Notícias do Agronegócio - boletim Nº 442 - 12/08/2015 Voltar

MT: Pmgz é destaque na Acrivale Genética

A ABCZ está participando da Acrivale Genética com a exposição dos animais de 8 selecionadores da região de Juara/MT , a apresentação em palestra do técnico Fábio Eduardo Pereira, coordenador do Pmgz n...((Portal Página Rural/RS – 11/08/2015))


A ABCZ está participando da Acrivale Genética com a exposição dos animais de 8 selecionadores da região de Juara/MT , a apresentação em palestra do técnico Fábio Eduardo Pereira, coordenador do Pmgz no Estado Mato Grosso e o atendimento direto ao público dos técnicos Pablo Fabrício Bruno Pinto e Feliciano Benedetti de Freitas. A 1ª Acrivale Genética acontece dentro no 23ª Expovale. A diretoria da Associação dos Criadores do Vale do Arinos (Acrivale) seguiu os passos de outras mostras agropecuárias ao valorizar os trabalhos de melhoramento genético e estimular o uso mais intensivo de animais melhoradores no rebanho do município de Juara que é conhecida na Região Norte, como “A capital do boi”. Os organizadores construíram pavilhões e baias específicas para a exibição de reprodutores que são líderes de sumários e pertencem a criatórios locais. No espaço também ficarão expostas as progênies dos animais melhoradores para que os visitantes possam constatar os resultados do trabalho de seleção de animais por critérios zootécnicos ao observar a qualidade da produção deles. Os parceiros, empresas expositoras e as fazendas ocuparam 20 estandes comerciais para receber os visitantes e promover a interação entre criadores, técnicos e pessoas interessadas neste segmento da bovinocultura. Para Jueine Paulo Mota, presidente da Associação dos Criadores do Vale do Arinos (Acrivale) o evento do dia 11/08 é o grande destaque da 23ª Expovale. “A Acrivale Genética foi contemplada com um dia inteiro de atividades no Tatersal de Leilões, além da visita guiada aos pavilhões. Esse momento voltado aos programas de melhoramento, que destacaram grandes especialistas para essa missão é inédito”, disse. (Portal Página Rural/RS – 11/08/2015)((Portal Página Rural/RS – 11/08/2015))

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Genética e Lucratividade serão temas do Congresso das Raças Zebuínas na ExpoGenética

Uma fazenda em Barra do Garças (MT), que investe em ciclo completo, tem margem de R$ 1.926,00 por hectare. Outra, na mesma região, tem lucro de apenas R$ 32,42 por hectare. Qual a diferença entre eles...((Portal SBA/SP – 11/08/2015))


Uma fazenda em Barra do Garças (MT), que investe em ciclo completo, tem margem de R$ 1.926,00 por hectare. Outra, na mesma região, tem lucro de apenas R$ 32,42 por hectare. Qual a diferença entre eles? Por que um projeto tem resultado econômico tão superior ao outro? A resposta é o uso de genética. Essa é uma das conclusões de inédito estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, realizado a pedido da ABCZ que comparou os resultados obtidos por propriedades que têm rebanhos (bovino de corte ou de leite) com genética zebuína provada e outras consideradas típicas (ou modais). Segundo Sergio De Zen, professor da Esalq/USP e pesquisador do Cepea e responsável pelo trabalho, “a pesquisa comprovou o ganho de produtividade da fazenda como um todo, o que é especialmente importante no contexto de valorização da terra e de necessidade de melhor aproveitamento de todos os recursos naturais”. De Zen detalhará a contribuição da genética zebuína na pecuária em sua apresentação no 9º Congresso Brasileiro das Raças Zebuínas, no dia 18 de agosto de 2015, a partir das 8h, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). O Congresso ocorrerá simultaneamente à 8ª ExpoGenética e discutirá, entre outros temas, os avanços na pecuária zebuína relacionados a produção, sustentabilidade, genômica e produtividade, entre outros tópicos. “A ExpoGenética e o Congresso Brasileiro das Raças Zebuínas se tornaram referências sobre as novidades e atualizações relacionadas à pecuária zebuína no país. Assim, os dois eventos devem receber produtores, técnicos, especialistas e consultores de todas as regiões e também do exterior, transformando Uberaba, mais uma vez, na capital do zebu mundial”, ressalta Luiz Claudio Paranhos, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), organizadora dos eventos. Faça sua inscrição para o Congresso através do link: http://www.abcz.org.br/Exposicoes?expo=ExpoGenetica (Portal SBA/SP – 11/08/2015)((Portal SBA/SP – 11/08/2015))

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Animais da ExpoGenética começam a chegar no Parque Fernando Costa em Uberaba-MG

Começaram a chegar nesta segunda-feira (10/08), os primeiros animais que serão expostos durante a ExpoGenética 2015, organizada pela ABCZ com o apoio dos principais programas de melhoramento genético ...((Portal SBA/SP – 11/08/2015))


Começaram a chegar nesta segunda-feira (10/08), os primeiros animais que serão expostos durante a ExpoGenética 2015, organizada pela ABCZ com o apoio dos principais programas de melhoramento genético do país. A ExpoGenética acontece pela oitava vez no Parque Fernando Costa, em Uberaba, entre os dias 16 e 23 de agosto. A expectativa é que participem da exposição deste ano entre 600 e 700 exemplares das raças zebuínas. Para participarem da ExpoGenética, os animais devem ter registro genealógico nas categorias PO – Puro de Origem ou LA – Livro Aberto, com idade a partir de 8 (oito) meses na data base do evento e sem idade limite. Os animais de seleção para corte, devem apresentar avaliações genéticas em seus respectivos programas, classificados entre os 20% (vinte por cento) superiores, prevalecendo para essa definição o índice adotado pelo seis programas de melhoramento genético participantes ou serem portadores de CEIP – Certificado Especial de Identificação e Produção. Para os animais de seleção para leite será exigida avaliação genética própria positiva ou média da avaliação genética dos pais positiva, sempre com origem em programas oficiais. Vários criadores participam expondo animais pela primeira vez na ExpoGenética. Este é o caso do criador de nelore José Antonio Cremasco, da Fazenda Santa Izabel, de Jaguariúna/SP. “Visitei a ExpoGenética nos últimos três anos e resolvi participar este ano por incentivo e indicação do técnico Cristiano Perroni. É uma oportunidade para termos uma avaliação do padrão dos nossos animais em comparação com outros criadores”, comenta Cremasco, que participa do PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos) desde 2010. Os animais da ExpoGenética ficam expostos em currais, que já estão montados no interior dos pavilhões do Parque Fernando Costa. Congresso Simultaneamente a ExpoGenética 2015, acontece nos dias 17, 18 e 19 de agosto o 9º Congresso Brasileiro das Raças Zebuínas, cujas inscrições estão abertas e podem ser feitas no site da ABCZ: http://www.abcz.org.br/Eventos/Evento/2347. (Portal SBA/SP – 11/08/2015)((Portal SBA/SP – 11/08/2015))

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Expogenética 2015: Plantel Bacuri aparta nove animais para a maior exposição de genética do Brasil

A feira Expogenética é promovida pela ABCZ em Uberaba/MG e tem como um dos objetivos fomentar o desenvolvimento genético dos plantéis zebuínos do Brasil, por meio de exposição e orientações técnicas-c...((Jornal Dia Dia Online/MS – 11/08/2015))


A feira Expogenética é promovida pela ABCZ em Uberaba/MG e tem como um dos objetivos fomentar o desenvolvimento genético dos plantéis zebuínos do Brasil, por meio de exposição e orientações técnicas-científicas bem como venda de produtos geneticamente superiores no mercado. E, pelo oitavo ano consecutivo, o plantel Bacuri, de Barretos/SP, estará presente nesta importante vitrine genética. Lote Duplo que será ofertado pela Bacuri durante Expogenética O Plantel Bacuri, conduzido pelos pecuaristas Gabriel Seraphico e Maria do Carmo, soma mais de 20 anos de seleção na raça Nelore. Este ano, pelo oitavo ano consecutivo, participará da Expogenética 2015 apresentando nove animais apartados criteriosamente do rebanho, que apresentam índices de avaliações superiores e alinhados ao progresso genético exigido pelo perfil desta exposição. De acordo com Gabriel Seraphico, seis animais estarão expostos em pavilhão e três serão comercializados em dois leilões diferentes. “Apresentaremos os touros mochos Sumé 14, Taiguara 57, Urubatã 44, Urubatá 51 e o jovem touro aspado Xingu 13. Os Urubatãs formam progênie de machos do Quaraça 34. Time de altíssima qualidade”, ele adianta, complementando com os dados genéticos de cada um dos touros apresentados: • Sumé 14 MGT Top 1%, • Taiguara 57 MGT Top 0,1%, • Urubatã 44 MGT Top 0,1%, • Urubatã 51 MGT Top 0,5% • Xingu 13 MGT Top 0,1% Seraphico complementa que o Quaraça 10 será representado por progênie de fêmeas XY3 e XY19 no estande da Alta Genetics. Oportunidade em Leilões Três exemplares da Bacuri serão disponibilizados em dois leilões da Expogenética. Serão eles: Terça-feira, 18/08/15, 20h – no Leilão Virtual Genética Provada, serão ofertadas duas fêmeas padrão prenhes, com excelente avaliação, em um lote duplo: UPYRA 31 DA BACURI – MGLP311, novilha top 8% para MGT, neta do D794 da MN, segue prenhe do Mansur Col, MGT top 1% e XEPÓ 2 DA BACURI, novilha top 6% para MGT, neta do B9707 da MN. Segue prenhe do Rajat da Beabisa, touro filho do Rem Torixoreu, líder absoluto para MGT. Este leilão é organizado pela Central Leilões com transmissão no Canal do Boi. Quarta-feira, 19/08/2015, 20h – no Leilão Noite Nacional Matrizes Colonial, será ofertada uma fêmea nelore padrão, com excelente avaliação, conformação e caracterização racial. Trata-se de UPYRA 38 DA BACURI – MGLP321, uma filha do Hajasthan Col e da Ilha da Bacuri, neta de dois reprodutores muito destacados: Backup e Rambo da MN. Com MGT 16,38, Top 2%, esta matriz apresenta elevadas DEPs reprodutivas e maternais, e também excelentes DEPs para peso e características de carcaça. Segue prenhe do Faluk Col – MGT 16,29, Top 2%, touro líder para precocidade sexual, com previsão de parto 2ª quinzena de agosto de 2015. Este remate será organizado pela Programa Leilões, com transmissão no Canal Rural. Mais informações sobre o plantel Bacuri no site www.bacuri.com.brou por email bacuri@barretos.com.br FONTE: Assessoria de Comunicação Bacuri Luciene Gazeta – Matriz da Comunicação Luciene@matrizdacomunicacao.com.br Fone: (15) 9-9112-0989 (Jornal Dia Dia Online/MS – 11/08/2015)((Jornal Dia Dia Online/MS – 11/08/2015))

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Ônix Agropecuária confirma presença na 8ª edição da ExpoGenética

Entre os dias 16 e 23 de agosto, a Ônix Agropecuária vai participar, pela primeira vez, da ExpoGenética. Organizado pela ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu), a 8ª edição evento vai ocorr...((Revista Mundo do Agronegócio Online/MG – 11/08/2015))


Entre os dias 16 e 23 de agosto, a Ônix Agropecuária vai participar, pela primeira vez, da ExpoGenética. Organizado pela ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu), a 8ª edição evento vai ocorrer em Uberaba (MG). A Ônix irá expor onze animais da raça Nelore no pavilhão 36. São animais entre 12 e 36 meses, com avaliação bem equilibrada – que atende o regulamento da ExpoGenética, que exige animais abaixo de TOP 20%. “Os machos e fêmeas possuem um biótipo que o mercado pede, com muita carcaça e boa estrutura. É uma genética que irá movimentar o rebanho de quem os adquirir”, diz o proprietário da Fazenda, Carlos Mestriner. “Nos últimos dez anos, colocamos todos os nossos esforços e investimentos na busca de um melhoramento genético de excelência. Hoje, nos sentimos preparados para contribuir, de forma significativa e contínua, para o avanço da Pecuária Nacional. A participação da Ônix na ExpoGenética vem consolidar e coroar esses anos de intenso trabalho de uma equipe capacitada e apaixonada pela Raça Nelore”, enfatiza Mestriner. SELEÇÃO A zootecnista Daniele M. Almeida, que presta serviço à Ônix, explica que os animais selecionados para compor o pavilhão da Ônix são os que trazem as principais características do trabalho desenvolvido pela marca. “Eles apresentam excelente genética, são funcionais, com uma carcaça comprida e arqueada, com musculatura evidente, além da caracterização racial. A Ônix apresentará o que tem de melhor em sua produção”, afirma. Dentre os animais expostos pela marca estará o Galantim (parceria Ônix e Bonsucesso) e mais duas de suas progênies. No portfólio da Alta, Galantim da Bonsucesso tem se destacado entre os clientes por apresentar excelentes resultados em IATF. Considerado muito representativo para a evolução do plantel, o reprodutor apresenta bom comprimento corporal, profundidade, musculatura evidente, aprumos, estrutura, pigmentação excelente e muita precocidade sexual. Galantim é Top 0.5% com MGT 17.46, pela ANCP. Um dos destaques do pavilhão da Ônix é o touro Pactual Onix. Touro com muita costela, racial e bonito, ele agrega valor ao plantel de quem compra suas doses. Tem um pedigree diferenciado, pois é filho de Caximbo em vaca Quadril IZ. PNAT A Ônix também irá levar para o PNAT (Programa Nacional de Avaliação de Touros Jovens) o animal de RGD Onix 5068. Ele possui características, como racial definido, bons aprumos e musculatura e precocidade sexual. O Programa seleciona reprodutores zebuínos registrados com idades entre 18 e 30 meses, com exame andrológico positivo para avaliação de suas progênies através do PMGZ. O PNAT tem como diferencial um processo de seleção democrático, que conta com a participação de criadores, técnicos e centrais de inseminação e a distribuição gratuita de sêmen a propriedades cadastradas na ABCZ. (Revista Mundo do Agronegócio Online/MG – 11/08/2015)((Revista Mundo do Agronegócio Online/MG – 11/08/2015))

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Quase 50% das exportações do País vêm do agronegócio

A exportação brasileira do agronegócio em julho foi de US$ 9,1 bilhões, 49,2% das vendas externas do País no mês passado, com um total de US$ 18,526 bilhões. No mês, as importações do setor chegaram a...((Jornal DCI/SP – 12/08/2015))


A exportação brasileira do agronegócio em julho foi de US$ 9,1 bilhões, 49,2% das vendas externas do País no mês passado, com um total de US$ 18,526 bilhões. No mês, as importações do setor chegaram a US$ 1,15 bilhão, ou 7% das compras nacionais no período, em um total de US$ 16,147 bilhões. Os dados indicam que o saldo do agronegócio alcançou US$ 7,96 bilhões em julho, sendo decisivo para o saldo de US$ 2,379 bilhões da balança comercial, disse o Ministério da Agricultura. De janeiro a julho, as exportações do agronegócio foram a US$ 52,37 bilhões (46,4% das vendas totais). (Jornal DCI/SP – 12/08/2015)((Jornal DCI/SP – 12/08/2015))

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Nova Zelândia quer intensificar parceria com o Brasil no agronegócio

A secretária de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tatiana Palermo, e o enviado especial do governo da Nova Zelândia para Assuntos de Comércio em Ag...((Portal AgroLink/RS – 12/08/2015))


A secretária de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tatiana Palermo, e o enviado especial do governo da Nova Zelândia para Assuntos de Comércio em Agricultura, Mike Petersen, tiveram uma reunião para discutir potenciais parcerias na área agrícola entre o Brasil e aquele país. Entre os setores de interesses das duas economias, estão os lácteos, a carne, o vinho, a horticultura e a lã. A autoridade neozelandesa convidou a ministra da Agricultura, Kátia Abreu para visitar o país até o final deste ano, a fim de avançar na cooperação entre os dois países. Também presente na reunião, realizada nessa segunda-feira (10), a embaixadora da Nova Zelândia, Caroline Bilkey, fez um convite ao Ministério da Agricultura para acompanhá-la em uma visita às fazendas brasileiras que aplicam técnicas neozelandesas na produção de lácteos. (Portal AgroLink/RS – 12/08/2015)((Portal AgroLink/RS – 12/08/2015))

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Estudo propõe carne livre de antibióticos

A comercialização de carnes livres de antibióticos com valor agregado em supermercados é uma proposta apresentada pela pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade Estadual ...((Portal AgroLink/RS – 12/08/2015))


A comercialização de carnes livres de antibióticos com valor agregado em supermercados é uma proposta apresentada pela pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Realizado em parceria com a Universidade de Guelph, no Canadá, o estudo analisa desde o ano passado a influência dos antibióticos na produção de aves, suínos e bovinos e as consequências na alimentação humana. Na universidade canadense é que é feito o sequenciamento genético das bactérias das amostras coletadas nos animais na região de Londrina. Formado em medicina veterinária pela UEL, o pesquisador Márcio Costa fez doutorado no Canadá e retornou ao Brasil pelo programa federal Jovens Talentos para dar continuidade ao trabalhado iniciado na América do Norte. "Assim como no Canadá, esse estudo também é pioneiro no Brasil e usa o sequenciamento genético, que ainda é muito caro no nosso País, para análise dos efeitos dos antibióticos e das bactérias, que são mais importantes do que acreditávamos antes do acesso a essa nova tecnologia. Para cada célula, há 10 bactérias no corpo humano", explica. Costa lembra que os antibióticos, alvo da pesquisa, são responsáveis por uma revolução na área da saúde devido ao tratamento das infecções, mas faz a ressalva de que o uso excessivo pode desenvolver bactérias resistentes e alterar a microbiota dos animais, mais conhecida como flora intestinal. "Do lado positivo, as bactérias são essenciais para defesa e mudanças podem estar relacionadas a problemas como obesidade, diabetes e alergias", comenta. "Atualmente, 70% da produção de antibióticos são voltados para animais, entre eles, bovinos, suínos e aves", acrescenta. OBESIDADE Na Fazenda da UEL, grupos de porcos e frangos são tratados com antibióticos, enquanto outra parte dos animais permanece sem o medicamento. O mesmo ocorre com o gado que fica em uma fazenda na região de Londrina. Após a coleta das amostras dos dois grupos, o material é levado para a universidade no Canadá. O pesquisador esclarece que ao contrário do que acontece com os hormônios, os antibióticos são permitidos para controle da produção e também para o ganho de peso antes do abate com bactérias mais eficazes na extração da energia durante a alimentação dos animais. "Estudos avaliam a presença de antibiótico na carne consumida por conta do uso na produção e os possíveis efeitos colaterais. Além disso, existe uma teoria que relaciona o aumento da obesidade na população a partir da década de 1940, quando o antibiótico passou a ser utilizado nos animais para corte", aponta. Costa sugere a entrada de carnes no mercado sem a presença de antibióticos, o que já ocorre no Canadá, nos Estados Unidos e em países europeus. "Não há essa opção no Brasil e existe a demanda no País por uma alimentação mais saudável. Sem antibióticos, a produção pode cair de 5% a 10%, mas é possível agregar valor ao produto com um preço mais alto, além do marketing. Os produtos convencionais podem dividir espaço com as carnes livres de antibióticos", analisa. Ele ainda acredita que a "pressão" por esse tipo de produto deve aumentar no Brasil nos próximos anos, pois leis que proíbem o uso de antibióticos nos animais já são discutidas pela União Europeia e Estados Unidos. INFECÇÃO HOSPITALAR Outra possibilidade investigada pela equipe é se existe relação entre o uso de antibióticos nos animais e as infecções hospitalares provocadas pelas bactérias multirresistentes aos medicamentos. "Os animais defecam no meio ambiente e a maioria das bactérias se encontra no intestino. Estamos investigando se isso pode contaminar as áreas de produção agrícolas e pessoas e se esse processo influencia o fator multirresistente das bactérias em hospitais, o que provoca cerca de 700 mil mortes em todo o mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde)", adianta. A FOLHA procurou o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos Para Saúde Animal (Sindan) para comentar o uso de antibióticos em aves, gados e suínos, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. (Portal AgroLink/RS – 12/08/2015)((Portal AgroLink/RS – 12/08/2015))

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Paladar exigente aquece demanda por carnes nobres

Tal acesso se dá através da expansão das boutiques de carnes ou steak-houses, no termo importado do inglês, que diferentemente dos açougues, são espaços refinados, bem localizados e aconchegantes, com...((Portal do Agronegócio/MG – 12/08/2015))


Tal acesso se dá através da expansão das boutiques de carnes ou steak-houses, no termo importado do inglês, que diferentemente dos açougues, são espaços refinados, bem localizados e aconchegantes, com música ambiente, estacionamento próprio e uma equipe preparada para promover um atendimento personalizado. É um local onde qualquer pessoa pode esclarecer dúvidas sobre o preparo de uma Prime Rib, por exemplo; conhecer a procedência do produto adquirido ou mesmo sair com uma receita exclusiva capaz de torná-la um verdadeiro chef por um dia. Para o empresário e pecuarista Valdomiro Poliselli Júnior, dono das lojas Stake Store – Certified Angus Beef em Campinas, Jaguariúna, Vinhedo e Pirassununga, no interior paulista, o sucesso deste segmento, mesmo diante do desfavorável cenário econômico atual, tem uma explicação muito simples: “o brasileiro é apaixonado por carne. O sabor incomparável de produtos seletos, feitos quase artesanalmente, desperta sensações de prazer e satisfação inexplicáveis. Quando se vive uma experiência como essa, não se quer saber de outra coisa”, explica o empresário. Popular entre os grandes fazendeiros e apaixonados por festas de rodeio, Poliselli Júnior revolucionou o mercado de carnes nobres no interior de São Paulo quando fundou, em Pirassununga (SP), a VPJ Alimentos, um novo conceito “da fazenda à boa mesa”. Percebendo a necessidade dos consumidores, recusou vender gado a frigoríficos para desenvolver seus próprios cortes bovinos, ovinos e suínos certificados, reconhecidos por sua máxima qualidade. Graças a uma preocupação recorrente com sabor, maciez e suculência foi que o empresário criou as linhas Angus Beef, Black Angus, Cordeiro (Dorper Lamb), Leitoa Caipira, Duroc Pork, hambúrgueres e linguiças exclusivas. Além das Steak Stores, os cortes da VPJ Alimentos são encontrados em restaurantes, churrascarias e produtos específicos são presentes em famosas redes fast food. Supermercados e entrepostos espalhados pelo país também estão incluídos entre os locais. Aliás, com poucos cliques, é possível adquirir todos esses produtos sem sair de casa, no site da Sociedade de Carne – Clube do Churrasco (www.sociedadedacarne.com.br). Em virtude da crescente demanda por carne de qualidade, Valdomiro Poliselli Júnior decidiu inaugurar mais lojas próprias ou franquias, incluindo a capital paulista, atendendo tanto a “churrasqueiros de plantão” como a donas de casas sofisticadas. “Todas as Stake Stores adotam a linha arquitetônica western chic, conceito simples e ao mesmo tempo sofisticado. O atendimento é especializado, feito por funcionários que entendem tudo sobre carnes nobres e cortes diferenciados, tanto para churrasco, como gourmet”, explica Poliselli. Americanos querem carne VPJ Segundo previsão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os embarques de carne bovina in natura brasileira para os Estados Unidos – acordo inédito firmado entre os dois países - começam já neste mês e a previsão inicial é para que o Brasil exporte 100 mil toneladas de carne por ano. “Os americanos vão importar carne brasileira, mas é preciso lembrar que eles são extremamente criteriosos com a qualidade. Esse é o produto que desejam comprar”, entende o empresário, que já faz contatos para ingressar com seus produtos. A grande movimentação na VPJ Alimentos decorre da escolha certeira da raça bovina que inaugurou um novo conceito de produção de carne no Brasil. Quando desenvolveu seu plantel Aberdeen Angus – raça taurina de origem escocesa que se tornou sinônimo de qualidade de carne no mundo todo - Valdomiro fez importações maciças de embriões das melhores fazendas dos Estados Unidos, hoje o principal fornecedor de genética do Brasil. “Os norte-americanos são peritos em explorar o máximo potencial do Angus. Estamos em perfeita sintonia com eles. Todas as tecnologias em melhoramento genético que utilizamos, inclusive a seleção genômica, nasceram nos naquele país”, conclui o proprietário da VPJ Alimentos. (Portal do Agronegócio/MG – 12/08/2015)((Portal do Agronegócio/MG – 12/08/2015))

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Comissão aprova repasse de 5% do FAT à agricultura familiar

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou proposta que destina 5% dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) à agricultura familiar em municí...((Jornal DCI/SP – 12/08/2015))


A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou proposta que destina 5% dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) à agricultura familiar em municípios com índices de desenvolvimento humano menor ou igual a 0,6. Os recursos servirão ao extrativismo sustentável e à agroecologia, por meio de cooperativas, sindicatos de trabalhadores ou associações de agricultores registrados. O repasse será regulamentado pelo Conselho Deliberativo do FAT (Codefat). O texto altera a Lei 7.998/90, que trata do seguro- -desemprego, do abono salarial e do FAT. O FAT destina-se a financiar o seguro-desemprego e os programas de geração de emprego e renda. A medida está no substitutivo do deputado Ademir Camilo (Pros-MG) ao Projeto de Lei 3605/08, do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG). O projeto original fixava a destinação dos recursos para a aquisição de adubos, fertilizantes, defensivos e máquinas agrícolas, por intermédio de cooperativas ou associações de lavradores. (Jornal DCI/SP – 12/08/2015)((Jornal DCI/SP – 12/08/2015))

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Iterpa e Incra discutem plano de ação integrado para áreas de conflito no Pará

O Instituto de Terras do Pará (Iterpa) catalogou 22 casos de áreas em conflito fundiário que dependem da parceria do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para que o processo de ...((Jornal Diário do Pará Online/PA – 11/08/2015))


O Instituto de Terras do Pará (Iterpa) catalogou 22 casos de áreas em conflito fundiário que dependem da parceria do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para que o processo de regularização agrária avance. São áreas para a criação de assentamentos rurais localizadas nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do estado, mas que estão com pendências junto ao órgão federal para que a situação seja resolvida. Nesta terça-feira, 11, o presidente do órgão fundiário estadual, Daniel Lopes; e o superintendente regional do Incra, Nazareno Santos, voltaram a se reunir, no gabinete do Iterpa, para definir o termo de cooperação técnica que será firmado entre os dois órgãos com o objetivo de desenvolver ações conjuntas e integradas em busca de soluções para o problema. Um Plano de Trabalho vai definir os ajustes que devem ser feitos para que a regularização fundiária avance. “É importante essa parceria para que o Pará avance na regularização fundiária e no processo de reforma agrária”, afirmou Daniel Lopes. A parceria entre os dois institutos é resultado também do entendimento firmado entre o governador Simão Jatene e presidente do Incra, Maria Lúcia Falcón, durante encontro que ambos tiveram em Belém, no primeiro semestre. As áreas em conflito catalogadas estão nos municípios de São Félix do Xingu, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia, Marabá, Eldorado dos Carajás, São Miguel do Guamá, Santo Antônio do Tauá, Senador José Porfírio, Goianésia do Pará, Irituia, Castanhal e Rondon do Pará. Procuradores jurídicos do Iterpa também participaram da reunião. (Jornal Diário do Pará Online/PA – 11/08/2015)((Jornal Diário do Pará Online/PA – 11/08/2015))

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Deputado frisa importância da assistência e extensão rural para Mato Grosso e tecnologia no campo

Assistência técnica e extensão rural foi o assunto debatido por deputados federais da Frente Parlamentar da Câmara dos Deputados durante seminário sobre desenvolvimento rural sustentável. O evento, re...((Portal Agro Olhar/MT – 11/08/2015))


Assistência técnica e extensão rural foi o assunto debatido por deputados federais da Frente Parlamentar da Câmara dos Deputados durante seminário sobre desenvolvimento rural sustentável. O evento, realizado nesta segunda-feira (10), tinha o objetivo de levantar a importância da fomentação da assistência técnica moderna e inovadora na agricultura familiar no país. O evento realizado em Goiânia (GO) foi de iniciativa da Frente Parlamentar da Assistência Técnica e Extensão Rural da Câmara dos Deputados e teve a participação de 12 autoridades regionais, representantes de cooperativas do Centro-Oeste e entidades públicas ligadas à agricultura familiar. Entres os presentes estavam os deputados federais Ezequiel Fonseca (PP-MT), Zé Silva (SD-MG), Roberto Balestra (PP-GO) e Celso Madaner (PMDB-SC). Um dos assuntos debatido durante o evento foi a assistência técnica moderna e inovadora com transferência de tecnologia para o campo, um novo modelo do sistema que vem sendo construído pelos deputados da Frente Parlamentar, gestores do setor e extensionistas para ser levado ao governo federal como mecanismo de política pública. O tema do evento está sendo muito comentado em palestras e debates com o objetivo de focalizar na importância do desenvolvimento e reestruturação de órgãos e entidades envolvidas com o setor agrícola, e estabelecendo estratégias de capacitação extensionista com incremento de recursos tecnológicos para melhorar a qualidade de vida do produtor rural. Para o deputado federal Ezequiel Fonseca, os desafios são muitos, mas que estão sendo superados no Congresso através da Frente Parlamentar. "Sou filho de pequeno produtor rural e encontrei na Câmara Federal pessoas dedicadas com o setor e, principalmente, comprometidas em fazer a diferença, estamos debatendo e discutindo meios para que os trabalhadores da agricultura familiar possam progredir". O deputado frisou também a importância da mulher na extensão rural. "Lembro-me de uma mulher que fez a diferença, a mineira Sandra que há 30 anos se instalou na região Oeste de Mato Grosso e fez um belíssimo trabalho no meio rural, levando informação e ajudando as famílias na organização". Para ele, o desenvolvimento rural será uma importante ferramenta para o Brasil sair da crise, mas para isso é preciso investir no setor para trazer resultados imensuráveis. O evento também contou com a presença do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Assistência e Extensão Rural de Mato Grosso (EMPAER), Layr Mota, o secretário de agricultura familiar Suelme Fernandes, além de além de representantes da EMATER-GO, AGRAER-MS, FAEG, ASBRAER, FAZER, ANATER, CONTAG, CONSEPA, MAPA, SINDIAGRI e demais autoridades. (Portal Agro Olhar/MT – 11/08/2015)((Portal Agro Olhar/MT – 11/08/2015))

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Agro ExpoNorte terá exposição especializada de Nelore

O evento terá ainda concurso leiteiro, Simpósio da Pecuária e exposição de ovinos Importante para toda cadeia produtiva do setor do agronegócio, a pecuária, uma das mais fortes atividades econômicas d...((Portal do Agronegócio/MG – 11/08/2015))


O evento terá ainda concurso leiteiro, Simpósio da Pecuária e exposição de ovinos Importante para toda cadeia produtiva do setor do agronegócio, a pecuária, uma das mais fortes atividades econômicas do meio rural das regiões Norte e Noroeste do Estado, terá lugar de destaque na Agro ExpoNorte. Simpósio da Pecuária, exposição de gado Nelore e concurso leiteiro estão entre as atrações da feira. Com aproximadamente 200 mil cabeças, Linhares responde por 10% de todo rebanho da pecuária capixaba e receberá o evento que acontece entre os dias 19 e 22 de agosto, no Parque de Exposições de Linhares. Exposição de Nelore Novidade na feira, a exposição de Nelore contará com aproximadamente 100 animais do Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia. Para o Presidente da Associação Capixaba dos Criadores de Nelore – (ACCN), Nabih Amin El Aouar, a exposição de Nelore durante a feira vai integrar os criadores da raça de Linhares e região. “Uma exposição como essa agrega conhecimento e integra os produtores de Nelore. É sem dúvida uma oportunidade única de troca de experiência, de fomento e valorização do setor e dos pecuaristas de maneira geral”, concluiu o Presidente. Durante a Agro Exponorte um juiz oficial da Associação Brasileira de Criadores de Zebuínos (ABCZ), vai avaliar os animais. O julgamento contará pontos para o Ranking Nacional da raça. El Aouar lembrou que o julgamento durante a Agro ExpoNorte coloca Linhares no mapa nacional de nelore. Concurso Leiteiro Sob a coordenação da Associação dos Produtores de Linhares (APL), o concurso terá duas categorias, uma para vacas com aproximadamente 25 kg de produção e outra para as que ultrapassam essa marca. Serão premiados 1º, 2º e 3º lugar de cada categoria, totalizando 16 mil reais em premiação. Simpósio da Pecuária O Simpósio da Pecuária acontece no dia 21 de agosto, das 14 às 19 horas no auditório 2. Produção animal e melhoramento de pastagem estarão entre os temas abordados. Ovinos Importante para o melhoramento do rebanho de ovinos do Estado, a raça White Dorper estará presente na Agro ExpoNorte. Serão expostos cerca de 25 reprodutores que também poderão ser comercializados durante o evento. Sobre a Agro ExpoNorte A Agro ExpoNorte é uma realização do Sindicato Rural de Linhares com apoio da Prefeitura de Linhares, através da Secretaria Municipal de Agricultura e o Fundo Municipal de Meio Ambiente (Fumdema). (Portal do Agronegócio/MG – 11/08/2015)((Portal do Agronegócio/MG – 11/08/2015))

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Leiloshopping Rima apresenta o programa RimaGEN

Bicampeão do Ranking Nacional de Melhor Criador de Nelore, Ricardo Vicintin lança sistema de venda de embriões congelados das principais doadoras de seu plantel A Família Vicintin abriu as porteiras d...((Revista DBO Online/SP – 11/08/2015))


Bicampeão do Ranking Nacional de Melhor Criador de Nelore, Ricardo Vicintin lança sistema de venda de embriões congelados das principais doadoras de seu plantel A Família Vicintin abriu as porteiras da Fazenda Santa Maria, em Entre Rios de Minas, MG, na tarde de 9 de agosto, para o Leiloshopping Virtual da Rima Agropecuária. O criatório conduzido por Ricardo Vicintin e seu filho, Bruno, é uma das referências na seleção de animais Nelore Elite, tendo vencido as duas últimas edições do Ranking Nacional de Melhor Criador (2012/13 e 2013/14), da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB). Os negócios movimentaram R$ 1,3 milhão por 430 lotes de embriões, fêmeas e um macho. A grande novidade do evento foi o lançamento do programa RimaGEN, onde foram comercializados 430 embriões congelados de grandes doadoras do plantel da Rima como Bélgica I PO da NI; Hamina FIV da MV; Campecina TE Bionatus; Alika TE da Baluarte; e Gema da Mundial. As vendas da categoria arrecadaram R$ 343.200, registrando a média geral de R$ 798. Nos animais, foram vendidos 60 exemplares por R$ 1.020.960. Do grupo saíram 59 fêmeas à média de R$ 12.341 e um único macho valorizado em R$ 292.800. Trata-se do Campeão Touro Sênior da ExpoZebu 2015, Rima FIV Gladiador, de 34 meses, filho de Rambo da MN na multicampeã Parla FIV AJJ. Os novos sócios dos anfitriões são Henrian Gonzaga Barbosa e Renato Oliveira Cavalheiro, que deram lance de R$ 146.000 para arrematar 50% da propriedade do touro. Tourada na pista - Na segunda-feira, 10 de agosto, foi realizado um remate virtual com foco no comércio de reprodutores. Foram vendidos 108 reprodutores à média de R$ 7.293, perfazendo o total de R$ 787.680. Na conversão por boi gordo, o valor é equivalente a 57,2 arrobas para pagamento à vista no Triângulo Mineiro (R$ 127,5/@). A maior negociação foi fechada com o criador Sílvio Eide Alves Júnior, que deu lance de R$ 36.000 para arrematar um lote com seis garrotes de 16 a 18 meses. Na somatória dos dois dias de vendas, a movimentação financeira foi de R$ 2,1 milhões por 598 lotes, sendo 168 animais e 430 embriões. Ambas as etapas tiveram organização da Programa Leilões e transmissão do Canal Rural. Os leiloeiros Nilson Francisco Genovesi e Paulo Marcus Brasil revezaram-se no comando do martelo, com captações para pagamentos em 24 parcelas. (Revista DBO Online/SP – 11/08/2015)((Revista DBO Online/SP – 11/08/2015))

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Feira de animais de rebanho acontece sábado em Itaperuna, no RJ

Estarão disponíveis 200 vacas e novilhas registradas da raça Girolando. Proposta é oferecer um melhoramento da qualidade do rebanho bovino. A 31ª Feira de Animais do Programa Rio Genética será realiza...((Portal G1/RJ – 11/08/2015))


Estarão disponíveis 200 vacas e novilhas registradas da raça Girolando. Proposta é oferecer um melhoramento da qualidade do rebanho bovino. A 31ª Feira de Animais do Programa Rio Genética será realizada no sábado (15) em Itaperuna, no Noroeste Fluminense. O município fica localizado em uma das principais bacias leiteiras do Estado. A proposta é oferecer melhoramento da qualidade do rebanho bovino leiteiro no Rio de Janeiro. A feira, que será aberta para visitação a partir das 9h, acontece no Mercado do Produtor, na Rodovia BR-356 (Itaperuna/Muriaé), Km 2. Os animais podem ser financiados por linha de crédito com recursos do Tesouro Estadual, com juros de 2% ao ano e até cinco anos para o pagamento. A feira da Animais Rio Genética é realizada em parceria com a Associação de Criadores do Estado do Rio de Janeiro (Acerj). De acordo com a Secretaria Estadual de Agricultura, os produtores terão mais uma oportunidade de escolher entre 200 vacas e novilhas registradas da raça Girolando, e bezerras geradas a partir de fertilização in vitro (FIV) de alto padrão genético. Cada comprador poderá adquirir no máximo 10 animais, respeitando o teto do valor de financiamento do programa, de R$ 60 mil por produtor. Em caso de empate, será aberto um novo processo de compra entre aqueles que ofereceram o mesmo valor. A maior oferta verbal apresentada será a vencedora. (Portal G1/RJ – 11/08/2015)((Portal G1/RJ – 11/08/2015))

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Carne para EUA

Os embarques de carne bovina in natura brasileira para os Estados Unidos — acordo inédito firmado entre os dois países há cerca de um mês — começarão já em agosto e a previsão inicial é que o Brasil e...((Jornal do Comercio/RS – 12/08/2015))


Os embarques de carne bovina in natura brasileira para os Estados Unidos — acordo inédito firmado entre os dois países há cerca de um mês — começarão já em agosto e a previsão inicial é que o Brasil exporte 100 mil toneladas de carne por ano. A informação é do criador paulista Valdomiro Poliselli Júnior, que também tem fazendas no Rio Grande do Sul e as lojas de carne Steak Store e pretende ingressar no mercado norte-americano. (Jornal do Comercio/RS – 12/08/2015)((Jornal do Comercio/RS – 12/08/2015))

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Carne de qualidade

Carne bovina de qualidade hoje no Brasil chama-se Angus, a raça britânica que mais vem crescendo no País e que também inscreveu o maior número de animais na próxima Expointer, ainda que 9,9% menos do ...((Jornal do Comercio/RS – 12/08/2015))


Carne bovina de qualidade hoje no Brasil chama-se Angus, a raça britânica que mais vem crescendo no País e que também inscreveu o maior número de animais na próxima Expointer, ainda que 9,9% menos do que em 2014, contou ontem o presidente da entidade, José Roberto Weber. Mais: desde 2013, a raça vende o maior volume de sêmen, batendo o recorde de 3,9 milhões em 2014. (Jornal do Comercio/RS – 12/08/2015)((Jornal do Comercio/RS – 12/08/2015))

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Inseminador, o profissional que não pode faltar

Com o crescimento de inseminação artificial nas propriedades leiteiras, contar com pessoas capacitadas na técnica é fundamental Observar o comportamento das vacas para identificar o período do cio, sa...((Revista DBO Online/SP – 12/08/2015))


Com o crescimento de inseminação artificial nas propriedades leiteiras, contar com pessoas capacitadas na técnica é fundamental Observar o comportamento das vacas para identificar o período do cio, saber o melhor horário para a inseminação, descongelar e manipular o sêmen da forma correta e dominar a técnica em si. Essas são algumas das funções do inseminador, um dos profissionais mais importantes em propriedades que utilizam esta técnica de reprodução em seus rebanhos. Apesar de o mercado estar crescendo ano a ano _ a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) indica que o volume de sêmen de animais de raça leiteira produzido em 2014 foi quase 6% maior ante 2013 e, nos últimos seis anos, o avanço foi de 34% –, essa tecnologia ainda é pouco utilizada pelos pecuaristas. Estima-se que só 12% do rebanho nacional seja inseminado. Nas propriedades leiteiras, esse número é ainda menor. Para se ter ideia, nos EUA 95% dos animais são inseminados. Isso mostra o potencial do mercado no Brasil. “E é preciso profissionais bem treinados para acompanhar essa tendência de crescimento”, destaca o veterinário Pedro Leopoldo Monteiro Júnior, doutor em Reprodução Animal pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). O diretor técnico da Asbia, Sergio Saud, concorda com Monteiro Júnior. “Dada a importância do uso da técnica, ter um profissional devidamente qualificado para executar esse serviço certamente trará melhores resultados para a produtividade e a rentabilidade da propriedade.” A boa notícia é que a Asbia vem também registrando aumento na realização de cursos para formar inseminadores e que há predominância de participantes ligados à pecuária leiteira. Outro dado que mostra o crescimento da adoção da técnica é a venda de botijões, que avançou 6,4% em 2014. “Em parte, isso significa que novos produtores aderiram”, diz Saud. O estudo “Importância da capacitação de recursos humanos em programas de inseminação artificial”, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, comprova que a falta de profissionais capacitados é um dos fatores limitantes para a expansão da inseminação artificial no Brasil. Além disso, aponta que o manejo inadequado pode acarretar resultados indesejados. “Um manejo aversivo, que gera estresse no animal, pode alterar a resposta dos tratamentos recebidos durante os protocolos da inseminação artificial e até mesmo resultar em perdas embrionárias”, alerta o estudo. O documento destaca que o profissional tem papel essencial na eficiência da técnica. Imperfeições na manipulação do sêmen e na execução da inseminação são apontados como fatores que comprometem o sucesso da prenhez. Os autores ressaltam a importância de o inseminador ter conhecimento da técnica e a possibilidade de participar de treinamentos e reciclagens. Outra consideração segue em relação ao comprometimento do profissional com o trabalho. “Inseminadores com maior comprometimento afetivo obtiveram melhores taxas de gestão (85%) do que aqueles que apresentaram comprometimento apenas por razões econômicas (68%). ”O estudo também reforça a importância do maior número possível de pessoas treinadas na propriedade. “Conhecer e acreditar na técnica também pode ter influência positiva nos resultados. Os inseminadores que conheciam e acreditavam obtiveram melhores resultados”, diz o estudo. Essa informação mostra que é cada vez mais importante treinar e reciclar os profissionais, cuja autoestima e confiança também aumentam. Além de dominar a técnica em si, o profissional deve ter comprometimento e habilidade. Uma das principais atividades que o inseminador desempenha é a observação dos animais para identificar quando a vaca entra no cio, que dura apenas entre 12 e 24 horas. “O inseminador é peça fundamental. Se ele perder esse momento, a vaca só terá novo cio em 21 dias. Isso acarreta custo para o produtor, pois terá um animal sem produzir por um período maior”, alerta o veterinário Marco Bergamaschi, da Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos, SP. O ideal, diz, é que a observação seja feita até três vezes ao dia. As vacas no cio apresentam algumas mudanças de comportamento facilmente percebidas. “Elas andam mais, ficam mais agitadas, se isolam do rebanho e aceitam a monta. Apesar de serem comportamentos fáceis de erem notados, é preciso estar sempre atento”, diz Bergamaschi. Além da observação, o profissional precisa estar treinado. “É preciso saber manipular o sêmen, mantê-lo na temperatura ideal, garantir a higiene no local e não deixar o animal estressado. São detalhes importantes que interferem na fertilidade”, diz Monteiro Jr. O produtor Edimilson Vilela, de Lagoinha (SP), sabe bem a importância de ter bons profissionais inseminadores na propriedade. No Sítio Recanto da Lagoinha, dos sete funcionários, cinco estão treinados para identificar cio. E dois são habilitados para fazer inseminação artificial. “É importante ter mais de um profissional treinado. Se tem alguém de folga ou de férias, isso não interfere no trabalho”, diz Vilela. Atualmente, o rebanho do sítio tem 310 animais, sendo 170 vacas. Em média, são 130 em lactação, com 2.200 litros/dia. “Mesmo com cinco pessoas treinadas para observar, a gente tem perda de cio. Mas isso é natural”, diz. O veterinário Marco Bergamaschi, da Embrapa, confirma. “A média de perda de cio é em torno de 30%.” Vilela conta que, quando iniciou a atividade, em 1990, ainda não adotava a técnica de inseminação artificial. “Não havia mão de obra disponível naquela época. O inseminador era uma figura pouco comum”, lembra. Mas ele diz que sempre teve consciência de que a inseminação contribui para manter a produção e o lucro da propriedade. (Revista DBO Online/SP – 12/08/2015)((Revista DBO Online/SP – 12/08/2015))

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Pecuária poderá confirmar crescimento de 83% no VBP do MT

O Valor Bruto da Produção (VBP) da pecuária bovina em Mato Grosso, que considera o valor de tudo o que foi produzido no setor, cresceu 83, 4% nos últimos cinco anos. Os números divulgados pelo Institu...((Portal Rural Centro/MS – 12/08/2015))


O Valor Bruto da Produção (VBP) da pecuária bovina em Mato Grosso, que considera o valor de tudo o que foi produzido no setor, cresceu 83, 4% nos últimos cinco anos. Os números divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostram uma projeção considerando o cenário para o fim deste ano. Se confirmadas as estimativas, a bovinocultura ainda pode crescer 2%, entre 2014 e 2015, caso os preços se mantenham nos patamares atuais. Com essa projeção, o VBP passaria de R$ 8,90 bilhões para R$ 9,08 bilhões, o que representaria aproximadamente 20% de todo o VBP da agropecuária do Estado. O crescimento ainda leva em conta a queda no abate de bovinos, que deve ser próxima a 17% neste ano em relação a 2014. A pecuária (bovinocultura, aves, leite e suínos) representa 26% do VBP do agronegócio mato-grossense. De acordo com o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Olmir Cividini, os números representam a importância da pecuária, mesmo em meio a um cenário de incertezas. “Temos expectativas boas para os próximos anos, principalmente para as exportações”, pontua. O embarque de carnes e miudezas para outras países aumentou 566% de janeiro a junho deste ano, passando de R$ 73 milhões para R$ 118 milhões. (Portal Rural Centro/MS – 12/08/2015)((Portal Rural Centro/MS – 12/08/2015))

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Desafio na pecuária ganha força importante

Para auxiliar pecuaristas a manterem o pasto livre de plantas daninhas, sobretudo de espécies de difícil controle como Leiteiro, Amarelinho, Guanxuma e Unha-de-vaca, a empresa global do setor de agroq...((Portal do Agronegócio/MG – 12/08/2015))


Para auxiliar pecuaristas a manterem o pasto livre de plantas daninhas, sobretudo de espécies de difícil controle como Leiteiro, Amarelinho, Guanxuma e Unha-de-vaca, a empresa global do setor de agroquímicos Adama (leia-se Adamá) acaba de lançar o herbicida Arreio® Pasto. O produto proporciona melhor combate às plantas daninhas encontradas em pastagem, as quais competem por espaço, água, luz e nutrientes no solo, e esse controle ainda contribui para a redução do ciclo de engorda do gado e permite que mais animais sejam criados por hectare. “O Arreio® Pasto integra o portfólio da companhia como uma solução que possibilita um maior controle de plantas daninhas causadoras de grandes prejuízos para os pecuaristas brasileiros. Na região do Cerrado, em especial, aumenta a cada dia o ciclo de abate dos animais por conta da alta infestação e degradação das pastagens, o que ocasiona perdas substanciais. Com esse herbicida, diferentemente do que é oferecido por grande parte no mercado, a aplicação dispensa a utilização de produtos complementares e garante resultado no controle, o que significa melhor custo-benefício pelo aumento de sua capacidade de suporte por hectare”, explica Gustavo Pires, gerente regional de vendas. Para divulgar a chegada do defensivo agrícola que já está sendo comercializado em vários distribuidores pelo Brasil, a empresa preparou a campanha Você no controle da sua pastagem, que será iniciada a partir de agosto para pecuaristas de todo o território nacional e que abrangerá a distribuição de folders e promoção de palestras sobre o cenário da pecuária e a eficácia do produto. A estratégia de comunicação terá foco especial em estados de maior referência do segmento e que possuem concentração superior de pragas dessa natureza, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão, Tocantins, Pará, Rondônia e Acre. (Portal do Agronegócio/MG – 12/08/2015)((Portal do Agronegócio/MG – 12/08/2015))

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Exportações de carne bovina mantém queda em julho e no acumulado do ano

Este resultado é 23% menor em quantidade e 28% em receita se comparado a julho de 2014, repetindo o desempenho que o setor vem apresentando desde o início do ano, devido à redução de aquisições dos pr...((Portal do Agronegócio/MG – 11/08/2015))


Este resultado é 23% menor em quantidade e 28% em receita se comparado a julho de 2014, repetindo o desempenho que o setor vem apresentando desde o início do ano, devido à redução de aquisições dos principais clientes brasileiros, entre eles, Rússia, Venezuela e o mercado chinês através de Hong Kong. No acumulado do ano, o Brasil já exportou 746.902 toneladas do produto, obtendo uma receita de US$ 3,2 bilhões, resultado inferior em 17% na quantidade e de 28% na receita, se comparado ao mesmo período do ano passado, quando as vendas ao exterior somaram 900.273 toneladas e a receita superou a US$ 4 bilhões. Estas informações constam do balanço divulgado nesta semana pelo pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) através do Secex/Decex, com os dados compilados pela ABRAFRIGO. Entre os 10 países que mais fizeram negócios com o Brasil no setor, os que mais limitaram suas importações da carne bovina brasileira foram a Rússia, com queda de 39,5% na sua quantidade de importações e de 50,0% na receita, Hong Kong, porta de entrada do mercado chinês, com redução de 31,0% em quantidade e receita, e a Venezuela que diminuiu suas compras em 41,0% em toneladas e 37,5% na receita, justamente três dos quatro maiores importadores do produto brasileiro. De significativo, apenas a mudança de parte das exportações diretamente para a China e que entravam até aqui por Hong Kong, e que passaram a ingressar diretamente naquele país devido a reabertura do mercado local. De um desempenho praticamente nulo em 2014, as compras diretas feitas pela China já atingiram 15 mil toneladas embarcadas em 2015, com re ceita de US$ 77 milhões o que, no entanto, não compensou a redução observada nas compras de Hong Kong neste ano. Aguarda-se ainda o impacto do início das vendas de carne bovina in natura para os EUA, onde o Brasil vai disputar uma quota de 69 mil toneladas com outros países, para melhorar o desempenho deste setor até o final de 2015. Entre todos os 139 países com os quais o Brasil negocia sua carne bovina, 86 deles apresentaram desempenho negativo comparativo nas suas importações segundo os dados da ABRAFRIGO. De janeiro a julho, com a compra de 152.842 toneladas, Hong Kong continua a ser o principal destino do produto; a Rússia vem em segundo lugar com 111.492 toneladas e o Egito em terceiro lugar com 109.293 toneladas. O quarto lugar é da Venezuela, com 58.149 toneladas, seguindo-se o Irã, Estados Unidos, Chile, Itália, Reino Unido e a China que reaparece na 10a posição. Nos primeiros sete meses, São Paulo foi o estado que mais exportou carne bovina, com um total de 188.597 toneladas, ou 25,3% das exportações brasileiras; Mato Grosso foi o segundo colocado com 142.383 toneladas (19,1%), Goiás o terceiro, com 113.830 (15,2%); Rondônia o quarto com 72.341 toneladas (9,7%) e o Mato Grosso do Sul o quinto colocado com 69.863 toneladas (9,4%). Por região, o Centro-Oeste brasileiro exportou 43,7% do total comercializado para o exterior, o Sudeste 33,1%, o Norte 17,6% e o Sul, 5,2%. O Porto de Santos (SP) foi o que mais movimentou esta carga, com 48,9% do total. São Francisco do Sul (SC) ficou com 23,4%, Paranaguá (PR) atingiu 9,7% e Itajaí (SC) 4,7 %. O Porto de Rio Grande (RS), movimentou 3,3% do total. (Portal do Agronegócio/MG – 11/08/2015)((Portal do Agronegócio/MG – 11/08/2015))

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A inseminação artificial em tempo fixo (IATF) serve ou não para a minha propriedade?

Muito se fala, atualmente, sobre as vantagens e desvantagens do uso da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) Mas será que devo adotar essa tecnologia na minha propriedade? Para começar: cada cas...((Portal do Agronegócio/MG – 11/08/2015))


Muito se fala, atualmente, sobre as vantagens e desvantagens do uso da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) Mas será que devo adotar essa tecnologia na minha propriedade? Para começar: cada caso é um caso e não existe apenas uma resposta certa, mas sim, pontos positivos e negativos a serem considerados para chegar à decisão final. Ao longo do texto vamos discutir um pouco sobre esses pontos para auxiliar a sua tomada de decisão. Vamos começar pelas vantagens. A inseminação artificial (IA) - seja com observação de cio ou em tempo fixo (IATF) - traz inúmeras vantagens como: melhor controle zootécnico; permite realizar diferentes cruzamentos; favorece a seleção e o melhoramento genético; permite a escolha da data do parto; facilita a organização dos manejos; possibilita melhor retorno financeiro. O uso da IATF permite, ainda, eliminar a observação de cio, diminuindo riscos com falhas de observação, além de concentrar ainda mais as concepções. Entretanto, é necessário que exista certa infraestrutura para a realização dos procedimentos, assim como há aumento de custo para aquisição dos insumos e necessidade de capacitação de mão de obra. Além disso, devemos considerar alguns pontos que, quando falhos, podem trazer maus resultados, como por exemplo, falha na detecção de uma vaca em cio, tempo incorreto do serviço e erros de identificação de um animal. Nesse ponto, a IATF traz o grande benefício de eliminar a necessidade de observação de cio, minimizando erros e propiciando a inseminação de grande número de animais no mesmo dia, de modo a concentrar as concepções. Porém, existem muitas opções entre as estratégias e os protocolos a serem selecionados. Por exemplo, é possível fazer uma, duas ou mais inseminações artificiais em tempo fixo. O repasse da primeira IATF pode ser feito, ainda, por inseminação artificial com observação de cio (IA) ou mesmo com touro. Além disso, as matrizes podem ser dividas em lotes de modo que cada lote passe sequência de procedimentos diferentes, dentro da mesma propriedade e na mesma estação de monta. Quando a escolha é por realizar mais de uma IATF no mesmo lote de animais, dizemos que estamos fazendo a ressincronização. O intervalo entre protocolos pode ser de 30 ou 45 dias. Caso a opção seja por 30 dias de intervalo, o novo protocolo é iniciado antes mesmo do diagnóstico de gestação do primeiro protocolo. Durante o segundo protocolo, é feito o diagnóstico de gestação com auxilio de ultrassonografia e os animais que estiverem prenhes não continuam o protocolo, mas os animais diagnosticados como vazios finalizam o protocolo e recebem a segunda IATF. No caso de optar por intervalo de 45 dias entre protocolos, o diagnóstico deve ser realizado antes do início do protocolo seguinte. Esse diagnóstico, preferencialmente, é realizado com auxilio de ultrassonografia. A principal vantagem da ressincronização está em concentrar as concepções, embora o custo fique elevado por conta dos protocolos. Já quando a opção é por fazer a IA convencional, as fêmeas devem ser mantidas sem a presença dos machos. As vacas que não emprenham da primeira IATF, geralmente, apresentam cio - o chamado cio de retorno - cerca de 21 dias após a inseminação. Lembrando que a observação de cio deve ser feita duas vezes por dia, nos horários de temperatura mais amena, isto é, início da manhã e final da tarde, todos os dias da semana. Recomenda-se que as observações iniciem por volta de 15 a 18 dias após a primeira IA e sejam mantidas até o final da estação de monta, ou até que a estratégia seja alterada para repasse com touros. Esse procedimento tem como principal vantagem a observação do cio de retorno, que serve de indicativo da eficiência da IATF. Porém, esse índice depende da observação humana e, consequentemente, está sujeito aos erros já comentados. Uma maneira menos onerosa de repasse é, após a IATF, utilizar touros em regime de monta natural. Recomenda-se que aguarde cerca de cinco dias após a IATF para colocar os touros nos lotes de fêmeas, pois isso evita que as fêmeas inseminadas sejam cobertas logo em seguida pelos touros. Esse recurso deixa os procedimentos menos caros e tem apresentado bons resultados nas propriedades que o adotam. Essa recomendação é bastante interessante, inclusive, para propriedades que estão iniciando o uso da IATF, pois permite que os funcionários se adaptem de modo mais tranquilo aos procedimentos, além de poder gerar bons índices produtivos com custo não muito elevado. Caso os resultados sejam positivos, no ano seguinte, a propriedade pode expandir sua ação, utilizando observação e cio ou ressincronização, ou mesmo fazendo a IATF em maior número de animais. Ao discutir essas estratégias, fica claro que, ao contrário do que se possa pensar, o uso da IATF não necessariamente elimina o uso dos touros e nem mesmo da monta natural. Afinal, a seleção de touros para centrais continuará acontecendo, pois a demanda por touros melhoradores tende a aumentar com o aumento do uso da IA. Mesmo com o advento da ressincronização, em que são feitos dois ou até três protocolos de IATF por estação nos mesmos animais, ainda existe espaço pra o repasse com touros. Afinal, a ressincronização ainda não é feita em todas as matrizes. Além disso, atualmente, pouco mais de 10% do rebanho brasileiro é inseminado, restando mais de 85% das vacas sendo cobertas por monta natural. A IATF não irá diminuir o mercado de touros, pelo contrário, irá fomentar cada vez mais os trabalhos de seleção e melhoramento para a produção de reprodutores. Outro fator importante a considerar é que existem, no mercado nacional, inúmeros produtos, de diferentes fabricantes, disponíveis para uso em protocolos de IATF, assim como existem diferentes protocolos que podem ser utilizados. A escolha pelo protocolo e pelos produtos deve ser feita pelo médico veterinário responsável pela implantação e pelo acompanhamento do programa reprodutivo, pois ele conhece os animais e suas condições e é capacitado para realizar a escolha de qual o melhor protocolo para cada situação. Cabe também ao médico veterinário definir qual a melhor estratégia para repasse, ou seja, vai ser feita nova sincronização, ou inseminação com observação de cio, ou mesmo monta natural, e definir quais animais passarão por quais procedimentos. Afinal, como já foi comentado, podem ser feitas diferentes estratégias dentro de uma mesma propriedade. É extremamente importante que o produtor saiba suas opções, conheça as vantagens, desvantagens, limitações, necessidades de investimentos e riscos antes de introduzir uma nova tecnologia na propriedade. E para isso existem muitos profissionais habilitados no mercado, que podem esclarecer e auxiliar o produtor. Portanto, se você está em dúvida se deve ou não investir em um programa reprodutivo para uso de IATF, procure um médico veterinário que atue na sua região implantando programas reprodutivos e veja quais as melhores opções para sua situação. (Portal do Agronegócio/MG – 11/08/2015)((Portal do Agronegócio/MG – 11/08/2015))

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"Dia do Produtor" no MT discutirá sobre a importância econômica do bem-estar em animais de produção

Assunto será abordado pelo médico veterinário e consultor responsável pela área de manejo racional da Beckhauser, Renato dos Santos, em Pontes e Lacerda e em Juara Com a proposta de mostrar que o resp...((Portal do Agronegócio/MG – 11/08/2015))


Assunto será abordado pelo médico veterinário e consultor responsável pela área de manejo racional da Beckhauser, Renato dos Santos, em Pontes e Lacerda e em Juara Com a proposta de mostrar que o respeito ao bem-estar animal reflete na qualidade da carne que chega à mesa do consumidor, o médico veterinário Renato dos Santos, responsável pela área de manejo racional da Beckhauser, ministrará palestras em Pontes e Lacerda (MT), no dia 8, e, em Juara (MT), no dia 12. Com o tema central “Para onde vai o Caminho do Boi?”, a palestra faz parte programação do “Dia do Produtor”, que em Pontes e Lacerda será no dia 8 (sábado) às 14h, na 23º Expoeste – Exposição Agropecuária de Pontes e Lacerda, que será no Sindicato Rural. Já em Juara, no dia 12, a palestra será às 10h50, durante a 23º Expovale - Exposição Agropecuária e Industrial do Vale do Arinos, no Parque de Exposições da Associação de Criadores do Vale do Arinos (Acrivale). O palestrante abordará sobre as boas práticas de manejo, que resultam numa pecuária sustentável e lucrativa, levando os participantes a refletirem de que forma aspectos como a importância da integração da cadeia produtiva, resultados da aplicação de tecnologia e bem-estar animal, manejo racional refletem na rentabilidade do negócio e na qualidade da carne. “São iniciativas fundamentais e que fazem diferença na produção de carne com qualidade, respeitando a relação homem e animal.”, explica o médico veterinário. O “Dia do Produtor” tem o objetivo de oferecer conteúdo técnico ao produtor rural, as exposições agropecuárias Expoeste, em Pontes e Lacerda (MT) e Expovale, em Juara (MT) recebem no mês de agosto o “Dia do Produtor”, evento com uma série de palestras com especialistas de renome nacional. Segundo ele, um manejo ruim, aquele que não visa o bem-estar animal, acarreta prejuízos para toda cadeia pecuária. “As lesões nas carcaças bovinas são resultados de um manejo ineficiente e acarretam perdas econômicas, na qualidade da carne, comprometem a rentabilidade da atividade e a credibilidade do produto. Lesões são decorrentes de erros de manejo com os animais no campo, transporte e dentro do frigorífico”, explica o médico veterinário. E, um dos fatores que podem auxiliar na redução das perdas é investir no bom relacionamento com a equipe de trabalho. “Os resultados são melhores quando a equipe entende os objetivos da produção e a importância do papel que cada um desempenha no projeto.”, disse Santos. Formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), com mais de 30 anos de atuação como veterinário de campo, Santos é consultor em manejo racional e traz no currículo treinamentos ministrados em diversas fazendas, além de palestras sobre os impactos econômicos do bem-estar animal na atividade pecuária, ministradas em alguns dos mais importantes eventos do País. O evento tem a proposta de oferecer conteúdo técnico e de gestão durante exposições agropecuárias. Estão também previstas palestras que abordarão temas como melhoramento genético, sucessão familiar, novas tecnologias, integração lavoura-pecuária, nutrição e gestão de pessoas, além de fóruns que debaterão a conjuntura da pecuária na região. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site http://diadoprodutor.com.br Sobre a Beckhauser Desde 1970, a Beckhauser alia manejo racional e produtivo, buscando oferecer ao pecuarista soluções inovadoras de contenção, manejo e controle que aprimorem a produtividade, agregando valor ao negócio com segurança para o homem e ao animal, tudo por meio de uma completa linha de troncos tradicionais e automatizados, além da linha de controle/pesagem eletrônica. Mais informações: beckhauser.com.br (Portal do Agronegócio/MG – 11/08/2015)((Portal do Agronegócio/MG – 11/08/2015))

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Unileite, teoria posta em prática

Projeto da UFMG leva alunos de veterinária diretamente às fazendas leiteiras para contribuir com o manejo sanitário do rebanho Um projeto desenvolvido dentro da Universidade Federal de Minas Gerais (U...((Revista DBO Online/SP – 12/08/2015))


Projeto da UFMG leva alunos de veterinária diretamente às fazendas leiteiras para contribuir com o manejo sanitário do rebanho Um projeto desenvolvido dentro da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) juntou, pode-se dizer, “a fome com a vontade de comer”. De um lado, estudantes de medicina veterinária ávidos por experiências práticas no campo; de outro, produtores carentes de informação consistente e comprovada sobre a rotina sanitária de uma fazenda leiteira, sobretudo aquela que diz respeito ao controle de mastite. Além disso, logicamente, todo o embasamento da pesquisa desenvolvida na universidade a serviço da extensão rural e de quem mais interessa: o produtor. Daí surgiu o Unileite – Projeto de Controle de Mastite e Melhoria da Qualidade do Leite, da Escola de Veterinária da UFMG, coordenado pelo professor e médico veterinário Lívio Molina. O programa completa 13 anos este ano – foi instituído em 2002 – e tem parceria da Vallée e da Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR). Conforme detalha a própria universidade, em seu site, o Unileite é um projeto de extensão que atua na área da mastite bovina e na qualidade do leite. Ao longo de cada ano, trabalha em duas macrorregiões do Estado de Minas Gerais em oito fazendas em cada uma dessas regiões. Ao fim deste período, empreende um Dia de Campo para apresentar os resultados, quando são feitas discussões e palestras sobre os temas desenvolvidos, tanto por parte do professor Lívio Molina quanto dos parceiros Vallée e CCPR. Este ano o Dia de Campo ocorreu em 13 de junho, na Fazenda Cooperativa de Bom Despacho (Fazenda Cooperbom), abordando tópicos como controle da CCS, influência do equipamento de ordenha na qualidade do leite e terapêutica do controle e tratamento das mastites bovinas. Além disso, premiaram-se os funcionários treinados nas fazendas leiteiras. Um dos grandes méritos do Unileite, conforme cita o professor Lívio Molina, no site da UFMG, é “conectar” o aluno ao trabalho em campo. “O estudante tem uma grande dificuldade de se inserir no mercado de trabalho quando sai da universidade”, diz Molina. “É uma transição meio abrupta, e, pensando no pilar ensino, o Unileite tem o compromisso de melhorar a conexão entre o ensino teórico e a prática em campo.” Além disso, há o compromisso técnico não só com as propriedades assistidas, mas também com a comunidade acadêmica. “Nós nos reunimos periodicamente em seminários técnicos, abertos à comunidade acadêmica da escola, quando discutimos temas ligados à qualidade do leite, que é a espinha dorsal do projeto”, cita Molina. “De maneira que os estudantes se comprometem a estudar determinados assuntos, formatar apresentações sobre esses temas e trazê-los para a comunidade acadêmica.” Ao longo de um ano, cada propriedade assistida pelo Unileite recebe uma visita mensal da equipe do projeto, que colhe amostras de leite para análise. Tais amostras geram um banco de dados que é processado sob a forma de gráfico e, consequentemente, gerado um relatório de aferição, de pontos a serem melhorados e pontos a serem preservados, que na próxima visita serão discutidos com os proprietários da fazenda. “Com isso temos uma meta de 5% de melhoria mensal dos resultados gerados”, notifica Molina, na UFMG. “No período de um ano, esperamos a redução dos comprometedores da qualidade do leite em 60%.”Durante o dia na fazenda, descreve a UFMG, o estudante acompanha as ordenhas, observando como são executados os procedimentos, com foco específico na produção de um leite dentro de padrões de excelência. No intervalo entre as ordenhas é formalizada uma reunião com a equipe da fazenda, na qual os alunos do Unileite criam estratégias de treinamento para os funcionários, permitindo que estes adquiram massa crítica e técnica. “O ponto chave do Unileite é a formação de pessoas, a multiplicação de talentos, tanto dos estudantes quanto dos funcionários e do produtor rural”, exemplifica Molina. Conforme o médico veterinário Afonso Celso Villa Dobritz, coordenador de Treinamento e Capacitação da Vallée, a empresa se interessou em firmar parceria com o Unileite por várias razões. Entre elas, a possibilidade de se aproximar mais dos pecuaristas e verificar nos sistemas produtivos a eficácia de seus produtos. A Vallée tem medicamentos específicos para mastite. Por exemplo, o Masticine. “É uma pomada intramamária para vacas em lactação. O Unileite abraçou a causa deste produto e o indicou aos produtores do projeto. (Revista DBO Online/SP – 12/08/2015)((Revista DBO Online/SP – 12/08/2015))

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Um raio X do leite nacional

O engenheiro de alimentos Marcelo Bonnet ,responsável técnico pelo Laboratório de Qualidade do Leite da Embrapa Gado de Leite fala de uma iniciativa que permitirá verificar aqualidade de cada litro de...((Revista DBO Online/SP – 12/08/2015))


O engenheiro de alimentos Marcelo Bonnet ,responsável técnico pelo Laboratório de Qualidade do Leite da Embrapa Gado de Leite fala de uma iniciativa que permitirá verificar aqualidade de cada litro de leite produzido no País. Marcelo Bonnet – Percebo que houve aumento de interesse quanto à importância da qualidade, mas ainda não sabemos quantificar os resultados em si. Sabemos que há uma quantidade preocupante de leite e derivados produzidos no País com qualidade microbiológica inferior ao que seria desejável. Por isso, há um projeto importantíssimo que nasceu na Embrapa Gado de Leite, em colaboração com o Ministério da Agricultura. É o Sistema Nacional de Monitoramento Espacial e Temporal para Melhoria da Qualidade e Competitividade do Leite, o SIMQL. O projeto visa gerar informações referenciadas no tempo e no espaço para descrever com detalhes a qualidade do leite. O SIMQL já havia surgido como uma futura necessidade por ocasião do projeto de fortalecimento da rede de laboratórios para controle da qualidade do leite (RBQL), que a Embrapa Gado de Leite também liderou. Vimos que era importante fortalecer os laboratórios, mas também dispor de um sistema nacional que permitisse monitorar constantemente a qualidade do leite. Sabendo onde está o produto bom e onde não está, além dos motivos pelos quais isso acontece, teremos uma ferramenta importantíssima para destinação e alocação de recursos públicos e privados da maneira mais eficiente possível. O SIMQL será uma importante ferramenta de formulação de políticas públicas e legislação a partir de um retrato fiel do setor. Será um mapa detalhado de toda a produção leiteira no País? Sim. Monitorar a cadeia no tempo e no espaço quer dizer isso. Saberemos quais são as áreas que possuem leite de melhor ou pior qualidade de acordo com estação do ano, manejo adotado, alimentação disponível, etc. Há regiões que produzem historicamente leite de qualidade e outras não. Queremos saber quais são os motivos e poder orientar o programa de capacitação e qualificação específico, além de tecnologias para promover a qualidade do leite. Atualmente já temos mapas, digamos, regionais, da qualidade de leite disponíveis nos laboratórios. Sim, os laboratórios, separadamente, têm esses dados, que devem ser repassados mensalmente ao Ministério da Agricultura. Mas não há uma “fotografia” panorâmica do setor. O fato de haver dados não quer dizer que temos informações, e, com isso, a inteligência estratégica para superar o problema fica comprometida. O que queremos, com o SIMQL, é, a partir de dados, produzir informações de alto valor para o setor. Estas, por sua vez, viram inteligência estratégica de ponta. É um processo virtuoso que lida inclusive e de fato com a soberania nacional. O Brasil atualmente não detém, como deveria, informações sobre suas cadeias produtivas. Os laboratórios ligados à RBQL já estão colaborando com informações? A partir do momento em que a ministra Kátia Abreu estabeleceu os sete pilares para a melhoria da qualidade e da competitividade do leite brasileiro – e o SIMQL é um destes sete e um dos mais importantes –, o projeto passa a ser colaborativo, integrativo. O SIMQL é liderado pela Embrapa Gado de Leite, tutelado pelo Ministério da Agricultura, e tem participação integrada do setor, inclusive dos laboratórios da RBQL. Por enquanto, como ainda não há uma forma única e integrada de receptação e consolidação dos dados, os laboratórios ainda não estão passando informações, a não ser as que eles já são obrigados a fornecer ao ministério. Sem um sistema oficial, único e integrado, essas informações podem ser usadas de forma tendenciosa, daí a resistência. Mas os laboratórios estão entre os principais interessados. E o que falta para o SIMQL funcionar? O projeto foi aprovado e precisamos agora da liberação de R$ 500 mil. É um orçamento inicial e que poderá ser ajustado, mas ainda tem de ser liberado pelo governo. Estamos aguardando a liberação, a qual a ministra Kátia Abreu classificou como urgente. Quais as ações prioritárias para quando o dinheiro sair? Como já temos dados sobre qualidade de leite dos laboratórios – que, como eu disse, repassam estes dados para a Agricultura –, o primeiro passo será integrar os dados brutos dos laboratórios a partir de dois sistemas já existentes: como o Sistema de Gerenciamento de Informações do SIF e a Plataforma de Gestão do Agronegócio do Ministério da Agricultura. Vamos criar um sistema integrado com esses dois sistemas e a partir da base de dados dos laboratórios. Teremos então uma Plataforma de Gestão Agropecuária. Hoje temos milhões de dados que não são transformados em informação. Devemos então nos concentrar em transformar tudo isso em informação. Acreditamos que em poucos meses já teremos um raio X do País em relação a resultados como contagem de células somáticas (CCS), contagem de células bacterianas (CBT) e principais componentes sólidos do leite (lactose, proteína, gordura e extrato seco). Será um verdadeiro retrato do leite brasileiro. Além do governo e laboratórios quem mais participa deste projeto? O setor produtivo tem participado ativamente, como a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Viva Lácteos e a Associação Brasileira de Leite Longa Vida, o G100, só para citar alguns. Um sistema como esse inibiria a ocorrência de fraudes no leite? Com certeza. Imagine só: a partir daquele raio X, e da adoção de políticas públicas e legislações específicas, será possível identificar rapidamente problemas de qualidade do leite e ir a campo. E saber exatamente os motivos pelos quais a qualidade do leite piorou e daí desconfiar de possíveis fraudes, pois a baixa qualidade do leite é resultado de problemas nos programas de autocontrole ao longo de toda a cadeia – somente podemos produzir qualidade e segurança em alimentos mediante emprego autocontroles (boas práticas, protocolos de higiene) preventivos, proativos e sistemáticos A deficiência de autocontroles – e por conseguinte baixa qualidade do leite – não leva necessariamente à fraude, mas ocorre invariavelmente quando se detectam fraudes. Assim, o SISQL, em conjunto com os outros pilares do projeto da ministra, permitirá também a melhoria da qualidade média do leite brasileiro, mediante orientação da implementação de políticas de capacitação difusão de boas práticas agropecuárias, boas práticas de fabricação e outros programas onde elas são mais necessárias, e sobretudo, de forma inteligente e orientada. (Revista DBO Online/SP – 12/08/2015)((Revista DBO Online/SP – 12/08/2015))

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Alto nível de CCS prejudica leite e derivados

Fabricação de iogurte. Nível alto de CCS no leite causa impacto no crescimento das culturas lácteas As células somáticas são componentes naturais do leite e são compostas por células epiteliais (produ...((Revista DBO Online/SP – 12/08/2015))


Fabricação de iogurte. Nível alto de CCS no leite causa impacto no crescimento das culturas lácteas As células somáticas são componentes naturais do leite e são compostas por células epiteliais (produtoras de leite) e por células responsáveis pela resposta imune (leucócitos), as quais incluem os macrófagos, neutrófilos e linfócitos. Nas vacas sadias, os leucócitos compõem aproximadamente 75% das células somáticas, enquanto as epiteliais representam os 25% restantes. Entretanto, quando há infecção da glândula mamária, a população de leucócitos atinge entre 90% e 99% das células somáticas, com predomínio inicial dos neutrófilos. Desta forma, a contagem de células somáticas (CCS) tem sido usada principalmente como indicador da saúde do úbere e da qualidade do leite. Biologicamente, a função das células somáticas é proteger a glândula mamária de infecções, por meio da imunidade inespecífica ou pela produção de anticorpos e resposta celular específica contra bactérias causadoras de mastite. Quando essas bactérias invadem a glândula mamária, por meio do canal do teto, há uma resposta imune para combater a infecção, sendo que um dos principais mecanismos da resposta é a migração de neutrófilos do sangue para o leite. A função básica dos neutrófilos é eliminar as bactérias causadoras de mastite e produzir substâncias mediadoras da inflamação, os quais regulam a resposta imune. Por outro lado, os linfócitos atuam de forma a reconhecer a presença de antígenos e participar da resposta imune específica contra as bactérias, o que inclui a síntese de anticorpos. Considera- -se que o principal fator que altera a quantidade total de células somáticas do leite é a ocorrência de uma infecção intramamária. A gravidade e a intensidade da resposta imune são proporcionais ao aumento da CCS em resposta a uma infecção. Assim, em nível de rebanho, quanto maior o número de quartos infectados, maior a CCS do tanque. Em nível individual, considera-se que uma vaca leiteira apresenta mastite subclínica quando a CCS é maior do que 200 mil células por mililitro (ml). No entanto, a legislação de cada país estabelece um limite máximo legal de CCS para o consumo humano: na União Europeia e no Canadá aceita-se CCS menor do que 400 mil células/ml; no Brasil, menos do que 500 mil cel/ml; nos EUA, menos do que 750 mil cel/ml. Além da mastite, algumas características individuais da vaca também podem influenciar, ainda que de forma menos impactante, a CCS do leite: nível de produção, estágio e número de lactações, variação individual, fatores sazonais e ambientais. Por exemplo, os estudos indicam que a CCS aumenta de acordo com o avanço da lactação, o que pode ocorrer em razão do aumento da descamação e da morte de células epiteliais ao fim da lactação e pelo maior risco de novas infecções à medida que avança a lactação. Da mesma forma, a idade e o número de lactações também podem influenciar a CCS. Além disso, a CCS de vacas primíparas é menor do que em vacas adultas, sendo que este aumento está associado ao aumento da prevalência da mastite subclínica em vacas mais velhas. No entanto, a CCS varia pouco entre vacas jovens e adultas, mas que estejam sadias. Atualmente, a contagem de células somáticas pode ser realizada por vários métodos, mas o mais empregado tem sido a contagem eletrônica, por meio de metodologia de citometria de fluxo. Sendo assim, quando a CCS é realizada em amostras de tanque (rebanho) ou da vaca pode-se estimar as condições de saúde da glândula mamária e a qualidade do leite antes do processamento. A mastite subclínica, e consequentemente o aumento da CCS, causa redução da produção de leite da vaca afetada, além de alterações da composição. Ambos os fatores estão diretamente relacionados ao nível de CCS, sendo que quanto mais alto ele for, maiores serão as alterações. Tais alterações estão diretamente associadas com a resposta imune durante a mastite, pois na inflamação há redução da capacidade de síntese de componentes do leite e aumento da permeabilidade dos capilares entre o sangue e o leite. A maior permeabilidade dos capilares sanguíneos no úbere inflamado resulta em maior passagem de substâncias entre sangue e leite, o que resulta na alteração da concentração de seus componentes. As principais alterações encontradas no leite de vacas com mastite é a redução do teor de lactose, de caseína, de gordura e de cálcio do leite, em razão da menor capacidade de síntese pelas células epiteliais. Por outro lado, vacas com mastite produzem leite com maior teor de proteínas do soro, as quais são compostas principalmente por imunoglobulinas e enzimas. Do ponto de vista de processamento do leite, as alterações de composição causadas pela mastite resultam em redução do rendimento de fabricação de derivados lácteos como os queijos e o leite em pó. Além do efeito negativo sobre o rendimento industrial, a mastite causa aumento da atividade enzimática do leite, pois tanto a presença de maior CCS quanto as alterações causadas pela inflamação aumentam significativamente a concentração de enzimas proteolíticas e lipolíticas. A consequência direta da maior atividade enzimática é a redução da vida de prateleira dos derivados lácteos e o aparecimento de defeitos de qualidade, entre os quais se destacam o sabor rançoso e amargo. A liberação de ácidos graxos livres pela degradação da gordura do leite causa um defeito sensorial conhecido como “rancidez” do leite. No leite fresco de alta qualidade, a lipólise é causada principalmente pela ação da lipases presentes no leite, a qual está associada à fração de caseínas. No leite pasteurizado com alta CCS ocorre desenvolvimento de “rancidez” entre 14 e 21 dias após o processamento, enquanto o leite com baixa CCS não apresenta este defeito. Sendo assim, as células somáticas podem produzir lipases resistentes à pasteurização e que reduzem a vida de prateleira do leite pasteurizado. O aumento da degradação da caseína do leite durante o armazenamento pode resultar em acúmulo de peptídeos, que podem estimular o aparecimento de sabor amargo e adstringente no leite. A degradação de caseína no leite cru com baixa carga microbiana ocorre principalmente pela ação de uma enzima, a plasmina. No leite com alta CCS, os leucócitos podem aumentar a degradação de caseína do leite. Em razão da importância econômica, o impacto da alta CCS do leite sobre a qualidade e o rendimento do queijo foram bastante estudados. Diversas características de fabricação de queijo são afetadas pela mastite, dentre as quais podem ser destacadas o aumento do tempo de coagulação do leite, a diminuição da firmeza do coágulo do queijo, a maior perda de componentes do leite para o soro, o menor rendimento de fabricação e os defeitos de textura e alterações de características de sabor. Num estudo brasileiro, leite de vacas com menos que 200 mil; 200 mil a 600 mil ou maior do que 600 mil células somáticas/mililitro foram utilizadas para a fabricação de queijo tipo minas frescal. De acordo com os resultados, o uso do leite com alta CCS resultou em prolongamento do tempo de coagulação do queijo. Além disso, o produto fabricado com leite de alta CCS apresentou menor acidez (resultando em alteração do sabor) e maior perda de gordura e proteína solúvel através do soro. A utilização do leite com alta CCS resultou em menor rendimento (9,81%) na fabricação de queijo, quando comparado com o leite com baixa CCS. Na fabricação de iogurte, o uso de leite com alta CCS causa impacto negativo sobre o crescimento das culturas lácteas, o que pode afetar a processo de fabricação e afetar a qualidade final. Um estudo foi realizado para avaliar a composição e o sabor de iogurte integral fabricado com leite contendo diferentes níveis de CCS. Após armazenagem de 1, 10, 20 e 30 dias a 5 graus, as amostras de iogurte foram analisadas sensorialmente, sendo encontrada relação negativa significativa entre a CCS e a consistência e o sabor do iogurte avaliado aos 20 e 30 dias de armazenamento. Nos estudos sobre o efeito da CCS do leite sobre a qualidade do leite ultrapasteurizado (UHT) foram encontradas apenas pequenas diferenças nas características sensoriais do leite UHT produzido com leite contendo alta CCS. No entanto, o leite UHT fabricado com leite de alta CCS apresentou tendência a coagular durante o armazenamento mais rapidamente do que o leite normal. Este defeito de qualidade do leite UHT pode ter ocorrido principalmente por causa da maior degradação da proteína do leite com alta CCS. A mastite também afeta negativamente a qualidade do leite pasteurizado, pois acelera o desenvolvimento de defeitos de sabor, tais como “rancidez”e sabor amargo. Estes defeitos são causados pela lipólise e proteólise, respectivamente. A alta CCS no leite cru causa redução da vida de prateleira do leite pasteurizado, pelo aparecimento de sabores indesejáveis. A redução da vida de prateleira é determinada pela ação de enzimas derivadas das células somáticas ou que passam do sangue para dentro do leite, mantendo a sua ação enzimática mesmo após a pasteurização. (Revista DBO Online/SP – 12/08/2015)((Revista DBO Online/SP – 12/08/2015))

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Manter ou não o concentrado quando o preço do leite cai?

Estudo da Embrapa comparou o fornecimento de diferentes níveis de concentrado para o rebanho versus matéria seca Quando o preço do leite começa a cair, como observado no início deste ano em diversas r...((Revista DBO Online/SP – 12/08/2015))


Estudo da Embrapa comparou o fornecimento de diferentes níveis de concentrado para o rebanho versus matéria seca Quando o preço do leite começa a cair, como observado no início deste ano em diversas regiões, as margens de lucro dos sistemas de produção de leite tendem a ficar comprometidas. E, como a alimentação é o fator de maior importância na planilha de custos, toda e qualquer ação que modifique o manejo alimentar das vacas deve ser muito bem avaliada. Infelizmente muitos produtores reagem a esse cenário de queda de preços do leite reduzindo a oferta de concentrado para as vacas. Será esta a melhor estratégia? Há bom tempo defendo que a suplementação estratégica com concentrados para vacas sob pastejo pode ser uma boa ferramenta para aumentar a rentabilidade de sistemas de produção, desde que feita com muito cuidado e critérios. Agora este conceito merece ser conferido. Vamos tomar como base um trabalho feito pela Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora, MG, há dez anos, e que cabe perfeitamente para sustentar a argumentação. Os autores ofereceram dois níveis de suplementação concentrada para vacas em lactação mantidas em pastagens tropicais, e avaliaram os efeitos das diferentes doses de concentrado sobre a produção e a composição do leite. Um aspecto muito interessante do trabalho é que as avaliações foram feitas por três anos consecutivos, analisando-se 108 lactações completas. Foram testados dois níveis de suplementação concentrada, de 3 ou 6 quilos/vaca/dia. Infelizmente, o trabalho não mostra dados de composição do pasto, nem do consumo de matéria seca da forragem, mas como todas as vacas pastejaram na mesma área não é de se esperar variações. Na Tabela 1 são apresentadas as produções diárias de leite, com e sem correção para 3,5% de gordura. Na Tabela 2, encontram-se os valores referentes aos teores médios de proteína, gordura, lactose, ureia, sólidos totais e contagem de células somáticas (CCS) do leite. Com relação à produção de leite, como era de se esperar, as vacas que receberam mais concentrado produziram mais. Infelizmente não temos os dados de consumo do pasto, mas é de se esperar que tenha havido efeito de substituição da forrageira pelo concentrado, de forma que as vacas que receberam os 6 quilos de concentrado provavelmente consumiram menos matéria seca em relação às que receberam 3 quilos de concentrado. A coisa mais importante a se perguntar agora é: mas será que este nível maior de suplementação é vantajoso? Oferecer 3 quilos a mais de concentrado para ter uma produção adicional de apenas 3,6 quilos de leite? Isso depende dos preços do leite e do concentrado. Ao fazer uma simulação dessa situação, considerando um consumo de 10 kg de matéria seca de pasto para as vacas que receberam 3 kg de concentrado e de 8,5 kg de matéria seca de pasto para as que receberam 6 kg do suplemento, observamos um cenário bem interessante, mostrado na Tabela 3. Nessa simulação consideraram-se os valores de produção de leite obtidos do trabalho analisado, e um custo de R$ 0,085/kg de matéria seca de pasto. Notem que em qualquer preço do leite sempre o forneci mento de 6 kg de concentrado gera um retorno sobre o custo dos alimentos (RSCA) maior do que o fornecimento de 3 kg de concentrado, independentemente do preço deste produto. Ou seja, isso mostra claramente que dar mais concentrado para as vacas é vantajoso, mesmo aumentando o custo de produção, pois o saldo financeiro depois de descontada a comida das vacas é maior. E o que é de fato interesse não é o que se gasta para produzir, mas o que sobra no fim das contas. É importantíssimo ressaltar que os resultados dependem muito da qualidade da forragem, o que não foi discutido nesse trabalho. Quanto melhor a qualidade do pasto, maior a chance de se ganhar dinheiro com a suplementação concentrada. Outro fator fundamental para obter bons resultados com a suplementação é trabalhar com vacas especializadas, que tenham potencial para responder favoravelmente ao maior fornecimento de concentrado. O que interessa ao produtor é ganhar dinheiro, e, pelo que mostram os resultados do trabalho, a suplementação concentrada pode ser uma excelente ferramenta para se ter mais lucro. Trocando em miúdos, cortar o concentrado das vacas quando o preço do leite cai parece claramente ser uma má ideia. Obviamente sempre é importante avaliar a viabilidade da suplementação, e a análise da RSCA é uma boa ferramenta para auxiliar na tomada de decisão. (Revista DBO Online/SP – 12/08/2015)((Revista DBO Online/SP – 12/08/2015))

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Aleitamento na dose certa

Aumento da oferta de dieta líquida a bezerros garante vacas precoces e produtivas Restringir a oferta de leite ou sucedâneo para os bezerros recém-nascidos é estratégia comumente adotada por criadores...((Revista DBO Online/SP – 12/08/2015))


Aumento da oferta de dieta líquida a bezerros garante vacas precoces e produtivas Restringir a oferta de leite ou sucedâneo para os bezerros recém-nascidos é estratégia comumente adotada por criadores. A prática mais corriqueira é fornecer 4 litros de leite por dia aos bezerros até que estes completem dois meses, sem nenhum ajuste para as mudanças de peso do animal ao longo da fase de aleitamento. Com esta prática, os criadores acreditam que a oferta de um volume fixo de leite facilita o manejo e ainda reduz os custos de criação. Esta estratégia é baseada, porém, em estudos do início do século passado, quando pesquisadores afirmavam que o fornecimento de dieta líquida equivalente a 10% do peso corporal do animal era suficiente para forçar o consumo precoce de alimentos sólidos, reduzir a fase de aleitamento e evitar diarreias, principalmente no primeiro mês de vida. Entretanto, avaliações recentes levaram a comunidade científica a constatar que a restrição de dieta líquida, ao contrário do que se imaginava, reduz a eficiência da conversão alimentar em bezerros. “O consumo de quatro litros de leite por dia é muito menor do que o de animais criados junto com suas mães, que chegam a beber de 16% a 30% do peso vivo. Além disso, esses bezerros criados com as mães ficam menos doentes, têm ganho de peso até 2,4 vezes mais rápido nas primeiras duas semanas de vida e 14 vezes mais rápido nas duas semanas subsequentes”, afirma a professora Sandra Gesteira Coelho, vice-diretora da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com sede na capital, Belo Horizonte. A professora explica que a fase que vai do nascimento à desmama (60 dias) é a mais delicada na vida dos bezerros, pois eles precisam se adaptar às exigências nutricionais a partir do leite ou sucedâneo, iniciar o crescimento e o desenvolvimento pós-natal, além das mudanças metabólicas, nutricionais e comportamentais para se tornar um ruminante funcional. “É neste período que estão os maiores índices de mortalidade, de 15% até os 90 dias, e de enfermidades. A nutrição adequada é imprescindível para reduzir a suscetibilidade às doenças, além de proporcionar aumento da taxa de ganho de peso até a desmama e potencializar a expressão genética dos animais, diminuindo o risco de descartes involuntários”, assegura a professora Sandra Gesteira. É plausível admitir que os bezerros de raças leiteiras que recebem 4 litros de leite diários até os 30 dias de vida estão submetidos a um programa de alimentação que não permite altas taxas de ganho de peso e ainda os deixa extremamente vulneráveis para responder às agressões de patógenos ou quando a temperatura está acima ou abaixo da zona adequada, entre 15 e 25 graus. Como evitar isso? Aumentando a oferta de leite – a principal matéria-prima da fazenda – para os bezerros? Não necessariamente. O pesquisador Rafael Alves de Azevedo trabalhou com praticamente este mesmo volume tradicionalmente ofertado para os bezerros até o 59º dia de vida: 240 litros no total, em média. Mas, em vez de ofertá-los de forma homogênea, quatro litros por dia, fracionou o fornecimento, começando com seis litros e reduzindo gradativamente para um litro com a desmama aos 60 dias de vida. O sistema que preconiza o fornecimento de leite em maior volume nas primeiras semanas de vida tem recebido vários nomes, como “crescimento acelerado”, “nutrição intensificada” ou “crescimento biologicamente apropriado” e consiste no fornecimento de maior volume de leite ou sucedâneo em relação aos sistemas convencionais. Neste modelo, houve o aumento de 14 litros de leite integral, ofertado de forma artificial em baldes com bico, e a manutenção da colostragem por mais um dia, na comparação com a dieta convencional. Como consequência, o tratamento garantiu animais desmamados mais pesados e com maior consumo de concentrado na desmama. “O maior consumo médio de sólidos pelos animais do grupo fracionado comprova que o sistema de aleitamento proposto, mesmo com maiores quantidades de leite fornecidas no início de vida dos bezerros, favoreceu o consumo. Esse resultado pode ter ocorrido pelo fato de o aleitamento fracionado ter fornecido um volume de leite superior ao convencional somente nas primeiras semanas de vida, seguido por reduções graduais, o que acabou gerando estímulo para os animais buscarem o concentrado como opção de alimento para atendimento das suas exigências”, explicou Azevedo, que é zootecnista e apresentou a pesquisa como tese de dissertação para obtenção do título de mestre em Ciências Agrárias pela UFMG. O experimento foi realizado no Setor de Bovinocultura Leiteira do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG, em Montes Claros, MG, com 22 animais da raça Holandesa, 12 machos e 10 fêmeas, com peso corporal inicial médio de 37,26 quilos, divididos em dois grupos. Os bezerros que receberam aleitamento fracionado apresentaram maior consumo de matéria seca total, consumo de feno e consumo de água a partir das últimas semanas da valiação, além de maior altura de cernelha, demonstrando um possível potencial para o desempenho após o desaleitamento. “Nesta fase os animais aleitados de forma fracionada estavam recebendo a metade de dieta líquida quando comparados aos animais aleitados de forma convencional e, mesmo assim, não reduziram o ganho de peso”, lembra Azevedo. Os resultados financeiros para este grupo também foram melhores. Embora o custo operacional tenha sido R$ 13,38 mais caro por animal, por causa da maior oferta de leite no primeiro período e do maior consumo total de matéria seca do concentrado, os bezerros do sistema fracionado ganharam mais peso, o que diluiu os custos, que, no fim, ficaram 3,51% inferiores ao convencional. (Revista DBO Online/SP – 12/08/2015)((Revista DBO Online/SP – 12/08/2015))

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Bem nascidas e criadas

Em Goiás, a Piracanjuba estimula criadores a terceirizar a recria de fêmeas para receber as novilhas cheias após 22 meses Prejuízos e noites mal dormidas. Assim foi 2014 para o pecuarista Carlos Antôn...((Revista DBO Online/SP – 12/08/2015))


Em Goiás, a Piracanjuba estimula criadores a terceirizar a recria de fêmeas para receber as novilhas cheias após 22 meses Prejuízos e noites mal dormidas. Assim foi 2014 para o pecuarista Carlos Antônio Vieira Montes. Por pouco o ano passado não marcou o fim de sua atividade, na Fazenda Montes, em Bela Vista de Goiás, GO. Produtor de leite há três anos, ele não sabia mais o que fazer diante do grande número de fêmeas que morriam antes de chegar à idade de reprodução e lactação, grande parte até os três meses de vida. Das 30 bezerras nascidas no ano passado, só vingaram 15. Somando preço de mercado e custo de produção desses animais, o criador estima ter perdido pelo menos R$ 18 mil. O problema, segundo ele, vinha se arrastando desde o momento em que instalou a atividade na sua propriedade de 20 hectares. “As mortes eram tantas que não conseguíamos diagnosticar as doenças”, conta. Entretanto, ele mesmo sabia quais eram alguns dos principais fatos geradores de tanta inconsistência: “Descuido com a temperatura do leite, formulação equivocada de sucedâneo, falta de higiene nas mamadeiras, cura mal feita de umbigo e mão de obra desqualificada”. Montes – que durante o dia trabalha em um escritório de logística – estava em um beco sem saída: seu único funcionário não dava conta de tocar todas as etapas da produção de leite da fazenda e não encontrava substituto. Por causa dos prejuízos com as perdas de animais, não tinha recursos para contratar mais gente e muito menos para reestruturar pontos da fazenda que permitissem melhor cuidado com as bezerras. Em março deste ano, o criador encontrou um caminho. Simplesmente terceirizou todo o manejo de desenvolvimento das fêmeas. A partir do nascimento, a bezerrinha deixa a propriedade com a promessa de voltar 22 meses depois, já prenha. Esta alternativa ele encontrou no Projeto de Recria de Fêmeas, direcionado a produtores que, como ele, fornecem leite para o Laticínios Bela Vista, detentor da marca Piracanjuba. O trabalho, que começou a ser adotado no início do ano, integra o Piracanjuba Pró-Campo, programa de apoio técnico ao produtor de leite que objetiva fornecer conhecimento e condições práticas para potencializar a atividade nas fazendas. O projeto de recria está, por enquanto, todo concentrado na fazenda-escola da indústria (ocupando 11 dos seus 31 hectares), a dois quilômetros do laticínio, em Bela Vista de Goiás, a 48 km da capital, Goiânia. As bezerras de Montes e as de mais 11 produtores integram este primeiro núcleo que pretende devolver aos criadores as primeiras novilhas prenhes até o fim de 2016. A um custo de R$ 140/mês por animal, Montes está desembolsando R$ 46.200 ao longo de 22 meses para repassar ao projeto a responsabilidade pelo desenvolvimento e inseminação de 15 fêmeas. “Vale a pena, com certeza. Vou ter animais com saúde superior, mais precoces, reproduzindo mais cedo e com longevidade. Ao fim receberei 15 novilhas prenhes, cada uma hoje com um valor de mercado em torno de R$ 6.000. Isso quer dizer que estou investindo R$ 46.800 para receber R$ 90 mil, sem contar o que vou ganhar com o leite desses animais.” Mas os benefícios para o seu negócio devem ir além, acredita: “Até o sétimo mês de gestação as fêmeas que estão na fazenda-escola permanecerão lá. Com isso, ganho espaço em minha fazenda, trabalhando com menos animais não produtivos, poupando energia e garantindo mais pasto ao rebanho que ficou. Isso está permitindo que eu reestruture gradativamente a propriedade”. Como o Projeto Recria de Fêmeas contempla ainda a capacitação mão de obra, o pecuarista também começou a utilizar as informações para promover mudanças internas. “Demiti aquele funcionário e contratei outro que já passou por treinamento de manejo na fazenda-escola. Também mudamos nossa rotina de trabalho. Minha mulher, que não se envolvia diretamente com a produção leiteira, agora é responsável pelo acompanhamento das fêmeas”, conta. “Como não residimos na fazenda, eu vinha aqui, em média, duas vezes na semana; agora marco presença todos os dias, muitas vezes pela manhã e à tarde”, conta a esposa, Eguimar Josefina Borges Montes. “Aos poucos estamos aprendendo e ajudando a controlar as demandas do programa”, completa. Apesar de cientes de que alterações definitivas em volume da produção leiteira só devem ocorrer de forma mais concreta a partir do início de 2017, ambos já relatam mudanças sensíveis na propriedade, sobretudo em qualidade, depois que começaram a receber orientações do Pró- Campo, antes de encaminhar as bezerras para a recria terceirizada. Inicialmente, Montes optou por trocar seu rebanho, de baixa aptidão leiteira. “Para evitar fazer melhoramento, o que demandaria anos, optamos por vender tudo e adquirir um novo rebanho com genética apurada e de procedência. Em pouco mais de um ano, a média de produção, que era de 9,4 litros/animal/dia, passou para 14 litros. A produtividade pulou de 25 litros/ha/dia para 37,5 litros/ha/dia. Nossa meta é que cada vaca consiga produzir uma média de 25 litros/dia na mesma área que hoje utilizo”, diz. (Revista DBO Online/SP – 12/08/2015)((Revista DBO Online/SP – 12/08/2015))

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