Notícias do Agronegócio - boletim Nº 115 - 24/03/2014 Voltar

Teste de progênie em casa

Marcelo Baptista de Oliveira é um empresário de sucesso à frente do grupo Protege, uma das maiores empresa de segurança do País, com uma frota de 1.700 carros-fortes, 21.000 funcionários e 44 filiais ...((Revista DBO/SP – Março. 14 – pg 68 a 71))


Marcelo Baptista de Oliveira é um empresário de sucesso à frente do grupo Protege, uma das maiores empresa de segurança do País, com uma frota de 1.700 carros-fortes, 21.000 funcionários e 44 filiais em 13 Estados. O faro para bons negócios levou-o também a investir em pecuária, no Mato Grosso, com o objetivo de produzir tourinhos Nelore com qualidade genética comprovada. Para isso, criou a empresa Agro Maripá e montou um projeto de seleção em larga escala, no município de Juara, região norte do Estado, onde conduz uma experiência rara na pecuária brasileira: um teste de progênie particular, contando com a parceria de criadores locais. "Ter um touro bem avaliado é obrigação, mas garantir que ele transmitirá características produtivas à sua progênie ainda é um desafio", diz Baptista. "Desafio que não se vence sozinho", faz questão de acrescentar. Com um rebanho de 18.000 animais criados em quatro fazendas, que totalizam 40.000 ha, o proprietário da Agro Maripá decidiu bancar o teste de progênie com recursos próprios, utilizando a seguinte fórmula: volume de matrizes, sêmen a preços subsidiados e qualidade genética de "dar gosto". O Teste de Progênie da Agro Maripá (Tepagro) nasceu em 2010, inspirando-se nas regras do Catálogo de Reprodução Programada da ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores), que identifica os melhores tourinhos do programa de seleção conduzido pela entidade, candidatos a excelentes raçadores e, consequentemente, campeões nas vendas de sêmen. Com o Tepagro, Baptista pretendia aumentar a acurácia de seus touros jovens, para facilitar a tomada de decisões e aproveitar melhor o potencial genético dos animais top durante sua vida útil. "Outro dia estávamos buscando um touro de central para uso no rebanho. Ele tinha nove anos e apenas 200 filhos provados. Desistimos da compra", conta o empresário. Os testes de progênie como os da Agro Maripá tiveram início no Brasil ainda na década de 90, porém, raramente são realizados fora dos programas de melhoramento genético coordenados por associações e instituições de pesquisa, hoje, os responsáveis por apontar os "futuros craques" da pecuária. "Temos um banco de dados com mais de 2 milhões de animais avaliados na ANCP, o que facilita detectar touros-referência. Nosso trabalho é identificar animais com esse potencial por meio de avaliações genéticas, comunicar o proprietário, coletar e distribuir seu sêmen para uso nos rebanhos colaboradores, visando comprovar a eficácia desses reprodutores", explica Raysildo Lôbo, presidente da ANCP. "No caso de um teste de progênie próprio, as mazelas são muitas, a começar pelo alto custo do projeto, disponibilidade de touros com DEP s elevadas na fazenda e necessidade de um volume grande de matrizes para obtenção de número saficiente de filhos por reprodutor testado, além de alto nível de tecnificação para realização da IATF, inseminação artificial por tempo fixo", diz Lôbo, que trabalhou no delineamento do projeto daAgro Maripá, junto com o Centro Técnico de Avaliação Genética (CTAG), que roda as avaliações, e Luis Otávio Pereira Lima, diretor operacional da empresa, responsável pela gestão do projeto. "Determinamos um número de touros, vacas e fazendas que possibilitasse formar grupos contemporâneos de avaliação. O fundamental era pulverizarmos a genética da Maripá, de forma a obter uma média de 200 filhos por touro, em apenas três anos", diz Lôbo. COMO FUNCIONA - Antes de montar o projeto em Juara, a empresa primeiro fez a lição de casa, para comprovar que o uso de tourinhos provados dá resultado. Mais importante ainda, que eles têm potencial para ser validados em outros rebanhos. Todo o plantei de 8.000 matrizes cara limpa da Maripá é inseminado com sêmen de touros avaliados pela ANCP ou pelo PMGZ (Programa de Melhoramento Genético dos Zebuínos). A produção de tourinhos está concentrada na Fazenda Gairova, sede da Agro Maripá, em Juara, cujo plantel vem apresentando evolução genética desde que começou a seleção, principalmente no que diz respeito ao peso à desmama, que passou de 140 kg-160 kg para 180 kg-21 O kg. Segundo Marcelo Baptista, a genética revertida em quilos adicionais tem sido a alma de seu negócio. "A produção de um touro melhorador é a melhor propaganda da fazenda", salienta. "É ela que dá confiabilidade ao Tepagro." Na primeira fase do programa (estação de monta 201112012), foram selecionados 20 tourinhos, que tiverem seu sêmen distribuído para sete rebanhos distintos, incluindo também o da Fazenda Gairova. O processo resultou na inseminação de 3.857 matrizes e nascimento de 1.600 bezerros, que foram acompanhados da gestação até os 15 meses de idade. Os animais seguiram um cronograma de pesagens, partindo do nascimento e passando pela fase maternal (120 dias), desmama (205 dias), ano (365 dias) e sobreano (405 dias). Também foram submetidos a medições da circunferência escrotal nas duas últimas fases (ano e sobreano) para avaliação da precocidade sexual e fertilidade dos tourinhos. Após a coleta, as informações foram encaminhadas ao CTAG, que gerou os relatórios de produtividade das fazendas, monitorou as matrizes e avaliará, nos próximos anos, a possibilidade de inserção dos 20% melhores animais da safra ao CElP (Certificado Especial de Produção e Identificação), documento que reconhece a qualidade genética de machos e fêmeas cara limpa selecionados em programas validados pelo Ministério da Agricultura. Esse é apontado um dos maiores benefícios do Tepagro: levar informações ao parceiro sobre o que ele tem da porteira para dentro. "São fêmeas cara limpa, que passam pela primeira vez pelo controle de um programa de seleção", diz o diretor operacional da empresa, Luis Otávio. "O produtor usa a genética da Maripá e eu dou a ele o conceito da boa vaca", acrescenta Marcelo Baptista, que subsidia a lATF nos rebanhos-parceiros, ao preço de R$ 14,50 por protocolo, junto com a Zoetis do Brasil. O programa também oferece de cinco a oito touros de repasse em comodato para cada lote de 200 matrizes, número limite de fêmeas estipulado por fazenda. PRIMEIROS RESULTADOS - Participante do Tepagro desde o início, Edson Piovesan, prefeito de Juara e dono de um plantei de 2l.000 cabeças, nunca havia inseminado suas matrizes. "Obtive um ganho de 5% no peso dos animais a cada fase de crescimento. Os resultados só não foram melhores porque tive uma escassez anormal de pastagens na fazenda, em função de reformas, o que prejudicou minhas fêmeas", diz Piovezan, dando indícios de que o Tepagro começa a contribuir para o surgimento de uma nova cultura na região. O olho enxerga o que é bonito, mas o que é bom quem diz é a balança." As médias de desempenho obtidas pelas sete propriedades na primeira edição do Tepagro, encerrada em fevereiro deste ano, indicam que o caminho escolhido pela Maripa está correto. O peso padrão ao nascimento foi de 32 kg; aos 120 dias, ficou em 136 kg; à desmama, 215 kg de peso; 220 kg, com um ano de idade e 273 Kg ao sobreano. Na segunda edição do Tepagro (estação de monta 2012/2013), foram inseminadas 5.541 matrizes, que forneceram 2.500 bezerros, filhos de 11 touros, que estão em avaliação em 20 rebanhos, incluindo quatro retiros da Fazenda Gairova. "Agora, estamos na terceira edição do teste. Na estação de monta 2013/2014, que se encerra neste mês de março, devemos inseminar 5.700 vacas", diz Luis Otávio. Além de Juara, os parceiros se espalham pelos municípios de Alta Floresta, Brasnorte, Nova Muturn, Juruena e Sinop, todos no norte de Mato Grosso. Responsável pela coleta dos dados nas fazendas vizinhas, o veterinário Matheus Mascaros Boris admite que as pesagens foram o "calcanhar de Aquiles" do projeto. "No início, foi complicado convencer o produtor de que manter os animais na fazenda até o sobreano seria mais vantajoso do que vendê-los logo após a desmama, pois eles teriam informações genéticas sobre as matrizes, que são o patrimônio de quem produz bezerro. Agora, eles estão mais conscientes dos benefícios adicionais". O custo da avaliação genética é assumido pela Agro Maripá, que preferiu não divulgar o valor do investimento. "Eu diria que gastamos muito mais do que recebemos, mas que estamos otimistas quanto ao futuro", garante Luis Otávio, deixando transparecer seu interesse pelo mercado de sêmen. "Quando se prova um touro por meio de um teste de progênie, tira-se ele da vala comum dos reprodutores jovens disponíveis no mercado, que, frequentemente, têm baixa acurácia". Da lista de 20 touros da Maripá atualmente em coleta, dois são citados pelo diretor da Mari­ pá como exemplo de que o mercado está valorizando reprodutores com maior índice de confiabilidade. "Temos o Donato, que possui acurácia alta e vende 25.000 doses/mês a R$ 30,00 cada. Já o Cubo, que tem acurácia menor, vende 7.000 doses/mês a R$ 18,00. São touros excelentes, extraídos da mesma genética e com os mesmos filtros de seleção. O que os diferencia é a consistência das informações", explica Luis Otávio. Com o Tepagro, a intenção é reduzir o número de tourinhos em coleta de 20 para 10, trabalhando apenas com reprodutores de alta acurácia (média de 60% superior à dos demais). DE OLHO NO MERCADO - A discussão sobre a necessidade de provar tourinhos jovens através de sua progênie não é assunto novo no País. Quanto maior a acurácia de um reprodutor, maior sua aceitação nas centrais. Daniel Carvalho, gerente de produtos de corte da CRI Genética, que também tem no portfólio touros da Agro Maripá, segue essa cartilha: "O pedigree fala o que o touro pode ser, o indivíduo mostra o que se pode esperar dele e a progênie indica o que ele realmente é". Daniel acrescenta, que, para a contratação, a equipe da CRI procura touros que tenham elevada pontuação genética, e, se possível, alto grau de acurácia. Esse é o mercado que a Maripá pretende atingir nos próximos anos, enquanto cresce horizontalmente no Mato Grosso com a venda de sêmen dos touros testados no Tepagro. Os criadores podem adquirir sêmen desses animais por R$ 12,50 a dose, valor bem abaixo dos R$ 40,00 cobrados, em média, pela dose de touros consagrados no mercado. A relação custo/beneficio sempre teve papel fundamental na escolha de touros jovens por pecuaristas que já investem em genética. Eles dão preferência aos animais com potencial para "estourar" nos sumários após a avaliação de suas progênies, pois quem se antecipa comprando material genético desses reprodutores já tem uma safra inteira de seus descendentes para comercializar. "No Tepagro, não existe esse jogo de apostas como tradicionalmente ocorre, porque as fazendas colaboradoras que participam do programa estão em um nível inferior", explica Raysildo Lôbo. "São planteis de matrizes cara limpa comerciais e qualquer input (estímulo) genético que recebem traz resultados imediatos". Dos 16 parceiros do programa, apenas Dirceu dos Santos tem seu rebanho inscrito em um programa de seleção, o Paint, da CRV Lagoa. Na segunda edição do Tepagro, o criador inseminou 600 novilhas em três fazendas e passará a dividir suas avaliações genéticas entre os dois programas. "Minhas multíparas estão no Paint. Quando o pessoal da Maripá me procurou, eu só tinha novilhas para inseminar". O produtor, que ainda não teve a progênie dessas fêmeas avaliadas, garante que já recebe gratas surpresas do programa. "A taxa de prenhez foi de 38%, um índice ótimo para a categoria". Em função desses resultados, ele decidiu aumentar o número de fêmeas no Tepagro na estação de monta 2013/2014. "Penso em tirar as fêmeas do cruzamento com Aberdeen para colocá-Ias com touros da Maripá. Dessa forma, melhoro toda a minha vacada". A intenção de Dirceu é colocar 1.500 fêmeas dentro do programa na próxima estação. Para Marcelo Baptista, além do ganho genético, o Tepagro traz outras vantagens para os produtores, como a acesso a mercados antes inacessíveis. Em 2014, a Maripá promoverá leilões nos quais os parceiros poderão vender tourinhos descendentes dos reprodutores testados no Tepagro. O primeiro leilão está marcado para o dia 16 de março, seguido de outro evento em junho, desta vez na Exponop, Exposição Agropecuária de Sinop, umas das mais tradicionais do Estado. "Vamos vender 2.000 animais dos parceiros, mais 70 touros da Agro Maripá e 250 fêmeas PO e LA", informa o empresário. "Quando o produtor obtém qualificação para vender seu gado em leilão, começa a vislumbrar os ganhos do investimento em touros melhoradores. Esse é o prazer que queremos lhe dar". Combinação eficaz PMGZ, ANCP e C/arifide são as ferramentas genéticas usadas na Agro Maripá Para identificar machos candidatos ao Tepagro, a Agro Maripá utiliza todas as ferramentas de avaliação genética disponíveis no mercado. Além das informações fomecidas pelos programas de melhoramento da ANCP e ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu), a empresa adota a tecnologia de marcadores genéticos Clarifide, da Zoetis, que possibilita obter DEP s genômicas. Nosso objetivo é confirmar as DEP s tradicionais de pedigree, desempenho e progênie. Como testamos touros jovens, os marcadores genéticos são fundamentais para o sucesso do nosso trabalho, diz Luis Otávio. O emprego de tecnologias modernas na seleção sempre foi prática corrente na Maripá. Marcelo Baptista aprendeu com Cláudio Sabino, fundador da Chácara Naviraí, como fazer um Nelore bonito e de bom porte, porém produtivo. "Padronização racial aliada a caracteristicas como aptidão para ganho de peso a pasto e precocidade racial sempre foram nosso norte", conta o empresário. Desde que começou a fazer seleção do Nelore em 2000, a empresa tem procurado validar seu trabalho de melhoramento genético. Desde que nascem, os animais passam pelo controle de desenvolvimento pondera I, que identifica os indivíduos com maior capacidade de ganho de peso. As informações são avaliadas pelo programa da ANCP e depois validadas pelo Clarifide. Os melhores animais são submetidos a provas de ganho de peso, a pasto e em confinamento, para se identificar os participantes do Tepagro. AVANÇOS - Nessa trajetória, os avanços propiciados pela genômica são os que mais chamam a atenção. Em 2011, a empresa descobriu Douro da Maripá, eleito o melhor animal nas 12 características avaliadas pelo Clarifide. "As DEP s genômicas são a fotografia do que é o animal como reprodutor e potencializam informações sobre características de reprodução, que são, atualmente, nosso foco". Douro foi contratado pela ABS Pecplan aos 18 meses de idade e hoje está entre os líderes de venda da central, com apenas dois anos de idade. Além do uso da genômica, o grupo tem aplicado novas ferramentas de seleção oferecidas pelos programas de melhoramento. Uma delas foi discutida no encontro com parceiros, realizado em novembro de 20l3, em Juara. Trata-se do projeto "Touros do Futuro Maripá", elaborado a pedido da empresa pelo técnico Pablo Fabrício, da ABCZ. Ele prevê a testagem de reprodutores em idade muito precoce (14 a 16 meses), quando normalmente isso é feito aos 24 meses. O objetivo desse trabalho, segundo Fabrício, é aumentar a intensidade de seleção, reduzir o intervalo entre gerações, promover maior progresso genético do rebanho e oferecer ao mercado animais jovens com acurácia ainda mais elevada. Na primeira etapa do projeto, serão selecionados animais de 215 a 305 dias classificados como elite ou superior no controle de desenvolvimento ponderal, com avaliação genética e de tipo (Epmuras) positivas. Em seguida, eles serão submetidos a uma prova de ganho de peso em confinamento com duração de 168 dias, com pesagens a cada 28 dias. O início dessa prova está previsto para abril de 2014, com término no mês de junho. Os melhores tourinhos passarão novamente por avaliação visual, de carcaça e andrológica. Aqueles que estiverem produzindo sêmen na idade de 14 a 16 meses serão utilizados em inseminação artificial por tempo fixo nas fêmeas da fazenda. "Vamos encurtar a avaliação dos animais em um ano e intensificar a produção desses animais, que vão entrar no Tepagro já com acurácia alta", diz Fabrício. A meta do projeto é obter 100 prenhezes por tourinho, para que aos 24 meses eles tenham filhos nascidos e aos 30 meses tenham filhos desmamados. Luis Otávio garante que a nova empreitada é, também, uma medida de segurança para a eleição dos touros. "Todo este processo gera um custo alto. Se eu colocar um animal fraco no Tepagro, perco dinheiro e credibilidade. Queremos dar garantias a nossos clientes sobre o que vendemos". (Revista DBO/SP – Março. 14 – pg 68 a 71)((Revista DBO/SP – Março. 14 – pg 68 a 71))

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Femec começa terça-feira com oportunidades para o produtor rural

Um portal foi montado na entrada principal do Parque de Exposições do Camaru para receber a população para a terceira edição da Femec. Está quase tudo pronto para a feira de máquinas e equipamentos ag...((Portal Siurgiu/RS – 236/3/2014))


Um portal foi montado na entrada principal do Parque de Exposições do Camaru para receber a população para a terceira edição da Femec. Está quase tudo pronto para a feira de máquinas e equipamentos agrícolas do Sindicato Rural de Uberlândia que começa nesta terça-feira (25) e vai até sexta-feira (28), das 8 às 18 horas, com entrada e estacionamento gratuitos. Ao chegar, o visitante fará um breve cadastro para acesso ao local. Para agilizar a operação, recomenda-se acessarwww.femec.com.br e fazer inscrição prévia no link “Faça sua inscrição aqui”. Os últimos detalhes da estrutura estão sendo concluídos. O pátio reservado para máquinas pesadas foi completamente tomado no fim de semana por tratores, colhedeiras, pulverizadores, plantadeiras, veículos utilitários e outros equipamentos. O agricultor terá ainda oportunidade de fazer cotações e antecipar aquisição de insumos como sementes e fertilizantes para a próxima safra. Instituições financeiras se preparam para oferecer maior agilidade na libração de crédito para financiamentos durante a feira. Posicionada entre os maiores eventos do setor no Brasil, a Femec este ano se firma como a feira do agronegócio de estado de Minas Gerais. A promessa é oferecer opções de investimento para produtores rurais de médio e grande porte, e aos da agricultura familiar, nas mesmas condições de preços, prazos e juros dos principais eventos do Brasil. A expectativa é gerar movimentação financeira 25 por cento superiores à edição do ano passado. Programação A programação do primeiro dia inclui abertura solene, às 14 horas, no auditório do parque e lançamento oficial da 6ª região Produtora do Queijo Minas Artesanal, às 16 horas, no estande do Governo de Minas. Um amplo programa gratuito de palestras e clínicas tecnológicas começa na quarta-feira com apresentações no auditório, Tatersal de Elite e estandes de instituições como Ministério do Desenvolvimento Agrário, Sebrae e Prefeitura de Uberlândia. Feira de Touros PO O Pró-Genética - Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino Brasileiro - colocará à disposição este ano na Femec cerca de 80 touros Puros de Origem (PO) das raças Nelore, Brahman, Gir Leiteiro, Guzerá, Sindi e Tabapuã. Os animais estarão à disposição para avaliação em currais nos pavilhões do parque e poderão ser negociados livremente entre comprador e vendedor Feira de Cavalos Os principais haras da região vão comercializar seus produtos no primeiro “Feirão Cavalos & Cia” na Femec. Negociações de animais para trabalho, lazer, esporte ou genética poderão ser feitas sem realização de pregão ou pagamento de comissão, diretamente com criadores ou administradores de haras em até 20 parcelas. Feira da Agroindústria Familiar A Feira da Agroindústria Familiar e Artesanato Rural promovida pela Emater-MG, em parceria com o Sindicato Rural de Uberlândia, reunirá cerca de 30 produtores para comercializar queijos, doces, quitandas, farinhas, mel e artesanatos. A Femec 2014 tem patrocínio do Sebrae Governo Federal, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, Senar e apoio da Universidade Federal de Uberlândia, IFTM, Governo de Minas, Emater-MG, Epamig, IMA, Assembleia de Minas, Faemg, Fiemg, Prefeitura Municipal de Uberlândia, Secretaria Municipal de Agricultura Pecuária e Abastecimento, Ferub, ABCZ, Universidade do Cavalo e Agora Tecnologia. (Portal Siurgiu/RS – 236/3/2014)((Portal Siurgiu/RS – 236/3/2014))

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Ourofino em expansão acelerada

Depois de acelerar seu crescimento nos últimos anos com a entrada no segmento de defensivos, a Ourofino Agronegócio, maior empresa de capital nacional do segmento de saúde animal, acaba de inaugurar u...((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 24/03/2014))


Depois de acelerar seu crescimento nos últimos anos com a entrada no segmento de defensivos, a Ourofino Agronegócio, maior empresa de capital nacional do segmento de saúde animal, acaba de inaugurar um complexo experimental no interior paulista que poderá estreitar sua relação com produtores rurais, ampliar sua base de clientes - e, claro, impulsionar os negócios. Segundo Dolivar Coraucci, presidente da divisão de saúde animal da empresa, a nova Fazenda Experimental Ourofino - "um sonho antigo" que começou a tomar forma em 2011 -, absorveu investimentos de R$ 15 milhões até dezembro do ano passado. Localizado em uma área de 500 hectares no município paulista de Guatapará, a 50 quilômetros da sede da companhia, em Cravinhos, o complexo conta com um centro de treinamento e capacitação, um centro de pesquisa veterinária e outro de pesquisa agrícola e uma área para a criação de gado nelore de elite. "Somos uma empresa focada em tecnologia pela própria natureza do nosso negócio. Com a Fazenda Experimental, ampliaremos nossas pesquisas e colaboraremos para a formação dos produtores, de modo que eles possam tirar dos produtos desenvolvidos seus melhores resultados", afirma Coraucci. Segundo ele, a propriedade na qual foi instalado o complexo foi arrendada por 20 anos, e os investimentos necessários para mantê-lo deverão alcançar até R$ 6 milhões por ano. O projeto nasce depois de a Ourofino quase ter dobrado de tamanho em dois anos. Resultados ainda preliminares indicam que a receita líquida da empresa alcançou R$ 694 milhões no ano passado, com crescimentos de 33% em relação a 2012 e de 75% na comparação com 2011. O salto veio depois que a companhia começou a atuar em defensivos - "um segmento de outra dimensão", como lembra Coraucci. Mas, segundo ele, a área de saúde animal ainda é o carro-chefe da Ourofino. Em 2013, a receita líquida da divisão foi de R$ 384 milhões, conforme os resultados preliminares. Mas na área de defensivos, que respondeu pela fatia restante no ano passado, o potencial de crescimento é maior, apesar das dificuldades no processo de registro de agrotóxicos no país. Atualmente, a empresa tem 14 produtos registrados - dez no mercado - e mais de 40 na fila das autoridades responsáveis em Brasília. (Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 24/03/2014)((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 24/03/2014))

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Novo caso de resíduo de vermífugo em carne do país

No momento em que o Brasil tenta abrir o mercado americano para a carne bovina in natura, a carne bovina industrializada brasileira, já vendida aos Estados Unidos, pode ser embargada pelo país. O Valo...((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 24/03/2014))


No momento em que o Brasil tenta abrir o mercado americano para a carne bovina in natura, a carne bovina industrializada brasileira, já vendida aos Estados Unidos, pode ser embargada pelo país. O Valor teve acesso a um documento em que os EUA informam ao Ministério da Agricultura ter detectado resíduos acima dos níveis permitidos do vermífugo ivermectina em um lote de carne enlatada da JBS. O memorando 143, do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), datado do dia 21 de março e encaminhado à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), vem à tona justamente quando se esgotava o prazo para que o ministério brasileiro enviasse um relatório com as mudanças feitas após a visita de veterinários americanos em 2013. Nessa visita, os veterinários propuseram medidas para evitar novas ocorrências de casos de ivermectina acima do permitido pelos EUA na carne enlatada. O prazo para envio do relatório foi sexta-feira. "Será o mesmo problema que tivemos em 2010. O cenário para o embargo está pronto", disse uma fonte. Naquele ano, os EUA detectaram resíduos acima do permitido do vermífugo em carne proveniente do Brasil e fecharam temporariamente seu mercado ao produto. A notificação, segundo uma fonte, foi entregue ao Ministério da Agricultura que não divulgou seu conteúdo e, procurado, não confirmou seu recebimento até o fechamento desta edição. O lote com a violação era originário da unidade da JBS (SIF 337), na cidade paulista de Lins. Procurada, a JBS informou que ainda não foi notificada. Segundo uma fonte do ministério, o problema com a ivermectina está justamente no uso de diversos produtos com períodos de ação diferentes. "A indústria [de carne] quer regular mais a ivermectina. Hoje, existem vários produtos. Às vezes, o pecuarista usa um e o animal é abatido antes do efeito passar, o que deixa resíduos na carne", disse a fonte. A SDA, afirmou uma fonte, está indecisa sobre quais garantias pode dar aos americanos para atender a exigência em relação aos níveis residuais de ivermectina. "Existe um impasse insolúvel entre a associação que representa a indústria de carne, o Dipoa e os fabricantes do produto. Os dois primeiros querem o banimento do produto, enquanto o terceiro não aceita, alegando falta de elementos técnicos", disse. Segundo a mesma fonte, o FSIS, departamento do USDA equivalente ao Dipoa, quer enviar uma missão ao Brasil, mas a SDA vem atrasando o planejamento para ganhar tempo até decidir o que fazer no caso da ivermectina. (Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 24/03/2014)((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 24/03/2014))

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Projeto vai reavaliar procedimentos de inspeção em linhas de abate

O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura e a Embrapa Suínos e Aves pretendem desenvolver um projeto em conjunto que vai subsidiar a reavaliação dos ...((Portal Rural Centro/MS – 24/03/2014))


O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura e a Embrapa Suínos e Aves pretendem desenvolver um projeto em conjunto que vai subsidiar a reavaliação dos procedimentos “ante e pós mortem” adotados pelo Serviço de Inspeção Federal em frigoríficos abatedores de aves e suínos. O objetivo é atualizar e modernizar o processo de inspeção, agilizar o trabalho do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e ampliar a garantia de qualidade em torno dos produtos oferecidos ao consumidor brasileiro. O assunto foi discutido na última terça-feira, 18 de março, durante visita do diretor do Dipoa, Leandro Diamantino Feijó, a Embrapa Suínos e Aves, em Concórdia (SC). Ele esteve na Embrapa acompanhado pelo chefe do Serviço de Inspeção de Carne Suína, César Vandesteen, pela chefe do Serviço de Inspeção de Carne de Aves, Ana Viana, e pelos técnicos Ricardo Buosi e Elenita Ruttscheidt Albuquerque, ambos do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal de Santa Catarina (SIPOA/SC). Na reunião com os pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves, Feijó delineou o projeto que pretende reavaliar os procedimentos de inspeção dentro dos frigoríficos. “Muito do que nossos fiscais fazem hoje está descrito em normas redigidas há mais de 50 anos. Talvez, parte dessas normas tenha ficado desatualizada ou desnecessária diante da evolução do agronegócio das carnes suína e de aves nas últimas décadas”, explicou Feijó. O projeto vai, sobretudo, sincronizar o status de desenvolvimento da suinocultura e avicultura com a rotina de inspeção nas linhas de abate. É provável ainda que Mapa e Embrapa definam durante o projeto a introdução de novos elementos na rotina da inspeção. É o caso da análise de risco, que abre a possibilidade de um controle mais moderno sobre a linha de abate. “Estamos iniciando o trabalho e ainda não podemos afirmar o que mudará. Mas não há dúvida que, com a ajuda da pesquisa da Embrapa, será possível otimizar os recursos da Inspeção Federal e aumentar a confiabilidade em torno dos produtos gerados pelas indústrias brasileiras”, completou Feijó. Nos próximos meses, será finalizada a estruturação do projeto, com o início efetivo da revisão dos procedimentos de inspeção ainda em 2014. Inicialmente, será analisada a linha de abate de suínos. Depois, será feito o mesmo trabalho para a carne de frango. A pesquisadora Jalusa Deon Kich representará a Embrapa nas discussões sobre suínos e o pesquisador Luizinho Caron nas avaliações sobre carne de frango. (Portal Rural Centro/MS – 24/03/2014)((Portal Rural Centro/MS – 24/03/2014))

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Linha para comércio com Argentina perto de sair

O novo ministro do Desenvolvimento, Mauro Borges, marcou ontem data e local para formalizar a criação de uma linha de financiamento ao comércio bilateral Brasil-Argentina. Um memorando de entendimento...((Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 22/03/2014))


O novo ministro do Desenvolvimento, Mauro Borges, marcou ontem data e local para formalizar a criação de uma linha de financiamento ao comércio bilateral Brasil-Argentina. Um memorando de entendimento para dar "conforto" e "liquidez" ao comércio será assinado, segundo ele, na quinta-feira, em reunião paralela ao encontro anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na Costa do Sauipe (BA). Mas a medida enfrenta dificuldades em sua estruturação financeira, sobretudo na negociação do prazo da quarentena a ser adotada pelo banco central argentino aos dólares que seriam "carimbados" para essas operações. Pela proposta, antecipada pelo Estado em fevereiro, o dinheiro seria "carimbado" para comércio exterior e não poderia ser usado para outros fins. O BC argentino ficaria limitado a usar esses dólares em outros pagamentos ou na composição de reservas cambiais. Esse é o principal nó da negociação. "Queremos reduzir o tempo de renovação automática desse crédito e criar um sistema que reduza incertezas. Essa é a grande questão", disse Borges. O Tesouro Nacional e o BNDES estão fora da negociação. O Banco do Brasil entrará "se considerar bom negócio", segundo ele. "O papel dos governos é fazer com que o sistema de empréstimo e de refinanciamento de fato aconteça e encurte os prazos." A linha teria até US$ 2 bilhões, com prazo de três meses e renovação automática. Inadimplência. Outra questão que levanta dúvidas, mesmo em setores do governo brasileiro, é o mecanismo de seguro que obrigaria os bancos centrais de ambos os lados a garantir a inadimplência do país importador ou do banco operador. "Essa linha de crédito é tradicional. Não estamos inventando a roda", afirmou o ministro. Afetada por uma persistente crise, a Argentina levantou barreiras não tarifárias e prejudicou o fluxo bilateral de comércio. Importadores argentinos correm atrás de escassos dólares para fechar negócios. No primeiro bimestre deste ano, as vendas totais ao vizinho recuaram 12%, para US$ 2,37 bilhões. E as importações da Argentina encolheram 23% no período. Desde janeiro, os parceiros do Mercosul negociam os termos para reativar as trocas comerciais. Na semana passada, Borges teve, em Buenos Aires, reuniões com os ministros da Economia, Axel Kicillof, da Indústria, Débora Giorgi, e com o presidente do BC local, Juan Fábrega. Antes, uma missão argentina esteve em Brasília para debater uma solução. O desenho original da linha de crédito também prevê o uso da classificação de risco das empresas nas transações, e não dos países. Isso ajudaria a driblar as restrições enfrentadas pela Argentina no mercado internacional. (Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 22/03/2014)((Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 22/03/2014))

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Evento discute desafios e gargalos do agronegócio

Autoridades, especialistas e lideranças do agronegócio discutem durante seminário realizado hoje e amanhã, em São Paulo, desafios e gargalos do agronegócio. Entre os palestrantes do Global Agribusines...((Jornal Folha de São Paulo Mercado/24/03/2014))


Autoridades, especialistas e lideranças do agronegócio discutem durante seminário realizado hoje e amanhã, em São Paulo, desafios e gargalos do agronegócio. Entre os palestrantes do Global Agribusiness Forum 2014 estão o diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Roberto Azevêdo, o ministro da Agricultura, Neri Geller, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o ex-ministro e colunista da Folha Antonio Delfim Netto. Do setor privado, estarão no evento, entre outros, o presidente do conselho de administração da BRF, Abilio Diniz, e o presidente da J&F (controladora da JBS), Joesley Batista. Realizado pela SRB (Sociedade Rural Brasileira), com organização da consultoria Datagro, o evento acontece das 8h às 18h, no hotel Grand Hyatt. (Jornal Folha de São Paulo Mercado/24/03/2014)((Jornal Folha de São Paulo Mercado/24/03/2014))

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Estado libera R$ 24 milhões para agricultura familiar

O governo estadual vai liberar a verba de R$ 24 milhões este ano para projetos de apoio e fortalecimento da agricultura familiar.O anúncio foi feito pelo secretário estadual da Agricultura, Jairo Carn...((Jornal A Tarde/BA - 24/03/2014))


O governo estadual vai liberar a verba de R$ 24 milhões este ano para projetos de apoio e fortalecimento da agricultura familiar.O anúncio foi feito pelo secretário estadual da Agricultura, Jairo Carneiro, durante a reunião do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS), realizada na semana passada, no Centro de Treinamento da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (Ebda). A verba foi acordada durante uma reunião coordenada pelo secretário de Combate a Pobreza, César Lisboa, com os secretários da Fazenda, Manoel Vitório, e da Agricultura, Jairo Carneiro. Durante a conversa foi discutido o apoio aos movimentos sociais que ficam a cargo da Secretaria de Agricultura. A Bahia é o estado brasileiro como maior número de agricultores familiares. Estima-se que existem 665 mil famílias, no Estado,que se dedicam a atividade rural. (Jornal A Tarde/BA - 24/03/2014)((Jornal A Tarde/BA - 24/03/2014))

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O peso da legislação tributária do Brasil

Depois de 23 anos de trabalho, um livro que reúne as legislações tributárias federais, estaduais e de quase 5 mil municípios brasileiros será lançado terça-feira na Câmara dos Deputados. O detalhe é q...((Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 23/03/2014))


Depois de 23 anos de trabalho, um livro que reúne as legislações tributárias federais, estaduais e de quase 5 mil municípios brasileiros será lançado terça-feira na Câmara dos Deputados. O detalhe é que o único exemplar da obra precisará de uma carreta para ser levado de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde foi impresso, até Brasília. Isso porque, para reunir todo esse volume de leis, o livro chegou a 7,53 toneladas distribuídas em 41.266 páginas de 2,10 metros de comprimento por 1,40 metro de largura cada, em um total de 124 metros quadrados de impressão. "E não tem toda a legislação brasileira porque 600 municípios não disponibilizam as leis em meio eletrônico e o sistema de buscas manual é muito demorado e dispendioso", diz o advogado tributarista Vinicios Leoncio, autor da obra. E a legislação reunida no volume está atualizada apenas até 2007 porque, de acordo com Leoncio, no Brasil são editadas em média 35 novas leis tributárias por dia. "Se fosse atualizar, não acabaria nunca", salientou o advogado, que gastou cerca de R$ 1 milhão em pesquisas e na criação de um miniparque gráfico exclusivamente para a obra. Reflexão. O objetivo, segundo ele, foi "provocar uma reflexão na sociedade e nos Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário)" sobre o emaranhado jurídico que faz, por exemplo, as empresas brasileiras gastarem até 2,6 mil horas por ano para pagar tributos, segundo o Banco Mundial, enquanto na Etiópia são 250 horas anuais. "Temos de tomar outro rumo para tirar o País do incômodo primeiro lugar entre as maiores burocracias", disse Leoncio. "Essa burocracia custa o equivalente a 1,4% do PIB para as empresas e o Estado gasta mais 1,3% para arrecadar. Só aí queimamos 2,7% do PIB", acrescentou. Para reunir as mais de 4,3 milhões de normas tributárias federais, dos Estados e do Distrito Federal e de cerca de 4.970 municípios, o advogado gastou aproximadamente 16 anos em pesquisas e outros sete apenas na impressão, que precisou ser feita em um equipamento adaptado especialmente para o trabalho. Se fossem colocadas lado a lado, as páginas ocupariam uma área de 124 mil metros quadrados, equivalentes a cerca de 30 campos de futebol. Além da dificuldade pelas próprias dimensões, Leoncio revelou que também enfrentou problemas com a desconfiança, principalmente por parte de representantes dos aproximadamente 500 municípios que não disponibilizaram a legislação em meio digital. "Algumas pesquisas foram feitas pessoalmente, mas outras foram por ofícios. Só que em algumas cidades tinham medo. Queriam saber para que seria usada (a legislação). Só na troca de ofícios para explicar iam três ou quatro meses", contou. E tudo sem nenhum tipo de ajuda. "Não consegui patrocínio porque ninguém acreditou que eu chegaria ao fim", desabafou o advogado em tom triunfante. A escolha do local para lançamento não foi aleatória. "A vitrine ideal para isso (lançamento) é o Congresso Nacional porque é ali que tem de mudar. O livro vai dar um choque de realidade no Congresso e na sociedade", avaliou o deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC), que, ao tomar conhecimento do trabalho de Leoncio, atuou para criar a Frente Parlamentar da Desburocratização, que hoje coordena e tem 182 signatários em exercício. Colatto conta que o trabalho consiste principalmente em discutir a questão com setores da sociedade. O deputado dá como exemplo propostas que hoje tramitam no Congresso como as de desburocratização das emissões de licenças ambientais e do registro de marcas e patentes "que pode levar até dez anos". Mas contou que uma dificuldade que enfrenta para pelo menos reduzir a burocracia "que não se vê claramente", é "o próprio poder público, que não deixa a coisa andar". "Já provocamos o governo várias vezes, mas ninguém colabora. Aí a gente vê que a burocracia leva a outras dificuldades e à corrupção. Leva a um custo Brasil enorme." (Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 23/03/2014)((Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 23/03/2014))

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Governo quer mais carne e leite, em área menor

O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) lançou, no dia 17 de fevereiro, o Plano Mais Pecuária, para incrementar a produção de carne e leite até 2023 para, respectivamente, 13,6 mi...((Revista DBO/SP – Março. 14 – pg 12))


O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) lançou, no dia 17 de fevereiro, o Plano Mais Pecuária, para incrementar a produção de carne e leite até 2023 para, respectivamente, 13,6 milhões de toneladas em equivalente-carcaça e 46,8 bilhões de litros e reduzir a área de pasto de 160 milhões de ha para 113,8 milhões, aumentando a lotação de 1,3 cabeça por ha para 2,6. Uma das estratégias para aumentar a produtividade e consequentemente a produção é o investimento em melhoramento genético dos bovinos leiteiros de corte, especialmente com a ampliação do uso da inseminação artificial (leite) e inseminação artificial e aumento da oferta de touros (corte). Para atingir a meta, o Mapa pretende capacitar 5.000 técnicos e 200.000 pecuaristas de corte e 10.000 técnicos e 650.000 produtores de leite. Além de aumentar a produção e a produtividade, o Plano Mais Pecuária pretende investir na qualidade dos produtos. No leite, a meta é a extinção da tuberculose e a brucelose e o governo espera que até 2016 o leite captado pelas indústrias deve ter padrões oficiais para CBT (Contagem Bacteriana Total) e CCS (Contagem de Células Somáticas). Quanto à carne, o Mapa espera que, até 2018, todos os Estados tenham aderido ao Sisbi-POA, Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal. (Revista DBO/SP – Março. 14 – pg 12)((Revista DBO/SP – Março. 14 – pg 12))

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Financiamento para pequenos e médios frigoríficos

Depois da reunião intermediada pela presidente da CNA, a senadora Kátia Abreu, os pequenos e médios frigoríficos filiados à Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) devem ter acesso a uma lin...((Revista DBO/SP – Março. 14 – pg 32))


Depois da reunião intermediada pela presidente da CNA, a senadora Kátia Abreu, os pequenos e médios frigoríficos filiados à Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) devem ter acesso a uma linha de crédito para capital de giro e para investimento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Na próxima reunião, ainda sem data marcada e que, além dos representantes da CNA, da Abrafiigo e do BNDES, deve contar com a participação dos sindicatos de frigoríficos estaduais e de empresas filiadas, o banco de fomento vai apresentar as linhas de financiamento e as formas de execução do projeto. Da prímeira reunião participaram Bruno Barcelos Lucchi e Rosimeire Crístina dos Santos (CNA), Pérícles Salazar e José João Batista Stival (respectivamente, presidente executivo e presidente do Conselho de Administração da Abrafrigo) e Marcelo Porteiro Cardoso, Jaldir Freire Lima, Carlos Alberto Vianna da Costa e Maríana Maia (representante do BNDES). (Revista DBO/SP – Março. 14 – pg 32)((Revista DBO/SP – Março. 14 – pg 32))

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Evento reunirá as raças de gado Brahman e cavalo Pampa

O Portobello Resort & Safári, localizado em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio de Janeiro, abriu ontem o ExpoBrahman Portobello, mega evento que reunirá as raças de gado Brahman e de cavalo Pampa, cuj...((Jornal A Gazeta/MT - 24/03/2014))


O Portobello Resort & Safári, localizado em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio de Janeiro, abriu ontem o ExpoBrahman Portobello, mega evento que reunirá as raças de gado Brahman e de cavalo Pampa, cuja programação se estende até dia 29/03. Essa é a segunda vez que pe realizado no local um evento simultâneo com exposições e leilões, unindo raças de gado e cavalo. De acordo com os organizadores, mais de 400 convidados, entre criadores e negociantes, participam dessa edição, que terá uma semana de duração. A exposição de Brahman, raça que está no Brasil há aproximadamente 20 anos, vai contar com 200 cabeças de gado de criadores dos principais estados brasileiros, incluindo representantes do Paraguai e Bolívia. A organização estima um volume de negócios de R$ 600 mil com o leilão através da oferta 220 animais. O leilão da raça acontece no sábado (29), a partir das 14h e será televisionado pela TV Terraviva. Serão ofertados touros, fêmeas, prenhezes e animais premiados. Também no sábado (29), acontece o leilão da raça de cavalo Pampa, uma das mais procuradas pelos criadores e admiradores de cavalo devido a beleza da pelagem mesclada, o equilíbrio e andamento. Ao todo serão 200 cavalos em exposição e 45 leiloados. A média de cada animal arrematado vai girar em torno de 20 mil reais, o que representará uma receitade, aproximadamente, R$ 1 milhão. Durante o evento, haverá a festa de entrega da premiação do ranking 2012-2013, e a posse festiva, no dia 28 de março, da nova diretoria da raça Brahman, eleita no último fevereiro e que tem Alexandre C. Ferreira no cargo de presidente. Os manejadores das estrelas Brahman vão ter um dia especial, com saída de escuna pelo mar da região de Ilha Grande, além de premiações especiais com bicicletas e televisores de última geração. A Fazenda Portobello, que ocupa uma área de 2.600 hectares, está situada a 3 km da sede do hotel do complexo Portobello Resort & Safári, oferecendo aos hóspedes que gostam de pecuária a oportunidade de conhecer melhor a criação da raça Brahman. A criação, iniciada há mais de 10 anos, faz da fazenda Portobello, uma das mais produtivas da região da Costa Verde do estado do Rio de Janeiro. (Jornal A Gazeta/MT - 24/03/2014)((Jornal A Gazeta/MT - 24/03/2014))

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Criadores podem ofertar touros Girolando nas feiras do Pró-Genética

A 1ª feira de touros do Pró-Genética de 2014 foi realizada no dia 13 de março no Parque de Exposições Olegário Coelho Prado, em Perdizes (MG). Foram comercializados reprodutores da raça Girolando do c...((Portal Jales Net/SP – 24/03/2014))


A 1ª feira de touros do Pró-Genética de 2014 foi realizada no dia 13 de março no Parque de Exposições Olegário Coelho Prado, em Perdizes (MG). Foram comercializados reprodutores da raça Girolando do criatório do produtor Roberto Antônio Pinto de Melo Carvalho, além de animais zebuínos. Os produtores de touro Girolando que querem participar das próximas feiras do Pró-Genética devem seguir os critérios do programa, que são: touros Puro Sintético, de graus de sangue 3/4 ou 5/8, ser portador de Registro Genealógico Definitivo, idade máxima de 42 meses, possuir peso de acordo com sua idade, seu pai possuir avaliação positiva para leite e sua mãe possuir lactação mínima de acordo com o grau de sangue. Os produtores interessados em comprar nas feiras receberão auxílio dos extensionistas da Emater para definir quais os reprodutores mais indicados para o tipo de pecuária que desenvolvem. A Emater também orientará os criadores que pretendem financiar as compras em bancos e cooperativas de crédito parceiros do Pró-Genética. (Portal Jales Net/SP – 24/03/2014)((Portal Jales Net/SP – 24/03/2014))

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Matadouros municipais na mira do MP

Prefeituras brasileiras em quase todos os Estados do país ainda são responsáveis atualmente pelo suprimento de carne bovina à população. O difícil acesso a muitos municípios, estejam eles no sertão no...((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 24/03/2014))


Prefeituras brasileiras em quase todos os Estados do país ainda são responsáveis atualmente pelo suprimento de carne bovina à população. O difícil acesso a muitos municípios, estejam eles no sertão nordestino ou no interior de São Paulo, e o volume de entrega considerado pequeno os excluíram do mapa de distribuição de grandes frigoríficos, jogando para o poder público a tarefa de abater bois. Há ainda no país pelo menos 810 abatedouros registrados com inspeção municipal - isto é, o boi é comprado, abatido e consumido apenas no município. Desses, 85,9% estão nas mãos de Prefeituras e os 14,1% restantes com a iniciativa privada. Em alguns Estados, o número de matadouros municipais públicos é simplesmente a totalidade, caso de Alagoas (ver gráfico). Ou quase a totalidade, como em Pernambuco, onde apenas seis de seus 129 matadouros locais são particulares, e no Ceará, com 117 estabelecimentos municipais, 106 deles atrelados a prefeituras. Intrínseco ao cenário rural do início do século passado, os "matadouros de boi" vinculados ao poder local não parecem causar estranhamento à população, mas suscitam uma série de dúvidas éticas, sanitárias e ambientais que começam agora a ser questionadas mais intensamente pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Para essas representações, os desrespeitos à lei são generalizados, crônicos e alarmantes. "É assustador o que se vê nesses locais. É uma realidade incompatível com os dias de hoje", afirma Luis Henrique Rafael, procurador do Ministério Público do Trabalho de Bauru, que abrange mais de cem cidades do interior paulista. Após inspeções iniciadas em 2013 a partir de denúncias da sociedade civil, os Ministérios Públicos do Trabalho de São Paulo e de Minas Gerais abriram investigações contra dezenas desses estabelecimentos - quatro foram fechados só na região de Bauru. Os procuradores identificaram desde serrotes enferrujados utilizados para desmembrar bois até a presença de crianças e animais domésticos próximos à área de abate. O descarte de sangue e restos bovinos em rios é outra contravenção ambiental comum nos estabelecimentos. Talvez a principal explicação para esse quadro, de acordo com o MPT, seja a auto-fiscalização: servidores municipais da Vigilância Sanitária são os responsáveis legais pela inspeção dos matadouros municipais. "As Prefeituras podem manter elas próprias suas unidades de abate ou arrendar a terceiros. De qualquer maneira, quem vai querer se indispor com a Prefeitura ou um parceiro da Prefeitura?", questionam os procuradores do Ministério Público do Trabalho. Isso se tornou possível a partir de 1989, com a promulgação da lei nº 7.889, que criou o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), na tentativa de desburocratizar os processos e dar celeridade aos abates. A medida transferiu a competência da fiscalização sanitária e técnica de matadouros a municípios e Estados. "Até então, a inspeção sanitária era federal ou não era. Agora, a lei nos impede de qualquer ingerência nessas esferas. Nós só entramos [no matadouro] por ordem de um juiz ou a pedido do próprio município", afirma Luiz Marcelo Martins Araújo, coordenador geral de inspeção do Ministério da Agricultura. O conflito de interesses entre o poder público e o privado é outra questão preocupante. Em localidades pequenas não é raro o prefeito ser também pecuarista e fornecer o gado bovino ao matadouro da cidade - ou um parente dele, ou, ainda, um doador de campanha. Os autos de investigação mostram também situações em que o matadouro é aberto aos domingos só para garantir o churrasco de amigos do prefeito. "Nem no passado, muito menos nos dias de hoje, existe justificativa técnica ou jurídica que sustente a execução da atividade de abate de animais por conta de um município. A atividade não se insere no rol de serviços essenciais à população; logo, é uma atividade essencialmente privada. Só pode sofrer interferência do poder público quando houver violação às normas relativas à vigilância sanitária, segurança no trabalho e meio ambiente", afirma o procurador Rafael. Responsável pelo abate de 2,3 milhões de cabeças de bois em 2012 - de um total de 29 milhões de cabeças abatidas no país naquele ano -, os matadouros municipais podem ser uma ameaça à saúde pública, sobretudo aqueles com condições sanitárias precárias. Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que os matadouros abasteceram quase 26 milhões de brasileiros residentes nas 810 localidades com abate municipal. A carne que saiu dessas instalações, muitas delas insalubres, foi diretamente para a mesa desses consumidores finais. Um levantamento realizado no ano passado pela organização não governamental Amigos da Terra corrobora essa constatação. Intitulado "Radiografia da Carne", o trabalho da ONG alerta para o fato de que boa parte desses estabelecimentos passou a funcionar sob influência de interesses e ingerências político-econômicas, em detrimento das condições sanitárias apropriadas. "Há uma situação de inconformidade sistemática, atingindo cerca de 80% dos empreendimentos", afirma o estudo. Roberto Smeraldi, diretor da ONG, afirma que a presença de veterinários antes e depois do abate do animal - uma exigência da lei - é ignorada na grande maioria dos casos. Esses profissionais são necessários para detectar eventuais doenças nos animais. "Raramente existe um veterinário na hora do abate. E mesmo com esses profissionais presentes, eles sofrem pressão para não exercer suas funções com o rigor necessário", afirma Smeraldi. "A fiscalização inadequada por parte do veterinário expõe o consumidor brasileiro a mais de dez tipos de doenças graves". "Seja por falta de profissionais qualificados, seja por falta de equipamentos mínimos para a execução do serviço de inspeção, o que vemos é ineficácia ou total ausência do SIM [Serviço de Inspeção Municipal]", afirma o procurador do Trabalho Geraldo Emediato de Souza, que lidera as investigações de matadouros em Minas Gerais, Estado onde a administração de quase metade dos estabelecimentos do gênero está nas mãos de Prefeituras. Nos últimos meses, Souza presenciou o abate de animais no chão - com marretadas na cabeça -, crianças manuseando pedaços de carne do animal destroçado e a tentativa de um pecuarista de Itaúna de levar adiante o abate de um animal com tuberculose. "Eles só querem vender o boi que engordaram. Não estão nem aí. A pessoa que come carne no interior de Minas Gerais assume um risco grande sem saber". Nos municípios paulistas de Piratininga, Pederneiras e Parapuã, as Prefeituras optaram por fechar as portas a pagar o preço de se adequar. Segundo algumas fontes, dependendo das condições desses estabelecimentos o investimento mínimo para garantir condições adequadas de funcionamento é de R$ 500 mil. Sandro Bola, prefeito de Piratininga pelo PSDB, diz que a decisão foi "uma conta na ponta do lápis". Minimizando as acusações do MPT - "eles exageram" - o prefeito conta que a manutenção e operação do matadouro da cidade estava saindo caro para atender aos únicos dois açougues locais. "Um fazia a matança de três bois por semana. O outro, de 15 a 18 bois. Não compensava mais pra gente", afirma Bola. Desde o fechamento, no fim do ano passado, os açougues passaram a mandar o gado para o abate em Bariri, a cerca de 60 quilômetros de distância de Piratininga, ou compram carne resfriada diretamente dos frigoríficos. A Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Bovina (Abiec) reconhece a existência desses problemas e defende que a segurança alimentar independe da instância política. "É preciso que seja adotados os mesmo parâmetros de controle. Não existe, no mundo de hoje, a possibilidade de Prefeituras competirem com a iniciativa privada", diz Antônio Camardelli, presidente da entidade. Ele acredita, no entanto, que cabe também ao Conselho Nacional de Veterinários punir profissionais que não desempenharem sua função por pressão política. As denúncias envolvendo os matadouros públicos não são recentes e já levantaram comentários até de ministros da Agricultura, que defenderam o seu fim. Para quem acompanha o setor, a força do mercado dará conta de reduzi-los até a extinção. "No início esses matadouros faziam sentido para um país continental como o Brasil. A distribuição era precária e o poder público teve de se encarregar de distribuir proteína para a população", afirma José Vicente Ferraz, especialista em carnes da Informa Economics FNP. "Mas minha percepção é que eles já estão acabando. Na verdade, não passam de um açougue um pouco maior". (Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 24/03/2014)((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 24/03/2014))

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Preços das carnes estão subindo

Os preços do bezerro, da arroba do boi gordo e da carne bovina atingiram valores recordes na última semana e devem se manterem alta nos próximos dias.A supervalorização do bovino já mexeu com o mercad...((Jornal Brasil Econômico/24/03/2014))


Os preços do bezerro, da arroba do boi gordo e da carne bovina atingiram valores recordes na última semana e devem se manterem alta nos próximos dias.A supervalorização do bovino já mexeu com o mercado de suínos, que também registrou aumento nos preços, e deve se estender por toda a cadeia de proteína, incluindo frango, ovos e peixe. Para o consumidor, os efeitos devem começar a ser sentidos a partir do fim desta semana, apontam analistas. No mercado do boi gordo, o Indicador Esalq/ BM & F Bovespa (Estado de São Paulo) acumula alta de 5,20% no mês, encerrando, na última quinta-feira, cotado a R$ 126,69 por arroba, o maior valor, em ermos nominais, da série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada — Cepea. Já os Indicadores do Suíno Vivo Cepea / Esalq registrou preços de até R$ 3,69 o quilo,no mesmo período,em São Paulo. Segundo o Cepea, as fortes altas de preços registradas ao longo dos últimos meses tem relação direta coma seca, que atingiu as regiões produtoras nos meses de dezembro a fevereiro. Com menos chuvas, os pecuaristas tiveram mais dificuldade para recuperar as pastagens e, consequente, fazer a engorda do gado. Diante de uma demanda forte e estável, as regiões produtoras não estão conseguindo responder a essa necessidade do mercado. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Minas foram bastante prejudicados pelas chuvas”, observa Sérgio de Zen, pesquisador do Cepea. A reduzida oferta de carne bovina acabou tendo reflexos sobre os suínos, que, por passarem a ser mais procurados, tiveram também o preço valorizado. Para se ter uma ideia, na semana passada, a carcaça com um suína se valorizou 5,4%, com o quilo cotado a R$ 5,17, no dia 19, no atacado da Grande São Paulo. Segundo Sérgio de Zen, essa é uma resposta natural do mercado, que, nos próximos dias, também deve ter reflexos sobre o preço do frango, dos ovos e do peixe. “A carne bovina é parâmetro para todas as demais. Até o momento, não identificamos altas nos preços do frango e do peixe.Mas a tendência é de que toda a cadeia de proteína seja influenciada”, analisa. Para o consumidor, os impactos devem demorar um pouco mais para aparecer, mas não muito. Segundo o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/ FGV), André Braz, os primeiros sinais da elevação no preço da carne bovina e suína ao produtor devem surgir no fim desta semana, quase início do mês de abril. “Ao consumidor, a alta ainda não chegou, mas é questão de tempo. Ela também não costuma chegar com a intensidade verificada no produtor. Se isso ocorrer, as famílias podem ampliar o consumo de frango e peixe, mas rapidamente o mercado deve perceber esse foco e reajustar os preços desses outros tipos de carne”, diz Braz. (Jornal Brasil Econômico/24/03/2014)((Jornal Brasil Econômico/24/03/2014))

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Inseminação artificial é caminho para desenvolvimento da pecuária

A pecuária brasileira necessita de mais investimentos em tecnologia para o seu desenvolvimento e um dos caminhos é a IA (Inseminação Artificial), que promove o melhoramento genético dos animais destin...((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014))


A pecuária brasileira necessita de mais investimentos em tecnologia para o seu desenvolvimento e um dos caminhos é a IA (Inseminação Artificial), que promove o melhoramento genético dos animais destinados para corte e produção de leite. As informações são da Alta Genetics, uma das maiores empresas de melhoramento genético do mundo. Para especialistas, a inseminação é um investimento garantido, mais barato, fácil de fazer e os resultados são superiores comparados aos métodos naturais. De acordo com o gerente de mercado da Alta Genetics, Tiago Moreira Carrara, a IA está se tornando cada vez mais necessária para aumentar a produtividade dos rebanhos, mas muitos pecuaristas não utilizam a técnica porque desconhecem as vantagens e os custos. “Um animal bom, sem comprovação genética, custa no mínimo R$ 5 mil e emprenha até 30 vacas por ano. Logo, para um rebanho de 300 vacas, são necessários 10 touros, resultando em gasto de aproximadamente R$ 50 mil. Segundo ele, com a inseminação, o criador pode emprenhar as mesmas vacas por cinco anos investindo menos de R$ 40 mil. Dose de sêmen custa de R$ 20 até R$ 10 mil dependendo do animal Na Alta Genetics, a dose de sêmen custa cerca de R$ 20, porém, no banco da empresa, existem doses que podem custar até R$ 10 mil. Na Central há touros que produzem entre 30 e 40 mil doses de sêmen por ano, mas alguns produzem entre 80 e 90 mil, resultando em faturamento de mais de R$ 1 milhão anuais. Atualmente, conforme Carrara, com metade do valor de compra de um touro sem comprovação, é possível adquirir o kit de inseminação e mais R$ 500 em sêmen de touros provados. “Com a utilização da IA, além do benefício econômico, o bezerro já nasce com valor agregado pelo melhoramento genético, que se reflete em maior produtividade em menor tempo”, considera. Nos últimos cinco anos, de acordo com a ASBIA (Associação Brasileira de Inseminação Artificial), a utilização de sêmen de corte cresceu 110%, de gado leiteiro 35% e o mercado geral 72%. Conforme a Alta Genetics, este mercado cresceu em média 8% em 2013, correspondendo às expectativas do setor, uma vez que a ascensão foi de 12% no setor de leite e 6% em corte. Porém, mesmo diante das vantagens da IA, somente 10% das vacas são inseminadas no Brasil. Segundo a empresa, a quantia de fazendas com maior número de ruminantes tem aumentado e as propriedades rurais com menos de 30 animais, que representam mais de um milhão, têm se reduzido. “Não há negócio que se sustente com este pequeno volume de animais”. Para Carrara, sem gestão, uma fazenda não tem sustentabilidade. “A gestão é o nosso foco”, diz. Em 2013, a Alta Genetics comercializou cerca de 3,7 mi de doses de sêmen, sendo 60% de gado de corte e 40% de leite. “Este ano, com mais participação do Brasil no mercado externo, esperamos crescimento de 10% em média”, concluiu. (Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014)((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014))

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Raça mais criada no mundo, Angus é aposta de brasileiros

Conhecida internacionalmente pela qualidade da carne, a raça taurina Angus é a mais utilizada nos cruzamentos industriais. De acordo com especialistas do setor, o cruzamento proporciona benefícios div...((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014))


Conhecida internacionalmente pela qualidade da carne, a raça taurina Angus é a mais utilizada nos cruzamentos industriais. De acordo com especialistas do setor, o cruzamento proporciona benefícios diversos e é uma ferramenta à disposição dos pecuaristas. Só em 2012, 2,9 milhões de doses de sêmen destes animais foram comercializadas no Brasil, ficando atrás apenas da raça Nelore. Porém, em 2013, conforme a ASBIA (Associação Brasileira de Inseminação Artificial), a raça Angus representou 42,8% de participação no mercado, ultrapassando a Nelore. Para o gerente nacional do Programa Carne Angus, Fábio Schuler, a fertilidade, a precocidade sexual, a facilidade de parto e a rusticidade são apenas algumas características que descrevem a raça. “A Angus tem facilidade para emprenhar e a vida reprodutiva começa cedo, aos noves meses, dependendo do animal. Além disso, ele nasce pequeno, reduzindo o custo de manejo, e se adapta bem a diferentes climas. Sem falar na longevidade da raça e da qualidade da carne”, lista. A raça Angus é criada no Brasil desde 1906, “mas se popularizou há pouco mais de dez anos no Brasil Central”, conta Schuler, dizendo que a Angus brasileira possui a melhor genética do mundo. Quanto à qualidade da carne Argentina, ele aponta que a genética da raça “predomina em 80% do rebanho daquele país”. O Brasil segue a mesma linha, uma vez que “existe mercado para carne de qualidade no país”, cita. Conforme Schuler, a evolução das classes A e B, que, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), representam 42 mi de pessoas, o elevado consumo de carne no Brasil e a demanda internacional demonstram a realidade do mercado de carne no país. Porém, “a qualidade da carne produzida, a organização da cadeia produtiva, a falta de direcionamento da produção, o acesso a mercados, entre outros, são pontos que precisam ser melhorados”, frisa. Carne certificada confere reconhecimento e credibilidade Segundo Schuler, oito em cada 10 bezerros que nascem de cruzamento artificial no Brasil são Angus. “Só em 2013, 2,5 mi de bezerros angus e cruza angus nasceram no Brasil”, conclui, lembrando que a certificação da carne é importante porque confere reconhecimento e credibilidade internacional. O selo de qualidade também beneficia o produtor, “que ganha 10% a mais de sobrepeso”. São características destes animais a genética jovem e boa terminação de carcaça. Criado em 2003, o Programa Carne Angus Certificada abateu 20 mil animais em seu início. Hoje, números atualizados apontam mais de 250 mil carcaças certificadas. Entre os nove frigoríficos parceiros da ação, destaque para o JBS, maior grupo frigorífico do mundo, e o Verdi, de Santa Catarina. No programa, todo o processo industrial é acompanhado por técnicos, que avaliam e concedem o selo de certificação. (Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014)((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014))

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Sindicato Rural realiza ciclo de palestras hoje

Acontece hoje, a partir das 8h, um ciclo de palestras focadas na gestão pecuária e na integração entre pecuária e lavoura, no Sindicato Rural de Campo Grande. Aberta a todos os associados o e interess...((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014))


Acontece hoje, a partir das 8h, um ciclo de palestras focadas na gestão pecuária e na integração entre pecuária e lavoura, no Sindicato Rural de Campo Grande. Aberta a todos os associados o e interessados, o evento tem como objetivo levar informação e conhecimento aos produtores rurais do Estado. A abertura do evento fica a cargo de Daniel Ingold, engenheiro agrônomo pela Esalq com MBA pela FGV, que apresentará a palestra “Gestão na atividade pecuária”. Na sequência, Vlamir Leggieri, engenheiro agrônomo pela Esalq, especializado em Nutrição Animal e Produção de Grãos, irá proferir a segunda palestra do dia: Integração pecuária-lavoura. Os interessados em participar das apresentações devem confirmar presença pelo telefone 067 3341 2696 ou pelo e-mail cadastro@srcg.com.br. O Anfiteatro do Sindicato Rural de Campo Grande fica na rua Raul Pires Barbosa, 116, bairro Miguel Couto. (Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014)((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014))

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Preço da arroba chega a R$ 118 em março

O preço da arroba do boi tem atingido patamares históricos e superando as expectativas de consultores do setor. Em março a arroba está sendo negociada, em média, a R$ 118 para o boi gordo e R$ 108 par...((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014))


O preço da arroba do boi tem atingido patamares históricos e superando as expectativas de consultores do setor. Em março a arroba está sendo negociada, em média, a R$ 118 para o boi gordo e R$ 108 para a vaca, de acordo com o Departamento Econômico da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul). Esse valor é pago pelos frigoríficos aos pecuaristas do Estado. Em fevereiro, a média da arroba do boi gordo era de R$ 108,81. De acordo com a assessora técnica do Sistema Famasul, Adriana Mascarenhas, a alta já chega a 30% se comparado o preço cotado neste mês com o mesmo período do ano passado. Segundo Adriana, os pecuaristas comemoram os bons resultados. “O produtor teve um período muito longo de margem pequena ou negativa. Ele precisava desse momento para obter saldo”, explica. Adriana explica que os valores estão em uma tendência de alta desde o ano passado porém estão subindo com maior força neste início de 2014. “Nós esperávamos que este ano fosse de preços bons, com média de R$ 105, mas está surpreendendo”, acrescenta. Entre os motivos para explicar o desempenho estão o consumo de carne aquecido em todo o país e a restrição de animais prontos para abate. A previsão é que os valores alcancem níveis ainda maiores no meio do ano, quando começa o inverno e a Copa do Mundo. “Se o inverno for rigoroso não teremos pasto suficiente para engordar os animais e o produtor terá que suplementar, o que vai aumentar os preços. Além disso, teremos um consumo muito maior do que o normal, com os turistas de outros países, comenta a assessora técnica. (Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014)((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014))

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Empresa pioneira em alta genética

O Estado - Quais são as principais atividades realizadas pela CFM e em quais localidades do país? Luís Adriano - As atividades principais são a pecuária de corte, com 50 mil cabeças de produção comerc...((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014))


O Estado - Quais são as principais atividades realizadas pela CFM e em quais localidades do país? Luís Adriano - As atividades principais são a pecuária de corte, com 50 mil cabeças de produção comercial, e a produção de touros com 19 mil animais vendidos em 2013, entre bezerros desmamados e refugos. Também é um grande produtor de cana-de-açúcar, sem ter participação em usina. Nossas fazendas estão localizadas no noroeste paulista e nós fechamos o ano passado com produção de 3 milhões de toneladas de cana. Grande parte da fazenda, além de gado tem cana-de-açúcar. São nove fazendas no grupo e seis delas estão localizadas em São Paulo. Duas fazendas em Mato Grosso do Sul, envolvidas com pecuária, e uma fazenda na Bahia, também envolvida com pecuária e desenvolvimento. Temos mais de 100 anos de história no Brasil, estamos abrindo essa fazenda com pecuária de corte. O Estado - Como surgiu a CFM e a ideia de produzir animais de alto potencial genético? Luís Adriano - A CFM sempre foi um produtor comercial e extensivo, com foco em produzir os animais para a indústria, com um boi gordo, o mais pesado possível e o mais rápido possível. Para a fazenda ter um retorno do capital investido também o mais rápido e, com isso, buscando fêmeas mais precoces para encurtar o ciclo de produção. Em função disso, fomos os maiores compradoresno mercado na década de 1970, chegando a ter 27 fazendas. A gente fazia o ciclo completo, com cria, recria e engorda. Nós nos deparávamos com dois grandes problemas. Primeiro, tínhamos que consultar muitos produtores, que tinham em média 100 touros e comprar apenas 20 e consultar outros e comprar, às vezes, até menos. Com isso, perdíamos muito tempo para conseguir comprar o volume de touros que nós precisávamos. O segundo problema, e o maior de todos, é que quando a CFM chegava a um produtor e ele apresentava o animal, quando nós perguntávamos qual era peso e a desmama dos decendentes desse touro, ele não sabia a produtividade. Então, a genética era diferente do que a gente buscava. Em 1980, a CFM tomou a decisão de iniciar seu próprio programa de seleção. Nós já entendíamos que somos a base de toda a cadeia do sistema produtivo da fazenda. A genética que estava disponível no mercado naquela época não atendia as nossas necessidades. Pelo tamanho e pelas características da CFM, percebemos que dava para fazer isso em casa. O Estado - Como a CFM conseguiu ser a maior produtora de animais de alta qualidade genética? Luís Adriano - Nós começamos o que chamamos de formação do núcleo elite. Nós já tínhamos o rebanho individualizado, todas as fêmeas identificadas. Na desmama, nós pesávamos seus bezerros e a cada 100 bezerros, os dois mais pesados recebiam uma anotação no banco de dados. Se foi a vaca que produziu, vai para os top 2% melhores, era tirada de onde ela estava e era trazida para uma única fazenda para tirar o que a gente chama de efeitos não genéticos como a qualidade do pasto, quantidade de chuva para tentar diminuir o máximo possível esses efeitos. Nascem cerca de 7 mil machos por ano e 7 mil fêmeas, pormeio da coleta de dados dos animais e de todo controle de pedigree de performance dos animais, manejados dentro do que a gente chama de grupo de controle. No grupo contemporâneo, que é o nome técnico, por análise estatística do banco de dados, nós queremos saber quem são os 30% melhores animais. É daqui que saem cerca de 2 mil touros por ano, às vezes, representa até um pouco menos de 30% da base nascidae o resto é descartado, vira boi gordo como em qualquer outra fazenda. O Estado - O que é o CEIP e como a CFM conquistou esse certificado? Luís Adriano - Em função da alta produtividade, a CFM foi o primeiro programa de seleção de touros Nelore a receber o CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção), um certificado do Ministério da Agricultura, que foi outorgado a partir da portaria nº 267, de 4 de maio de 1995. São 11 características que a CFM controla e coleta de todo o rebanho. O programa de seleção existe para suprir a nossa necessidade de reposição de touros. Aí surgiu a oportunidade de suprir uma lacuna de mercado, porque não era só a CFM que tinha essa necessidade de ter programas sérios em volume e selecionados para o ganho econômico. Nós começamos a abastecer esse mercado porque passamos a muito mais do que a gente necessitava. No acumulado até 2013, nós já produzimos 34,5 mil touros, que qualifica a CFM como a maior produtora de touros CEIP do Brasil. Desses 2 mil touros produzidos por ano, 53% deles vão para fazendas que já utilizaram touros da CFM em anos anteriores. O Estado - Como é feita a venda dos animais? Como o produtor faz para adquirir um animal da CFM? Luís Adriano - As vendas começam no segundo semestre com um megaleilão. Em 2012, a CFM abriu a exportação de animais, touro vivo, para o Paraguai e, este ano devemos fazer outra exportação, que está no processo de liberação do embarque. Já foram quase 3 mil negócios efetivados para mais de 2 mil clientes. E tem clientes ou touros CFM trabalhando em 1,5 mil municípios do Brasil. A gente atende historicamente por ano de 20 a 21 Estados, mas tem clientes da CFM em 26 Estados do Brasil e dois Estados do Paraguai. A CFM já produziu um volume de touros para atender a 1,2 milhão de fêmeas. O Estado - O que significa ser o maior fornecedor de touros com CEIP? Luís Adriano - Claro que nós temos orgulho disso, mas traz uma responsabilidade muito grande. Se pararmos de fazer o melhoramento genético, nós sabemos que não estamos atrapalhando apenas o nosso negócio, mas o de muita gente também. É muito gratificante receber esse reconhecimento do mercado, de que estamos investindo no caminho correto. O custo-benefício é claro, não só para a CFM, mas para o cliente. Tanto é, que a gente tem esse alto índice de fidelidade. Hoje, é fácil ter acesso aos touros da CFM, desde os mais baratos até os valores mais altos. Mesmo os clientes com touros mais caros voltam porque têm obtido retorno. Quando ele começa a comprar, procura os touros mais baratos e vê os resultados na sua fazenda. Ele vai para os touros de valor médio e começa a aumentar a exigência e busca touros de índices mais altos. Até os clientes mais velhos da CFM pagam mais e sabem que esse investimento dá o retorno para ele na fazenda. (Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014)((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014))

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Foco na reposição de fêmeas

Um dos temas mais presentes na pecuária nos últimos tempos, tanto em termos de Brasil como em Mato Grosso é o abate de fêmeas e o consequente apagão de bezerros. Dessa forma, entra na pauta produtivid...((Jornal A Gazeta/MT - 24/03/2014))


Um dos temas mais presentes na pecuária nos últimos tempos, tanto em termos de Brasil como em Mato Grosso é o abate de fêmeas e o consequente apagão de bezerros. Dessa forma, entra na pauta produtividade e lucratividade, isso porque muitos criadores não têm dado a devida atenção para um dos itens mais importantes dentro de um plantel, que é exatamente a reposição de fêmeas. De acordo com Marcos Labury, técnico de corte da Alta, empresa de melhoramento genético bovino, onde há menos fêmeas parindo, há redução de crias, resultando em prejuízo nos negócios. Conforme o técnico, o produtor rural conta hoje com diversas ferramentas tecnológicas e inúmeras fontes de informações disponibilizadas por associações e pesquisadores da área para contribuir com o desenvolvimento de uma propriedade. Contudo, é necessário saber o momento certo para descartar uma fêmea e substituí-la, prática que deve fazer parte da rotina das propriedades e pode gerar gastos ainda maiores se não realizados de maneira correta. Isso porque, segundo ele, a vaca é a peça principal na produção de carne. Sendo que a substituição de matrizes é realizada em dois segmentos: seleção e comercial. No caso da seleção, os produtos possuem maior valor agregado e serão destinados à reprodução. Já nos rebanhos comerciais, o animal entra como bezerro e sai como boi gordo, transformado na carne, que é o produto final. Em média o descarte automático que gira em torno de 15% a 20% das fêmeas do rebanho, consequentemente, resultará em benefício financeiro anual para a propriedade, sendo que o valor obtido com o descarte deve ser usado para repor fêmeas boas inicialmente. Segundo o especialista, para alcançar este resultado uma das ferramentas utilizadas pelos criadores nos últimos anos é a inseminação artificial. Contudo, como em qualquer negócio, é necessário cautela e analisar a necessidade de cada rebanho. Conforme o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, é importante colocar em pauta este problema da falta do abate de fêmeas e apagão de bezerros. Vacari explica que o bezerro é a matéria-prima da pecuária e sem ele não há engorda, confinamento e consequentemente não há carne. O diretor diz que o bom desempenho do criador gera, inclusive, resultados na mesa do consumidor. Um levantamento realizado pelo Instituto de Economia Agropecuária (Imea) a pedido da Acrimat, nos primeiros cinco meses de 2013, aponta que mais da metade dos animais abatidos em Mato Grosso foi fêmea. Ao todo, foram abatidas 1,28 milhão de matrizes, o que representa 53% do total até maio. Esta evolução na participação das fêmeas nos abates é influenciada por uma série de fatores que compõem a cadeia da carne. (Jornal A Gazeta/MT - 24/03/2014)((Jornal A Gazeta/MT - 24/03/2014))

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Definidas garantias para certificação oficial de carne bovina in natura

A União Europeia exige a identificação e certificação individual para importar carne bovina in natura do Brasil. Para oferecer essa garantia, é necessário que o produto exportado pelos frigoríficos at...((Portal Rural Centro/MS – 24/03/2014))


A União Europeia exige a identificação e certificação individual para importar carne bovina in natura do Brasil. Para oferecer essa garantia, é necessário que o produto exportado pelos frigoríficos atenda os requisitos exigidos por aquele Bloco. Para aprovar esses procedimentos de rastreabilidade, quando forem utilizadas garantias para certificação oficial brasileira, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no Diário Oficial da União (DOU) da última sexta-feira, 21 de março, a Instrução Normativa (IN) nº 6. “A IN nº 6 vem para regulamentar esse tema, definindo as regras necessárias quando a certificação oficial brasileira usar como base as garantias de rastreabilidade individual”, explica o fiscal federal agropecuário do Mapa, André Carneiro. A garantia que trata a normativa do Ministério é uma exigência adicional e voluntária, acordada entre vendedores e compradores. Atualmente, mais de 1,6 mil fazendas do Brasil podem exportar carne bovina in natura para a UE. O Mapa é a instituição responsável por fiscalizar a identificação e certificação dos rebanhos nacionais de bovinos e bubalinos das propriedades participantes dos protocolos de adesão voluntária, por meio do Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov). Este trabalho é realizado em parceria com serviços estaduais de Defesa Agropecuária. “A manutenção das importações pela UE é importante para o país, já que o bloco é um dos mercados mais exigentes do mundo. Como outras nações seguem esse sistema, as diretrizes geram um impacto significativo nas vendas brasileiras de carne”, destaca o secretário de Defesa Agropecuária, Rodrigo Figueiredo. (Portal Rural Centro/MS – 24/03/2014)((Portal Rural Centro/MS – 24/03/2014))

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Indústria láctea precisa ser mais rigorosa, avalia coordenador do Mapa

Na semana passada, a LBR, detentora das marcas Parmalat e Líder, envolvidas na fraude do leite com formol, se justificou, assegurando que, nos testes internos, não foi detectada a presença do componen...((Jornal do Comércio/RS - 24/03/2014))


Na semana passada, a LBR, detentora das marcas Parmalat e Líder, envolvidas na fraude do leite com formol, se justificou, assegurando que, nos testes internos, não foi detectada a presença do componente químico, que é cancerígeno. A análise divergiu da que foi feita pela inspeção do Ministério da Agricultura (Mapa). Em entrevista ao Jornal do Comércio, o coordenador-geral de inspeção do Mapa, Luiz Marcelo Martins Araújo, explica como é feita a análise da fiscalização e o que justifica a diferença de resultados das amostras. Jornal do Comércio – O que justifica a divergência de resultados no caso da LBR? Luiz Marcelo Martins Araújo – O Mapa segue padrão internacional de análise, com procedimentos reconhecidos por organismos de pesquisas internacionais. Todas as análises têm que seguir metodologias oficiais. A empresa pode utilizar outra metodologia que não seja a mesma que a nossa, só que, também, não será reconhecida no mundo cientifico. Por serem reconhecidas cientificamente, nossas análises têm um prazo maior para apresentar resultados. O que a empresa faz são provas rápidas, que são indicativas. Além disso, no nosso caso, quando existe qualquer evidência de fraude, nós temos que fazer outra analise confirmatória, porque não podemos ser levianos numa situação dessas. Além disso, nós pegamos a amostra no caminhão. JC – A empresa diz que a amostra coletada por ela foi recolhida do caminhão... Araújo – Que bom que é assim, já que eles estão dizendo, mas a diferença entre as duas análises é a seguinte: quando o Mapa colhe amostra, ele faz isso em nome da União, que tem a presunção de veracidade. Parte-se desse principio. A nossa amostra foi corretamente colhida, foi feita a análise do jeito que tem que ser feita. Os mesmos laboratórios que fazem análises internacionais são laboratórios usados para as análises do Mapa. A empresa pode dizer o que quiser, até porque dificilmente vão reconhecer equívocos. JC – A LBR afirma que seguiu todos os procedimentos listados pelo Mapa. É possível, mesmo assim, errar? Araújo – Isso é muito comum. A empresa diz que fez tudo que foi mandado. Mas nós não mandamos nada, existem algumas análises exigidas, mas, independentemente disso, a indústria tem que nos garantir que não tem formol no leite. A empresa precisa realizar testes obrigatórios, mas nós não dizemos como os testes deverão ser feitos. JC – Então, o teste feito pela empresa e o teste feito pelo Mapa não são idênticos? Araújo – Não necessariamente. A empresa tem liberdade de escolher o método que irá usar. Por questões diversas, a empresa opta por testes mais rápidos ou baratos, mas não podemos mudar a nossa qualidade. JC – Sabemos que a indústria tem um tempo mais exíguo, até pela característica do produto, que é perecível. Realizar um teste como o do Mapa prejudicaria as operações? Araújo – Sendo bem sincero, não compromete a produção. Essa análise não é nada que leve muitos dias, mas exige investimento em equipamentos, que não são exorbitantes. Não tem nada de complexo. JC – O leite foi coletado entre os dias 10 e 11 de fevereiro. Nos dias 13 e 14 de fevereiro, a indústria processou esse leite. Mas só no dia 24 de fevereiro saiu o resultado oficial afirmando que a amostra continha formol. O fato de ter sido refeito justifica esse prazo todo? Araújo – Além de ser refeito, temos prazo para envio do material. A amostra é colhida e lacrada na frente dos representantes da indústria, e o lacre só é rompido no laboratório. E se a indústria quiser acompanhar o teste, pode acompanhar no laboratório, para que não exista dúvida. Temos dez laboratórios, então precisamos remeter o material para um deles. Se o material não chegar lacrado o laboratório não faz análises. É um processo que elimina o risco de comprometimento da amostra. JC – A LBR alegou que as análises do Mapa conseguiriam comprovar, entre as caixas produzidas com o leite adulterado, a presença de formol, mesmo tendo sido fabricados 300 mil litros com o produto original. O senhor confirma isso? Araújo – Eles vão usar todos os argumentos para se defender. A empresa tem que encontrar um culpado. Mas a detecção depende da quantidade com que foi feita a diluição. Com essa quantidade, nós não detectaríamos. A empresa diz que foi transformado em 300 mil litros, mas só isso já basta para fazer com que aquele formol anteriormente detectado ficasse disperso a ponto de não conseguirmos identificar mais. Tanto é assim que nossos exames não usam positivo ou negativo para o resultado e, sim, detectado ou não detectado. JC – Essa divergência preocupa a sociedade. Araújo – Eu também consumo leite, e bastante, então me preocupa muito, e é uma preocupação do Mapa. Está havendo aumento das detecções, mas não é porque o Mapa estaria sem condições de fiscalizar e estaria aumentando a fraude. O que acontece é que nós estamos apertando a fiscalização cada vez mais. Se isso não estivesse acontecendo, não estariam sendo divulgados esses dados. Não tenha dúvida de que bandido e criminoso existe em todas as áreas, não é que não havia fraude antes, sempre teve. O que ocorria é que a fiscalização não havia detectado ainda. Podemos melhorar? Claro. Na semana passada, passamos por treinamento junto à Polícia Federal para aprender sobre fraudes. E seguimos nos qualificando. JC – Do ponto de vista do consumidor, isso é preocupante da mesma forma ou ainda mais preocupante... Araújo – O Mapa está presente na fiscalização. Fazemos isso constantemente, mas só vêm à tona os casos de desvios. Essa indústria processa 3 milhões de litros de leite UHT por dia. O problema comprometeu 300 mil litros, mas o restante não ganha atenção. O que é tornado público é só a fraude e realmente a população, com toda razão, fica temerosa, mas estamos cada vez mais acirrando os controles e fazendo o que temos que fazer. Agora, é uma briga, uma luta. Se tiver dinheiro envolvido, e tem, vai ter sempre crime. JC – A LBR diz que o período de entressafra aumenta a ocorrência de adulteração. Araújo – Por que aumenta a produção de maconha? Porque tem quem compre. Só existe crime porque alguém compra. Se as empresas como um todo aprimorassem seus controles e não recebessem leite adulterado, não haveria mais para vender. Se as empresas fizessem os testes com o mesmo rigor com o qual fazemos, ninguém mais ia colocar formol no leite. Essa empresa pode ter sido vitima nessa situação agora, mas tem que estar atenta. Eu conheço a indústria, e ela sempre se mostrou séria. JC – Tanto é que a LBR diz que recorrentemente recusa leite com inconformidade... Araújo – Isso só referenda o que acabei de dizer. A empresa é séria. Eles podem ter sido tão vitima quanto a sociedade, mas, infelizmente, isso não os isenta da responsabilidade. Tem que barrar o leite adulterado. Nós falamos em nome da sociedade. À sociedade, não interessa a metodologia adotada, o consumidor não quer formol no leite. O que a empresa vai fazer, eu não sei, mas a população e a União têm convicção de que nossa obrigação é penalizar, mesmo que reconhecendo a boa-fé da empresa, porque nós não podemos permitir que um leite dessa qualidade vá para o mercado. (Jornal do Comércio/RS - 24/03/2014)((Jornal do Comércio/RS - 24/03/2014))

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Evento debate a pecuária leiteira em MS

Campo Grande recebe hoje o Encontro Regional dos APLs (Arranjos Produtivos Locais) do Leite, que reúne representantes de 28 municípios da fronteira oeste e da região central do Estado para debater o f...((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014))


Campo Grande recebe hoje o Encontro Regional dos APLs (Arranjos Produtivos Locais) do Leite, que reúne representantes de 28 municípios da fronteira oeste e da região central do Estado para debater o fortalecimento do setor. A solenidade acontece a partir das 7h30, no Parque de Exposições Laucídio Coelho. O evento é realizado pelo governo do Estado em parceria com o Sebrae, a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e o Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária). Até as 17 horas, haverá palestras sobre o Programa Leite Forte; a importância da capacitação de produtores e trabalhadores além de linhas de financiamento disponíveis e experiências ao produzir e comercializar o produto, com foco na organização dos produtores por meio dos trabalhos realizados nos Arranjos Produtivos Locais. (Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014)((Jornal O Estado MS, Agronegócio/MS - 24/03/2014))

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