Notícias do Agronegócio - boletim Nº 707 - 13/09/2016 Voltar

Genética, o insumo multiplicador

Nos últimos 40 anos, o agronegócio brasileiro passou por uma verdadeira revolução. Saímos de uma condição de importadores de alimentos para uma posição de destaque no fluxo mundial de exportações agrí...((Jornal Correio do Estado/MS – 12/09/2016))


Nos últimos 40 anos, o agronegócio brasileiro passou por uma verdadeira revolução. Saímos de uma condição de importadores de alimentos para uma posição de destaque no fluxo mundial de exportações agrícolas. Tudo isso foi possível graças à inovação, à tecnologia e a muito trabalho, que resultaram na constituição de uma verdadeira agropecuária tropical. Neste período, aumentamos nosso rebanho e nossa taxa de lotação por hectare, o que, apesar de ter sido um grande avanço, quando observamos a demanda de alimentos, as questões ambientais e a necessidade de melhor remunerar o pecuarista, constatamos que ainda existem grandes desafios a serem superados. Para ilustrar os avanços do setor, hoje o agronegócio representa em torno de 21,4% do Produto Interno Bruto brasileiro e, dentro desta fatia, o setor da pecuária fica responsável por aproximadamente 32%, segundo dados de 2015 do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). Porém, mesmo com resultados positivos, as demandas mundiais nos pressionam todos os dias para aumentarmos ainda mais nossa produtividade. Em suas mais recentes publicações, a Organização das Na- ções Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) deixa clara a necessidade de o Brasil assumir o papel de celeiro do mundo, sendo um dos protagonistas na manutenção da segurança alimentar mundial. Segundo projeções da entidade, em 2050 o planeta terá 9 bilhões de pessoas, o que demandará um aumento de 70% na produção mundial de alimentos. Sob vigência deste novo contexto, não há mais como fugir dos novos desafios. Graças às novas tecnologias, produtos da revolução “agrotropical” realizada no Brasil, hoje é possível viabilizar a produção de mais quilos de carne por hectare. Quando falamos em aumento de produtividade no campo, pensamos sempre em técnicas e insumos agropecuários, Integração Lavoura-PecuáriaFloresta (ILPF), manejo rotativo, bem-estar e saúde animal, nutrição, etc. Mas, por vezes, deixamos fora deste conceito um dos insumos mais importantes para a produção pecuária e justamente aquele capaz de potencializar o uso de todos os demais: a genética. Neste cenário competitivo, opções anteriormente comuns, como a utilização de touros sem registro e a ausência de preocupação com o melhoramento contínuo do rebanho, mostram-se cada vez mais ineficientes na busca por resultados que atendam o mercado. Portanto, temos convicção de que a genética é o grande insumo multiplicador da pecuária. Além de possibilitar maior ganho durante o ciclo produtivo, esse é o único insumo com o potencial de ser transmitido por todos os demais ciclos produtivos de uma fazenda. Recentemente, foi publicada uma pesquisa que reforça essa visão. Os resultados obtidos pela inserção de animais melhoradores estão sendo continuamente comprovados pela academia Um estudo conduzido por Sérgio De Zen, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), e realizado com apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) trouxe dados muito interessantes sobre a utilização de touros registrados. Os pesquisadores compararam fazendas que utilizam genética zebuína registrada e provada pelo PMGZ com propriedades que utilizam touros sem registro. Como objeto de pesquisa, comparou-se uma fazenda de cria que tem o hábito de adquirir touros melhoradores no estado de Mato Grosso com outra propriedade tecnicamente próxima, mas que não faz esse investimento. Chegaram a uma diferença de 14,5% na margem de lucro líquido, representando, aproximadamente, R$ 230,00 por hectare. Outros resultados se mostraram ainda mais estimulantes, como quando comparamos as margens de lucro líquido de propriedades de cria em Goiás. Nesta comparação, a propriedade que apostou em genética teve um ganho líquido por arroba de R$ 250,76, enquanto aquele que não investiu obteve um ganho de apenas R$ 197,92, uma diferença de 26,7%. O Brasil está de frente com um grande desafio, mas com o auxílio de técnicas e insumos adequados a pecuária brasileira segue com o potencial de levar o País a um patamar ainda maior em relação à sua relevância no cenário mundial. Está mais do que comprovado o papel determinante da genética nessa equação; por isso, é bom levarmos em consideração os números no momento de adquirir um touro avaliado. A chave para o melhor aproveitamento de todo seu investimento em insumos e manejo pode estar nele! (Jornal Correio do Estado/MS – 12/09/2016) ((Jornal Correio do Estado/MS – 12/09/2016))

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Missão do agronegócio à Àsia, que ainda segue, já gerou US$ 50 milhões

Blairo Maggi faz balanço do avanço das negociações, que inclui proteínas Cinco cidades da China e Seul, na Coreia do Sul. Essa foi a rota da recente viagem do ministro da Agricultura, Pecuária e Abast...((Revista Feed & Food Online/SP – 12/09/2016))


Blairo Maggi faz balanço do avanço das negociações, que inclui proteínas Cinco cidades da China e Seul, na Coreia do Sul. Essa foi a rota da recente viagem do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, que gerou cerca de US$ 50 milhões em negócios nos setores de carnes, café, grãos e madeira. Além do apelo para investimentos no Brasil em agroindústria, infraestrutura e logística. De acordo com o ministro, um dos momentos marcantes foi à reunião do G20, na China, ao lado do presidente Michel Temer, sobre o aumento da importação dos produtos agropecuários brasileiros. “É vital que aumentemos nossas exportações, porque isso vai gerar empregos e aumentar a renda dos trabalhadores”, pontuou o ministro. Também, em conversa com empresários chineses que participaram do seminário empresarial Brasil-China, em Xangai, Blairo sinalizou sentimento de que eles estão dispostos a investir no Brasil porque o momento é favorável. Já na missão com destino à Coreia do Sul foi trabalhada a questão da carne suína. O governo coreano deve liberar em breve a entrada do produto de Santa Catarina, segundo informações de Maggi. O vice-ministro da Agricultura destacou que em dois meses o Congresso deverá aprovar a importação e, em seguida, técnicos coreanos irão ao Brasil para a fase final de inspeção sanitária em frigoríficos. “Quero que eles passem a comprar nossa carne bovina também. Meu maior argumento junto aos coreanos foi: vocês compram carnes do Uruguai, eles têm pouco mais de 3,4 milhões de habitantes. O Brasil tem 200 milhões de habitantes. Onde você vai vender mais carros Hyundai, Kia, smartphones, TVs Samsung ou LG? No Uruguai ou no Brasil? Então, abram o mercado para nós”, diz o ministro durante entrevista. “Muitas vezes a gente imagina que basta conversarmos de governo para governo que as coisas serão encaminhadas. Não é bem assim. A gente começa a entender que existem peculiaridades, questões políticas, que influem direta e indiretamente no processo”, fala Maggi sobre a missão e o contato direto com as autoridades locais. Segundo ele, na Coreia, por exemplo, está claro que a resistência em liberar a importação de determinados produtos é consequência da pressão de setores que temem a concorrência, como produtores tradicionais. Há ainda questões de política externa envolvendo outros países, como os Estados Unidos, maior vendedor de carne para os coreanos. Já na China, segundo o ministro, existem questões que podem favorecer o maior ingresso de carne brasileira, como atritos diplomáticos com a Austrália. “Nós queremos que os chineses comprem mais produtos processados do Brasil, com maior valor agregado, e comprem mais carne. Temos que estudar quais contrapartidas poderemos dar para eles. A proposta inicial é que façamos parte do comércio em reais e yuan, o que é muito complicado e, para viabilizar isso, seria necessária uma engenharia financeira muito sofisticada envolvendo os bancos centrais”, adianta. De acordo com ele, o papel do ministro da Agricultura é justamente abrir as portas, para que os empresários do agronegócio brasileiro possam ter acesso aos canais de venda e de negociação. Seguindo o roteiro na Tailândia, a viagem ainda incluirá Myanmar, Malásia, Vietnã e Índia. (Revista Feed & Food Online/SP – 12/09/2016) ((Revista Feed & Food Online/SP – 12/09/2016))

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Quatro safras por ano

Ele dedicou a vida a desenvolver técnicas agronômicas para recuperar solos do Cerrado e aumentar a produtividade de lavouras até que criou a integração lavoura-pecuária-floresta Lá vem ele: jeitão sim...((Revista Globo Rural Online/SP – 12/09/2016))


Ele dedicou a vida a desenvolver técnicas agronômicas para recuperar solos do Cerrado e aumentar a produtividade de lavouras até que criou a integração lavoura-pecuária-floresta Lá vem ele: jeitão simples, agitado, divertido, cabelos bem loiros despenteados, camisa, calça e sandálias. Por onde o agrônomo João Kluthcouski - JoãoK no mundo do agronegócio - passa, deixa uma lição, que pode ser sobre o solo, sobre o meio ambiente ou sobre a ciência. Dedicou toda a sua vida profissional, que começou em 1970 na Universidade de Pelotas (RS), a pesquisar e, de tanto fazê-lo, tornou-se um especialista, um construtor de solos. Cientista agrícola da Embrapa Arroz e Feijão, com sede em Santo Antonio de Goiás (GO) desde 1974, e com um currículo de 45 páginas, JoãoK atua na área de recuperação de solos desde o começo da década de 1980. Estava presente na edição número 1 de Globo Rural, em 1985, mostrando como os agricultores-leitores poderiam preparar o solo para o plantio com aragem e gradagem, uma revolução para o período. Naquela época, nem ele mesmo sabia que estas técnicas se tornariam parte de sua mais brilhante tese, a da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Hoje, JoãoK é o expoente desse sistema, capaz de recuperar solos degradados, e oferecer ao produtor rural, quatro safras por ano. “Com esta técnica, o Brasil pode assombrar o mundo com a produção agropecuária”, afirma. JoãoK está aperfeiçoando a técnica ILPF faz muitos anos. Vive sua vida para isso. Desde o começo da carreira, busca formas de manejo nas lavouras de grãos do Cerrado que evitam o desgaste do solo. Mais ainda, com o passar dos anos, dedicou-se a buscar soluções para recuperar os solos deste ecossistema. “Com a prática no campo, percebemos como o consórcio de culturas anuais com forrageiras em áreas de lavoura, tanto em sistemas de plantio direto como convencional, poderiam ajudar o solo a recuperar suas perdas, acumuladas ao longo de anos de uso extensivo”, diz o cientista, que nos anos 1980, criou o chamado Sistema Barreirão. “Foi o início de tudo”, lembra. O Barreirão é uma das tecnologias desenvolvidas por ele para recuperar e renovar pastagens em consórcio com culturas anuais. Arroz, milho, sorgo, milheto com forrageiras, leguminosas forrageiras. Para JoãoK, tudo é válido. “O Barreirão criou uma opção de recuperação de pastagens e proporcionou a expansão das potencialidades da área para o cultivo de arroz de sequeiro, mas outras culturas foram inseridas no sistema para superir as necessidades do pecuarista”, explica. A técnica ganhou esse nome porque JoãoK foi testa-la na Fazenda Barreirão, que fica em Piracanjuba, também em Goiás. De lá, anos depois, passou a usar seus conhecimentos na Fazenda Santa Fé, em Santa Helena de Goiás, e testando e experimentando, criou o revolucionário Sistema Santa Fé ou a Integração lavoura-pecuária (ILP). Essa tecnologia é baseada no consórcio de cultivos anuais como soja, arroz, milho, sorgo com plantas forrageiras, especificamente a braquiária. “Eu fico até emocionado ao ver o serviço ambiental que este capim presta ao solo”, diz o cientista. E ele fica mesmo, porque JoãoK trata o seu trabalho no campo com um amor incondicional. “Inicialmente, foi criado com o objetivo de recuperar pastagens, mas depois, percebemos que era um sistema que fornecia forrageiras e culturas anuais aos animais.” O próximo passo de JoãoK no aperfeiçoamento do sistema aconteceu em Ipameri (GO). Na Fazenda Santa Brígida, ele implementou o que todo produtor rural gostaria de ter, um sistema que permite quatro safras por ano e pastos recuperados com o menor custo possível. “A ILPF é uma evolução do Santa Fé porque além dos que já fazíamos na integração da lavoura com a pecuária, adicionamos o elemento florestal”, explica. “O pasto degradado, virou solo fértil. Há uma safra de soja, uma de milho, uma de boi e uma de braquiária. É incrível”, ressalta o agrônomo, que é descendente de ucranianos (daí o sobrenome complicado). A ILPF funciona assim: em solos degradados, o plantio de grãos (soja ou milho) consorciado com a braquiária traz de volta à terra exaurida os nutrientes perdidos, sobretudo o nitrogênio. A cada safra, as raízes conseguem penetrar mais o solo e buscar as vitaminas necessárias para aumentar a produtividade das lavouras. “é um esquema: planta e colhe a soja. Planta milho e capim, colhe o milho e deixa o capim. Bom, aí, você terá uma palhada farta e insere o gado, que engorda neste pasto nutritivo, mais rápido. Com seis, sete anos, você maneja o elemento florestal, que ficou anos capturando CO² para crescer”, diz JoãoK, quase lágrimas de emoção nos olhos. “Eu fico emocionado mesmo em ver esse sistema”, admite. Hoje, de acordo com a Rede de Fomento à Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, estima-se que existam no Brasil cerca de 3 milhões de hectares cultivados com esse sistema. Ainda não há dados concretos nem oficiais sobre o tamanho desta área. “Mas te garanto que não é só no Cerrado que podemos fazer isso, recuperar a pastagem degradada, diversificar o negócio da propriedade e ainda, produzir mais, muito mais alimentos, na mesma área onde antes só se produzia gado. Ou nem produzia mais gado de tão degradado que estava.” O sonho de JoãoK é ver o Brasil crescer, nos pastos, com o sistema ILPF. “É porque é um sonho viável e que será muito benéfico, não somente para a economia do país como um todo, mas para todos os agricultores e produtores rurais brasileiros, que hoje já entenderam que uma economia de baixo carbono, sustentável, é o futuro. E nós podemos sim, assombrar o mundo com esse sistema”. (Revista Globo Rural Online/SP – 12/09/2016) ((Revista Globo Rural Online/SP – 12/09/2016))

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Brasil, um estranho país

Em um mundo estagnado, o governo golpista atua para matar a agricultura familiar. Na coluna anterior, procurei ampliar o conceito de agricultura familiar para além da batida exclusivista de que ela é ...((Revista Carta Capital Online/SP – 12/09/2016))


Em um mundo estagnado, o governo golpista atua para matar a agricultura familiar. Na coluna anterior, procurei ampliar o conceito de agricultura familiar para além da batida exclusivista de que ela é importante apenas por ser responsável em mais de 70% da produção de alimentos para o mercado interno. Verdade, mas não só. Ela é alta agregadora de valor, faz parte do agronegócio e é excelente aparelho de inserção social. Quem ainda não foi atrás desse trio elétrico já morreu. Da mesma forma, alertei que nos sacos de maldades que carregam os economistas neoliberais, hoje no governo ilegítimo, há pesadas intenções de deixá-la à mercê do mercado sem as garantias que precisa para sobreviver. Acrescentei que se não mudasse de ideia, voltaria ao assunto. Não mudei. A agropecuária brasileira, especialmente a agricultura empresarial, se liquidada no futuro, o será pelas armas externas de destruição e não pelo cartaz que tem junto a quem manda no País. Tomou espaço na política e na mídia, vantagens na legislação, avançou em tecnologia, e foi bafejada pela sorte achada num biscoitinho chinês. Só não vai melhor pois quem aqui pensa infraestrutura é desmiolado e quer todas as vantagens que venham do investimento público. Do lado dos agricultores, eles morrem de pena dos fabricantes de agroquímicos e enchem-lhes os bolsos de dinheiro. No abastecimento interno, no entanto, não precisaremos da ajuda de ninguém. Nós mesmos faremos o serviço. Aliás, a hidra golpista já reservou uma de suas cabeças para o setor. Exemplos, a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário e, recentemente, a reordenação de verbas para favorecer o agronegócio empresarial. A agricultura familiar e a produtividade em assentamentos precisam de cuidados para produzir e se reproduzir. Abandoná-las a um planeta regrado pelos mercado financeiro e concentração de riqueza é condená-las à morte. Inclua-se aí grandes contingentes de humanos. Previsões apontam para que as áreas de arroz e feijão aumentarão quase nada, prenúncio que pautará o Jornal Nacional, da TV Globo, no ano que vem. William e Renata arregalarão olhos e sobrancelhas para os preços desses produtos. Isto se, até lá, o povo ainda mantiver a estranha mania de comer. Caso é, impolutos patos-amarelos, porta-vozes e economistas-chefes, que depois de a globalização proporcionar, entre 1980 e 2005, crescimento de 120% na renda real média mundial, os mais lúcidos analistas econômicos do planeta a veem empacada ou em retrocesso. Desde 2008, vivemos o período mais longo de estagnação, desde a Segunda Guerra Mundial. Pior. Mesmo o período positivo ocorreu de forma assimétrica, colaborando pouco para diminuir a desigualdade. Agora, quando se acentua a falta de oportunidades de produção e trabalhos industriais e agrícolas, as crises se sucederão mais graves. Acreditar que o mercado financeiro e os juros estratosféricos nos salvarão é o mesmo que esperar resultados da rodada Doha, acordos multilaterais e diminuição do protecionismo. Ah, esqueci. Tanta a tolice das elites brasileiras, que nas manifestações de gordas e disformes coxas pedia-se Donald Trump para nos salvar. O governo usurpador acredita conhecer aparelhos e ferramentas capazes de atender produção e trabalho. São os palhaços do ajuste. Em minhas conversas com empresários do setor produtivo é comum escutar: “Quem é o louco que irá investir em produção e comércio com essa taxa de juros. Eu hein? Demito, corto o cafezinho, terceirizo mão de obra, e mando pau na Tesouraria”. Também louco, vêm-me à cabeça palavras em desuso como cassino e overnight. Peço ajuda. Martin Wolf, editor de economia do Financial Times: “Promover o avanço da globalização exige políticas internas e externas diferentes das do passado”. Larry Summers chama a atual fase da economia de “estagnação secular”. Paul Krugman, de “economia diabética”, dinheiro mundial barato e crescimento japonês. Joseph Stiglitz avisa que “as grandes corporações estão sentadas em centenas de trilhões de dólares”. Em um mundo assim, nada mais inteligente do que matarmos a agricultura familiar. Estranho País, este. (Revista Carta Capital Online/SP – 12/09/2016) ((Revista Carta Capital Online/SP – 12/09/2016))

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Gigantes chinesas do agronegócio anunciam para Maggi intenção de expandir em Mato Grosso

Gigantes chinesas do agronegócio, como a Hunan Dakang, planejam expandir a atuação no Brasil, mais precisamente em Lucas do Rio Verde. A possibilidade de ampliação de negócios em Mato Grosso, especial...((Portal Olhar Direto/MT – 12/09/2016))


Gigantes chinesas do agronegócio, como a Hunan Dakang, planejam expandir a atuação no Brasil, mais precisamente em Lucas do Rio Verde. A possibilidade de ampliação de negócios em Mato Grosso, especialmente, foi um pontos ouvidos pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, durante a sua passagem pela Ásia. Para o ministro, que nos últimos quinze dias, visitou cinco cidades chinesas, além de Seul, na Coreia do Sul, caminhos estão sendo abertos "para um série de oportunidades para o Brasil". A informação de que a Hunan Dakang está de olho em expandir a sua participação em uma empresa localizada em Lucas do Rio Verde e que pretende comprar outras na região é da coluna Radar On-Line da Veja. A coluna da Veja destaca que, além das chinesas, empresas japonesas possuem atuação forte em Mato Grosso e cita a Sogitso como exemplo. Tal empresa japonesa, conforme a coluna, possui associação com a companhia Cantagalo, de Josué Alencar, filho do ex-vice-presidente José Alencar. Ainda de acordo com o Radar On-line, a Cofco Agri, controlada pela estatal de alimentos da China, também está com intenções de ampliar sua participação no Brasil. O ministro Blairo Maggi e uma comitiva formada por representantes do Ministério da Agricultura e empresários teve início no final de agosto e deve estender-se até 25 de setembro. No roteiro da visita pela Ásia estão Seul (Coreia do Sul), Hong Kong e Chongqing (China), Bangkok (Tailândia), Yangon (Myanmar), Hanói (Vietnã), Kuala Lumpur (Malásia) e Nova Déli (Índia). Em cerca de quinze dias, o ministro percorreu cinco cidades chinesas e Seul na Coreia do Sul. Em suas redes sociais, Blairo Maggi classificou a etapa de visitas na China e Coreia do Sul como "positiva". Ele pontua ainda que "Estamos abrindo caminho para a uma série de oportunidades para o Brasil, como a atração de investimentos em produção na agroindústria e nas áreas de infraestrutura e logística. Foi uma experiência incrível, o povo daqui é determinado e consegue fazer as mudanças com rapidez". Como o Agro Olhar comentou recentemente, Maggi propôs para a China a criação de um grupo formado por diplomatas do consulado brasileiro e técnicos dos dois países com o intuito de "facilitar" o comércio de produtos do Brasil para o país asiático e vice-versa. O acordo foi proposto durante reunião com o chefe de governo da província de Cantão, Ji Jiaqi. (Portal Olhar Direto/MT – 12/09/2016) ((Portal Olhar Direto/MT – 12/09/2016))

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Agroecologia alavanca vida do agricultor familiar

O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) visa inserir produtores, agricultores familiares, assentados da reforma agrária, povos indígenas e povos e comunidades tradicionais em si...((Portal AgroLink/RS – 12/09/2016))


O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) visa inserir produtores, agricultores familiares, assentados da reforma agrária, povos indígenas e povos e comunidades tradicionais em sistemas de transição agroecológicos. Seu primeiro ciclo teve vigência de 2013-2015 e se destacou como uma experiência bem-sucedida de construção participativa em política pública, que promoveu avanços na criação, articulação e adequação de programas e ações em diversos estados. O Planapo 2016-2019 pretende intensificar ações. Um dos principais meios para atingir tal objetivo é a prestação de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Neste sentido, já foram apoiados pelo Planapo 147 projetos de Ater e beneficiadas 153.703 famílias. Apenas na modalidade Ater Agroecologia foi atendido um público de 39.803 beneficiários, cumprindo 25% da meta. A assertiva da experiência é que a agroecologia proporciona a ampliação das condições de acesso a alimentos saudáveis e engaja um novo modelo para a agricultura, a partir de técnicas de produção ecologicamente viáveis e relações que contribuam para o fortalecimento de bases estruturais socialmente justas e inclusivas para o campo. Uma das instituições que executam as metas do Planapo é a organização não governamental Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá, de Recife (PE), que é prestadora em quatro Chamadas de Ater nos seguintes Projetos: Caminhos para a Sustentabilidade no Sertão do Pajeú; no Agreste de Pernambuco; na Zona da Mata de Pernambuco; e Assistência Técnica para Mulheres Rurais no Sertão do Pajeú. As Chamadas proporcionam às 3.313 famílias agricultoras, assistência técnica pedagógica para a mudança de seus sistemas, com ações na produção agroecológica e agroflorestal, promoção da segurança alimentar e nutricional e acesso às políticas públicas. Com o público feminino, a Ater Mulheres trabalha o empoderamento político e a autonomia econômica delas. Para a coordenadora técnico pedagógica do Centro, Maria Cristina Aureliano, a importância do Planapo é existencial para os agricultores e agricultoras agroecológicos e suas organizações. “É preciso ter política pública e assistência técnica para fortalecer a agroecologia e a agricultura familiar, com recortes específicos e contínuos para jovens e mulheres”, declara. A agricultora familiar do município de Bom Jardim (PE), Chirlei Barbosa, de 32 anos, produz, desde a infância, uma grande variedade de verduras, hortaliças e frutas de maneira sustentável e compreende a riqueza que circunda esse sistema para o planeta. “A agroecologia é importante para o futuro, pois além de proteger os animais e o solo, alimenta melhor a população”, define a produtora. Com o marido desempregado e pouca renda, Chirlei, procurou a assistência técnica para uma alternativa. A capacitação dada pelo Centro Sabiá e o suporte da Ater Mulheres, alavancaram o ramo da produtora, que hoje comercializa a produção por meio dos programas PAA e PNAE e mantém uma banca na feira de Santo Amaro (Recife/PE). O faturamento desta família subiu de R$ 400 para R$1.200 em poucos meses. Além deste ganho, o que eles produzem alimenta toda a família. Segundo a instituição, a alimentação para quem optou pela produção agroecológica cresceu em qualidade e diversidade, beneficiando a segurança alimentar e saciedade das famílias. Outro destaque para esses produtores é a renda, que se tornou quatro vezes maior do que para quem continuou com a monocultura. Em pesquisa realizada em julho de 2015, a renda anual média líquida das famílias que optaram pela produção agroecológica, chegou à R$ 36.894,84 em contraste às famílias adeptas da agricultura convencional nessa mesma região, que apresentaram a renda média anual de R$ 8.100 provenientes de propriedades de mesmo tamanho cultivadas com a cana de açúcar. Apesar dos números expressivos, permanece, para o novo ciclo de implementação da política, o objetivo de ampliar a quantidade de recursos disponibilizados para a Ater agroecológica e o número de pessoas atendidas. Em soma, o desafio de assegurar que os avanço obtidos por meio do uso de metodologias participativas sejam internalizados no modo de operação de oferta de Ater. Neste sentido, a criação e entrada em funcionamento da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), na vigência do primeiro plano, representou um elemento estrutural importante para sua continuidade, pois a sociedade passou a contar com um instrumento potente de execução de serviços de Ater adaptado aos públicos específicos – extrativistas, mulheres, jovens e povos e comunidades tradicionais. O Planapo 2016-2019 almeja prestar Ater qualificada e continuada para 1.868 milhões de pessoas. Com o objetivo engajar valores como a equidade de gênero, biodiversidade e segurança alimentar, será assegurado que pelo menos 50% do público atendido seja de mulheres e que 30% do orçamento seja destinado a atividades específicas de mulheres. De acordo com Guilherme Tavira, fiscal de alguns contratos na modalidade Ater Agroecologia pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), atualmente estão em curso 66 contratos de Ater Agroecologia, dos quais 12 já atingiram a meta de 50% de execução. Considerando que a vigência dos contratos é de 2013 a 2018, pode-se perceber o engajamento das prestadoras e dos públicos destinados. Suiá Rocha, da Secretaria Executiva da Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica (Ciapo), conclui que a certeza proporcionada pela experiência é de que o fortalecimento do Planapo significa um importante passo em direção ao acesso e ao aperfeiçoamento das ações do governo federal em torno da agroecologia e do desenvolvimento rural sustentável e solidário. (Portal AgroLink/RS – 12/09/2016) ((Portal AgroLink/RS – 12/09/2016))

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Regulamentação do Código Florestal e técnicas sustentáveis de produção contribuem para redução da emissão de poluentes, diz CNA

O governo brasileiro ratificou, nesta segunda-feira (12/09), sua adesão ao Acordo de Paris, firmado no final do ano passado para conter o aquecimento global. O pacto, assinado pelo presidente da Repúb...((Portal Cenário MT/MT- 12/09/2016))


O governo brasileiro ratificou, nesta segunda-feira (12/09), sua adesão ao Acordo de Paris, firmado no final do ano passado para conter o aquecimento global. O pacto, assinado pelo presidente da República, Michel Temer, oficializa o compromisso do Brasil em contribuir, junto com outros países, com a manutenção de aumento médio da temperatura mundial abaixo de 2°C. Pelo Acordo, o país deve reduzir as emissões de gases poluentes em 43% até 2030, em relação aos níveis de poluição de 2005. Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o setor agropecuário tem todas as condições de liderar este processo no país, desde que haja celeridade em alguns pontos considerados fundamentais para concretizar a redução. Segundo o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, três questões são fundamentais para que o país consolide suas metas de redução de emissão de gases e contribua para frear o aquecimento global. Uma delas é a regulamentação do Código Florestal, primeiro com a adesão dos produtores ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a implementação do Programa de Regularização Ambiental (PRA). Em sua avaliação, o Brasil precisa, também, de políticas públicas para fomentar a recuperação de áreas degradadas e estimular a prática de técnicas de baixa emissão de gases poluentes e de sequestro de carbono, além de mudar o parâmetro atual de medição de poluentes. “O Brasil já é exemplo de técnicas de baixa emissão de gases. Mas estes pontos vão nos ajudar a dar a resposta que o país tem condições de dar a este desafio”, destacou Ananias. Ele lembrou que o país já adota metas voluntárias de redução de emissões e que, com o Acordo de Paris, essas metas serão oficializadas. Até agora, 27 países já aderiram ao pacto, que começa a valer em 2020. Para entrar em vigência, no entanto, o acordo precisa da ratificação de 55 países que respondam por mais de 55% das emissões de gases poluentes no mundo. Os países que fizeram o pacto no fim de 2015 também se comprometeram a criar um fundo para financiar países em desenvolvimento no cumprimento de suas metas e a criar um mecanismo de revisão de metas globais a cada cinco anos. (Portal Cenário MT/MT- 12/09/2016) ((Portal Cenário MT/MT- 12/09/2016))

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Movimentos sociais protestam no Incra por retomada da reforma agrária

A Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de MS) espera reunir 700 pessoas nesta terça-feira (13) na frente da sede do Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária), no cent...((Portal Capital News/MS – 12/09/2016))


A Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de MS) espera reunir 700 pessoas nesta terça-feira (13) na frente da sede do Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária), no centro de Campo Grande, para protestar por avanços na reforma agrária. "A situação está muito difícil, e a permanência na área rural está insustentável", diz Valdenir Nobre de Oliveira, presidente da Fetagri. Segundo ele, são mais de 21 mil famílias sem-terra no estado que estão acampadas aguardando a distribuição de lotes para a agricultura familiar. A realização de novos cadastros para a reforma agrária está paralisada no Mato Grosso do Sul desde julho, quando o TCU (Tribunal de Contas da União) verificou 38 mil irregularidades nos assentamentos já concluídos. "Mais de 80% dos lotes que já tinham sido distribuídos estão bloqueados e as famílias ficaram irregulares", aponta Valdenir. "As alegações são, por exemplo, que o dono do lote atingiu limite de idade, mas são pessoas que completaram 60 anos lá dentro", justifica. "Ou dizem que temos bens, como caminhões e tratores, que na verdade não temos", relata. Além de legalizar novamente as famílias que já estão assentadas, a pauta da manifestação envolve também a retomada das vistorias do Incra em áreas indicadas para novos assentamentos. Participam da manifestação famílias sem-terra de todo o estado, movimentos sociais e sindicatos ligados ao trabalho na produção agrícola. "Faremos o ato público para pedir às autoridades que sentem conosco para discutir e desenvolver a agricultura familiar, e ficaremos lá até obter uma resposta", planeja Valdenir. (Portal Capital News/MS – 12/09/2016) ((Portal Capital News/MS – 12/09/2016))

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Características da raça Girolando são apresentadas a produtores paulistas

A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando participou da Expo Prudente 2016, na última semana, através da palestra Leite Forte ministrada pelo técnico Nilton Barcelos. O profissional apresento...((Portal Noticias da Pecuária/MS – 12/09/2016))


A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando participou da Expo Prudente 2016, na última semana, através da palestra Leite Forte ministrada pelo técnico Nilton Barcelos. O profissional apresentou aos produtores paulistas informações como história, padrão racial, melhoramento genético e características como: produção de leite, rusticidade, longevidade, fertilidade, entre outros. Segundo informações da Girolando, "a raça contribui de forma significativa para que o Brasil se mantenha entre as nações de maior potencial de produção leiteira no mundo, principalmente entre aquelas situadas na faixa tropical do planeta". (Portal Noticias da Pecuária/MS – 12/09/2016)((Portal Noticias da Pecuária/MS – 12/09/2016))

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Alta tem Nasik FIV Perboni pela primeira vez em sua bateria

Empresa participa da Expoinel 2016 e comercializa a genética da recente contratação A Alta comercializará pela primeira vez a genética de Nasik FIV Perboni, considerado o melhor touro jovem do ranking...((Portal MaxPress/SP – 12/09/2016))


Empresa participa da Expoinel 2016 e comercializa a genética da recente contratação A Alta comercializará pela primeira vez a genética de Nasik FIV Perboni, considerado o melhor touro jovem do ranking da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, e terceiro colocado no ranking geral da Associação, durante a 45ª Edição da Expoinel 2016, que acontece entre os dias 15 e 25 de setembro, no Parque Fernando Costa, em Uberaba/MG. Segundo Rafael de Oliveira, Gerente de Produto Corte Zebu da Alta, o animal recém-contratado impressiona pela beleza racial, carcaça moderna, musculatura interessante e boa estrutura. “É um touro que tem feito filhos campeões e ele mesmo foi o grande campeão da Expoinel 2012”, lembra. Nasik já passou pelo quarentenário da Alta, em Uberaba/MG, onde realizou todos os exames necessários e protocolos sanitários para iniciar as coletas de sêmen. “Foi um touro muito esperado pela equipe comercial da Alta no Brasil, Bolívia e Paraguai. É uma opção para ser utilizado nos criatórios de elite e para os clientes que fazem touro comercial com alto valor agregado”, destaca Oliveira. A Alta participa da Expoinel desde a primeira edição do evento que marca o fechamento dos Rankings Nacionais Nelore. “Através dos resultados, ficaremos sabendo como estão classificadas as progênies dos nossos touros”, explica Oliveira que está otimista com mais este evento. “É uma das mais importantes exposições do Brasil em que temos muita visibilidade, oportunidade de relacionamentos e troca de conhecimento com os criadores”, finaliza. Sobre a Alta Genetics A Alta Genetics é líder no mercado de melhoramento genético bovino do mundo. Com matriz localizada em Calgary, no Canadá, atua em mais de 90 países com nove centrais de coleta: Brasil, Estados Unidos, Canadá, Argentina, Holanda e China. Com 20 anos de história no Brasil, a empresa está sediada na cidade de Uberaba/MG, e tem como missão orientar pecuaristas sobre a melhor maneira de usar a genética aliada ao manejo, nutrição, ambiente, gestão e todos os processos para garantir um animal com todo o seu potencial genético. O compromisso da Alta é criar valor, entregar o melhor resultado e construir confiança com seus clientes e parceiros, em busca do desenvolvimento da pecuária. Mais informações no website: http://www.altagenetics.com.br. (Portal MaxPress/SP – 12/09/2016) ((Portal MaxPress/SP – 12/09/2016))

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Assista ao Terraviva DBO na TV desta segunda-feira (12)

No Terraviva DBO na TV desta segunda-feira (12), Sidnei Maschio entrevista o pecuarista Jovelino Mineiro, da Fazenda Sant´Anna, selecionador de Nelore, Brahman e Gir, sobre o aumento da demanda por to...((Portal Terra Viva/SP – 12/09/2016))


No Terraviva DBO na TV desta segunda-feira (12), Sidnei Maschio entrevista o pecuarista Jovelino Mineiro, da Fazenda Sant´Anna, selecionador de Nelore, Brahman e Gir, sobre o aumento da demanda por touros melhoradores. (Portal Terra Viva/SP – 12/09/2016) ((Portal Terra Viva/SP – 12/09/2016))

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Neloraço tem lance máximo de quase R$ 80.000

Filho de Gandiry Loma Vera chegou aos 30 meses com peso de 800 kg. A Estância Orsi, em Campo Grande, MS, sediou na tarde de 10 de setembro o 16º Leilão Neloraço. O grupo é um dos mais tradicionais do ...((Revista DBO Online/SP – 12/09/2016))


Filho de Gandiry Loma Vera chegou aos 30 meses com peso de 800 kg. A Estância Orsi, em Campo Grande, MS, sediou na tarde de 10 de setembro o 16º Leilão Neloraço. O grupo é um dos mais tradicionais do Estado e é formado por Altair de Pádua Mello, Humberto Olegário, Irmãos Hipólito e Rubens Carvalho Neto. Foram vendidos 58 reprodutores Nelore à média de R$ 12.197, valor equivalente a 86,5 arrobas de boi gordo para pagamento à vista na praça (R$ 141/@). O grande destaque foi um filho de Gandiry Loma Vera em vaca Gharhumu do Arroio vendido por R$ 79.200. O animal é filho de 30 meses, pesa 800 kg e tem 38 centímetros de CE. A organização do evento foi da Correa da Costa, com transmissão pelo site da própria leiloeira. A captação de lances foi coordenada pelo leiloeiro Luciano Pires, com pagamentos fixados em 24 parcelas. (Revista DBO Online/SP – 12/09/2016) ((Revista DBO Online/SP – 12/09/2016))

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Leilão Aliança oferta 990 reprodutores

Com a 2ª maior oferta de touros Nelore do ano, Agropecuária Rodrigues da Cunha faz quase R$ 10.000 de média em praça no Sudoeste de MT. Vendas foram pulverizadas para sete Estados. Na tarde de 11 de s...((Revista DBO Online/SP – 12/09/2016))


Com a 2ª maior oferta de touros Nelore do ano, Agropecuária Rodrigues da Cunha faz quase R$ 10.000 de média em praça no Sudoeste de MT. Vendas foram pulverizadas para sete Estados. Na tarde de 11 de setembro, a Fazenda Tamboril, em Pontes e Lacerda, MT, foi palco de mais uma edição do Leilão Aliança. O remate promovido pela Agropecuária Rodrigues da Cunha é conhecido por ser o único de bovinos de corte a proporcionar aos compradores a possibilidade de pagamento em 40 parcelas e por fazer uma das maiores ofertas de touros do ano. Este ano foram vendidos 750 reprodutores Nelore e Nelore Mocho, sendo a segunda maior média de touros do ano, de acordo com o Banco de Dados da DBO. Ele só fica atrás dos 763 animais do Leilão 1.000 Touros Grendene, realizado no início de setembro, em Cáceres, MT. Os reprodutores foram vendidos ao preço médio de R$ 9.911, movimentando o total de R$ 9,8 milhões. Na cotação do dia, o valor é equivalente a 75,9 arrobas de boi gordo para pagamento à vista no Sudoeste de MT (R$ 130,5/@). Os animais com chifres foram maioria, com 750 exemplares ao preço médio de R$ 9.752. No mocho, 240 animais saíram a R$ 10.406. Todos os animais tinham avaliação do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). As vendas foram pulverizadas para sete estados diferentes, com cerca de 65% dos compradores sendo do próprio MT. “Foi resultado muito bom, dentro da realidade econômica do país. Tivemos 100% de liquidez, o que mostra a confiabilidade do mercado em nossa genética”, destaca o promotor, Ronaldo Rodrigues da Cunha. O evento teve organização da Estância Bahia e transmissão do Canal Terraviva. O martelo foi conduzido pelo leiloeiro Adriano Barbosa. (Revista DBO Online/SP – 12/09/2016) ((Revista DBO Online/SP – 12/09/2016))

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Leilão IBC terá baterias de matrizes elite e criadas a campo

Em mais uma edição do Leilão Nelore Barros Correia, a marca IBC coloca à disposição de criadores de todo o Brasil baterias de matrizes de elite e matrizes criadas à campo, que estarão disponíveis no d...((Portal Alagoas 24 Horas/AL – 12/09/2016))


Em mais uma edição do Leilão Nelore Barros Correia, a marca IBC coloca à disposição de criadores de todo o Brasil baterias de matrizes de elite e matrizes criadas à campo, que estarão disponíveis no dia 22 de outubro, a partir das 12 horas, no Parque da Pecuária, em Maceió. A máxima dos Irmãos Barros Correia é realizar a democratização da genética, que há 37 anos vem conquistando a confiança de criadores de todo o País. Pelo quarto ano, as baterias de matrizes nascidas, desmamadas e recriadas a campo e de matrizes elites para transferência de embriões, com capacidade de multiplicar a qualidade do rebanho. “A habilidade materna hoje é um dos quesitos mais questionados no melhoramento genético. E os animais do leilão são todos com o padrão IBC: uma morfologia ideal e funcional, com vacas paridas, com suas crias ao pé, ou prenhas, mostrando a capacidade e qualidade da fêmea ter uma cria e de saber criar bem, se consegue amamentar”, afirma Celso Barros Correia. O IBC comercializa produtos com condição funcional e adaptabilidade para as propriedades de todo o País, devido a criação à pasto. “Como somos fornecedores de genética, nossa responsabilidade é muito grande e temos a obrigação de oferecer um produto com garantia”, acrescenta Celso. Seleção melhoradora Além de matrizes melhoradoras, a 15ª edição do leilão Nelore Barros Correia vai ofertar 100 touros, todos com avaliação positiva dentro do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (ABCZ), da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ). Todos os animais do leilão estão aptos para garantir todos as exigências do mercado de genética nacional. A novidade esse ano fica por conta da bateria dos filhos de grandes reprodutores conhecidos pelo Brasil a fora, como Dolman BC, Jamanta BC, Lanake BC e o Iluminado BC. Serviço Evento: 15° Leilão Nelore Barros Correia Data/Horário: 22 de outubro, a partir das 12h Local: Parque da Pecuária, em Maceió, durante a Expoagro (Portal Alagoas 24 Horas/AL – 12/09/2016) ((Portal Alagoas 24 Horas/AL – 12/09/2016))

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Abates argentinos cresceram pela primeira vez no ano

Os envios de animais para abate na Argentina totalizaram pouco mais de 1,05 milhão de cabeças em agosto, mostrando crescimentos de 11% com relação a julho e de 3% em termos interanuais. Embora as comp...((Portal Beef Point/SP – 13/09/2016))


Os envios de animais para abate na Argentina totalizaram pouco mais de 1,05 milhão de cabeças em agosto, mostrando crescimentos de 11% com relação a julho e de 3% em termos interanuais. Embora as comparações, tanto nos 12 meses móveis como as de trimestres moveis mostrem números negativos, algumas diminuições seguem moderando-se, o que poderia significar um enfraquecimento da fase de retenção. Entre os dados que mostram força, estão o abate de machos, que mostra um sinal negativo em comparação com o ano anterior. Isso ocorreu após cinco meses em que as medidas trimestrais mostraram quedas, levando os dados anuais para uma baixa. Com relação a isso, vale destacas que a última vez que a comparação anual de 12 meses moveis para machos passou de positivo para negativo foi em julho de 2014. Já o abate de fêmeas vem reduzindo suas quedas de -15% em janeiro para -6% atual. Em agosto, o abate de vacas teve um aumento anual de 30%. Assim, a participação de fêmeas no processamento do mês passado foi de 41,9%, valor maior que os 41,2% em julho. De acordo com o Valor Carne, embora esses fatores não sejam suficientes para entrar em alarme imediato, seguem-se somando elementos que colocam em dúvida a força da fase de retenção. Essa situação ocorre justamente em momentos que a demanda interna está limitada para os atuais níveis de oferta, a demanda de exportação mostra problemas de competitividade frente aos demais países do Mercosul e o financiamento da retenção, que exige fundos enormes, caracteriza-se por linhas em pesos que são muito caros em vista da inflação esperável. (Portal Beef Point/SP – 13/09/2016) ((Portal Beef Point/SP – 13/09/2016))

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Boi Gordo: frigoríficos tem margem, pagam melhor e mercado está em alta

O mercado iniciou movimentado nesta segunda-feira. Houve reajuste positivo para a arroba do macho terminado em nove praças. Apesar de não ser comum, o mercado iniciou movimentado nesta segunda-feira. ...((Revista Beef World Online/SP – 13/09/2016))


O mercado iniciou movimentado nesta segunda-feira. Houve reajuste positivo para a arroba do macho terminado em nove praças. Apesar de não ser comum, o mercado iniciou movimentado nesta segunda-feira. Houve reajuste positivo para a arroba do macho terminado em nove praças. Na maior parte das regiões pesquisadas pela Scot Consultoria, ainda há resistência de alguns compradores em pagar mais pela matéria-prima. Mas, quem precisa comprar, acaba tendo que aumentar os preços. A disponibilidade de animais terminados é limitada. Além disso, as recentes melhoras nas margens de comercialização permitem que negócios aconteçam em patamares de preços maiores, quando necessário. No atacado, preços estáveis depois das altas seguidas, com o boi casado de animais castrados cotado em R$9,96/kg, preço 17,5% mais alto que há um mês. Para o curto prazo, fica a expectativa quanto aos preços da carne e à margem das indústrias, que podem permitir pagamentos maiores para o boi gordo. (Revista Beef World Online/SP – 13/09/2016) ((Revista Beef World Online/SP – 13/09/2016))

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RS: cruzamento industrial é alternativa eficaz para uma pecuária rentável, destaca

O aumento da demanda mundial de carne bovina e das exigências do mercado consumidor quanto à qualidade e condições sanitárias do produto têm requerido sistemas de produção mais eficientes e sustentáve...((Portal AgroLink/RS – 12/09/2016))


O aumento da demanda mundial de carne bovina e das exigências do mercado consumidor quanto à qualidade e condições sanitárias do produto têm requerido sistemas de produção mais eficientes e sustentáveis. Neste contexto, conforme o Inspetor Técnico Credenciado pela ABHB Witis Baes Rodrigues, a utilização de cruzamentos entre raças zebuínas e taurinas é uma estratégia que precisa ser pensada, tendo em vista que eleva os índices produtivos deste sistema através da exploração da heterose e da complementaridade entre raças. Ele cita como exemplo o projeto “cruzamentos para produção de novilho precoce”, liderado pelo pesquisador Gilberto Romeiro de Oliveira Menezes, da Embrapa Gado de Corte. A pesquisa avaliou 224 animais cruzados, sendo metade machos e metade fêmeas, divididos em duas safras consecutivas, oriundos da inseminação de matrizes Nelore, ½ Angus + ½ Nelore e ½ Caracu + ½ Nelore, com touros Caracu, Canchim e Braford, em estação de monta de verão. Nas mesmas condições, os novilhos filhos de touros Braford apresentaram um moderado Peso ao Nascimento (kg), atingindo 33,4 Kg; e um maior peso à Desmama (em kg) na comparação com as demais raças, chegando a 226,6 kg e, também, maior Ganho de peso diário em Confinamento (kg/dia), atingindo 1,45 kg/dia. Os resultados científicos não só apontam, como comprovam a eficiência das raças HB no cruzamento industrial, sinônimo de mais peso em menos tempo e com excepcional qualidade da carne, o que possibilita negociar preços diferenciados ao abate com os frigoríficos. Para a ABHB também mostra que a adaptabilidade dos zebuínos aliada à precocidade e mansidão do Hereford e o do Braford produz um animal com melhor desempenho em clima tropical e qualidade de carne superior. Reflexo disso está o crescente interesse de criadores do Brasil central pelas raças. “Os leilões realizados na região em 2016 comprovam essa nova realidade, pois apresentaram pista limpa e médias para reprodutores bem acima dos R$ 10 mil”, destaca Rodrigues. O I Leilão Visionários do Centro Oeste abriu as portas para o Braford no Mato Grosso. Realizado em julho, na Estância la Aurora, em Campos de Júlio (MT), o remate comercializou exemplares Braford e Brangus, entre reprodutores, matrizes e bezerros. O faturamento total ultrapassou R$ 1.300.000,00, alcançando médias para reprodutores Braford de R$ 11.346.00,00 e matrizes de R$ 4.600,00. Em maio também ocorreu a 2ª edição do Leilão Braford Tropical Genética Adaptada, em Brasília. Na oportunidade, foram comercializados 53 touros e 30 fêmeas, alcançando médias de R$ 10 mil para os reprodutores, R$ 4.700,00 para as vacas prenhas e R$ 3.000,00 para as novilhas para entourar. O grande destaque ficou com o touro tatuagem 2813, da Estância Luz de São João, comercializado por R$ 14.600,00. A grande procura pelas raças no Brasil Central e o incremento no número de comercialização de doses de sêmen para inseminação artificial apresentados pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial em 2015 (uma alta de 4,7% quando comparado com o resultado de 2014), têm animado os criadores de Hereford e Braford. Com especial destaque para o Braford que apresentou um crescimento superior a 200% na produção de sêmen, alavancado pela percepção dos criadores nos ganhos obtidos quando utilizam o Braford em cruzamento com F1 taurinas x zebuínas. Munida destas informações a ABHB vem trabalhando forte em convênios com frigoríficos e redes de supermercados através do Programa Carne Pampa, pioneiro em certificação de Carcaças no Brasil, utilizando indicadores de preço que garantem uma remuneração acima dos preços de balcão praticados pelo mercado e buscando acordos para viabilizar programas de fomento para utilização de sêmen das raças HB para criadores em todo o Brasil. Atualmente os Frigoríficos Silva (RS), Marfrig (plantas RS e Brasil Central), Producarne (RS), São João (SC) e Novicarnes (PR) possuem convênios com a ABHB. Quando estamos nos aproximando de um momento tão importante como a temporada de monta, na maioria das regiões do país, fazer escolhas mais adequadas garantem maior lucratividade ao produtor. Ao escolher reprodutores HB registrados, o criador, além de melhorar seu rebanho de matrizes, estará rapidamente aumentando sua rentabilidade no negócio pecuário, seja pela redução de custos de alimentação, pela produção de carcaças mais pesadas e com excelente acabamento em menor tempo que outros cruzamentos, ou pela melhor remuneração das carcaças dos animais que vão para o abate. Utilize sêmen e reprodutores Hereford e Braford na sua estação de monta, com certeza, a escolha mais adequada! (Portal AgroLink/RS – 12/09/2016) ((Portal AgroLink/RS – 12/09/2016))

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Workshop em MS discute sobre controle de pragas na pecuária

Evento será promovido visando a proteção da agropecuária no estado. Vagas para os cursos são limitadas e as inscrições gratuitas. O I Workshop sobre controle biológico de pragas e doenças que impactam...((Portal G1/MT – 12/09/2016))


Evento será promovido visando a proteção da agropecuária no estado. Vagas para os cursos são limitadas e as inscrições gratuitas. O I Workshop sobre controle biológico de pragas e doenças que impactam a agropecuária em Mato Grosso do Sul será realizado entre os dias 13 e 15 de setembro no auditório da Famasul e na Embrapa, em Campo Grande. As vagas são limitadas e as inscrições gratuitas. O evento é realizado pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Fundação MS, com apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) e Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect). Pesquisadores, técnicos, produtores e acadêmicos de programas pós-graduação nas áreas de ciências agrárias, ambientais, biotecnológicas, biológicas vão debater as demandas fitossanitárias de cultura como soja, milho, algodão e cana-de-açúcar, assim como as florestas plantadas e a zoofitossanidade na pecuária. Programação A abertura do evento será às 7h30 de terça-feira (13), seguido de debate sobre “Manejo integrado de pragas com ênfase no controle biológico em Mato Grosso do Sul”, com a participação de Fabrício Fagundes (UFGD), José Fernando Jurca Grigolli (Fundação MS) e Harley Nonato de Oliveira (Embrapa Agropecuária Oeste). Ainda na terça-feira pela manhã, os assuntos abordados serão demandas fitossanitárias para pecuária, soja e milho, algodão, cana de açúcar e florestas plantadas. A pesquisadora Ana Carolina Pires Veiga (Fundecitrus) vai abordar sobre o “Controle Biológico da Diaphorina citri - caso de sucesso Fundecitrus”; Rose Monnerat Solon de Pontes (Embrapa-DF) vai falar sobre o uso do Bacillus thuringiensis para controle de pragas e vetores e apresentar o portfólio de controle biológico da Empresa. Adeney de Freitas Bueno (Embrapa-PR) vai fazer palestra sobre o controle de percevejos da soja e Cirano José Ulhoa (Universidade Federal de Goiás) vai levar aos participantes as informações sobre a utilização de fungos. Por fim, Antônio Euzébio Goulart Santana (Universidade Federal de Alagoas) vai falar sobre o tema “Utilização de feromônios no controle de Diatrea saccharalis”. Todos esses temas serão discutidos nos dias 13 e 14 na Famasul. Já no dia 15, na Embrapa Gado de Corte, o evento encerra-se com a elaboração do Plano Estadual de Controle Biológico. Inscrições As vagas são limitadas e as inscrições gratuitas. Os interessados, primeiramente, devem cadastrar-se no sistema de eventos da Embrapa. Após o cadastro, efetuar a inscrição no portal do Workshop. (Portal G1/MT – 12/09/2016) ((Portal G1/MT – 12/09/2016))

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Guerra e paz por trás de um bife

Grandes frigoríficos e corporações internacionais do setor de alimentos, uma vez acusadas de comprar carne de bois criados em áreas desmatadas ilegalmente, hoje garantem que não adquirem nem vendem ca...((Portal O Eco/RO – 12/09/2016))


Grandes frigoríficos e corporações internacionais do setor de alimentos, uma vez acusadas de comprar carne de bois criados em áreas desmatadas ilegalmente, hoje garantem que não adquirem nem vendem carne de origem desconhecida. Este compromisso público assinado por pressão do Greenpeace é considerado um sucesso na batalha contra crimes ambientais na Amazônia, mas não garante o monitoramento de toda a cadeia de produção de carne. “O Greenpeace não tem inimigos nem amigos permanentes”. O lema, velho conhecido dos membros da ONG, cai bem para a história da campanha que trouxe uma revolução no modo de operação do setor da carne no Brasil. Lançada pela organização em 2009 e citada pelos principais atores da cadeia como divisora de águas, "A Farra do Boi na Amazônia" apontava o dedo para os grandes frigoríficos, acusando-os de compactuar com o desmatamento na Amazônia e pressionava o governo (do então presidente Lula) de ser "sócio" de frigoríficos criminosos, em referência aos então principais beneficiários de empréstimos com juros subsidiados do BNDES - JBS, Marfrig e Bertin, posteriormente vendida à JBS. Tratava-se de um setor que até pouco tempo desconhecia restrições ambientais ao seu crescimento. De lá para cá, entre brigas e reconciliações, precisou se reinventar. Fome de carne “A pecuária é a variável central da equação de sustentabilidade do agronegócio brasileiro”, diz Márcio Nappo. Ele é o diretor de Sustentabilidade da JBS, a maior empresa de proteína animal do mundo, nascida no Brasil. Dos 38,7% do território brasileiro ocupado pelo setor agrícola, metade são para pastos, segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa. A pecuária usa mais de 200 milhões de hectares de terras, dos quais 70 milhões na Amazônia. Para fins de comparação, apesar de ser o maior produtor de soja do mundo, o grão ocupa 30 milhões de hectares de solo brasileiro, seguida da cana-de-açúcar, com entre 8 e 10 milhões de hectares. Em 2004, o Brasil chegou a líder mundial em exportação de carne bovina e, segundo os últimos dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), em 2014 estávamos na segunda posição. O governo brasileiro viu oportunidades de crescimento mundial no setor de carnes especialmente a partir do início da década de 2000, graças a fatores econômicos, entre eles a fase de desvalorização do Real, entre 1999 e 2003. A crise do mal da vaca louca, que preocupou a Europa em 2003, também fez bem ao nosso boi. Logo passamos a deter parcela expressiva do mercado europeu e, na sequência, do Russo e dos países do Oriente Médio. A partir de 2005 começa uma fase de intensa internacionalização das nossas empresas de carne, graças à política de desenvolvimento de "campeões nacionais", ou empresas brasileiras eleitas pelo governo para serem transformadas em grandes multinacionais. Dois terços dos recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) destinados ao programa foram para fomentar o crescimento de frigoríficos. É o exemplo da JBS e da Marfrig. A primeira, corruptela do nome de seu fundador, José Batista Sobrinho, vulgo Zé Mineiro, começou com um pequeno açougue em Anápolis (GO) e hoje é a maior processadora de proteína animal do mundo, líder também em capacidade de abate. Já a Marfrig Global Foods, fundada por Marcos Molina, que aos 16 anos já tinha a própria distribuidora de carnes, orgulha-se de estar presente com seus produtos em mais de 110 países do mundo. Em 2007, os frigoríficos JBS, Marfrig e Bertin figuravam entre os três maiores beneficiários de empréstimos a juros baixos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Com o avanço da exportação da matéria-prima crescia também os índices de devastação da Amazônia. Em 2008, 80% de suas áreas desmatadas deviam-se à pecuária, diz o relatório do Greenpeace. Foi com este dado estampado em manchetes que, em 2009, os frigoríficos levaram o susto. (Portal O Eco/RO – 12/09/2016) ((Portal O Eco/RO – 12/09/2016))

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AFIMILK LANÇA SERVIÇO DE ALERTA AUTOMÁTICO DE PARTO

Alerta aos produtores no início do parto, e novamente, caso o parto se prolongue A Afimilk, Ltd., prestadora global de soluções de gestão de fazendas de gado leiteiro, integrou um serviço de alerta de...((Revista Dinheiro Rural Online/SP – 12/09/2016))


Alerta aos produtores no início do parto, e novamente, caso o parto se prolongue A Afimilk, Ltd., prestadora global de soluções de gestão de fazendas de gado leiteiro, integrou um serviço de alerta de parto, incluindo uma aplicação de parto rolongado, em seu sistema de monitoramento de vacas AfiAct II. A nova tecnologia vai auxiliar produtores de gado leiteiro a identificar instantaneamente e rapidamente e auxiliar vacas que estão tendo um parto dificultoso, também conhecido como distocia. "O novo Serviço de Alerta de partos ajudará os produtores de gado leiteiro a detectar com mais precisão o início do trabalho de parto, e estar melhor preparadas para eventos potencialmente custosos, como distocia", declarou o Dr. Alon Arazi, doutor em medicina veterinária, membro sênior da equipe de pesquisas da Afimilk. O trabalho de parto dificultoso está associado com uma maior taxa de morbidez e mortalidade de bezerros. Estudos demonstraram que até metade dos partos de primíparas da raça Holstein nos EUA requer intervenção de um produtor ou veterinário durante o trabalho de parto.* "O monitoramento de vacas para o parto é algo que consome muito tempo, e das habilidades dos observadores", declarou o Dr. Arazi. "O monitoramento automático, contínuo, proporciona mais eficiência ao trabalho de parto e permite um controle 24 horas por dia, 7 dias por semana." Edu Mesnik, gerente de gado leiteiro, tem observado uma redução drástica na mortalidade de bezerros desde a instalação do AfiAct II em seu rebanho no ano passado. "Agora temos um bom controle sobre o processo de parto, e é raro vermos bezerros mortos pela manhã", declarou ele. O AfiAct II é o primeiro sistema de pedometria eletrônica programado para emitir notificações, especialmente relacionadas a parto prolongado. Os alertas são enviados por rede sem fio a partir de um sensor instalado na pata do animal até um smartphone no início do parto, e novamente, se o trabalho de parto se prolongar. Além do parto, o AfiAct II detecta outras condições com base na atividade e comportamento de descanso, incluindo estro, aborto, problemas de conforto do gado e doenças. Outro sistema de monitoramento oferecido pela Afimilk, o Silent Herdsman, destaca um sensor instalado no pescoço que detecta estro, distúrbios cíclicos e doenças com base na atividade do gado, padrões de alimentação e ruminação. Ambos os sistemas de monitoramento estarão em exibição na SPACE International Livestock Trade Fair em Rennes, na França, de 13-16 de setembro, e na World Dairy Expo em Madison Wisconsin, de 4-8 de outubro de 2016. A Afimilk é uma líder global em software de gestão de fazenda, sistemas de monitoramento de gado e ferramentas para análise de leite para produtores de leite e seus derivados em 50 países. Para mais informações sobre os sistemas de monitoramento de gado AfiAct II ou Silent Herdsman, entre em contato com um representante Afimilk local, ou acesse Afimilk.com. (Revista Dinheiro Rural Online/SP – 12/09/2016) ((Revista Dinheiro Rural Online/SP – 12/09/2016))

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Nanopartículas: conheça o exército invisível que promete revolucionar o mercado do leite

Pegue um metro e divida por um bilhão. Na calculadora parece mais um número qualquer, mas tente aplicar isso à rotina. Estamos falando de uma escala menor que as células do seu corpo. Agora, o conceit...((Portal AgroLink/RS – 12/09/2016))


Pegue um metro e divida por um bilhão. Na calculadora parece mais um número qualquer, mas tente aplicar isso à rotina. Estamos falando de uma escala menor que as células do seu corpo. Agora, o conceito parece bem mais abstrato, certo? Não para a ciência, que já é capaz de fabricar estruturas deste porte, as chamadas nanopartículas. Em contraste ao tamanho, as possibilidades de uso dessas partículas são gigantescas, inclusive na área da saúde, tanto para nós, humanos, quanto para outros animais. Foi o que percebeu, dez anos atrás, o pesquisador Humberto Brandão, da Embrapa Gado de Leite, em parceira com a Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais. Ele e sua equipe tinham um desafio enorme, ou melhor, microscópico. Colocar um composto de antibiótico dentro das células de defesa de uma vaca, para resolver um problema recorrente no tratamento da mastite, uma infecção na glândula mamária que traz uma série de prejuízos à cadeia leiteira. Geralmente, mesmo com o uso do medicamento correto e que, aparentemente, o animal esteja recuperado, a doença acaba voltando depois de cinco ou seis dias. “Existem bactérias que ficam dentro das células de defesa, protegidas. Elas não se reproduzem, mas continuam vivas. Quando essa célula encerra o ciclo natural de vida, as bactérias voltam a circular e a causar a mastite”, explica Brandão. “A doença tinha sido dada como curada, mas não foi totalmente.” Com a funcionalidade da nanopartícula, que é 100% orgânica, além de evitar que a infecção retorne, os pesquisadores conseguiram reduzir consideravelmente a dose de antibiótico utilizada. “Temos estudos que indicam que, com metade da dose, conseguimos resultados semelhantes ou melhores que no caso dos antibióticos convencionais”, salienta Brandão. “As nanopartículas racionalizam o uso do fármaco.” Atualmente, o projeto busca parceiros na indústria farmacêutica para levar a novidade ao mercado. “É importante dizer que é uma tecnologia pioneira e 100% brasileira. Não temos notícias de trabalhos na área animal com esse grau de maturidade”, completa o pesquisador da Embrapa. Prejuízos passam de R$ 1,3 bi ao ano no Paraná A mastite é tão grave quanto comum. Qualquer vaca está suscetível à infecção, mas o que mais preocupa os produtores é que, quanto mais produtivo é o animal, mais riscos ele corre, por causa da sensibilidade e até mesmo do stress. “O úbere é como uma máquina. Ao longo dos anos, os animais foram melhorados geneticamente e, hoje, temos vacas que produzem até 80 litros de leite por dia. É muito intensivo”, afirma a veterinária do Emater, Valéria Camacho. 1,35 bilhão Valéria esclarece que a doença se manifesta de duas formas diferentes: clínica e subclínica. No primeiro caso, o leite, mais viscoso, acaba sendo jogado fora na hora. Já no segundo, as perdas são indiretas. O rendimento industrial do produto diminui e, em alguns casos, o leite pode ser totalmente descartado quando chega à indústria. Segundo o coordenador de produção animal do Emater, Luiz Gertner, o prejuízo anual da mastite no Paraná equivale a 30% da produção - ou seja, 1,35 bilhão de litros de leite, o que, pela média dos últimos preços, renderia quase R$ 1,34 bilhão aos criadores. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), o estado é o terceiro colocado no ranking nacional e produz aproximadamente 4,5 bilhões de litros. Gertner calcula que, por vaca, o prejuízo com a mastite beire os R$ 2,5 mil. “Isso tudo pra uma vaca apenas”, frisa. “Primeiro, você tem que tirar esse animal da ordenha e descartar todo o leite, mas não dá para parar de alimentar a vaca. Há então as perdas por litro durante o período de tratamento, que pode chegar a 10 dias; a consulta com veterinário; o gasto com os antibióticos. O custo é alto.” (Portal AgroLink/RS – 12/09/2016) ((Portal AgroLink/RS – 12/09/2016))

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Mais Leite encerra programação de dia de campo com público recorde em Sidrolândia

O município de Sidrolândia finalizou a programação anual de encontros técnicos sobre segmento leiteiro com participação de 300 produtores atendidos pelo programa Mais Leite do Senar/MS – Servico Nacio...((Portal AgroLink/RS – 12/09/2016))


O município de Sidrolândia finalizou a programação anual de encontros técnicos sobre segmento leiteiro com participação de 300 produtores atendidos pelo programa Mais Leite do Senar/MS – Servico Nacional de Aprendizagem Rural, durante evento realizado neste sábado (10), no parque de exposições Waldomiro João Comparim. Ao todo foram realizados quatro dias de campo oferecendo informações sobre manejo, alimentação e tecnologia na formação de rebanho especializado e alcançando mil produtores em todo Estado. Em Mato Grosso do Sul, 930 produtores rurais são atendidos pela metodologia de ATeG – Assistência Técnica e Gerencial em 39 municípios. O objetivo é promover o aumento da produtividade por meio de intervenções de baixo custo e que resultem na eficiência produtiva das famílias atendidas. O presidente do sindicato rural, Rogerio Menezes explica que o programa oferece informação e tecnologia necessárias aos participantes para que consigam ter independência financeira do seu negócio. “Com apoio do Senar/MS estamos levando condições para que os produtores melhorem sua atividade, aumentem a rentabilidade e consigam caminhar com as próprias pernas. O dia de campo realizado aqui no parque de exposições contribuirá para este objetivo ao apresentar exemplos eficientes de gestão e manejo na atividade”, argumenta. A coordenadora do programa Mais Leite, Bruna Bastos aponta as diretrizes do programa e a razão da eficiência alcançada junto aos produtores do Estado. “Temos uma equipe de técnicos preparada para levar assistência técnica e gerencial aos produtores e o diagnóstico unânime é de que os produtores sentem falta de orientação profissional. Para atender esta demanda, a metodologia do Senar oferece visitas mensais com quatro horas de duração e capacitação a cada dois meses, com intuito de qualificar este público e oferecer uma visão mais ampla da atividade produtiva”, observa. Participação Ativa – O produtor rural Renir Martinelli possui uma propriedade em Sidrolândia e investe na diversificação da produção, com plantio de lavoura, piscicultura e recentemente iniciou a produção de leite. Animado com o evento que considera fundamental para os produtores, emprestou dois bezerros que personificaram a prática do manejo com aleitamento artificial. "Fico satisfeito em poder contribuir com este dia de campo, pois, acredito que temos muito que aprender em nosso trabalho. Eu comecei a pouco tempo na produção de leite, ainda estou investindo na compra de animais com genética e quero aproveitar as informações oferecidas pelos técnicos”, pontua. Para Daniel Guimarães, que veio ao evento junto com a caravana de Terenos, o programa foi um divisor de águas e relata a evolução que obteve ao receber orientação técnica. “Moro no assentamento Campo Verde e há alguns anos trabalhei com pecuária de leite, porém, a falta de informação e a baixa produtividade me fizeram desistir. Quando conheci o programa do Senar/MS resolvi me dar outra oportunidade e o resultado é que modifiquei a gestão do minha propriedade e já consigo produzir 100 litros de leite diariamente”, comenta animado. Marcelo Paes veio com a caravana de Aquidauana e participa do Mais Leite há três meses. Na opinião do produtor, as mudanças já começaram a ser comprovadas na redução com os custos de produção. “A primeira orientação que recebi foi sobre o manejo de pastagens, pois, não conseguia produzir uma forrageira eficiente e acabava tendo que gastar mais com silagem. Com apoio do técnico do Senar/MS aprendi como adubar o pasto e investi no plantio de capim Mombaça e piqueteamento rotacionado. O resultado veio em pouco tempo, pois reduzi consideravelmente a compra de silagem e quero investir em inseminação artificial para produzir meus próprios animais de leite”, confidencia. Uma das técnicas de campo responsáveis por atender os produtores de Sidrolândia é a médica veterinária Natália Leite que reforça a importância do evento para as famílias atendidas. “Comprovamos o resultado destes encontros já na primeira visita que realizamos nas propriedades. Os participantes querem discutir conosco as informações que aprendem o que torna nosso trabalho ainda melhor, no que se refere as orientações de manejo”, conclui. (Portal AgroLink/RS – 12/09/2016) ((Portal AgroLink/RS – 12/09/2016))

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Hipocalcemia subclínica é mais ocorrente do que produtor pensa, avalia estudioso

Um assunto que, mesmo muito debatido, continua na pauta de pesquisadores, técnicos e produtores é a hipocalcemia de vacas leiteiras, mais conhecida como febre do leite. E para explanar sobre as novida...((Jornal O Presente Rural Online/PR – 12/09/2016))


Um assunto que, mesmo muito debatido, continua na pauta de pesquisadores, técnicos e produtores é a hipocalcemia de vacas leiteiras, mais conhecida como febre do leite. E para explanar sobre as novidades do assunto, o médico veterinário, professor doutor Rodrigo de Almeida, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), falou sobre “Atualidades na hipocalcemia de vacas leiteiras: prevenções e implicações” durante o 13° Simpósio do Leite, que aconteceu nos dias 08 e 09 de junho, em Erechim (RS). O profissional explanou sobre como acontece a doença e como ela pode ser tratada pelo produtor sem causar grandes perdas. O profissional começou explanando sobre o período de transição que as vacas leiteiras passam, que é quando o animal está nos dias finais da gestação. “A definição desse período de transição engloba as três últimas semanas de gestão e três semanas pós-parto imediato, ou seja, são seis semanas”, explica. Ele explana que durante esta fase, é normal que haja redução do consumo alimentar. Para isso, é recomendado a inclusão de ração ou sal aniônico na dieta do animal. Entre os acontecimentos da vaca durante este período estão as dietas alteradas, o consumo que não aumenta rapidamente e as alterações hormonais. O profissional explica que a depressão do consumo da vaca neste período pode ser de até 30%. “E por conta desta depressão de consumo, existe uma resposta da vaca. Ela começa a mobilizar as reservas corporais dela, as gorduras, buscando nutrientes para dar conta do final da gestação e da formação do colostro”, conta. O que acontece durante este período de transição é que muitas mudanças são exigidas do animal, e muitos deles não dão conta de mudanças tão repentinas a tão curto prazo. “E isso deixa a vaca doente, provocando cetose, retenção, torção e hipocalcemia, que são algumas doenças metabólicas típicas do período de transição”, diz. Dando um exemplo prático, o professor explanou: uma vaca holandesa de 700 kg tem uma exigência de 11 megacalorias no período final da gestação, e para isso ela precisa de 3,3 megacalorias para finalizar o processo da gestação. Esta ainda é uma vaca seca e consequentemente tem uma exigência energética de 14,5 megacalorias. Dois dias depois do parto, a exigência energética da vaca dobra para 28,8 megacalorias. Ela não tem a exigência de prenhez, mas tem uma exigência de 18,7 megacalorias, que é a quantidade que uma vaca que produz 25 kg/leite no segundo ou terceiro dia, para ela dar conta de atender a lactação”. A hipocalcemia, na transição, pode ocorrer nas formas clínica e subclínica. “Com uma baixa concentração de cálcio circulando no organismo do animal, há uma diminuição da atividade perina e consequentemente a evolução desta atividade fica mais lenta, deixando a vaca mais propensa a ter metrite e retenção de placenta”, explana. Almeida explica que com mais retenção e metrite, ocorre a diminuição da fertilidade do animal. “A vaca demora mais para reemprenhar”. Comem Menos O profissional ainda conta que com a doença as vacas tendem a comer menos. “Naturalmente elas já comem menos, mas comem menos ainda quando ficam doentes. E com menor consumo, acaba também diminuindo a produção”, explana. Almeida diz que, além disso, os animais ainda vão mobilizar suas reservas. “Seleciona muita reserva e tem cetose, diminuindo a produção de leite e a fertilidade”, orienta. O pesquisador ainda afirma que a hipocalcemia pode aumentar a ocorrência de doenças no animal. A hipocalcemia é mais ocorrente pós-parto imediato. Segundo Almeida, normalmente a concentração de calcemia é mais baixa entre 12 e 24 horas pós-parto. “A vaca recém-parida tem uma concentração de cálcio mais baixa, já que ela mobiliza cálcio para terminar os ossos do feto. Além disso, o colostro também tem cálcio e já começa produzindo em altos níveis”, explica. O pesquisador ainda acrescenta que o problema com o cálcio é que as reservas são grandes, porém 99% delas estão concentradas nos ossos e dentes do animal”, explica. Mobilização de Cálcio O profissional expõe que no final da gestação, nas primeiras horas pós-parto, há uma queda natural da hipocalcemia das vacas. Há uma grande demanda não atendida, com a diminuição da concentração de cálcio. “Como resposta, as vacas liberam o hormônio TCH. A grande lição é fazer a mobilização do cálcio da matriz óssea. É ter a liberação de vitamina D e D3, que contribui para o aumento do cálcio intestinal”, conta. “Quando estão com alcalose metabólica e não recebem uma dieta aniônica de cálcio, a vaca não consegue absorver tudo que precisa e a doença ocorre, seja na forma clínica ou subclínica”, diz. O zootecnista ainda acrescenta que para cada litro de leite é necessário 1,22 gramas de cálcio; já para cada litro de colostro são necessárias 2,30 gramas. “A concentração de cálcio circulante disponível é de três gramas e o único litro de colostro consumido tem 2,3 gramas de cálcio. Com dois ou três litros de colostro que o bezerro toma, já são utilizadas as reservas de cálcio aniônico circulante que a vaca tem”, informa. Ele ainda acrescenta que se o animal não tiver um sistema partonômio funcionando em “pleno vapor para dar conta do recado” e colocar para funcionar todo o sistema de cálcio da matriz óssea, o animal, com certeza, ficará doente. “Embora muito cálcio que existe no organismo não é utilizado. O importante é o cálcio circulante”. Hipocalcemia Clínica e Subclínica Almeida ainda explica as diferenças entre a hipocalcemia clínica e subclínica. Segundo ele, a maioria dos casos de hipocalcemia que acontece é a subclínica, “por isso muitos produtores acreditam que o animal não está doente”, diz. Ele comenta que quando a concentração de cálcio estiver entre oito ou cinco miligramas é a subclínica. Já quando a concentração é menor de cinco miligramas há a hipocalcemia clínica, conhecida como febre do leite. O professor conta que as vacas que têm retenção de plancenta convivem com concentração de cálcio menores em quase todas as 12 horas de coleta. “A nossa sugestão é aumentar o nível linear de cálcio, ou seja, de oito miligramas deixar o valor mais alto, para 8,6 miligramas”, recomenda. O profissional ainda alerta que a prevalência de hipocalcemia subclínica é baixa nas propriedades. “A grande maioria das pessoas não tem capacidade para diagnosticar a hipocalcemia porque a concentração é muito baixa. O estado clássico de sintomas de um animal com a doença realmente não é grande. É o grande problema que temos. Vários estudos mostram que até 50% de ocorrência é da hipocalcemia subclínica”, afirma. Alguns dos fatores de risco para o animal ficar doente é idade - quanto mais velha a vaca, os receptores de vitamina D3 diminuem - e animais mais gordos. Outro fator destacado pelo profissional foi o custo que uma vaca doente reserva ao produtor. A hipocalcemia clínica tem um custo médio de US$ 300 por animal, já a subclínica tem um custo médio de US$ 125 por animal. “Em um primeiro momento a clínica parece muito mais custosa, porém, a taxa de prevalência é baixa, o impacto econômico é de ¼ da subclínica. Já a proporção de animais com a hipocalcemia subclínica é muito maior. No fim das contas, o impacto econômico de um rebanho é maior pela subclínica do que pela clínica”, afirma. Dieta Para evitar com que a doença ocorra no rebanho é importante que o produtor tenha em mente a importância de uma dieta aniônica. Para o profissional, especialista também em nutrição animal, pode-se usar basicamente o conceito DCAD (diferencia catiônica adiônica na dieta). Almeida explica que quando a quantia de cations supera a de ânions, há um DCAD positivo. “Consequentemente o resultado positivo provoca uma ligeira alcalose metabólica nos animais, o que é desejável no pós-parto”, conta. O professor comenta que o DCAD é negativo nas semanas que antecedem o parto, e com isso, é preciso que o produtor evite leguminosas e material forrageiro de alta concentração de potássio. “É preciso investir na prevenção. Utilizar na dieta silagem de milho e algum volumoso não tão bom, como o feno ou algum um pouco mais grosseiro”, comenta. “Em muitas fazendas o produtor coloca o pasto mais exuberante, o mais adubo que tem, na melhor das intenções. Porém, para essas vacas isso não é bom. Para a vaca pré-parto a ideia é oferecer silagem de milho, feno ou palha, preferencialmente não de áreas que foram muito adubadas”, recomenda. Outro ponto destacado na dieta foi que no pós-parto tudo muda completamente. Para ele, o sal aniônico deve ser cortado da alimentação no dia do parto. “Uma estratégia simples utilizada por muitos produtores é cortar o cálcio do trigo no pré-parto”, diz. Porém, o professor oferece outra estratégia de dieta para auxiliar ao produtor. “É preciso que o produtor monitore as forragens ofertadas, evitando uma forragem com alto teor de potássio, com uma infusão de sal aniônico, buscando um DCAD entre 0 e 10 divalentes”, recomenda. Ele ainda acrescenta que é preciso continuar monitorando o animal para ver se esta estratégia de dieta está dando resultados. Para ter certeza sobre a estratégia, o especialista recomenda que seja feito o monitoramento do pH urinário. “O ideal é fazer duas vezes por semana e ver se está entre 5,5 e sete. Mas esta coleta deve ser feita somente após 48 horas da ingestão do sal aniônico”, aconselha. Se o animal alcançar essa média, opina Almeida, é sinal de que o animal está produzindo acidose moderada, além de que quando a vaca vai parir o paratormônio estará ativo e, consequentemente, o risco do animal ter hipocalcemia é menor. O professor lembrou que a hipocalcemia é uma porta de entrada para outras doenças, por isso é importante o contínuo monitoramento do potássio no pré-parto. Além disso, é bom fornecer sais e rações aniônicas neste mesmo período para diminuir a ocorrência de qualquer uma das duas hipocalcemias. O ponto principal é o produtor ficar atento ao bom funcionamento do paratormônio no pós-parto. (Jornal O Presente Rural Online/PR – 12/09/2016)((Jornal O Presente Rural Online/PR – 12/09/2016))

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