implica uma perda total no ano da ordem de R$ 20 bilhões, diminuindo a renda do produtor. A terceira perda é na exportação. Por falta de armazenagem na propriedade, todos querem levar os seus produtos para o porto ao mesmo tempo, congestionando as rodovias e ferrovias. De acordo com a Anec, por causa do congestionamento há mais um prejuízo de R$ 8 bilhões por ano. O Brasil movimenta pelos portos cerca de 32 milhões de toneladas de soja e 15 milhões de toneladas de milho, ou seja, 47 milhões de toneladas/ano. A necessidade é de 2,5 milhões de toneladas estáticas. Como se nota, o grande gargalo de armazenagem se encontra na propriedade, o que provoca deficiência em cadeia e torna inviável a movimentação racional da safra. Com o programa de financiamento de armazéns nas propriedades rurais, recentemente anunciado pelo governo federal, será possível ao produtor recuperar o elo perdido na área de armazenagem, pois terá, finalmente, condições de acesso a linhas de crédito que lhe permitam fazer os investimentos elevados necessários à construção de silos. O custo médio de um armazém é de R$ 400 por tonelada, o que exige um investimento de R$ 60 bilhões em 12 anos. O Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) puseram à disposição cerca de R$ 5 bilhões ao ano para financiar armazéns na propriedade rural, com 15 anos para pagar, três anos de carência e juros de 3,5% ao ano, com custo total de R$ 35 por tonelada/ano. Considerando que o preço médio dos grãos é de R$ 700 a tonelada na região de produção, o produtor terá um ganho de 10%, ou R$ 70 por tonelada. Além de pagar o financiamento, ainda tem uma receita adicional de R$ 35 por tonelada. Essa notícia ganha ainda mais importância com a decisão da Caixa Econômica Federal de aderir ao esforço de financiamento para o armazenamento. O que está faltando é maior divulgação do programa, para que os produtores possam interessar-se e começar a desengavetar os seus projetos. Aqui há ainda um adicional positivo, que é recuperar o poder produtivo das indústrias de silos, gerando mais empregos e aquecendo um importante segmento da economia. Paralelamente ao anúncio de investimentos na melhoria das condições de armazenagem, há também boas perspectivas em relação à malha ferroviária e rodoviária. No caso das estradas, está previsto para 2014 o tráfego na Rodovia BR-163 (entre Mato Grosso e Pará), com transbordo em Miritituba (Rio Tapajós, PA) para barcaças, com destino a Vila do Conde e Santarém, que movimentará inicialmente 10 milhões de toneladas por ano. Também no ano que vem entrará em operação no Porto de Itaqui, no Maranhão, o Terminal Tegram, com capacidade para movimentar cerca de 5 milhões de toneladas por ano. Com a ativação desses terminais haverá uma diminuição da pressão sobre os portos do Sul e do Sudeste. De toda maneira, torna-se necessária a união de forças e uma forte divulgação, que motive principalmente os produtores a se tornarem independentes quanto à armazenagem dos seus produtos e aumentarem a sua renda. A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) estão engajadas nesse projeto. Com certeza, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e suas federações também darão uma enorme contribuição nesse sentido. (Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 04/11/2013)((Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 04/11/2013))

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Bloomin Brands assume controle do Outback

A Bloomin Brands é a nova controladora do Outback no Brasil. Os americanos, donos da marca de restaurantes, já tinham uma participação de 50% na operação brasileira e, com a transação anunciada ontem,...((Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 02/11/2013))


A Bloomin Brands é a nova controladora do Outback no Brasil. Os americanos, donos da marca de restaurantes, já tinham uma participação de 50% na operação brasileira e, com a transação anunciada ontem, passam a deter 90% do negócio que é o mais rentável da marca no mundo. Desde que foi criada, em 1997, a unidade brasileira funcionava como uma joint venture entre a Bloomin Brands e os empresários Salim Maroun e Peter Rodenbeck. O valor do negócio só será divulgado na terça-feira, após a conclusão da operação. Maroun, atual presidente e acionista minoritário, continuará no comando do Outback no Brasil. "Grandes players do mercado de casual dining estão chegando no Brasil e não podíamos ficar parados. A transferência de controle nos dá acesso a mais recursos para investir na operação", disse ele. "Tínhamos limitações para avançar sozinhos. Prefiro ser pequeno em um mundo grande do que grande em um mundo pequeno", diz Maroun, justificando a venda. Segundo ele, os planos de expansão do Outback no Brasil estão mantidos e até poderão ser acelerados. A meta do Outback é abrir nove lojas em 2013 e chegar ao fim do ano com 50 unidades. Em 2014, o plano é abrir mais 14 lojas. Além da marca Outback, a Bloomin Brands pretende trazer ao Brasil outras bandeiras de restaurantes, como a Bonefish Grills, focada em peixes, e a Carrabbas, de gastronomia italiana. A Bloomin Brands é uma dos maiores do mundo na área de casual dining, um conceito de serviço intermediário entre o fast food e a alta gastronomia. O grupo faturou US$ 3,99 bilhões em 2012 e atualmente tem 11,5 mil restaurantes de cinco marcas em 21 países. "Essa aquisição reflete nossa estratégia global de expansão em localidades que nós sentimos que temos os melhores potenciais de crescimento e sucesso", disse a CEO da Bloomin Brands, Elizabeth Smith, em comunicado. A negociação dá ao Bloomin Brands o controle da operação mais rentável do Outback no mundo. Na lista dos dez restaurantes que mais vendem, há nove brasileiros. O campeão é a unidade do shopping Center Norte, em São Paulo, que recebe mais de 40 mil clientes por mês. Evolução. O casual dining é uma evolução do fast food e um dos segmentos que mais cresce no mercado de restaurantes das grandes cidades, diz o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Joaquim Saraiva. "Muitas redes estrangeiras estão tentando crescer fora dos seus países e o foco são os países emergentes, como o Brasil. A tendência é de chegada de novas marcas", disse Saraiva. A IMC, dona das marcas Viena e Frango Assado, por exemplo, fechou em fevereiro contrato com a Darden para operar novas bandeiras no Brasil, como Red Lobster, Olive Garden e LongHorn Steakhouse. (Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 02/11/2013)((Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 02/11/2013))

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Produtores e Agroindústria se aproximam

A integração entre produtores e a agroindústria, conforme estabelece projeto de lei do Senado nº 330/2011, aprovado em caráter terminativo na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), foi discu...((Jornal A Gazeta/MT – 04/11/2013))


A integração entre produtores e a agroindústria, conforme estabelece projeto de lei do Senado nº 330/2011, aprovado em caráter terminativo na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), foi discutida nesta semana pela Comissão Nacional de Aves e Suínos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Participaram do debate membros das associações de produtores e federações de agricultura dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Sendo que foram discutidos itens básicos que os contratos devem conter, com o mínimo de obrigações e responsabilidades das partes. O destaque ficou por conta da divisão de alguns riscos inerentes à atividade, como a gestão ambiental, o descarte de embalagens e questões sanitárias, e a criação de um canal de diálogo paritário entre produtores e agroindústria. Em Mato Grosso, produtores de aves e suínos com suas respectivas associações, também se reuniram com representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), nesta semana em Cuiabá, para saber mais sobre o Projeto, que ainda será votado na Câmara Federal dos Deputados sob nº 6459/2013. Na avaliação do analista de Pecuária do Núcleo Técnico da Famato, Rafael Linhares, a federação acompanha a produção representativa da avicultura e suinocultura no Estado devido ao grande potencial de crescimento justificado pelo acesso aos grãos, que são base da alimentação destas espécies. Segundo ele, enquanto é aguardada a votação, a Famato está esclarecendo sua importância e benefícios aos produtores com suas associações. A Assessoria Parlamentar da Famato também está se esforçando para articular, tanto com os deputados estaduais quanto federais, para aprovação do referido projeto, quando estiver em pauta. O Projeto de Lei tem sua razão de ser em função de mudanças feitas no Estatuto da Terra. Em 2007, a parceria de produtores de aves e suínos com a indústria foi retirada do Estatuto, deixando o segmento sem uma base legal para solucionar pendências e permitir acordos formais entre as duas partes, uma vez que o Código Civil também não tipifica esta relação. Mato Grosso foi o primeiro Estado onde foi realizada a reunião para disseminação do Projeto de Lei. Conforme foi decidido na reunião da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, a Confederação irá promover encontros como o realizado no Estado nas diversas regiões produtoras do país. Serão realizados encontros semelhantes com os produtores de Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e dos Estados da região Nordeste. (Jornal A Gazeta/MT – 04/11/2013)((Jornal A Gazeta/MT – 04/11/2013))

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Missão da Abiec vai à Ásia promover a carne brasileira

A Ásia, principal alvo da indústria alimentícia mundial, receberá uma missão da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). A ação de promoção da carne brasileira inicia com um...((Jornal DCI/SP – 04/11/2013))


A Ásia, principal alvo da indústria alimentícia mundial, receberá uma missão da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). A ação de promoção da carne brasileira inicia com uma visita de três dias a Cingapura, promovida pela embaixada brasileira localizada na cidade-Estado. Entre 3 e 6 de novembro, a delegação brasileira, chefiada pelo diretor executivo da ABIEC, Fernando Sampaio, participará de uma série de encontros com autoridades e representantes do setor alimentício local. Em seguida, viajam para Tailândia e Mianmar, retornando ao Brasil no dia 16 de novembro. As visitas têm o objetivo de apresentar a qualidade da carne bovina brasileira para mercados que ainda são pouco representativos para a indústria nacional. (Jornal DCI/SP – 04/11/2013)((Jornal DCI/SP – 04/11/2013))

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Escravos do ativismo

Ninguém, com um mínimo de bom-senso, pode, em pleno século 21, admitir o trabalho escravo, definido pela Convenção 29, da OIT (Organização Internacional do Trabalho), da qual o Brasil é signatário, co...((Autora: Katia Abreu, presidente da CNA) (Jornal Folha de S. Paulo/SP – 02/11/2013))


Ninguém, com um mínimo de bom-senso, pode, em pleno século 21, admitir o trabalho escravo, definido pela Convenção 29, da OIT (Organização Internacional do Trabalho), da qual o Brasil é signatário, como o executado sob coação ou com qualquer tipo de restrição ao direito de ir e vir. A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), que presido, já se manifestou quanto a isso reiteradas vezes. Não o tolera sob nenhuma hipótese - repito, sob nenhuma hipótese - e quer punição exemplar a quem o pratica, quer no meio rural, quer no meio urbano. Trata-se de crime contra a humanidade. Dito isto, examinemos a proposta de emenda constitucional (PEC) que trata da matéria e que será votada na próxima terça-feira pelo Senado. Subscrevo o parecer do relator, senador Romero Jucá, que se baseia no que estabelece a OIT. Nosso empenho, ao longo do tempo em que essa matéria tramita, foi - e é - o de exigir clareza em seus termos, para que não se resuma a abstrações e generalidades. Qualquer estudante de direito sabe que uma norma jurídica não pode ser abstrata, adjetiva. Tem que substantivar o que propõe. Também não podemos cair no polo contrário, ao atribuir a qualquer forma de trabalho a denominação de escravo pelo fato de não corresponder a certas normas trabalhistas, como as da jornada exaustiva e do trabalho degradante. Embora tratem de situações deploráveis e passíveis de punição, elas não podem orientar uma situação que desembocaria em insegurança jurídica. Sem tais cuidados, o ativismo ideológico seguirá satanizando o produtor rural. Ainda que este responda por 36% do emprego formal do país e por um quarto do PIB (Produto Interno Bruto), continuará alvo de perseguições e invasões. Ao país interessa uma lei clara e objetiva, que de fato puna os verdadeiros infratores e que não sirva de instrumento de intimidação de pessoas honestas. Outro instrumento de aferição do trabalho escravo - a norma regulamentar 31, do Ministério do Trabalho-- peca pelo excessivo detalhamento, fugindo claramente ao conceito da OIT. Com seus 252 artigos, muitos com importantes avanços para a saúde do trabalhador, desce a minúcias --como a dimensão exata dos beliches e a espessura dos colchões dos dormitórios dos empregados--, que expõem o empregador, por mais correto e mais empregos que gere, ao título hediondo de escravagista. Ganhará, por exemplo, esse estigma o empregador em cuja terra o empregado decida dormir numa rede ou almoçar não no refeitório, mas embaixo de uma árvore, como é costume no meio rural. Imposto o carimbo de escravagista, o produtor se submete a sanções duríssimas, que semeiam o terror e, no limite, levam-no à perda da propriedade. É preciso que se saiba que 90% dos produtores rurais são de pequeno e médio portes e não têm como resistir a esse tipo de sabotagem, promovido por quem não acredita na livre iniciativa. Tenho sido alvo do ativismo puro que alimenta ações execráveis dos que buscam atingir a mim e a minha família. Nem por isso, ignoro a existência do mau empregador, que explora o trabalho infantil e o escravo, no campo ou na cidade. Mas é exatamente esse personagem, bandido e merecedor de todas as penas da lei, que se beneficia desse contágio ideológico de fiscais engajados - que, frise-se, não constituem a maioria, mas a esta se sobrepõem. A CNA não apoia o trabalho escravo - nem tergiversa em relação a ele -, tanto que treina instrutores para inspecionar periodicamente as fazendas e avaliar as condições de vida dos trabalhadores rurais. Já propusemos ao Ministério do Trabalho o instrumento da "visita prévia", que tem a finalidade de esclarecer os empregadores sobre as exigências da lei e sobre eventuais medidas corretivas, em prazo estabelecido pelos próprios auditores. Não aceitaram, claro. Preferem punir a educar. A aprovação da PEC do trabalho escravo, nos termos propostos pelo senador Jucá, ajudará o país a superar essa triste fase, reduzindo injustiças e coibindo os excessos. (Autora: Katia Abreu, presidente da CNA) (Jornal Folha de S. Paulo/SP – 02/11/2013)((Autora: Katia Abreu, presidente da CNA) (Jornal Folha de S. Paulo/SP – 02/11/2013))

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Dilma tenta reforçar discurso ambiental com fundo de compensação para índios

A presidente Dilma Rousseff estuda criar um fundo de compensação para índios que vivem em áreas próximas às hidrelétricas previstas no plano de energia do governo para 2021. Também prepara a regulamen...((Jornal O Estado de S. Paulo, Metrópole/SP – 04/11/2013))


A presidente Dilma Rousseff estuda criar um fundo de compensação para índios que vivem em áreas próximas às hidrelétricas previstas no plano de energia do governo para 2021. Também prepara a regulamentação de um artigo da Constituição que obriga o poder público a consultar as comunidades indígenas antes de operar essas usinas. Trata-se de uma estratégia para reforçar o discurso do governo no embate com a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, uma crítica da política de desenvolvimento do País, que segundo ela não é sustentável. Ex-petista,Marina se aliou ao projeto presidencial do governador Eduardo Campos (PSB) E poderá até disputara sucessão do ano que vem na condição de vice do pernambucano. As duas medidas que o governo tenta agora reativar por causa do “efeito Marina Silva” ficaram paradas por quase11 anos de gestão do PT no Planalto. A primeira delas, o fundo, é uma antiga reivindicação dos índios. Ele seria criado com dinheiro da Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos(CFURH),paga pelas empresas que exploram as hidrelétricas.Averba equivale a 6,75% do valor total de energia mensal produzida pelas usinas. Só entre janeiro e setembro deste ano, foram repassados R$ 1,3 bilhão da seguinte forma: 45% para os municípios atingidos pelos reservatórios, 45%distribuídos aos Estados onde estão as usinas e 10% para a União. Uma das propostas que circula no governo, elaborada pelo Instituto Acende Brasil, voltado ao setor elétrico, prevê que a União abra mão de metade do que recebe, e os Estados abram mão de 22% da sua cota. O Plano Decenal de Energia 2021 do governo federal prevê a construçãode34hidrelétricasna Região Norte do País. Atualmente elas estão em fase inicial ou ainda só no papel. Nesse plano, para o qual valeriam as novas regras de compensação dos índios, não estão incluídas as polêmicas usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio, alvos de constantes embates entre as comunidades atingidas e o governo federal. Consultas. A segunda medida prevista no pacote pró-indígenas de Dilma se refere ao artigo 231 da Constituição, que prevê que os potenciais energéticos oriundos de recursos hídricos só podem ser aproveitados após consulta às comunidades que vivem no local de instalação do empreendimento. Segundo integrantes do governo, essa medida já é considerada urgente no Palácio do Planalto. Adicionalmente, o governo também vai regulamentar a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário desde 2003. Essa convenção também estabelece critérios para consulta aos índios. Em Belo Monte, por exemplo, as comunidades atingidas diz em não ter sido consultadas. Já o governo diz que fez a consulta. Ao estabelecer um critério, a ideia é acabar com polêmicas assim. “Os povos indígenas têm suas próprias formas de debater temas sobre seu futuro, e nossa regulamentação precisa dar conta disso, quer dizer, vamos criar um mecanismo que absorva o protocolo de cada povo, de cada etnia”, diz o secretario nacional de articulação social da Secretaria Geral da Presidência, Paulo Maldos. (Jornal O Estado de S. Paulo, Metrópole/SP – 04/11/2013)((Jornal O Estado de S. Paulo, Metrópole/SP – 04/11/2013))

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Agricultores cobram políticas ao semiárido

Produtores rurais apresentaram, na semana passada, reivindicações a representantes dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente e do Instituto Nacional do Semiárido (INSA) de política...((Jornal DCI/SP – 04/11/2013))


Produtores rurais apresentaram, na semana passada, reivindicações a representantes dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente e do Instituto Nacional do Semiárido (INSA) de políticas públicas para melhorar a produção agrícola. "Os agricultores do semiárido não querem mais aquelas políticas que só viam a gente como necessitados da seca. Não queremos ficar na dependência de carros-pipa, aguardando a próxima seca voltar. Queremos produzir de forma sustentável. Para isso, precisamos garantir o acesso adequado à água", disse diretora do Sindicato dos Trabalhadores de Remígio, no agreste paraibano, Roselita Victor da Costa. Roselita defendeu os saberes tradicionais dos trabalhadores e tecnologias locais como as cisternas para captação da água da chuva. "Assegura o acesso à água em períodos de escassez e responde à ideia de que o semiárido é um lugar que não tem possibilidade de desenvolvimento", disse. "Na medida em que nós propomos esta política ela está democratizando o acesso à água nos sítios", completou a coordenadora da Articulação do Semiárido na Paraíba, Glória Batista. Ela defendeu a aproximação do conhecimento tradicional dos agricultores com o conhecimento técnico e acadêmico como um caminho para a construção de políticas públicas para a região. "Esse conhecimento precisa ser cada vez mais valorizado para construir a convivência com o semiárido", disse. Glória também defendeu mais agilidade e incentivo para a compra das sementes produzidas pelos agricultores. "Temos uma diversidade e riqueza de sementes, vindas das antigas gerações. A gente não quer as sementes envenenadas. Nós precisamos de políticas públicas que fortaleçam as nossas sementes", ressaltou. (Jornal DCI/SP – 04/11/2013)((Jornal DCI/SP – 04/11/2013))

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Conab lança editais para reforma e construção de dez silos no país

Com o objetivo de ajudar a suprir a necessidade dos produtos e os impactos desse gargalo logístico, o governo iniciou um plano de reforma e construção de unidades de armazenamento. A Conab (Companhia ...((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS – 04/11/2013))


Com o objetivo de ajudar a suprir a necessidade dos produtos e os impactos desse gargalo logístico, o governo iniciou um plano de reforma e construção de unidades de armazenamento. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e o Banco do Brasil divulgaram os editais de contratação de serviços para elaboração dos projetos executivos de engenharia e arquitetura para a construção das 10 novas unidades armazenadoras e reforma de 80 armazéns da Companhia. Ao todo, serão investidos R$ 500 milhões na rede de armazenagem da Conab. Deste total, R$ 350 serão destinados para a construção de dez novas unidades armazenadoras. Os outros R$ 150 milhões serão aplicados na reforma de 84 armazéns da Companhia. As empresas interessadas em participar desta licitação pelo RDC (Regime Diferenciado de Contratações Públicas) deverão encaminhar as propostas para o endereço http:// www.licitacoes-e.com.br até as 9h30 do dia 14 de novembro. O RDC irá ocorrer às 10h da mesma data da entrega das propostas, por meio da Internet, sendo vencedora a proposta que apresentar o menor preço. Os editais estão à disposição dos interessados no endereço eletrônico http://www.bb.com.br/licitacoesdearmazens. (Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS – 04/11/2013)((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS – 04/11/2013))

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Mapa decide sobre emergência fitossanitária

A presidente da República, Dilma Rousseff, assinou o decreto que autoriza o Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) a declarar estado de emergência fitossanitária ou zoossanitária qu...((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS – 04/11/2013))


A presidente da República, Dilma Rousseff, assinou o decreto que autoriza o Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) a declarar estado de emergência fitossanitária ou zoossanitária quando identificados riscos de perdas à agropecuária, com as devidas justificativas e respaldo técnico. O Mapa será o responsável pelos procedimentos a serem adotados para o controle da doença ou da praga, incluindo o uso de produtos já registrados. O artigo 5º do decreto ressalta que caso as diretrizes e medidas sejam insuficientes, a pasta pode solicitar aos órgãos da agricultura, saúde e meio ambiente, a prioridade de análises técnicas para defensivos que possam evitar ou combater a epidemia. (Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS – 04/11/2013)((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS – 04/11/2013))

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Comissão do Senado aprova criação da Anater

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária aprovou o Projeto de Lei da Câmara 81/2013, de autoria do Executivo, que cria a Anater (Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural) para execu...((FB, com Agência Senado) (Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS – 04/11/2013))


A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária aprovou o Projeto de Lei da Câmara 81/2013, de autoria do Executivo, que cria a Anater (Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural) para executar políticas nesta área, visando o aumentar da produtividade e a melhora da renda, prioritariamente, de agricultores familiares e de médios produtores rurais. A agência funcionará como um serviço social autônomo, nos moldes do Sistema S. A Anater deverá promover e coordenar programas de assistência técnica e extensão rural que resultem na incorporação de inovações tecnológicas pelos produtores rurais. Uma das formas de fazer isso será a integração dos sistemas de pesquisa agropecuária e de assistência técnica e extensão rural. (FB, com Agência Senado) (Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS – 04/11/2013)((FB, com Agência Senado) (Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS – 04/11/2013))

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Ruralistas voltam a protestar contra governo argentino

Os líderes agropecuários da Argentina, que há anos fazem oposição à presidente Cristina Kirchner, tentarão aproveitar a fragilidade do governo depois da derrota nas eleições legislativas de domingo pa...((Jornal Brasil Econômico/SP - 04/11/2013))


Os líderes agropecuários da Argentina, que há anos fazem oposição à presidente Cristina Kirchner, tentarão aproveitar a fragilidade do governo depois da derrota nas eleições legislativas de domingo para promover novos protestos. A conflitiva situação poderá ganhar relevância internacional se, como ocorreu no passado, levar à redução da oferta mundial de alimentos, já que a Argentina é um dos principais exportadores mundiais de grãos e seus derivados. Há muitos anos as entidades representativas do setor agrícola se queixam das regulamentações do mercado pelo governo,que consideram prejudiciais aos investimentos e à produção. “Não há margem de manobra. Temos de aprofundar nossa ação e, se houveras condições, chegara uma paralisação da agropecuária”, disse à Reuters o presidente da Federação Agrária Argentina (FAA), Eduardo Buzzi. Pressionado pela alta dos custos em meio a uma elevada inflação, e pelos altos impostos,o setor diz ter sofrido forte queda de rentabilidade, que está longe do auge vivido na década passada, quando se beneficiou da desvalorização do peso e dos altos preços dos grãos. Além disso, a seca devastou vastas áreas da agropecuária este ano e deixou pequenos produtores em situação crítica. “Passado o processo eleitoral, deveremos partir para a ofensiva, para que um governo debilitado, mas que continua com a atitude de surdez, apresente soluções”, acrescentou o líder da federação agrária, que representa pequenos e médios produtores. AFAA é uma das quatro associações de agricultores que mantêm uma relação hostil com a presidente desde 2008, quando a enfrentaram com longos locautes e bloqueios de estradas, o que provocou uma crise no governo e levou Cristina a desistir do aumento de impostos. Buzzi disse que a federação agrária realizará em20denovembroumamanifestação com sindicatos opositores e organizações sociais. As demais associações rurais também alertaram que voltarão a protestar em curto prazo. A Argentina é o maior exportador mundial de óleo e farinha de soja, o terceiro, de milho e um dos principais de trigo e carne bovina. A maior parte dos líderes da agropecuária apoiou candidatos de oposição, tanto de centro – direita como de centro-esquerda. (Jornal Brasil Econômico/SP - 04/11/2013)((Jornal Brasil Econômico/SP - 04/11/2013))

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Mais Terneiros não sai do papel

Não evoluiu no Estado a criação de um programa público de estimulo à produção de terneiros, em alta no mercado. No último ano, a Secretaria da Agricultura conversou com núcleos de criadores e fez um e...((Jornal Correio do Povo/RS – 04/11/2013))


Não evoluiu no Estado a criação de um programa público de estimulo à produção de terneiros, em alta no mercado. No último ano, a Secretaria da Agricultura conversou com núcleos de criadores e fez um esboço, mas o processo parou. O grupo de debate não se reúne desde o primeiro semestre. Batizado de “Mais Terneiros”, o projeto caiu na lista de prioridades. “A ideia é dar sequência ao assunto, mas ficamos no campo das ideias, esperando avançar o Instituto da Carne para interface. Definimos como prioridade o projeto de identificação do rebanho”, explica Ana Suñe, coordenadora da Câmara Setorial da Carne Bovina. Pelos planos, haverá uma linha de crédito para elevar a taxa de desmame, cuja média gira ao redor de 40%. A tomada do recurso seria mediante projeto técnico, tendo como contrapartida a determinação de um prazo para isso. Hoje, são registrados 2,5 milhões de terneiros nascidos ao ano. Conforme Ana, mesmo com avanço da agricultura, o volume oscila pouco já que a soja marcha em áreas de terminação e não de cria, onde predominam pequenos e médios produtores. Dados da Emater indicam que 40% dos terneiros de corte vêm de 60 mil propriedades familiares com até 300 hectares, onde a taxa média de nascimento é baixa, de 50%. De acordo com o agrônomo do escritório regional da Emater em Bagé Cláudio Ribeiro com troca de manejo já seria possível elevar a produção. Para ele, o avanço não depende de crédito, mas de assistência técnica específica. E defende: antes disso é preciso reconhecer este público e ajudá-lo a planejar a comercialização. Parte desse trabalho é desenvolvido com verba do Feaper e RS Biodiversidade há dois anos. “Estamos com 80 unidades desenvolvendo manejo que potencializa a produção.” (Jornal Correio do Povo/RS – 04/11/2013)((Jornal Correio do Povo/RS – 04/11/2013))

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Oferta de boi avança, mas preços aumentam

O mercado atacadista brasileiro de carne bovina se recuperou, depois de sucessivas desvalorizações. O reajuste médio nos últimos sete dias foi 0,7%. A alta foi puxada pelos cortes de traseiro, 1,6% ma...((Jornal DCI/SP – 04/11/2013))


O mercado atacadista brasileiro de carne bovina se recuperou, depois de sucessivas desvalorizações. O reajuste médio nos últimos sete dias foi 0,7%. A alta foi puxada pelos cortes de traseiro, 1,6% mais caros na semana. Isso demonstra que o varejo se prepara para o período de vendas melhores típico de início de mês, o que aumenta a demanda no atacado. A expectativa é de que, além do início de mês, o comportamento sazonal de fim de ano, com contratações temporárias, décimo terceiro salário e bonificações, aqueça ainda mais as vendas nos dois últimos meses do ano. Apesar da margem da indústria que desossa estar em 24,0%, três pontos percentuais abaixo do resultado do mesmo período de 2012, a carne sem osso é vendida por um valor médio 7,0% maior. Aliás, em quase todos os meses a carne bovina ficou mais cara que em 2012. Na média do ano, até o momento, os cortes foram entregues ao varejo por um valor 1,0% acima do observado no ano passado. (Jornal DCI/SP – 04/11/2013)((Jornal DCI/SP – 04/11/2013))

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Preço da arroba do boi fecha outubro em alta

preço do boi gordo fechou o mês de outubro com desempenho positivo, comparado ao mês de setembro. Apesar das quedas registradas ao longo do mês, o valor da arroba em Mato Grosso do Sul ficou perto da ...((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS – 04/11/2013))


preço do boi gordo fechou o mês de outubro com desempenho positivo, comparado ao mês de setembro. Apesar das quedas registradas ao longo do mês, o valor da arroba em Mato Grosso do Sul ficou perto da casa dos R$ 103, conforme análise feita pela assessora técnica da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Adriana Mascarenhas. De acordo com o informativo Casa Rural, elaborado pela Unidade Técnica da Famasul, o valor da arroba do boi no Estado caiu de R$ 102,91 para R$ 102,71, entretanto, a tendência de valorização se manteve. A projeção apontou para variação de 2,6% acima da média anotada em setembro, de R$ 100,43 a arroba. O valor atual do boi é 7,8% maior que a cotação do mesmo período do ano passado, quando valia R$ 95,22 a arroba. “As escalas dos frigoríficos apresentam deficit novamente e a oferta disponível de animais prontos para abate volta a apresentar sinais de escassez, com isso não há espaço para cenário baixista”. O informativo também confirmou a redução na oferta de boi gordo. Segundo a SFA/MS (Superintendência Federal de Agricultura), entre agosto e setembro deste ano, o volume abatido no Estado caiu 11%, saindo de 316 para 285 mil unidades. Em contrapartida, no acumulado do ano, os abates somaram 2,9 milhões, 4,4% a mais que as 2,8 milhões de cabeças abatidas entre janeiro e setembro de 2012. Demanda externa maior por carne do Estado contribuiu para preços A demanda anotada no mercado externo em setembro contribuiu para a oferta reduzida e a pressão para a alta dos preções. As exportações sul-mato-grossenses de carne bovina in natura, em setembro de 2013, apresentaram uma valorização de 7,3% em relação ao mês anterior, impulsionada principalmente pelo aumento nas compras por parte da Rússia, que cresceram 32% em volume, totalizando 5,4 mil toneladas. De acordo com a publicação, o país é o principal importador do produto no Estado, responsável por 35% do total exportado no mês de setembro. Em seguida, na lista de compradores internacionais aparecem Hong Kong, Venezuela, Chile e Egito. (Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS – 04/11/2013)((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS – 04/11/2013))

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Técnicos recebem treinamento para atuar na fronteira

A segunda etapa da campanha de vacinação de imunização do rebanho de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa começou na última sexta-feira (01) trazendo uma preocupação a mais aos pecuaristas, está ...((Jornal A Gazeta/MT – 04/11/2013))


A segunda etapa da campanha de vacinação de imunização do rebanho de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa começou na última sexta-feira (01) trazendo uma preocupação a mais aos pecuaristas, está custando mais caro. Houve um aumento entre 30% e 40%, com dose sendo comercializada entre R$ 1,55 a R$ 1,60 em Mato Grosso. Sendo que no mês de maio, durante a primeira etapa, este valor variava entre R$ 1,05 e R$ 1,20. O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, diz não saber explicar o motivo deste aumento, tampouco as indústrias informaram o motivo. A segunda etapa da vacinação no Estado vai de 1º ao dia 30 de novembro e compreende todo rebanho, de mamando a caducando. Já na região do Pantanal Mato-grossense a imunização poderá ser feita até o dia 10 de dezembro. Segundo Vacari, apesar da alta nos preço, os produtores devem manter seu compromisso com a sanidade animal, não deixando de vacinar seus animais. Segundo números da Acrimat, ao todo o desembolso dos pecuaristas deve chegar a R$ 45 milhões, somando os custos do manejo do rebanho, uma vez que neste período de chuvas a condução do gado é mais difícil e pode ocasionar perdas de pesos ou até alguns imprevistos como pequenos acidentes, e os custos com mão-de-obra. O superintendente da Acrimat explica ainda que os gastos com a vacinação não deixa de ser um investimento do produtor para a manutenção do status sanitário. Os técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) se prepararam para mais um etapa de vacinação, passando por uma capacitação para iniciar a vacinação assistida na região de fronteira com a Bolívia, uma faixa de 15 quilômetros no lado brasileiro. De acordo com João Marcelo Brandini, da coordenação de controle das doenças animais do Indea, o treinamento consiste em estudar estratégias de como a ação deverá ser executada, os procedimentos, apresentação dos dados das etapas passadas e os redirecionamentos para que se tenha maior sucesso nesta etapa. Entre o fim do treinamento e o dia 31 de outubro, as propriedades que fazem fronteira com o país vizinho foram notificadas sobre a vacinação assistida para que a ação seja agendada. Esse tipo de imunização é realizada na fronteira desde 2007. A faixa de 15 km abrange os municípios de Cáceres, Porto Esperidião, Vila Bela da Santíssima Trindade e uma parte de Pontes e Lacerda. Nessa área, são cerca de 800 propriedades com 500 mil bovinos. Para isso, o instituto monta 21 equipes com 43 servidores. Quem não vacinar será multado em 2,25 Unidades de Padrão Fiscal (UPF) por cabeça, o que representa R$ 230,2. A comunicação ao Indea-MT deve ser feita até o dia 10 de novembro. Quem vacinar, mas não comunicar ao instituto até o prazo estabelecido vai receber uma suspensão e ficará impedido de realizar qualquer movimentação de animais por um período de 30 dias. Pelo telefone 0800-65-3015 é possível fazer denúncias de suspeitas de não vacinação ou de enfermidades que atacam a sanidade animal. Não é necessário se identificar. (Jornal A Gazeta/MT – 04/11/2013)((Jornal A Gazeta/MT – 04/11/2013))

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Trovador fatura R$ 927 mil

O leilão da Cabanha Trovador, em Santana do Livramento, faturou R$ 927 mil, na sexta-feira à noite. Marcado pela liquidez total, o remate comercializou os 47 lotes da raça Crioula pela média de R$ 19,...((Jornal Correio do Povo/RS – 04/11/2013))


O leilão da Cabanha Trovador, em Santana do Livramento, faturou R$ 927 mil, na sexta-feira à noite. Marcado pela liquidez total, o remate comercializou os 47 lotes da raça Crioula pela média de R$ 19,72 mil. O cavalo Bagunceiro 24 da Trovador teve a venda de uma cota de direito de uso de seis coberturas por R$ 85 mil. (Jornal Correio do Povo/RS – 04/11/2013)((Jornal Correio do Povo/RS – 04/11/2013))

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Vendas em alta na Santo Ângelo

Num dia em que caiu mais de 100 milímetros de chuva em Barra do Quaraí, a média de precipitação do mês inteiro, o 57° Remate Anual da Cabanha Santo Ângelo, no sábado, demonstrou seu vigor. Com casa ch...((Jornal Correio do Povo/RS – 04/11/2013))


Num dia em que caiu mais de 100 milímetros de chuva em Barra do Quaraí, a média de precipitação do mês inteiro, o 57° Remate Anual da Cabanha Santo Ângelo, no sábado, demonstrou seu vigor. Com casa cheia, o leilão atingiu o faturamento de R$ 1.706.950,00 para a oferta de 401 animais e comercialização de 366. A cifra superou a de 2012, de R$ 1,412 milhão, em 20,8%, que, no entanto, teve 301 exemplares. Participaram ainda como convidadas as cabanhas Santa Ana, São Miguel, Pedro Surreaux, Parayso e Nazareth, que, além do sintético, ofertaram bovinos Angus, Polled Hereford e equinos Crioulos. Entre os reprodutores, a raça que despontou foi a Braford, com média de R$ 8.340,00. Não à toa, o exemplar mais valorizado saiu desse sintético, por R$ 22.500, para 50% do touro de três anos Santa Ana 38 (TAT 0163). O vendedor Miguel Augusto Barbará diz que é um macho de geração avançada. “É rústico, mas ao mesmo tempo de ponta, filho de Pampiano 38-1544 (Guri).” O comprador, Rubens Alberto Kowalski, da Fazenda Santo da Briolândia, de Hortigueira (PR), o colocará na C.O.R.T Genética, de Uruguaiana, para a coleta de sêmen. O reprodutor será lançado nesta safra com produção de 6 mil doses ao mês, o triplo da normalidade. Os touros Polled Hereford e Angus também foram disputados, mas fecharam com médias de mercado, de R$ 6.085,71 e R$ 6.562,50, respectivamente. Entre as fêmeas, as mais procuradas foram as Braford, com média de R$ 3.334,00. Maior comprador em volume, José Hamilton Moss Filho, da Fazenda Vaca Branca, de Guarapuava (PR), viajou mais de milquilômetros com um objetivo certeiro: comprar ventres. Adquiriu 63 fêmeas sintéticas por mais de R$ 200 mil. “A minha estação de monta está terminando e, por isso, não posso levar vacas vazias”, diz o pecuarista que faz ciclo completo e, produzindo genética, abastece criadores da sua região. Esta foi a sua terceira compra na Santo Ângelo. Em valor, o maior investidor foi Sormani Souto, de Alegrete, que desembolsou R$ 237.500,00. Sendo um leilão longo e de muita oferta, os Crioulos foram penalizados por uma já reduzida audiência. De 31 éguas, somente 17 foram vendidas. Mesmo assim, Jorge Martins Bastos, proprietário da Santo Ângelo, se deu por satisfeito. “Apesar do clima, tivemos boa procura por touros e fêmeas Braford e médias acima das do ano passado.” (Jornal Correio do Povo/RS – 04/11/2013)((Jornal Correio do Povo/RS – 04/11/2013))

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Bahia inicia segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa

Até o próximo dia 31 de novembro toda a Bahia vacina contra a febre aftosa os bovinos e bubalinos com idade até 24 meses. Nesta segunda etapa de vacinação, a redução da faixa etária vacinal vale també...((Jornal A Tarde/BA – 04/11/2013))


Até o próximo dia 31 de novembro toda a Bahia vacina contra a febre aftosa os bovinos e bubalinos com idade até 24 meses. Nesta segunda etapa de vacinação, a redução da faixa etária vacinal vale também para a Zona de Proteção. O parecer favorável do Ministério da Agricultura, divulgado no dia 23 de outubro deste ano, igualou os municípios de Casa Nova, Remanso, Pilão Arcado, Campo Alegre de Lourdes, Mansidão, Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia e Buritirama ao restante do Estado na estratégia de imunização. Cerca de 270 mil pecuaristas serão atendidos. Sete milhões de cabeças entre bovinos e bubalinos, com idade superior a 24 meses, ficarão isentos de serem vacinados. Essa quantidade representa uma redução direta da ordem de R$ 13,5 milhões para os criadores nos custos da produção da pecuária baiana. A Zona de Proteção agregou a estes números cerca de 10 mil criadores que antes vacinavam todas as 330 mil cabeças jovens e adultas para manter o rebanho livre da doença, já que, os municípios fazem divisa com Estados antes caracterizados com status sanitário de médio risco, agora, com reconhecimento nacional para livre de febre aftosa com vacinação. Ganhos de todos Na avaliação do secretário de Agricultura, Eduardo Salles, o maior benefício de todo esse trabalho é tornar efetivamente igualitário o negócio pecuário, oferecendo as mesmas condições para os criadores de todo o território baiano e demonstrando que, quando há integração entre governo e setor produtivo, os ganhos são de todos. A Bahia é detentora do maior rebanho bovino da região Nordeste, com11.173.003 de cabeças existentes no território baiano, e tem apresentado, nos últimos anos, uma estabilidade sanitária referenciada nacionalmente. O presidente da Federação da Agricultura (Faeb), JoãoMartins, diz que, mesmo diante da forte seca que se iniciou em 2011, a Seagri/Adab desenvolveu medidas que mantiveram o índice vacinal acima de 90%. “Temos que continuar unindo esforços e compartilhando responsabilidades para não comprometer o patrimônio da pecuária do Estado”, diz. “Vamos demonstrar que o nosso produtor compartilha esta responsabilidade com o Estado”. (Jornal A Tarde/BA – 04/11/2013)((Jornal A Tarde/BA – 04/11/2013))

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Bataguassu (MS) recebe o maior concurso de carcaças Angus já realizado no País

I Concurso de Carcaças Angus – O Show da Qualidade Não Pára supera expectativas em expõe o potencial da raça no Estado. Associação Brasileira de Angus realizou na última quinta-feira (31/10), em Batag...((Portal do Agronegócio/MG – 01/11/2013) (Portal SBA/SP – 01/11/2013) (Portal Página Rural/RS – 01/11/2013))


I Concurso de Carcaças Angus – O Show da Qualidade Não Pára supera expectativas em expõe o potencial da raça no Estado. Associação Brasileira de Angus realizou na última quinta-feira (31/10), em Bataguassu (MS), o maior abate técnico da raça já conduzido no País. O 1° Concurso de Carcaças Angus MS – O Show da Qualidade Não Pára reuniu na unidade do frigorífico Marfrig mais de 700 animais, de 17 criadores da região. Os números mostram que o concu rso, que já se tornou tradicional na região Sul (este ano a cidade de Alegrete (RS) recebeu a oitava edição do abate), chegou ao Brasil central com toda força. “Iniciar um evento como este como tal volume, demonstra o tamanho do potencial da raça Angus no Brasil central”, afirma o Gerente Nacional de Fomento do Marfrig, Gustavo Martini. O destaque do evento, porém, não se restringiu ao grande volume de animais inscritos. A qualidade dos lotes que passaram pela planta de abate também foi destacada pelos jurados da prova. “Os animais machos que vimos aqui apresentaram excelente padrão racial e de terminação de carcaça. São muito superiores aos padrões que costumamos ver o dia a dia”, avalia o supervisor da Angus para os Estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, Diegho Henrique Biondo Ribeiro. As características do lote Grande Campeão entre os machos, inscrito pela Agropecuária Maragogipe, confirmam o que diz o jurado. O grupo de animais superprecoces, com idade variando entre 12 e 14 meses, registrou média de peso de 363 quilos de carcaça(muito acima da apresentada pelos demais), e acabamento de gordura uniforme (padrão desejado pela indústria frigorífica). O diretor-executivo da empresa, Wilson Brochmann comemorou muito o resultado. Emocionado, ele agradeceu à equipe da fazenda, em especial ao capataz José Hamilton de Souza Filho (o Neno), responsável pela seleção e manejo dos animais do lote. Rede de informações - Além de salientar o potencial que os animais obtidos através de cruza da raça têm em obter peso de adulto com apenas um ano de idade, Brochmann destacou a importância do concurso na medida em que promove o encontro de produtores para a troca de experiências. “Trata-se de um passo impo rtante. O início de uma tradição que vai permitir a trocar de informações cada vez maior, o que é importante para a melhoria da carne produzida na região”, diz. O mesmo salienta Martini, do Marfrig, que reitera a importância do concurso na medida em que cria uma rede de troca de informações entre os pecuaristas da região e também permite que a indústria sinalize para esses produtores quais padrões de carcaças o mercado procura. O gerente do Programa Carne Angus Certificada, Fábio Medeiros, faz coro ambos e adiciona o fato de que os resultados obtidos no concurso mostram para todos os produtores até onde eles podem chegar e o que têm de fazer para atingir os mesmo resultados. “O concurso aponta em quem a produção tem de se espelhar para melhorar seus resultados e entregar o que o program a preconiza, que é a carne de alta qualidade”, diz. Paradigma – “Os produtores de Mato Grosso do Sul mostram para o mercado a sua capacidade de produzir e terminar animais de alta qualidade, algo que no Estado é considerado um problema. Ou seja, temos aí a sinalização de que pode haver uma quebra de paradigma”, afirma o supervisor técnico do programa de fomento Angus do Marfrig, Tito Rubens Mondadori. O supervisor da Angus para os Estados de Mato Grosso e Goiás, Maychel Carvalho Borges, que também julgou as carcaças do concurso, afirma o mesmo. “Vimos no concurso lotes terminados a pasto com qualidade similar ou superior à de animais confinados. Foi um bom comparativo, que mostra o também potencial dos animais meio sangue terminados a campo”. Além da Agropecuária Maragogipe, que teve o lote Grande Campeão entre os machos e reservado de campeão entre as fêmeas, foram vencedores do concurso também a Ventura S/A (Grande Campeã Fêmea) e Nelson Krause (Reservado de Campeão Machos). (Portal do Agronegócio/MG – 01/11/2013) (Portal SBA/SP – 01/11/2013) (Portal Página Rural/RS – 01/11/2013)((Portal do Agronegócio/MG – 01/11/2013) (Portal SBA/SP – 01/11/2013) (Portal Página Rural/RS – 01/11/2013))

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PR: mais de 250 pessoas participaram da 1ª Semana no Paraná Hereford e Braford

Criada pela Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) com o intuito de fomentar o uso da genética Hereford e Braford para a obtenção de melhores resultados na pecuária de corte no estado e ap...((Página Rural/RS – 01/11/2013))


Criada pela Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) com o intuito de fomentar o uso da genética Hereford e Braford para a obtenção de melhores resultados na pecuária de corte no estado e apresentar o Programa Carne Pampa, a Semana no Paraná Hereford e Braford contou com palestras e visitação a criatórios nos municípios de Pato Branco, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão e Mangueirinha, somando mais de 250 participantes, entre produtores, estudantes, pesquisadores, técnicos e investidores. O Programa de certificação oficial da ABHB foi apresentado pelo superintendente da ABHB e gerente do Programa, Alfredo Drissen, que apresentou o programa e as vantagens para produtores e consumidores, como as bonificações de até 10% e a qualidade do produto. Sobre as vantagens do uso da genética HB para o avanço da eficiência pecuária, o palestrante foi Diego Kasali, gerente de Fomento da ABHB. Para Drissen, a semana foi um grande sucesso e alcançou os objetivos que foram propostos no planejamento da ação. “Contamos com um grande número de participantes em todas as cidades e isso mostra o crescimento das raças Hereford e Braford no Paraná.” apontou. As raças HB passam por um momento de expansão no Paraná. Em 2012 foi criado o Núcleo Paranaense de Hereford e Braford, para representar os criadores do estado, e em 2013 a ABHB realizou as primeiras exposições ranqueadas no estado, durante a Expolondrina, em abril, e Efapi (Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Ponta Grossa), em junho. A semana contou com o apoio do Núcleo Paranaense de Hereford e Braford, através do presidente José Hamilton Moss; do inspetor técnico credenciado na ABHB, Sidney da Rosa, que assessora criadores da região, e do escritório Pampa Remates. (Página Rural/RS – 01/11/2013)((Página Rural/RS – 01/11/2013))

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RS: associativismo fortalece produtores de leite de Mato Queimado

Os produtores de leite de Mato Queimado estão colhendo os frutos da união de esforços e de resgate dos valores do Associativismo. Implantada há três anos, a Associação de Produtores de Leite do municí...((Página Rural/RS – 01/11/2013))


Os produtores de leite de Mato Queimado estão colhendo os frutos da união de esforços e de resgate dos valores do Associativismo. Implantada há três anos, a Associação de Produtores de Leite do município conta, em seu quadro de associados, com mais de 80% das famílias ligadas à atividade leiteira. Nos últimos anos, os produtores enfrentavam dificuldades especialmente no que diz respeito à qualidade do leite e à aquisição de insumos e materiais. O alto custo da produção, comparado ao baixo preço recebido pelo produtor, fez com que os próprios agricultores buscassem outras formas de incentivo. A Associação de Produtores de Leite de Mato Queimado (Aplemaq), entidade sem fins lucrativos, tem a finalidade de defender os interesses dos associados em todos os assuntos relativos à produção leiteira. Melhoramento genético, capacitações, qualidade de vida e menor custo de produção estão entre eles. Para tanto, a Associação conta com diferentes parceiros, entre eles, Emater/RS-Ascar, Prefeitura de Mato Queimado e Conselho de Desenvolvimento Rural. Organizar-se em grupo resgata valores do trabalho conjunto e da solidariedade, além de gerar resultados mais consistentes. O produtor Luís Antônio Angst comemora a possibilidade de unir esforços e objetivos. “O ponto principal da Associação é que se está resgatando a importância da parceria. É muito bonito ver as pessoas emprestando materiais, novamente ajudando um ao outro, ensinamentos que vem de nossos pais”, lembra. Diante dos resultados que estão sendo obtidos desde o início de 2010, o extensionista da Emater/RS-Ascar, Elói Vogt, observa que “percebe-se melhoria da autoestima dos produtores, passou-se a ver os vizinhos e aos de mais como parceiros. Ainda há um maior envolvimento com capacitação, os agricultores estão se qualificando cada vez mais na área de leite, além de aproveitar as possibilidades como de compra conjunta e melhoramento genético”. O jovem casal Darlan Mombach e Maiguele Schneider não teve dúvidas ao escolher o meio rural. A geração de renda e a formação da família foram alicerçadas na atividade leiteira. A possibilidade de contar com uma associação reforça que a escolha foi acertada. “A Associação é o meio mais fácil de obter conhecimento. Até em termos financeiros ajuda, porque por meio da compra conjunta é possível diminuir os custos e sobra mais na renda”, afirma Darlan, que é o atual presidente da Associação. Com as perspectivas de geração de renda, capacitação, esforços conjuntos, melhoramento do plantel e qualidade de vida, o meio rural torna-se um interessante modo de vida. “Na propriedade, a gente pode ser dono do próprio negócio. Desde que tinha dois, três meses, nosso filho ficava na sala de ordenha conosco. Até no caso dos brinquedos, sempre gostou da vaquinha e do terneirinho. Assim, ele já vai se acostumando e gostando também”, comenta Maiguele. Ao lado do filho de um ano, Darlan completa: “é o sonho de toda família que o filho permaneça na propriedade. Para isso tem vários incentivos do Governo. Tem tudo para ele ficar na propriedade e investir”. (Página Rural/RS – 01/11/2013)((Página Rural/RS – 01/11/2013))

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PR: Simlandês, surge uma nova raça leiteira no Brasi

No contexto da pecuária leiteira, há quatro fontes de renda em potencial: vendas de leite, de novilhas, de bezerros e de fêmeas selecionadas. Os produtores brasileiros estão ávidos por melhorar o dese...((Página Rural/RS – 01/11/2013))


No contexto da pecuária leiteira, há quatro fontes de renda em potencial: vendas de leite, de novilhas, de bezerros e de fêmeas selecionadas. Os produtores brasileiros estão ávidos por melhorar o desempenho de seus rebanhos de olho nessas oportunidades de negócio. E para isso precisam de boa produção, úberes sadios e volumosos, baixa contagem de células somáticas e longevidade. Essa exigência mercadológica tem levado criadores e pesquisadores a desenvolver cruzamentos que promovam produtividade em todos esses quesitos. Nos últimos tempos, os produtores de leite têm investido na hibridação de raças europeias com zebuínas (como é o caso do Girolando), mas parece que o cenário deve mudar. Cruzamentos genéticos desenvolvidos nos últimos oito anos por produtores do Paraná ligados ao Pool ABC (Arapoti/Batavo e Castrolanda) – entidade que integra um seleto grupo de cooperativas de sucesso do país formado por 754 sócios – vem aprimorando uma nova raça híbrida com alto potencial econômico. O Simlandês, formado a partir da combinação de genes de animais das raças Simental e Holandês, foi apresentado oficialmente em agosto durante a Agroleite (Castro/PR), umas das principais feiras da pecuária leiteira. Oficialmente o Simlandês surge na capital brasileira do leite, em Castro, mas há mais de 30 anos são realizadas experiências em cruzar as raças Simental e Holandesa, em particular no interior do estado de São Paulo, obtendo animais resultantes do cruzamento absorvente entre estas duas raças. Hoje, porém, o projeto evoluiu para um trabalho totalmente dirigido com o propósito de formar a nova raça. A prática deste cruzamento (Simental x Holandesa) já é comum na Europa há quase quarenta anos e promete ser a alternativa mais consistente tanto para pequenos e médios produtores de leite como para grandes produções, inclusive aquelas que enfrentam problemas com o índice reprodutivo de seu rebanho. O cruzamento industrial da raça Holandesa com a Simental de dupla aptidão, cuja linhagem selecionada para a produção leiteira é chamada de Fleckvieh, resultou no Simlandês, animal 3/8 holandês e 5/8 Simental. Experimento nacional Testes realizados em duas propriedades com controle de produção em animais em lactação demonstraram que as características da raça Simental em qualidade de leite são passadas com grande intensidade para as fêmeas F1 (vacas resultantes do cruzamento entre raças puras). As vacas em lactação mostraram excelentes porcentagens nos indicadores zootécnicos de efeito econômico: em média, o leite produzido obteve 3,98% de gordura, 3,45% de proteína e a lactose sempre acima da casa dos 4% com contagem de células somáticas (CCS) muito baixas, isto são 65 CCS, indicando uma excelente sanidade de úberes. A média da Cooperativa está próxima de 450 CCS. “Isto indica que o leite da vaca Simlandês não perde em nada para a vaca Simental pura, e com produção média na primeira cria em torno de 35 litros/dia”, explica Luiz Geraldo Barreto Almeida, coordenador da Agroleite e um dos pesquisadores da nova raça. A vaca F1 mais velha na região de Carambeí pertencente ao criador Alberto Reinaldo Los, Tieta Von Morello de sete anos de idade, está na quinta cria com o menor intervalo entre partos de 345 dias. “Isto mostra uma fertilidade muito boa, vaca esta que teve seu pico de lactação com 70 quilos de leite/dia”, completa. No rebanho de Alberto Reinaldo Los (Fazenda Bela Vista, Carambeí/PR) existem dezenas de vacas na mesma condição, sendo mais de 30% do rebanho composto por animais Simlandês, mesmo ele sendo tradicional criador de vacas Holandesas. O exemplo de Los tem sido utilizado para fomentar o Simlandês, já que ele pretende transformar toda a base de seu rebanho na nova raça, mantendo um plantel de exemplares holandês puro para produção e cruzamento. Fleckvieh na Áustria Mestiços Fleckvieh x Holandês são ordenhados na Áustria, República Checa, Eslováquia, França, Alemanha, Turquia, Itália, Holanda, Canadá, Colômbia, Costa Rica, EUA e no Reino Unido e em toda parte o mesmo cenário: vacas produtivas fortes e duradouras que são rentáveis para os seus proprietários. Em média, a raça Holandesa pode produzir mais leite do que o Simental Fleckvieh. No entanto, este leite é produzido a um custo maior, o que impulsiona a hibridação e o conceito do Simlandês para o mercado, segundo seus idealizadores. Pesquisas feitas na Europa mostraram que a raça Holandesa vem exibindo aumento na endogamia e isso está reduzindo o desempenho reprodutivo. Na Áustria, vacas Simental Fleckvieh precisam de cerca de 15% menos palhetas de sêmen para emprenhar como resultado de uma melhor fertilidade. O Simental também apresenta baixo índice de mastite, custando menos em tratamentos, com menos leite jogado fora e com a consequente perda na produção. Na experiência austríaca, o Fleckvieh apresentou 30% menos CCS que as fêmeas Holandesas. Outro aspecto apontado é que as vacas Fleckvieh, em média, vivem mais do que as Holandesas, cerca de meio bezerro a mais por tempo de vida; em 2.000 vacas, isso é um monte de bezerros extra. O fato é que o cruzamento entre as duas raças proporciona inúmeros benefícios para o rebanho como melhoria da fertilidade das fêmeas, diminuição de problemas de parto, aumento da fertilidade do sêmen e redução intervalo entre partos. O Simlandês apresenta ainda elevados percentuais de gordura e proteína, maior longevidade e produção de vacas resistentes e fáceis de manutenção e a redução de custos veterinários. Outras vantagens são: a qualidade de úbere, os baixos índices de células somáticas, excelente persistência de lactação, boa produção em sistemas de pasto natural e mais valor comercial na venda da carcaça. Alternativa competitiva Aqui no Brasil a diferença é que o Simental já está adaptado ao clima tropical e conquistou seu espaço como uma alternativa competitiva aos cruzamentos hoje feitos com raças zebuínas. “O Simlandês torna-se uma excelente alternativa para a pecuária leiteira brasileira em função do alto teor de sólidos e baixa contagem de células somáticas (CCS), pois com o pagamento por qualidade de leite, estes fatores rendem ao produtor hoje, um acréscimo em torno de R$ 0,06 por litro de leite pago pelo laticínio”, lembra Alan Fraga, criador e presidente da Associação Brasileira de Criadores das Raças Simental e Simbrasil - Abcrss. O pagamento por sólidos totais (% na forma de proteínas, lactose, gordura, sais minerais e outros componentes de menor presença no leite) é a chave para o Brasil se tornar grande exportador de lácteos, caminho que seguiram a Nova Zelândia e Austrália, para se consolidarem no mercado mundial. “Mesmo tendo somente 30% do leite de vacas Simlandês na Fazenda Bela Vista, o produtor já obteve um aumento significativo no volume total de sólidos produzidos em função dos altos teores do leite destas vacas”. As vacas Simlandês também provaram ter maior longevidade do que a média de vida útil de uma Holandesa HPB: enquanto estas chegam ao máximo próximo dos cinco anos, existem casos comprovados de vacas na Áustria com mais de 15 anos e produzindo. As vacas Simlandês descartadas do rebanho também estão gerando uma renda superior. “A fêmea Simlandês de descarte rende em média 25 arrobas (algo como 375 quilos de carne), que a preços de hoje dá algo próximo de R$ 2.000,00 enquanto uma Holandesa HPB (em lactação) no descarte rende R$ 400,00 no máximo”, aponta Almeida. Mesmo após a lactação as fêmeas mantêm o escore corporal e vão para o frigorífico bem terminadas. Outro fator que faz a diferença é o aproveitamento dos machos F1, que são criados confinados alcançando 500 kg de peso vivo aos 13 meses, dando aos produtores uma renda extra. Bezerros podem ser terminados em confinamento a base de silagem de milho como volumoso e concentrado. Em 18 meses, chegam a pesar entre 18 e 20@ e estão prontos para o abate, com rendimento de carcaça entre 54% e 58% no frigorífico. O bezerro holandês, por exemplo, é vendido na região de Castro/PR ao nascer por R$ 10,00 sem aproveitamento nenhum. Crescimento da raça Para Alan Fraga, presidente da ABCRSS, a expansão e consolidação da nova raça estão baseadas na enorme necessidade que os produtores têm em aumentar seus rebanhos com mais velocidade e qualidade. Segundo Fraga existe uma escassez de novilhas puras no mercado e também há uma dificuldade natural na reprodução dessas fêmeas, fato que impulsiona os criadores a focarem nos cruzados. Almeida já faz suas projeções: “o Simlandês vai ocupar seu devido espaço pelo Brasil principalmente por conta da condição dos pequenos e médios produtores. É preciso corrigir características do rebanho, como habilidade reprodutiva e rusticidade para algumas regiões onde o gado puro não suporta o clima mantendo a produtividade”. Para ele, a bacia leiteira do Paraná, por exemplo, não seria o foco do produto cruzado. “Aqui as propriedades são muito tecnificadas. Mas o rebanho Simlandês vai muito bem onde o produtor tem problema quanto à longevidade produtiva, sanidade e a produção de sólidos no leite. Esta é uma alternativa viável economicamente para atender também o grande produtor”. Os resultados técnicos apresentados durante a Agroleite 2013 vão reforçar o pedido de registro da raça junto ao Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – encaminhado pela Associação Brasileira de Criadores das Raças Simental e Simbrasil. O processo depende, entretanto, do interesse dos produtores. “É o mesmo procedimento que a associação adotou para o registro do Simbrasil. Vamos acompanhar a evolução e crescimento da população de animais em produção para fazer o pedido do registro do Simlandês como raça”, conclui. (Página Rural/RS – 01/11/2013)((Página Rural/RS – 01/11/2013))

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