Notícias do Agronegócio - boletim Nº 12 - 07/10/2013 Voltar

Morte precoce

Pesquisadores constatam que capim Marandu, tipo de pastagem mais utilizada em MT, está degradando muito rapidamente. A produção de gado de corte no país é feita, na sua maioria, em pastagens. O estado...((Jornal A Gazeta/MT – 07/10/2013))


Pesquisadores constatam que capim Marandu, tipo de pastagem mais utilizada em MT, está degradando muito rapidamente. A produção de gado de corte no país é feita, na sua maioria, em pastagens. O estado do Mato Grosso tem cerca de 29 milhões de cabeças de bovinos e 26 milhões de hectares de pastagens. Contudo, nos últimos anos muitos pecuaristas têm relatado a degradação das pastagens de capim Marandu, também conhecida como a síndrome da morte do braquiarão. Dessa forma, conforme Celso Manzatto, chefe Geral da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna,SP), que é responsável pela atividade de zoneamento das áreas degradadas em projeto liderado pelo pesquisador Bruno Carneiro e Pedreira da Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop, MT), no Norte de Mato Grosso o braquiarão ainda é o principal capim para pastagem, e a degradação dessas pastagens está ocorrendo de maneira muito rápida. Em função disso, uma equipe composta por integrantes da Embrapa Meio Ambiente e da Embrapa Agrossilvipastoril percorreu mais de 5.000 km no norte de Mato Grosso para realizar esse zoneamento, de 29 de outubro a 03 de novembro e de 10 a 14 de dezembro do ano passado. As observações de campo mostram que a degradação está relacionada a uma interação entre as precipitações intensas que ocorrem entre os meses de janeiro e março, com solos de baixa permeabilidade superficial, decorrente de sua constituição física e mineralógica. Essa síndrome, segundo o pesquisador Bruno Pedreira, tem sido cada vez mais frequente, aparece em diversas regiões, e, segundo relato dos pecuaristas, o tamanho das áreas atingidas tem aumentado a cada ano. Dessa forma, se esse fato não for contornado, pode tornar-se mais um fator agravante na redução da rentabilidade da atividade no estado, que já apresenta grande parte das pastagens com algum grau de degradação De acordo com o pesquisador, a única saída viável para essa questão é a substituição do capim Marandu nos locais em que ele apresenta o problema. O manejo adequado, o controle de insetos, a reposição da fertilidade do solo e a diversificação das gramíneas forrageiras nas propriedades são questões estratégicas, e por isso, precisam ser consideradas pelo produtor para evitar a degradação das pastagens. A planta forrageira conhecida por capim Marandu, braquiarão oubrizantão, foi lançada em 1984 pela Embrapa e logo passou a ser utilizada em milhares de hectares de pastagens por todo o país. No Mato Grosso não foi diferente e, hoje, grande parte das propriedades do estado possui pastagens desse capim, que não tolera excesso de umidade no solo. A utilização de várias espécies na propriedade propicia ao pecuarista maiores possibilidades de ganhos na atividade. Os especialistas recomendam que uma propriedade não tenha mais do que 40% da área com uma única planta forrageira. Ter três, quatro ou mais plantas na fazenda é muito importante no ponto de vista estratégico. Uma pode produzir mais na chuva, outra é mais tolerante à seca, além disso, se tiver um ataque de pragas, haverá plantas que são mais ou menos suscetíveis ao ataque. A escolha da planta forrageira deve ser feita com base no diagnóstico da área, na análise e correção de solo e, se possível, na utilização integrada com agricultura para reduzir os custos de formação dessa nova pastagem. (Jornal A Gazeta/MT – 07/10/2013)((Jornal A Gazeta/MT – 07/10/2013))

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Sal em carne boa!

A revista “The Economist”, que circula em todos os continentes esta semana, anuncia ao mundo que o agronegócio brasileiro conseguiu atingir ganhos enormes de produtividade, revelando-se o motor do cre...((Jornal O Estado MS/MS – 07/10/2013))


A revista “The Economist”, que circula em todos os continentes esta semana, anuncia ao mundo que o agronegócio brasileiro conseguiu atingir ganhos enormes de produtividade, revelando-se o motor do crescimento futuro do Brasil. Ao mesmo tempo em que a revista chama a atenção para as oportunidades desperdiçadas e para o desafio urgente de superar a perda de competitividade da indústria brasileira, sugere que “o país poderia priorizar um dos poucos setores onde a produtividade tem crescido de forma constante nos últimos anos: a agricultura”. Pensamos, por muito tempo, que a industrialização e a diversificação da manufatura, com maior participação de produtos manufaturados na pauta de exportações, fossem o símbolo de sucesso no desenvolvimento econômico. O mundo mudou. A atual lógica de cadeias produtivas globais desloca a fabricação e a montagem final de produtos industrializados a localidades com menor custo, principalmente de mão de obra. As economias dividiram-se em “países-fábrica“ e “países-sede”. Os “países-fábrica”, que vendem no mercado mundial seus produtos manufaturados acabados, muitas vezes agregam um valor pequeno às exportações. Já os “países-sede” são hoje responsáveis pela agregação da maior parte do valor, por meio de serviços pré e pós-fabricação. O economista norte-americano Richard Baldwin afirma que a agregação de valor industrial não é mais “panaceia para o desenvolvimento”. Não é mais o reconhecimento do progresso. A inovação e os serviços o são. A inovação trouxe uma verdadeira “revolução verde” para o Brasil, criando uma das mais produtivas agriculturas do mundo. Em menos de quatro décadas, saímos da posição de importador líquido de alimentos e passamos a disputar com os grandes, como os Estados Unidos, a liderança no fornecimento de produtos agropecuários e de bioenergia. Hoje, o país lidera a produção mundial de açúcar, soja, café e suco de laranja. Temos posição de destaque na exportação destes e de outros produtos do agronegócio, como carnes, milho e algodão. O Ipea estima que o emprego de tecnologia foi responsável por quase 70% da extraordinária produtividade da agropecuária brasileira nos últimos 40 anos. E, segundo estudos da CNA, a produtividade das nossas lavouras cresceu nada menos que 151% nas últimas três décadas. A demanda mundial por alimentos vai continuar crescendo, e nesse quesito o Brasil se sobressai. Já mostrou que pode produzir mais, sem expandir o uso das terras, exibindo o dobro da produtividade de outros países. Além disso, como bem destacou “The Economist”, por produzir com qualidade e muito além do consumo interno, o Brasil contribui mais que qualquer outra nação para o fornecimento mundial de alimentos. Devemos nos orgulhar da posição de liderança na produção e no fornecimento de produtos agropecuários. Somos mais competitivos; verdadeiros campeões mundiais. A exportação de manufaturas não é mais a única medida do progresso. É hora de, finalmente, abandonarmos velhos complexos, valorizando o que o país tem de melhor.O mundo já enxergou o que uma parcela atrasada e preconceituosa do nosso Brasil ainda teima em não admitir: a agropecuária brasileira é forte e inovadora. Somos vanguarda. (Jornal O Estado MS/MS – 07/10/2013)((Jornal O Estado MS/MS – 07/10/2013))

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Vacinação contra febre aftosa é antecipada para animais com menos de 24 meses

A segunda fase da campanha anual de vacinação contra febre aftosa foi antecipada na região de fronteira de Mato Grosso do Sul. Com início previsto para o dia 1° de novembro, a imunização de animais co...((Jornal O Estado MS/MS – 07/10/2013))


A segunda fase da campanha anual de vacinação contra febre aftosa foi antecipada na região de fronteira de Mato Grosso do Sul. Com início previsto para o dia 1° de novembro, a imunização de animais com idade abaixo de 24 meses mudou para a segunda quinzena de outubro, conforme as informações da Seprotur (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo). De acordo o escritório central da Iagro (Agência Estadual de Vigilância Sanitária de Mato Grosso do Sul), o início da vacinação segue o calendário nacional, para as áreas de planalto e demais regiões do Estado. Conforme o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), todo o rebanho de bovinos e bubalinos tinha que ser vacinado de 1° de maio a 15 de junho. Na primeira fase da campanha, a cobertura vacinal atingiu 97%Segundo informações divulgadas pela Iagro, na primeira fase da campanha, a cobertura vacinal contra aftosa atingiu 97% no rebanho bovino de Mato Grosso do Sul estimado em 21 milhões de cabeça de gado. No Estado, as propriedades localizadas na região de fronteira com o Paraguai e a Bolívia vacinam todos os bovinos e búfalos em ambas as etapas (maio e novembro). Já as propriedades do Pantanal têm a opção de vacinar todo o rebanho em maio e junho (01/05 a 15/06) ou novembro e dezembro (01/11 a 15/12). A partir do dia 1ª de dezembro, todo o rebanho do Estado precisa tomar a segunda dose da vacina. Calendário foi alterado este ano para imunizar áreas de litígio Em Mato Grosso do Sul, o calendário foi alterado em 2013 para a vacinação do rebanho das áreas de conflito. Os técnicos da Iagro realizaram apenas no início de junho a vacinação do gado localizado em território indígena e também em áreas que estão em litígio com fazendeiros na região de Sidrolândia e Dois Irmãos de Buriti. Além disso, o acumulado de chuva no mês de maio, fez com que a agência adiasse a ação. (Jornal O Estado MS/MS – 07/10/2013)((Jornal O Estado MS/MS – 07/10/2013))

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Aumenta a procura por touros Montana

Um dos temas mais presentes seja na pecuária nacional, seja em termos de Mato Grosso, é o abate de fêmeas e o consequente apagão de bezerros, o que tem feito com que a procura por touros melhorados ge...((Jornal A Gazeta/MT – 07/10/2013))


Um dos temas mais presentes seja na pecuária nacional, seja em termos de Mato Grosso, é o abate de fêmeas e o consequente apagão de bezerros, o que tem feito com que a procura por touros melhorados geneticamente aumentasse entre os pecuaristas. Este foi um dos fatores que fez com que o composto Montana, utilizado em grande escala para o cruzamento industrial, se expandisse significamente nos últimos anos, com destaque para os estados do Centro Oeste. De acordo com Gabriela Giacomini, gerentede operações do Programa Montana, a partir de 2008 o cruzamento voltou a ser falado de forma positiva pelo setor dos frigoríficos, o que fez com que muitos pecuaristas começassem a investir mais. Segundo Giacomini, o Programa Montana foi criado em 1993 com o objetivo de produzir bovinos compostos, capazes de gerar heterose, rápido ganho de peso, precocidade sexual e carne de qualidade em ambiente tropical. Conforme levantamento realizado pela equipe técnica do Programa, os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás são os que mais compram touros Montana. Sendo Goiás o primeiro da lista, possuindo seguramente o maior rebanho da raça, se mantendo então como o principal foco das vendas de touros Montana. Um bom exemplo é a fazenda da Barra, localizada em Aporé (GO), que possui aproximadamente quatro mil matrizes Montana para reprodução. Já Mato Grosso do Sul vem acompanhando este crescimento e se interessando cada vez mais pela raça composta. Em 2011, por exemplo, o Estado era responsável por 17% das vendas de touros Montana, já no ano seguinte este número saltou para 20,3% das vendas dos reprodutores. Nos últimos anos Mato Grosso, que tem o maior rebanho comercial do Brasil, aumentou o interesse pela raça e hoje representa 15% do total de vendas dos touros Montana. Segundo a gerente de operações do Programa Montana, esse interesse se deve ao fato do animal ser resistente ao clima do Estado e ao forte investimento da região no cruzamento industrial. O balanço do Programa Montana ainda mostra uma significativa evolução de vendas do produto para Minas Gerais, que passou de 3% para 5% no montante total de comercialização anual de machos da raça. Tanto, que no Megaleilão Montana, realizado em setembro, comercializou todo o plantel ofertado de touros com Certificado especial de Identificação e Produção (CEIP), selo emitido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) somente para os 30% melhores reprodutores da safra. “A pecuária brasileira necessita de bons reprodutores para atender à demanda deficitária de touros melhorados no mercado interno, prova disso é o sucesso nas vendas do Megaleilão Montana”, afirma Gabriela. O pecuarista Carlos Eduardo Gonçalves, proprietário da fazenda Taiguara, localizada em Tesouro (379 Km ao Sul de Cuiabá) se diz extremamente satisfeito com a raça montana. Segundo ele, a primeira vez que ouvir falar da raça foi a aproximadamente 10 anos, sendo que só há 4 anos comprou 8 animais, que começou a utilizar no cruzamento com nelore e também com outras raças industriais, como a Angus e a Simental por exemplo. “Enquanto que outros touros durante o dia no período entre 9 e 16 horas ficam buscando sombra e água, o Montana pelo contrário fica o tempo todo atrás das vacas tentando cruzamento”, explica o pecuarista. Os touros Montana se destacam por serem totalmente adaptados à pecuária tropical, com grandes índices de produtividade em campo e famosos pela facilidade de ganho de peso. Quanto às fêmeas, são boas mães, com uma fertilidade satisfatória, além de serem boas de leite. “No semiconfinamento consigo abater os animais com 20 meses. Todos esses fatores me levaram a comprar mais 16 animais este ano e só falar bem dessa raça”, explica o produtor Carlos Eduardo Gonçalves. HETEROSE - Trata-se de fenômeno genético que ocorre quando animais geneticamente distantes se cruzam. Num acasalamento comum, espera-se que o valor genético da progênie seja igual à média do valor genético dos pais. Quando o acasalamento é feito entre animais de grupos genéticos diferentes, como taurinos e zebuínos, acontece a heterose, que faz com que a média do valor genético da progênie seja superior ao valor genético dos pais. Tem-se heterose máxima (100%) no acasalamento entre zebuínos e taurinos, a tão famosa e vantajosa geração F1. A grande dificuldade de programas de cruzamentos que utilizam raças puras é a manutenção da heterose, que tende a se perder de geração para geração. O Composto Montana é uma solução muito simples para essa questão. O cruzamento entre os 4 tipos biológicos que compõem o Montana consegue reter até 84% da heterose inicial observada no F1. Sem contar os ganhos cumulativos proporcionados pela genética aditiva (DEPs) dos touros Montana. Na prática, usando Montana na sua vacada você consegue emprenhar as novilhas mais cedo, preparar animais para o abate antes dos dois anos e deixar bezerros mais pesados na desmama. (Jornal A Gazeta/MT – 07/10/2013)((Jornal A Gazeta/MT – 07/10/2013))

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Alta na cotação do boi gordo perde força

Após registrar forte alta em setembro, o preço da arroba bovina no Brasil pode até continuar subindo, mas dificilmente irá renovar o recorde histórico registrado em 2010, por conta da menor disposição...((Jornal DCI/SP – 07/10/2013))


Após registrar forte alta em setembro, o preço da arroba bovina no Brasil pode até continuar subindo, mas dificilmente irá renovar o recorde histórico registrado em 2010, por conta da menor disposição do consumidor em aceitar valores ainda mais elevados para a carne. O indicador Esalq/BM&FBovespa, cotado atualmente a cerca de R$ 110 por arroba, encerrou setembro com alta de 6,5%, aproximando-se em valores nominais do recorde de novembro de 2010, perto de R$ 115 por arroba, devido à forte demanda interna e externa. Mas há um teto para esses preços, segundo a consultora da INTL FCStone Lygia Pimentel e outros especialistas. Lygia considera que o espaço para altas maiores é limitado pelo poder de compra do brasileiro, que consome 80 por cento da produção total de carne e enfrenta níveis crescentes de endividamento. "O poder de compra do brasileiro está mais baixo por causa do endividamento... O consumo segue em patamar sustentado, mas o ímpeto do brasileiro em aceitar preços mais altos agora é menor", disse Lygia. Cálculos da Informa Economics FNP indicam que a arroba teria que subir para R$ 131 para superar a marca registrada em novembro de 2010, em termos reais, considerando a inflação no período. "O pico de preços de 2010 ainda não foi atingido em valores reais, pode ser até que iguale, mas é difícil superar... A crise de oferta (de animais) era muito maior no passado", disse o diretor-técnico da Informa, José Vicente Ferraz. O analista observou que o confinamento ficou abaixo do esperado por conta do alto custo do boi magro. (Jornal DCI/SP – 07/10/2013)((Jornal DCI/SP – 07/10/2013))

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Parada da Perfeição encosta nos R$ 600 mil

No dia 19 de setembro, o Leilão Parada da Perfeição ofertou genética leiteira no tatersal de Barbacena, MG. O remate colocou na pista 36 lotes de Holandês por R$ 598.500, à média geral ficou em R$ 22....((Portal DBO – 07/10/2013))


No dia 19 de setembro, o Leilão Parada da Perfeição ofertou genética leiteira no tatersal de Barbacena, MG. O remate colocou na pista 36 lotes de Holandês por R$ 598.500, à média geral ficou em R$ 22.100. As maiores cotações saíram para 16 bezerras à média de R$ 19.856. Nas demais categorias, novilhas renderam R$ 14.066 e vacas foram cotadas a R$ 17.550. Além delas, também foram vendidas seis prenhezes ao preço médio de R$ 9.750 e dois embriões a R$ 10.550. O leilão ocorreu no parque de exposições de Barbacena, sob os cuidados da Embral e transmissão do canal Terraviva. Pagamentos em 24 parcelas. (Portal DBO – 07/10/2013)((Portal DBO – 07/10/2013))

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Criadores do Vale ofertam 117 fêmeas

A primeira edição do Virtual Criadores do Vale, transmitida pelo Agrocanal no dia 28 de setembro, faturou R$ 543.310 por 117 fêmeas. Os preços variaram de R$ 1.050 a R$ 6.910, resultando na média gera...((Portal DBO – 07/10/2013))


A primeira edição do Virtual Criadores do Vale, transmitida pelo Agrocanal no dia 28 de setembro, faturou R$ 543.310 por 117 fêmeas. Os preços variaram de R$ 1.050 a R$ 6.910, resultando na média geral de R$ 4.643. Nos lotes estavam 61 vacas, 29 novilhas e 27 bezerras das raças Girolando, Holandês, Jersolando e Jersey. Os animais mais caros foram as vacas holandesas, que renderam média de R$ 6.910. Os negócios ficaram a cargo da Embral, para pagamentos em 30 parcelas. (Portal DBO – 07/10/2013)((Portal DBO – 07/10/2013))

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Touros Ônix fazem média de R$ 5.424

O 3º Leilão Touros Ônix comercializou 113 exemplares Nelore pelo Canal do Boi, no dia 22 de setembro. A média geral foi de R$ 5.424, totalizando R$ 612.960. Os touros, todos puros e padrão, tinham ent...((Portal DBO – 07/10/2013))


O 3º Leilão Touros Ônix comercializou 113 exemplares Nelore pelo Canal do Boi, no dia 22 de setembro. A média geral foi de R$ 5.424, totalizando R$ 612.960. Os touros, todos puros e padrão, tinham entre 24 e 36 meses e foram selecionados pelo criador Carlos Mestriner, titular da Ônix Agropecuária. Dois animais destoaram do preço médio. Onix 2773 e Onix 3101 foram arrematados por R$ 13.440 pela empresa Sementes Cabral. As negociações ficaram a cargo da Central, com trabalhos de Lourenço Campo. Pagamentos em 24 parcelas. (Portal DBO – 07/10/2013)((Portal DBO – 07/10/2013))

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CV negocia alta produção de mochos

“Vendemos tourinhos para quem produz bezerro de corte e reprodutores para quem seleciona gado puro”, declarou Carlos Viacava sobre as vendas do 51º Virtual Touros CV, que faturou R$ 694.800 no final d...((Portal DBO – 07/10/2013))


“Vendemos tourinhos para quem produz bezerro de corte e reprodutores para quem seleciona gado puro”, declarou Carlos Viacava sobre as vendas do 51º Virtual Touros CV, que faturou R$ 694.800 no final de setembro. Referência no mercado de Nelore Mocho, o selecionador comercializou o melhor da safra de 2011 tirada na Fazenda São José, localizada em Paulínia, SP. O leilão se caracterizou pela uniformidade dos animais cujos preços variaram de R$ 3.840 a R$ 8.400, lance dado por Geraldo Piovezan na compra de Tibial FIV de CV, animal de 23 meses. No balanço final, o preço médio dos exemplares ficou em R$ 4.632, que, na relação de troca, equivale a 45 arrobas, segundo no Estado de R$ 110/@. As negociações terminaram com 100% de liquidez. Além dos clientes antigos, os animais foram vendidos para 29 novos compradores de seis diferentes estados: SP, PR, MG, MS, MT e RN. A organização ficou a cargo da Programa, com trabalhos de Adriano Barbosa e transmissão do Terraviva. Pagamentos em 24 parcelas. (Portal DBO – 07/10/2013)((Portal DBO – 07/10/2013))

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Bagé (RS) realiza leilão de Hereford e Braford

A Associação Rural de Bagé (RS) vai receber o remate Premium - São Jorge Agropecuária e Estância Rio Negro nesta segunda-feira (07.10), a partir das 16h. O evento, que será realizado durante a Expofei...((Portal Agrolink/RS – 04/10/2013))


A Associação Rural de Bagé (RS) vai receber o remate Premium - São Jorge Agropecuária e Estância Rio Negro nesta segunda-feira (07.10), a partir das 16h. O evento, que será realizado durante a Expofeira do município, terá a oferta de 30 touros Hereford e 20 touros Braford, além de vaquilhonas das duas raças. O proprietário da São Jorge, Elio Coradini, avalia que o mercado mantém uma estabilidade e acredita em médias por animal semelhantes as da temporada passada, entre R$ 6 mil e R$ 6,5 mil. "Temos uma expectativa positiva pela qualidade dos nossos animais em pista. Esperamos ao menos a repetição dos preços do ano passado", diz. O diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, destaca a diferenciação do trabalho das propriedades em pista, o que tem resultado em reconhecimento do trabalho em exposições. "Tanto a São Jorge quanto a Rio Negro tiveram ótima participação em Esteio neste ano. A Rio Negro obteve grandes prêmios na raça Braford e a São Jorge pode ser considerada um dos principais plantéis de Hereford do Brasil na atualidade", afirma. As duas propriedades levarão para a pista de vendas genética premiada. A São Jorge, por exemplo, levou o título de suprema campeã Hereford dos rústicos na Expointer, além de ter colher resultados positivos no sistema de avaliação Pampa Plus com o melhor touro da geração, H 136, que estará a venda no leilão. (Portal Agrolink/RS – 04/10/2013)((Portal Agrolink/RS – 04/10/2013))

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Sebrae discute cadeia produtiva do leite

A cadeia produtiva do leite, presente em grande parte das pequenas propriedades rurais, vem crescendo consideravelmente no Brasil e em Mato Grosso, isso mesmo passando pelos desafios relacionados à qu...((Jornal A Gazeta/MT – 07/10/2013))


A cadeia produtiva do leite, presente em grande parte das pequenas propriedades rurais, vem crescendo consideravelmente no Brasil e em Mato Grosso, isso mesmo passando pelos desafios relacionados à qualidade do produto. Dessa forma, o Serviço Brasileiro de Apoio àsMicro e Pequenas Empresas de Mato Grosso (Sebrae-M) traz aos produtores de leite, cooperativas, laticínios, associações, sindicatos e empresários, o I Encontro da Cadeia Produtiva do Leite. O evento acontece nos dias 10 e 11 de outubro, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, das 07h30 às 18 horas, em segue para outras cidades do interior do Estado. O encontro tem o objetivo de promover a integração entre todos os elos da cadeia produtiva do leite e transferir conhecimento por meio de palestras, visita a campo, exposição de máquinas e equipamentos para os setores da indústria, transporte e produção. Durante o evento, será apresentado Programa Alimentos Seguros (PAS) para a Cadeira Produtiva do Leite, que aprimora a produção do leite e derivados com qualidade e segurança. A organização do evento espera receber cerca de 500 participantes nos dois dias, incluindo caravanas dos municípios do Norte e Médio Araguaia, Portal da Amazônia, com 350 pessoas. De acordo com Aureliano da Cunha Pinheiro, gestor do projeto Balde Cheio e organizador do evento, há uma necessidade de mudança em alguns conceitos. Isso porque existe uma grande potencialidade na produção de leite no Estado, que não está sendo visto como deveria. Aureliano diz que Mato Grosso ainda tem uma atividade muito tradicionalista, fora do contexto das necessidades da indústria. Além disso, esse quadro não contribui para uma consolidação do setor no estado. O encontro trará ao público novas tecnologias, a melhor maneira de aplicá-las e como ter qualidade no produto final. No primeiro dia (10) serão dadas sete palestras com os temas: Tendências e cenários para o leite no mundo e Brasil; Leite bom é com qualidade (PAS Leite); A experiência da cadeia produtiva do leite em Quebec Canadá; Produzindo com tecnologia e qualidade produção de leite na Nova Zelândia; De pai para filho: A sucessão familiar no campo; Assistência Técnica como Diferencial Competitivo; e Produção e renda com sustentabilidade. No dia 11, haverá um Dia de Campo no Haras Dourado, em Rondonópolis, com clínicas tecnológicas e apresentação de caso de sucesso. Os trabalhos começam às 8 horas com clínicas tecnológicas sobre alimentação com pastagens irrigadas, com foco na fertilidade dos solos, no período das águas e de seca. Outros temas são alimentação com cana-de-açúcar no período seco; cria e recria de bezerros e novilhas utilizando o quadro de crescimento; manejo reprodutivo, utilizando o quadro de controle reprodutivo. Haverá ainda demonstração de resultados com foco na estruturação do rebanho e apresentação dos resultados nas propriedades menores. Finalizando a programação, serão apresentados 4 casos de sucesso do programa Balde Cheio em Mato Grosso, das regiões Noroeste, Norte Araguaia, Portal da Amazônia e Baixada Cuiabana-Vale do São Lourenço. As inscrições para palestras e Dia de Campo podem ser feitas antecipadamente pelo telefone 0800 570 0800 ou no dia do evento, no Centro de Eventos do Pantanal. (Jornal A Gazeta/MT – 07/10/2013)((Jornal A Gazeta/MT – 07/10/2013))

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Galinha caipira como opção

O Estado de Mato Grosso se destaca na produção de gado de corte, suínos, grãos, entre outros produtos. Nos últimos anos, a partir de incentivos por parte tanto dos governos federal e estadual e dos mu...((Jornal A Gazeta/MT – 07/10/2013))


O Estado de Mato Grosso se destaca na produção de gado de corte, suínos, grãos, entre outros produtos. Nos últimos anos, a partir de incentivos por parte tanto dos governos federal e estadual e dos municípios, pequenos produtores têm buscado alternativas para melhorar sua renda e uma delas é a criação de galinhas. Um exemplo acontece no município de Nortelândia (253 Km a médio norte de Cuiabá), onde um grupo de produtores rurais assentados se uniu para criar e abater galinhas caipiras. Cada um destes pequenos produtores construiu aviários com capacidade para alojar 500 pintinhos com abate programado em intervalos de 90 dias. Depois do abate, as galinhas são embaladas, congeladas e comercializados com um selo de inspeção sanitária animal do município, obedecendo todas as normas e regras de higiene e segurança alimentar. Isso porque foi construído no assentamento Raimundo Rocha um abatedouro próprio, respeitando as normas da inspeção, com acompanhamento diário de um médico veterinário contratado especialmente para garantir o correto manuseio da cadeia produtiva. A comercialização junto ao comércio local fica por conta da Cooperativa Agropecuária Mista do Vale do Rio SantAna (Coopermisa), criada com incentivo da prefeitura municipal, por meio de um trabalho de conscientização junto aos produtores, demonstrando a necessidade de união da classe produtora. Hoje, cada produtor tem um lucro inicial de R$ 2 mil por lote abatido. Além de comercializar o frango inteiro e embalado, também está sendo produzido pacotes com cortes específicos (peito, asas, coxas, coração, moela, fígado), agregando valor e aumentando a rentabilidade. A produtora rural Adriana Rosário, 39, que vive em uma propriedade no assentamento Raimundo da Rocha, onde moram outras 194 famílias, faz parte do grupo de criadores de galinha caipira. A produtora diz que decidiu investir no negócio por acreditar na possibilidade de obter uma renda melhor com a criação de aves. Antes sua única fonte de renda era o leite. Já no município de Juína (735 km a Noroeste de Cuiabá), os produtores rurais estão criando a ave caipira da raça Índio Gigante, considerada precoce, que atinge o comprimento de um metro de altura (medindo da unha a ponta do bico) e chega a pesar até 3 quilos em 120 dias. Na região, a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), há alguns anos trabalha no melhoramento genético da raça. As pesquisas são realizadas no campo experimental da Empaer, no município. As vantagens do Índio Gigante é a precocidade, rusticidade, beleza, tamanho, carne macia e saborosa. É um frango com todas as características do frango caipira comum e põe em média 30% mais ovos que as similares comuns. (Jornal A Gazeta/MT – 07/10/2013)((Jornal A Gazeta/MT – 07/10/2013))

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Centro-Oeste recebe pela 1ª vez Simpósio FarmPoint

Com o objetivo de difundir conhecimentos na área da ovinocultura e discutir a situação atual da atividade no Brasil,será realizado o III Simpósio FarmPoint: mercado, custos e manejo. O evento acontece...((Jornal A Gazeta/MT – 07/10/2013))


Com o objetivo de difundir conhecimentos na área da ovinocultura e discutir a situação atual da atividade no Brasil,será realizado o III Simpósio FarmPoint: mercado, custos e manejo. O evento acontece entre os dias 08 e 09 de outubro no auditório do Senar, em Cuiabá. O destaque é que pela primeira vez este simpósio será realizado Centro-Oeste. Na ocasião serão abordados temas atuais e relevantes para a atividade em Mato Grosso e no Brasil. A programação abrange diversas áreas e conta com profissionais e pesquisadores de renome e atuantes no setor. Durante a programação, neste terça-feira (08), serão realizadas cinco palestras com assuntos diversos sobre a ovinocultura. Os temas escolhidos são inovadores e acompanharão as tendências da atividade. Já no período da manhã do dia 09, será formada uma mesa redonda com produtores de ovinos e indústria para troca de informações e incentivo para o surgimento de novas ideias visando o desenvolvimento da ovinocultura nacional e a interação entre os elos. No período da tarde, o público do evento participará de uma visita técnica. Além disso, por meio de uma mesa redonda, o FarmPoint quer escutar a opinião e as sugestões do público presente para alinhar cada dia mais o seu conteúdo com a realidade dos produtores brasileiros, melhorando a competitividade dos agentes envolvidos na cadeia. “Ovinocultura em Mato Grosso: desafios atuais e oportunidades” este é o tema que o zootecnista Paulo de Tarso estará desenvolvendo durante o III Simpósio FarmPoint. Graduado pela UFSM e com especialização na produção e nutrição de ruminantes pela UFMT, vem há 27 anos promovendo a produção animal em Mato Grosso. Nos últimos 6 anos atuou no desenvolvimento da cadeia produtiva da ovinocultura do estado mato-grossense, sendo que a partir de maio deste ano tornou-se responsável pela Planner em Cuiabá, empresa de alta consultoria para investimentos e empreendimentos nos principais segmentos do agronegócio. Segundo especialista que foi um dos idealizadores da vinda deste evento para Mato Grosso, isso porque acontecia antes apenas em São Paulo, a realização de um evento dessa natureza no Estado é de fundamental importância para o desenvolvimento da Cadeia. “Em nossa palestra, vamos mostrar a viabilidade dessa atividade produtiva. Isso porque é fundamental colocar para o público presente que a ovinocultura no Centro Oeste de uma forma geral é uma grande alternativa para agregar valor à produção de grãos”. (Jornal A Gazeta/MT – 07/10/2013)((Jornal A Gazeta/MT – 07/10/2013))

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Agronegócio inova e puxa crescimento

Quando se olha para o desempenho da agricultura, a sensação é a de que existem dois Brasis: um que anda para a frente e outro que patina. A agricultura e a pecuária aumentam sua produção ano a ano, se...((Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 06/10/2013))


Quando se olha para o desempenho da agricultura, a sensação é a de que existem dois Brasis: um que anda para a frente e outro que patina. A agricultura e a pecuária aumentam sua produção ano a ano, sem ocupar novas áreas, e suas exportações crescem no mesmo ritmo. Se o resto do País - em especial a indústria - andasse no mesmo ritmo, o Brasil estaria noutro patamar. Mas os números mostram que a agricultura está rebocando o restante da economia - que se arrasta como um carro com o freio de mão puxado. Como dois setores de um mesmo País podem se comportar de maneira tão distinta? Especialistas ouvidos pelo Estado apontam um motivo de ordem histórica e outro geográfico. O histórico é a relação entre esses dois setores e o Estado. Os fabricantes de máquinas e insumos agrícolas e os produtores se servem do setor público na forma de institutos de pesquisa e órgãos de assistência técnica que apresentam soluções que impulsionam sua produtividade e competitividade, observa o economista José Roberto Mendonça de Barros. Já a indústria, "quando tem um problema, pede ajuda ao governo, na forma de redução de seus impostos e de aumento das tarifas de importação". O governo invariavelmente atende, e a indústria não tem incentivo para investir em inovação. Na agricultura, "a inovação foi facilitada pelas especificidades geográficas", analisa Mendonça de Barros. "Não dá para importar tecnologia para a agricultura brasileira, que é tropical", concorda o empresário Pedro de Camargo Neto. "É a mesma situação do petróleo", compara Mendonça de Barros. "O Brasil desenvolveu a tecnologia do pré-sal porque ninguém viria aqui fazer isso por ele." Para o economista, "a inovação tecnológica faz parte do dia a dia dos fabricantes de insumos e máquinas e dos produtores grandes, médios e pequenos". Em contraste, no setor industrial, multinacionais se instalam no País para se beneficiar do protecionismo tarifário oferecido ao parque nacional, e adaptam-se ao ambiente de preços altos, margens de lucro grandes e quase nenhum investimento em pesquisa e desenvolvimento. O resultado mais visível dessas dinâmicas opostas - ou "interfaces díspares", como as chama Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas - está na balança comercial. No ano passado, o saldo comercial da agropecuária foi de US$ 79,4 bilhões e o da economia brasileira como um todo, de US$ 19,4 bilhões. "Se não fosse o agronegócio, o saldo teria acabado há muitos anos", estima Rodrigues, ministro da Agricultura entre 2003 e 2006. O abismo se aprofunda mês a mês. O saldo do agronegócio continua crescendo, mas em ritmo mais lento do que a queda no setor industrial, do qual se originam as outras exportações. Tanto assim que, de agosto de 2012 a julho de 2013, o saldo comercial do agronegócio foi de US$ 83,9 bilhões e o do Brasil como um todo, de US$ 4,5 bilhões. Significa dizer que, sem o agronegócio, haveria um déficit de US$ 79,4 bilhões. Produtividade. Internamente, a eficiência da agropecuária se mede pela relação entre produção e área ocupada. De 1990 a 2011, a área plantada de grãos expandiu 40%, enquanto a produção cresceu 220%. Hoje a área plantada de grãos é de 53 milhões de hectares. Se a produtividade não tivesse aumentado, seriam necessários mais 66 milhões de hectares para produzir a atual quantidade de grãos. "Houve um espetacular aumento da produção sem necessidade de desmatar", ressalta Roberto Rodrigues, que também é produtor. "Isso mostra a sustentabilidade da nossa agricultura." Eliseu Alves, o segundo presidente da Embrapa, autor de um estudo sobre produtividade, destaca que ela tem crescido de 3% a 4% ao ano. Se, de 1970 para cá, a produtividade tivesse continuado a mesma, teria sido necessário desmatar 150 milhões de hectares para alcançar a produção atual. O consultor Marcos Jank apresenta outro indicador: com a introdução da segunda safra - algo que só acontece no Brasil, graças a uma combinação de condições climáticas e tecnologia -, a área plantada do milho caiu de 12 milhões de hectares para 7 milhões, porque boa parte do milho hoje é cultivada na mesma área que a soja. Na pecuária, o número de cabeças por hectare saltou de pouco mais de 0,8 para quase 1,2 entre 1990 e 2011 - um aumento de 50% na eficiência. A área ocupada pelo gado diminuiu de cerca de 178 milhões de hectares para 172 milhões. Parte desse resultado se deve aos avanços da zootecnia, que permitiram diminuir o ciclo de vida dos bois, dos frangos e dos porcos. Antes se matava o boi com quatro anos e o frango, com 90 dias; agora, são dois anos e 60 dias, respectivamente. Aqui, há uma dinâmica virtuosa: o crescimento da produtividade da pecuária decorre da pressão da agricultura, diz Marcos Jank. O aumento dos preços globais da soja e do milho tem elevado o valor da terra, que obriga a pecuária a obter ganhos de eficiência para sobreviver. Segundo pesquisa da consultoria Informa Economics/FNP, entre o primeiro bimestre de 2003 e o último de 2012, o preço médio da terra no Brasil aumentou 227%. A cotação média do hectare saltou de R$ 2.280 para R$ 7.470. O preço da terra subiu 12,6% ao ano, enquanto a inflação média anual, conforme o IGP-DI, foi de 6,4%. (Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 06/10/2013)((Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 06/10/2013))

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Novo desafio de produtor agrícola é revolucionar gestão

Depois dos ganhos extraordinários na produtividade nas últimas décadas, agora é a vez da revolução na gestão. A avaliação é de André Pessôa, diretor da Agroconsult. Segundo ele, os produtores terão de...((Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 06/10/2013))


Depois dos ganhos extraordinários na produtividade nas últimas décadas, agora é a vez da revolução na gestão. A avaliação é de André Pessôa, diretor da Agroconsult. Segundo ele, os produtores terão de aperfeiçoar a gestão de pessoas, de processos, dos riscos financeiros e do mercado e o cumprimento da legislação ambiental e trabalhista. Os produtores não se dividem entre grandes e pequenos, no que se refere à eficiência, mas entre "os que estão dentro e os que estão fora do mercado", define Pessôa. E há grandes fora e pequenos dentro - aqueles que usam tecnologia e que se associam a cooperativas. "A globalização da economia reduziu margens, e foi necessário ganhar escala, além de tecnologia", pondera Roberto Rodrigues, embaixador especial para o cooperativismo da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). "Isso gerou concentração por um lado e crescimento das cooperativas, de outro." Da produção agrícola do País, 48% passa pelas cooperativas, e 80% de seus associados são pequenos e médios produtores. "O pequeno vira grande", diz Rodrigues. A inovação na agricultura brasileira está profundamente relacionada com a impossibilidade de aplicar no Brasil modelos vindos de fora, e a necessidade de experimentar e desenvolver o que pode funcionar nas condições do clima e do solo do País. O maior símbolo disso é o plantio direto. No clima temperado europeu, os agricultores revolvem o solo para expô-lo à luz e aquecê-lo no degelo. No Brasil, não tem sentido fazer isso, porque expõe o solo à erosão causada pela chuva e pelo vento. O solo se quebra em torrões. A chuva leva a lama embora, junto com os nutrientes. Contrariado com os efeitos danosos da tão esperada chuva, o agricultor Herbert Bartz experimentou proteger a terra com palha em sua fazenda em Rolândia (PR) no início dos anos 70. A técnica se espalhou pelo País, com a ajuda de defensivos agrícolas para controlar o mato e de máquinas para cortar a palhada e colocá-la no solo. "O ponto de inflexão da mecanização foi o surgimento dos agrishows, em 1994", lembra Roberto Rodrigues. "Até então, as feiras de exposição agropecuárias eram espetáculos. No agrishow, você vê a máquina operando. A exigência aumentou muito. Os fabricantes de máquinas que não fizeram investimentos em inovação desapareceram do mercado." O maquinário foi renovado com ajuda do programa Moderfrota, criado no governo de Fernando Henrique Cardoso e ampliado no de Luís Inácio Lula da Silva. A soja, talvez o principal caso de sucesso da agricultura brasileira, é uma planta originária do nordeste da China, onde a latitude é de 40 a 45 graus, observa o agrônomo Romeu Kühl. No inícios dos anos 70, seu orientador, Edgar Hartwig, trabalhava com adaptação a condições equivalentes a 23 graus de latitude, nos Estados Unidos. Kühl, hoje diretor científico da Tropical Melhoramento e Genética, em Cambé (PR), trouxe essas técnicas para o Brasil. Outro passo importante, conta Kühl, foram estudos sobre a perda de área folial causada pelas pragas nas condições brasileiras, e o levantamento de inimigos naturais, ou "bioinseticidas" para o controle de insetos e pragas. Hoje, o desenvolvimento de variedades transgênicas dos grãos impulsiona os aumentos de produtividade. A pecuária tem se beneficiado da interação com a agricultura de duas formas, explica Marcos Jank. Na rotação, o pasto é reformado para o plantio de soja, e eles se alternam. Na integração, uma variedade precoce da soja é plantada no começo do verão. Depois da colheita da soja, plantam-se milho e capim brachiaria. O capim fica abafado. Quando se colhe o milho, a brachiaria se solta, e o gado entra para pastar, engordando no período mais seco do ano. "A pecuária ainda tem muito espaço para aumentar a produtividade", avalia Jank. O sojicultor ganhou na última safra entre R$ 800 e R$ 900 por hectare; o pecuarista, R$ 200. A combinação entre soja e milho rende R$ 1.500 por hectare. Marcos Jank adverte, no entanto, que os problemas de logística estão "matando o milho", que é mais suscetível que a soja porque vale menos por tonelada. O frete custa 25% do valor da soja e 50% do milho. Com investimentos grandes em terminais portuários, o embarque de contêineres por hora aumentou de 8 para 50, reconhece Pedro de Camargo Neto. "Um aumento de competitividade que não tem mais como se replicar, porque o País não tem mais portos para construir terminais." "Ainda tem espaço para aumentar a produtividade, quando destravar a infraestrutura", concorda André Pessôa. "Poderia ter crescido mais, se não fosse a piora dramática da logística." (Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 06/10/2013)((Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 06/10/2013))

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Menor oferta e demanda firme sustentam preços do frango

Os preços da carne de frango seguiram em alta no Brasil ao longo de setembro, sustentados principalmente pela oferta restrita e pela demanda interna firme. Segundo dados do Cepea, a média do frango in...((Jornal DCI/SP – 07/10/2013))


Os preços da carne de frango seguiram em alta no Brasil ao longo de setembro, sustentados principalmente pela oferta restrita e pela demanda interna firme. Segundo dados do Cepea, a média do frango inteiro congelado comercializado no atacado paulista foi de R$ 3,97/kg, ante os R$ 3,14/kg registrados em agosto, ou seja, alta de 26,6%. Na mesma comparação, o resfriado se valorizou 23,5%, passando de R$ 3,16/kg para R$ 3,91/kg. Em relação a setembro do ano passado, os aumentos foram de 18,4% para o congelado e de 17,2% para o resfriado, ambos no atacado da Grande São Paulo. (Jornal DCI/SP – 07/10/2013)((Jornal DCI/SP – 07/10/2013))

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Com tecnologia, Agres prevê crescer 100% durante este ano

As perspectivas de crescimento da agropecuária no Brasil e a capacidade de investimentos dos produtores têm cooperado para a alta de equipamentos agrícolas. A indústria Agres, instalada em São José do...((Jornal DCI/SP – 07/10/2013))


As perspectivas de crescimento da agropecuária no Brasil e a capacidade de investimentos dos produtores têm cooperado para a alta de equipamentos agrícolas. A indústria Agres, instalada em São José dos Pinhais, no Paraná, que fabrica navegadores, sistemas de piloto automático e outros eletrônicos para o maquinário agrícola, tem vivenciado esse cenário favorável: entre os anos de 2011 e 2012, seu faturamento quase triplicou, saindo de R$ 2,9 milhões para R$ 8,5 milhões. E, para este ano, a empresa estima que seu crescimento possa ficar próximo de 100%. "A meta para 2013 é R$ 18 milhões. Não vamos conseguir tudo isso, mas chegaremos muito perto", calcula Rafael Klein, diretor executivo e sócio da Agres. Em 2017, a empresa projeta chegar aos R$ 100 milhões de faturamento. Segundo Klein, a estimativa corresponde ao tamanho e ao crescimento do mercado de tecnologia agrícola durante os últimos anos. Parte do bom desempenho do segmento de tecnologia para a agropecuária é reflexo dos resultados da agropecuária brasileira. Segundo a Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o valor bruto da produção brasileira chegará em R$ 411,9 bilhões em 2013, alta de 9,7% em relação ao ano passado. Já o levantamento da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) traz que o número de consórcios para máquinas e implementos agrícolas subiu 15% - em março havia 67 mil consorciados, e em agosto, 76,9 mil. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimac) também traz resultados favoráveis. O faturamento do segmento de máquinas e implementos agrícolas subiu 14,7% no acumulado do ano até agosto, ante o mesmo período de 2012. "Os números de máquinas agrícolas nos permitem fazer projeções ousadas", diz Klein. Ele considera que ainda há vários segmentos de mercado a serem explorados pela Agres. Atualmente, a empresa tem serviços mais focados para as fases de fertilização e pulverização. Porém, o objetivo é expandir as atividades também para as etapas de plantio e colheita. O carro-chefe da empresa são os navegadores de bordo, uma espécie de microcomputador com sistema de GPS acoplado aos veículos agrícolas. Entre outras funções, os equipamentos mapeiam a lavoura e traçam linhas paralelas para que o operador saiba exatamente o trajeto a ser percorrido. Com este recurso apenas, já se consegue diminuir erros de percurso, economizar insumos e aumentar a velocidade média do veículo. Além da tecnologia de navegação, os sistemas mais modernos controlam a abertura e fechamento das válvulas que liberam fertilizantes. Os equipamentos também passaram a ser capazes de interpretar mapas criados pelos agrônomos. Dessa forma, podem-se aplicar insumos em taxa variável, de acordo com a necessidade de cada talhão da lavoura, conforme as técnicas de agricultura de precisão. Na última versão do equipamento acrescenta-se ainda um sistema de piloto automático. "O operador só acelera a máquina. Sem tudo isso, ele fica extremamente desconfortável. Tem que manusear equipamentos, chaves, olhar para dentro e para fora." Klein afirma que com a tecnologia o foco passa a ser o desempenho, o que permite ganhos de produtividade. Klein também antecipa que novos sistemas de correção do sinal de satélite devem permitir que a margem de erro dos equipamentos de navegação passe para menos de 10 cm. Com tal precisão, abrem-se portas para que a empresa atue também nas etapas de plantio e colheita. "Nossa estratégia é fechar o ciclo de agricultura", afirma ele. Com o ciclo fechado, fica viável implantar a telemetria, sistema para enviar dados coletados pelos sensores das máquinas agrícolas em tempo real para uma central. Segundo Klein, a proposta da Agres é desenvolver produtos de alta tecnologia, mas com custo inferior ao dos grandes competidores internacionais. "A partir de 2010 também começamos a focar em fabricantes; deixamos o varejo." A questão do suporte técnico é um dos pontos chave para a empresa, afirma ele. Como as lavouras ficam em lugares remotos, a estratégia da companhia para treinar, customizar e fazer adaptações de acordo com as necessidades de cada agricultor é essencial. Com o foco na venda direta para fabricantes - que segundo Klein aumento muito nos últimos anos -, a questão fica mais simples. (Jornal DCI/SP – 07/10/2013)((Jornal DCI/SP – 07/10/2013))

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Exportações devem continuar em declínio, estima a Anfavea

Na contramão da indústria de veículos de passeio e caminhões, que tem recuperado os níveis de exportações no País, o setor de máquinas agrícolas não tem conseguido exportar seus produtos como antes. D...((Jornal DCI/SP – 07/10/2013))


Na contramão da indústria de veículos de passeio e caminhões, que tem recuperado os níveis de exportações no País, o setor de máquinas agrícolas não tem conseguido exportar seus produtos como antes. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a projeção de vendas externas destes produtos para o ano é de uma queda de 17,2%, para 14 mil unidades. "Há cerca de dez anos, exportávamos até para os EUA. Atualmente, nós perdemos a competitividade", afirmou na última sexta-feira o vice-presidente da Anfavea, Milton Rego. Em setembro, as exportações de máquinas agrícolas somaram 1,6 mil unidades, um aumento expressivo de 44,5% na comparação anual. Porém, no acumulado de janeiro a setembro deste ano, as vendas externas atingiram 11,5 mil máquinas, um declínio de 5%. "Nos últimos cinco anos, o Brasil só tem registrado queda das exportações. Outras fontes estão substituindo nossos produtos", destaca Rego. Ele explica que, atualmente, os fabricantes brasileiros de máquinas agrícolas vendem seus produtos majoritariamente para países como Argentina, Paraguai e Uruguai. Por outro lado, a demanda no mercado interno tem rendido bons resultados para os fabricantes de máquinas agrícolas. "Provavelmente, a próxima safra não deve ser tão rentável quanto a última, porém, na média das culturas, a rentabilidade ainda será elevada e os produtores irão investir na mecanização", ressalta Rego. De acordo com a Anfavea, a projeção de comercialização de máquinas agrícolas para o ano é de 83 mil unidades, alta de 18,4% em relação a 2012. "A demanda interna será recorde em 2013", acredita Rego. A produção também deve ficar em compasso com o bom desempenho das vendas, segundo a entidade, fechando o ano com um aumento de 13,5%, para 95 mil unidades. "A produção de máquinas agrícolas tranquilamente acompanhará os licenciamentos", diz o vice-presidente da Anfavea. O executivo ponderou que o anúncio de prorrogação das condições especiais do financiamento para bens de capital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - Finame - para 2014 é certamente uma boa notícia. "O Finame foi uma grande ferramenta para a compra de máquinas agrícolas neste ano", disse. (Jornal DCI/SP – 07/10/2013)((Jornal DCI/SP – 07/10/2013))

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Milho dos EUA deve frear exportações do Brasil

O início de uma colheita superior a 350 milhões de toneladas nos Estados Unidos deve impor dificuldades às exportações brasileiras de milho. A tendência é que o volume de embarques pelo Brasil, que ba...((Portal AviSite/SP – 07/10/2013))


O início de uma colheita superior a 350 milhões de toneladas nos Estados Unidos deve impor dificuldades às exportações brasileiras de milho. A tendência é que o volume de embarques pelo Brasil, que bateu recorde nos oito primeiros meses do ano, seja reduzido nos próximos meses. O Brasil exportou quase 12 milhões de toneladas de milho entre fevereiro (início do ano comercial 2012/13) e setembro, um aumento de 41% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê, entretanto, que o volume embarcado até o fim da temporada, em janeiro, não deve ultrapassar as 17,5 milhões de toneladas. O número esperado corresponde a uma queda de 21,5% em relação ao recorde de 22,3 milhões de toneladas apurado no ciclo 2011/12 (encerrado em janeiro deste ano). Se a previsão da Conab estiver correta, o país deve embarcar mais 4,8 milhões de toneladas até janeiro, ou cerca de 1,2 milhão de toneladas por mês. O volume corresponde a pouco mais de um terço das 13,7 milhões de toneladas embarcadas nos quatro últimos meses da temporada 2011/12. O salto das exportações brasileiras de milho no ano passado deveu-se em grande parte à janela de oportunidade aberta com a seca que devastou a produção e reduziu à metade as exportações americanas de milho no ciclo 2012/13 (que, nos Estados Unidos, vai de setembro a agosto). Durante esse período, consumidores tradicionais do milho americano, como Japão e Coreia do Sul, tiveram de se voltar ao Brasil, o que fez do país o maior exportador mundial da commodity. Contudo, essa janela se fecha a partir deste mês, à medida que a safra 2013/14 dos Estados Unidos começa a chegar aos canais de exportação - até a segunda-feira passada, os americanos haviam colhido 12% (aproximadamente 37 milhões de toneladas) do milho plantado durante a primavera. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os americanos devem exportar 31,12 milhões de toneladas durante o ciclo 2013/14, iniciado em setembro - um aumento de 66%. Na outra ponta, as exportações brasileiras devem encolher 26,5%, saindo de 24,5 milhões na temporada 2012/13 para 18 milhões de toneladas na safra 2013/14. Isso significa ainda que a participação do Brasil nas exportações globais de milho, que alcançaram 26% em 2012/13, deve cair a 17,5% na nova temporada. Segundo a consultoria FCStone, as exportações nacionais em 2013/14 (que começam em fevereiro do ano que vem, pelo calendário brasileiro) podem ser maiores do que as registradas na safra 2012/13, embora ainda inferiores às de 2011/12. A previsão é que o país embarque 19 milhões de toneladas na próxima temporada, 8,5% a mais do que na atual. "Se o Brasil produzir o que se espera (ver texto ao lado), vamos ter um grande excedente de milho no ano que vem. E o país não tem outra alternativa a não ser exportar", afirma Glauco Monte, analista da FCStone. Monte afirma que a variável dessa equação será o preço. "O preço está mais baixo. Vamos ter de ser competitivos, disputar mercado com o milho da Argentina e da Ucrânia. Vai ser difícil, mas o país tem condição de se manter no mercado internacional". Desde agosto do ano passado, quando bateram recorde, as cotações do milho na bolsa de Chicago caíram cerca de 40%. (Portal AviSite/SP – 07/10/2013)((Portal AviSite/SP – 07/10/2013))

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Agronegócio inova e puxa crescimento

Quando se olha para o desempenho da agricultura, a sensação é a de que existem dois Brasis: um que anda para a frente e outro que patina. A agricultura e a pecuária aumentam sua produção ano a ano, se...((Portal AviSite/SP – 07/10/2013))


Quando se olha para o desempenho da agricultura, a sensação é a de que existem dois Brasis: um que anda para a frente e outro que patina. A agricultura e a pecuária aumentam sua produção ano a ano, sem ocupar novas áreas, e suas exportações crescem no mesmo ritmo. Se o resto do País - em especial a indústria - andasse no mesmo ritmo, o Brasil estaria noutro patamar. Mas os números mostram que a agricultura está rebocando o restante da economia - que se arrasta como um carro com o freio de mão puxado. Como dois setores de um mesmo País podem se comportar de maneira tão distinta? Especialistas ouvidos pelo Estado apontam um motivo de ordem histórica e outro geográfico. O histórico é a relação entre esses dois setores e o Estado. Os fabricantes de máquinas e insumos agrícolas e os produtores se servem do setor público na forma de institutos de pesquisa e órgãos de assistência técnica que apresentam soluções que impulsionam sua produtividade e competitividade, observa o economista José Roberto Mendonça de Barros. Já a indústria, "quando tem um problema, pede ajuda ao governo, na forma de redução de seus impostos e de aumento das tarifas de importação". O governo invariavelmente atende, e a indústria não tem incentivo para investir em inovação. Na agricultura, "a inovação foi facilitada pelas especificidades geográficas", analisa Mendonça de Barros. "Não dá para importar tecnologia para a agricultura brasileira, que é tropical", concorda o empresário Pedro de Camargo Neto. "É a mesma situação do petróleo", compara Mendonça de Barros. "O Brasil desenvolveu a tecnologia do pré-sal porque ninguém viria aqui fazer isso por ele." Para o economista, "a inovação tecnológica faz parte do dia a dia dos fabricantes de insumos e máquinas e dos produtores grandes, médios e pequenos". Em contraste, no setor industrial, multinacionais se instalam no País para se beneficiar do protecionismo tarifário oferecido ao parque nacional, e adaptam-se ao ambiente de preços altos, margens de lucro grandes e quase nenhum investimento em pesquisa e desenvolvimento. O resultado mais visível dessas dinâmicas opostas - ou "interfaces díspares", como as chama Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas - está na balança comercial. No ano passado, o saldo comercial da agropecuária foi de US$ 79,4 bilhões e o da economia brasileira como um todo, de US$ 19,4 bilhões. "Se não fosse o agronegócio, o saldo teria acabado há muitos anos", estima Rodrigues, ministro da Agricultura entre 2003 e 2006. O abismo se aprofunda mês a mês. O saldo do agronegócio continua crescendo, mas em ritmo mais lento do que a queda no setor industrial, do qual se originam as outras exportações. Tanto assim que, de agosto de 2012 a julho de 2013, o saldo comercial do agronegócio foi de US$ 83,9 bilhões e o do Brasil como um todo, de US$ 4,5 bilhões. Significa dizer que, sem o agronegócio, haveria um déficit de US$ 79,4 bilhões. Produtividade. Internamente, a eficiência da agropecuária se mede pela relação entre produção e área ocupada. De 1990 a 2011, a área plantada de grãos expandiu 40%, enquanto a produção cresceu 220%. Hoje a área plantada de grãos é de 53 milhões de hectares. Se a produtividade não tivesse aumentado, seriam necessários mais 66 milhões de hectares para produzir a atual quantidade de grãos. "Houve um espetacular aumento da produção sem necessidade de desmatar", ressalta Roberto Rodrigues, que também é produtor. "Isso mostra a sustentabilidade da nossa agricultura." Eliseu Alves, o segundo presidente da Embrapa, autor de um estudo sobre produtividade, destaca que ela tem crescido de 3% a 4% ao ano. Se, de 1970 para cá, a produtividade tivesse continuado a mesma, teria sido necessário desmatar 150 milhões de hectares para alcançar a produção atual. O consultor Marcos Jank apresenta outro indicador: com a introdução da segunda safra - algo que só acontece no Brasil, graças a uma combinação de condições climáticas e tecnologia -, a área plantada do milho caiu de 12 milhões de hectares para 7 milhões, porque boa parte do milho hoje é cultivada na mesma área que a soja. Na pecuária, o número de cabeças por hectare saltou de pouco mais de 0,8 para quase 1,2 entre 1990 e 2011 - um aumento de 50% na eficiência. A área ocupada pelo gado diminuiu de cerca de 178 milhões de hectares para 172 milhões. Parte desse resultado se deve aos avanços da zootecnia, que permitiram diminuir o ciclo de vida dos bois, dos frangos e dos porcos. Antes se matava o boi com quatro anos e o frango, com 90 dias; agora, são dois anos e 60 dias, respectivamente. Aqui, há uma dinâmica virtuosa: o crescimento da produtividade da pecuária decorre da pressão da agricultura, diz Marcos Jank. O aumento dos preços globais da soja e do milho tem elevado o valor da terra, que obriga a pecuária a obter ganhos de eficiência para sobreviver. Segundo pesquisa da consultoria Informa Economics/FNP, entre o primeiro bimestre de 2003 e o último de 2012, o preço médio da terra no Brasil aumentou 227%. A cotação média do hectare saltou de R$ 2.280 para R$ 7.470. O preço da terra subiu 12,6% ao ano, enquanto a inflação média anual, conforme o IGP-DI, foi de 6,4%. (Portal AviSite/SP – 07/10/2013)((Portal AviSite/SP – 07/10/2013))

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