Notícias do Agronegócio - boletim Nº 133 - 17/04/2014 Voltar

Expozebu valoriza seus 80 anos

De 3 a 10 de maio, em Uberaba/MG, acontecerá a 80ª Expozebu, evento promovido pela ABCZ-Exposição Brasileira de Criadores de Zebu. Segundo o presidente da entidade, Luiz Claudio Paranhos, a proposta é...((Revista Balde Branco/SP – Abril. 14 – pg 79))


De 3 a 10 de maio, em Uberaba/MG, acontecerá a 80ª Expozebu, evento promovido pela ABCZ-Exposição Brasileira de Criadores de Zebu. Segundo o presidente da entidade, Luiz Claudio Paranhos, a proposta é fazer uma grande festa para homenagear os criadores e todos os que ajudaram a construir a história da pecuária brasileira. Para isso, da programação constam várias ações nas áreas técnica, comercial e cultural. A organização estima que a movimentação financeira do evento este ano supere 150 milhões. Estão programados 38 leilões de bovinos de diferentes raças zebuínas, como Nelore, Gir Leiteiro, Girolando e Guzerá. O público deverá superar 200 mil pessoas, como tem ocorrido nos anos anteriores, coma presença marcante de criadores e técnicos estrangeiros. Sobre o torneio leiteiro, a expectativa é de que a participação chegue a mais de 100 vacas. Na apresentação da mostra em São Paulo, Paranhos deu destaque especial para a primeira versão da chamada Expozebu Dinâmica, que ocupará 75 ha da Estância Orestes Prata Tibery Jr. Dentro do espaço serão montados estandes e também ocorrerão demonstrações de funcionamento de máquinas e equipamentos de empresas de insumos, equipamentos, serviços, veículos e tecnologias ligadas à atividade pecuária. (Revista Balde Branco/SP – Abril. 14 – pg 79)((Revista Balde Branco/SP – Abril. 14 – pg 79))

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Caixeiro-viajante

Tem sido intensa a maratona de viagens do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Luiz Cláudio Paranhos, para divulgar a 80a Expozebu. Desde janeiro, Paranhos já realizou cer...((Revista Dinheiro Rural/SP – Abril. 14 – pg 14))


Tem sido intensa a maratona de viagens do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Luiz Cláudio Paranhos, para divulgar a 80a Expozebu. Desde janeiro, Paranhos já realizou cerca de 20 encontros nos principais polos de criação de bovinos do País. (Revista Dinheiro Rural/SP – Abril. 14 – pg 14)((Revista Dinheiro Rural/SP – Abril. 14 – pg 14))

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Tamanho não é documento

Todos os dias, assim que o sol raia no horizonte, Dheivid Marcos de Resende, de Estrela do Sul, município do Triângulo Mineiro, pula da cama e vai para o campo. A pressa não tem nada a ver com a fama ...((Revista Dinheiro Rural/SP – Abril. 14 – pg 58 a 60))


Todos os dias, assim que o sol raia no horizonte, Dheivid Marcos de Resende, de Estrela do Sul, município do Triângulo Mineiro, pula da cama e vai para o campo. A pressa não tem nada a ver com a fama da região, conhecida pelo garimpo centenário, no qual já foram encontrados diamantes de quilates altíssimos. As pedras, que ainda podem ser encontradas nas proximidades do rio Bagagem, já deixaram muita gente milionária em tempos passados, como a que leva o nome da cidade, de 261 quilates, e que chegou a ser exposta no Museu do Louvre, em Paris. Resende pula da cama para cuidar de suas 53 vacas e de Fecial, um touro da raça guzerá, que aos quatro anos pesa 500 quilos. O touro, a verdadeira joia de Resende, é o primeiro animal comprado por ele com documento de procedência, emitido pela Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) e garantido pelo Ministério da Agricultura. Mas, nas contas da fazenda Bela Vista, herdada por Resende em 2006, Fecial é o terceiro animal adquirido. "O primeiro touro pulava a cerca e por isso mandei para o abate, o segundo ficou doente", diz. Na época, os animais foram avaliados no olho tipo acho que é bom. Em janeiro, começaram a nascer os primeiro filhos de Fecial. A partir de agosto, quando os bezerros forem desmamado de suas mães, o pecuarista espera vendê-los por R$ 750 cada um, valor 25% superior a dos bezerros comuns, tomando os preços atuais. "Com bezerro de melhor qualidade posso pensar em crescer", diz Resende. "O bezerro bom sempre vai valer mais." Atualmente, ele vende 40 animais por ano. A história de Resende com Fecial está sendo contada de modo diferente da dos demais touros que passaram pela Bela Vista, porque no ano passado os caminhos do produtor se cruzaram com os da ABCZ. Resende foi convidado a assistir a uma palestra sobre melhoramento genético e a importância do introdução de animais superiores no rebanho. Na sequência, ele participou de uma feira em Uberlândia, a 100 quilômetros da fazenda, onde escolheu Fecial. Resende comprou o touro em uma das 145 feiras já realizadas pelo Programa de Qualidade Genética do Rebanho Bovino Brasileiro, o Pró-Genética, criado pela ABCZ em 2006 para vender touros de raças leiteiras e de corte. Em fevereiro deste ano, o PróGenética foi encampado pelo governo federal como um programa oficial, portanto, um instrumento de política pública. O acordo de cooperação técnica foi assinado entre a ABCZ, a Associação Brasileira das Empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) e o governo federal, através dos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. "Com o acordo, será mais fácil negociar nossas ações daqui para a frente", diz Rivaldo Machado Borges Júnior, diretor do Pró-Genética. Antes da assinatura do acordo, a realização de cada feira era negociada diretamente nos sindicatos rurais. Agora, elas serão definidas juntamente com as federações de agricultura. "Só em Minas temos 388 sindicatos", diz Borges Júnior. "Íamos a cada um deles propor o Pro-Genética." Com essa política li conta-gotas, além de Minas Gerais, a ABCZ, juntamente com as empresas de assistência técnica, já expandiu o programa para Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Pará, Rondônia e Goiás. Neste ano, estão entrando Paraíba, Distrito Federal, Tocantins e Mato Grosso. Agora, para dar agilidade ao processo e decidir pelos locais mais adequados às novas feiras, a ABCZ está mapeando onde estão os maiores rebanhos de fêmeas e cruzando os dados com o número de pequenas propriedades rurais. "Não há lugar neste país que não tenha carência de touros de boa genética", diz Lauro Fraga Almeida, gerente de fomento do programa. Mas, com o mapeamento, será mais fácil detectar onde está o nosso público." Um dos interessados na expansão das feiras é o criador de nelore Francisco Olavo Pugliesi de Castro, da fazenda Pauliceia, em Rondonópolis (MT), herdeiro de um dos trabalhos mais respeitados entre os pecuaristas. Dessa fazenda saiu, por exemplo, o touro Panagpur, que na década de 1990 teve sua genética usada por quase todos os neloristas. "A fazenda tinha como histórico a conta de quem compra pouco e leva no mínimo sete touros", diz Castro. "Mas nos últimos dez anos isso mudou, muita gente vai até a fazenda em busca de um touro." A Pauliceia vende, por ano, 400 touros. Deles, 220 são comercializados em leilão e os demais na fazenda. "A pulverização da demanda significa que o pequeno produtor está procurando melhorar sua genética", diz Castro. De acordo com ele, a realização de uma feira em Rondonópolis, região com muitos assentamentos rurais, seria uma iniciativa bem-vinda. Para Castro o pequeno produtor é um bom pagador. "Temos que acabar com o preconceito de que não é seguro vender para esse pessoal", diz. "Nunca levei calote." No Brasil, 91% das propriedades rurais têm até 500 hectares, segundo o IBGE. O pecuarista Anderson Rocha Resende, da fazenda Limeira, também de Estrela do Sul, é um desses peque¬ nos proprietários. Rocha Resende cria 74 vacas nelore, em 68 hectares. Com o Pró-Genética, ele já comprou dois touros da raça brahman, um pago à vista e outro financiado pelo Pronaf, programa do governo federal destinado ao fortalecimento da agricultura familiar. "Até alguns anos atrás, era muito caro comprar touro bom, nunca achava por menos de R$ 7 mil", diz Rocha Resende. "Hoje, posso ficar com um bom touro por R$ 5 mil, faço dinheiro com os bezerros e assim melhoro meu negócio", diz ele. De acordo com o presidente da ABCZ, Luiz Cláudio Paranhos, a ideia é vender touros por preços equivalentes entre 40 e 60 arrobas de boi gordo, produtor paga com facilidade o investimento, diz Paranhos. Os bezerros nascidos na fazenda Limeira são vendidos também para pequenos pecuaristas, que fazem a engorda, ou em leilões, para grandes criadores. Ricardo de Paiva, técnico da Emater, envolvido na divulgação do Pro-Genética e no apoio técnico aos criadores, viu nos bezerros de melhor qualidade uma oportunidade de negócio e resolveu tornar-se pecuarista. Atualmente, ele arrenda uma área de 87 hectares; próximo de Estrela do Sul, na qual pretende engordar 100 fêmeas. "Esse tipo de animal é filé no frigorífico", diz Paiva, "Todo mundo quer." Para o superintendente técnico da ABCZ, o geneticista Luiz Antonio Josahkian, o uso de touros melhoradores nas pequenas propriedades é uma história sem volta. "Quando o pecuarista entende que a boa criação é uma conjunção de manejo, nutrição e genética, está feita lição de casa", diz Josahkian. (Revista Dinheiro Rural/SP – Abril. 14 – pg 58 a 60)((Revista Dinheiro Rural/SP – Abril. 14 – pg 58 a 60))

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Expozebu Dinâmica traz ao Brasil tecnologia para estabilização permanente de solos

A Expozebu Dinâmica – exposição que apresentará as novidades do setor de máquinas, equipamentos, insumos, tecnologias e serviços aplicados à agropecuária, entre os dias 07 e 09 de maio - contará com n...((Portal O Presente Rural/PR – 16/04/2014))


A Expozebu Dinâmica – exposição que apresentará as novidades do setor de máquinas, equipamentos, insumos, tecnologias e serviços aplicados à agropecuária, entre os dias 07 e 09 de maio - contará com novidades até nas ruas internas da Estância Orestes Prata Tibery Jr, em Uberaba (MG), onde será realizada. As vias de acesso - por onde passará o transporte oficial do evento - serão tratadas com CBR-Plus®, produto líquido para estabilização permanente de solos, principalmente os de terra ou argilosos. A utilização do produto na exposição é fruto da parceria entre a ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) e a empresa Con-Aid®, que traz da África do Sul esta tecnologia inovadora, indicada para estradas rurais e vicinais, vias internas de propriedades agropecuárias, entre outras. Outra novidade é a participação do Rally da Pecuária, que já confirmou o evento como parte de seu percurso. “O aumento da adesão de empresas e entidades do setor nas últimas semanas também chama a atenção”, ressalta João Gilberto Bento, coordenador do projeto ExpoZebu Dinâmica. Até o momento, a Expozebu Dinâmica já conta com acordos com Acqualimp, Andrade, Baldan, Banco do Brasil, Biomatrix, Caixa Econômica Federal, Casale, Case, Certrim, Coopercitrus, Credicitrus, DLaval, Ford, Ford Caminhões, Ikeda, Ipacol, Jacto, JF, John Deere, Jumil, GM, LS Tractor, Mabe, Marquesan/Tatu, Matsuda, Menta, Mepel, Mercedes Caminhões, Merial, Mitsubishi, Nissan, New Holland, Nogueira, Ourofino, Premix, Produquímica, Sicoob, Stara, Tortuga, Toyota, Vallée, Valmont, Valtra, Vansil e Volkswagen. A primeira edição da Expozebu Dinâmica ocorre entre os dias 7 e 9 de maio de 2014, parte da programação da Expozebu 80 Anos. O evento reserva a demonstração de diversas tecnologias voltadas para o setor pecuário, além da apresentação das mais modernas máquinas e implementos agrícolas disponíveis no mercado para facilitar o trabalho do produtor rural (ensiladeiras, tratores, vagão forrageiro, etc.). “A ExpoZebu Dinâmica será uma vitrine onde a ABCZ pretende divulgar e fomentar o uso destas tecnologias, de modo a ampliar a produção e a lucratividade do criador de zebu, levando em consideração a sustentabilidade da propriedade rural e do meio ambiente”, explica o presidente da ABCZ, Luiz Claudio Paranhos. O evento é uma realização da ABCZ e da empresa Araiby, com apoio da FAZU, CNA, Prefeitura de Uberaba, FAEMG, MAPA, MDA, Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Polo de Excelência em Genética Bovina, Embrapa, EMATER/MG, Sindicato dos Produtores Rurais de Uberaba, Certrim, da Copervale e Coopercitrus, Núcleo dos Sindicatos do Triangulo Mineiro e Alto Paranaíba e Epamig. A entrada é gratuita. (Portal O Presente Rural/PR – 16/04/2014)((Portal O Presente Rural/PR – 16/04/2014))

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MG: ExpoZebu 80 anos, liberação da participação de animais de rebanhos do Nordeste

Associação Brasileira dos Criadores de Zebu - informa que em negociação com o IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento conseguiu a liberação para...((Portal Boi Pesado/SC – 16/04/2014))


Associação Brasileira dos Criadores de Zebu - informa que em negociação com o IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento conseguiu a liberação para a participação na 80ª ExpoZebu, sem quarentena, de gado proveniente dos estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Pará. Algumas exigências, no entanto, permanecem. Tais como a exigência dos exames de tuberculose e brucelose e a vacinação de reforço de febre aftosa conforme o regulamento da ExpoZebu. Além disso, será necessária a solicitação formal de envio dos animais junto ao órgão de defesa do Estado. (Portal Boi Pesado/SC – 16/04/2014)((Portal Boi Pesado/SC – 16/04/2014))

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Nos Estados Unidos, lucro tem sabor de frango

Os preços recorde dos hambúrgueres de carne bovina e das costeletas de suíno nos Estados Unidos vêm ajudando a fazer de 2014 o ano mais lucrativo da história para os produtores de frango. Os americano...((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 17/04/2014))


Os preços recorde dos hambúrgueres de carne bovina e das costeletas de suíno nos Estados Unidos vêm ajudando a fazer de 2014 o ano mais lucrativo da história para os produtores de frango. Os americanos passaram a comprar mais carne de frango, como uma opção mais barata, enquanto redes de lanchonetes como a Yum! Brands Inc. e o McDonalds Corp. adicionaram novos itens ao menu, como asas de frango e sanduíches de frango. O aumento nas vendas levou os preços no atacado para o maior patamar histórico, elevou o lucro de processadoras de alimentos como a Tyson Foods Inc. e deixou outras, como a Ozark Mountain Poultry, sem conseguir atender a toda a demanda. "Vendemos tudo", disse Ed Fryar, executivo-chefe da Ozark, cuja sede fica em Rogers, no Arkansas, e processa 1,361 mil toneladas de carne por semana. "No outono [americano] passado, quando pensei em 2014, não imaginei que a demanda seria tão grande. Este vai ser um ano realmente bom para o setor". Com o frango inteiro vendido nos supermercados nos EUA por metade do preço por quilo das carnes bovina ou suína, os americanos deverão consumir o maior volume de frango em três anos, enquanto a oferta apertada e os altos preços devem fazer com que a demanda por carne vermelha seja a menor na história, de acordo com dados do governo. Em um ano em que a renda agrícola deverá cair, afetada por superávits na colheita, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informa que as granjas de criação de galinhas vão ganhar em média US$ 203,5 mil, a maior quantia desde o início dos registros, em 1996. O preço do frango inteiro vendido pelos criadores na Geórgia, maior Estado produtor nos EUA, subiu 9,2% desde o fim de 2012, para o recorde de US$ 1,07 por libra-peso (0,453 quilo), em 9 de abril, segundo o USDA. A carne bovina no atacado subiu até 26% no período, sendo negociada a US$ 2,2252 por libra-peso, na segunda-feira, enquanto a carne suína subiu até 62%, para US$ 1,2441 por libra-peso, na segunda-feira. O aumento nos preços da carne e laticínios contribuiu para acentuar o maior avanço nos custos dos alimentos no varejo desde 2011, segundo dados do governo. O preço da carne subiu, depois de 2014 ter começado com o menor o rebanho bovino nos EUA em 63 anos, reflexo dos anos de seca e dos elevados custos da ração. A alta do preço da carne suína, por sua vez, decorre do vírus da diarreia epidêmica suína (PED), que se disseminou por 28 Estados. Os contratos futuros de gado bovino e suíno atingiram recordes em março. Embora as altas ampliem o lucro em todos os segmentos de carnes, o frango vai ser o "claro vencedor" neste ano, segundo a Tyson, maior processadora de carnes do EUA. "É a proteína mais barata; ou a proteína menos cara", disse Donnie King, presidente da unidade de comidas prontas da empresa, a analistas. Mesmo com o aumento na demanda, a oferta de frango continua limitada, porque os produtores mostraram-se mais lentos em elevar a produção do que em outras ocasiões de alta nos lucros. Em março e início de abril, o número de pintos alojados para a produção era praticamente o mesmo que o visto um ano antes, enquanto a incubação de ovos está abaixo das médias de cinco e dez anos, conforme o Departamento de Agricultura. O aumento na produção pode começar a fazer os preços caírem já em maio, segundo David Maloni, da Associação Americana de Restaurantes (ARA), em Sarasota, Flórida. O número de ovos em incubados chegou a 202,1 milhões na semana encerrada em 4 de abril, o maior número desde julho, uma contagem que vem ficando acima dos números de 2013, segundo o USDA. Conforme o órgão, os preços da carne vermelha já recuaram este mês. A carne bovina no atacado caiu 8,8% em relação ao recorde atingido em 18 de março, enquanto a suína caiu 7% em relação ao recorde de 2 de abril. As perspectivas para o setor fora dos EUA são negativas, já que os custos da ração estão em alta e um surto de gripe aviária afetou a demanda na China, segundo maior consumidor, de acordo com relatório do Rabobank de 28 de março. A Rússia tem superávit de produção, enquanto mudanças nos padrões comerciais pressionam os preços na Europa e Brasil, segundo o banco. Qualquer aumento na produção nos EUA provavelmente será modesto, mantendo a oferta limitada e os preços nas alturas, segundo o USDA. Na semana passada, o órgão cortou a previsão de produção em 2014 para 17,463 milhões de toneladas. Embora ainda recorde, a nova projeção, de aumento de 1,8%, é menor do que os 2,3% previstos em março e que o avanço registrado em 2013, de 2,1%. Não haverá uma "mudança significativa" na produção de aves até o segundo semestre de 2015, segundo o executivo-chefe da Tyson, Donald Smith, disse em conferência em 12 de março. O preço do peito de frango desossado e sem pele, em alta de 23% neste ano no Nordeste dos EUA, estava cotado a US$ 1,5586 por libra-peso em 28 de março, maior patamar para esta época do ano desde 2004. Em junho ou julho poderia chegar a US$ 2, impulsionado por gargalos na produção, de acordo com Bill Roenigk, economista do Conselho Nacional do Frango (NCC), associação americana de produtores e processadores com sede em Washington. Adicionar galinhas à granja pode ser um processo lento, já que os avicultores "não querem estar em uma situação em voltem a perder dinheiro" com o excesso de produção, disse Roenigk. Processadoras como a Tyson e a Pilgrims Pride Corp. registraram perdas em 2008, em 2009 e em períodos de 2011, afetadas por excesso na produção. Em 2012, as margens de lucro foram impactadas pela seca nos EUA, que levou o preço do milho e a da soja a patamares recorde. Com o aumento no custo da ração, os produtores de bovinos e suínos reduziram o número de cabeças. A produção de frango caiu no terceiro trimestre para o menor patamar para esse período desde 2009. O período da incubação do ovo até a ave ser levada para o abate pode ser de oito a dez semanas, em comparação aos 12 meses entre o nascimento e o abate de um suíno e aos quase três anos no caso dos bovinos. Os produtores de aves são capazes de reagir com mais rapidez a variações nos preços. Outro limitante para a expansão da produção é o aumento no preço da ração, que representa 27% do custo médio total. Os contratos futuros de milho em Chicago, que caíram em 2013 graças a uma colheita recorde, subiram 20% desde janeiro, enquanto os de farelo de soja avançaram 21% nos últimos 12 meses. Mesmo com os preços mais altos, o frango ainda é a carne mais barata. Os varejistas vendiam o frango inteiro, fresco, a US$ 1,504 por libra-peso, em fevereiro, abaixo dos US$ 3,555 da carne moída e dos US$ 3,659 da costeleta de suíno, de acordo com a Agência de Estatísticas do Trabalho dos EUA (BLS). Os americanos vão comer 37,51 quilos de frango per capita neste ano, maior volume desde 2011, enquanto o consumo de carne vermelha vai cair para 45,76 quilos, menor nível desde, pelo menos, 1970, segundo o USDA. "Claramente, o frango vai ser a proteína da vez", disse Russell Whitman, vice-presidente da divisão de aves da empresa de análises de commodities Urner Barry, em Toms River, Nova Jersey. Os restaurantes vêm apostando nas aves. O McDonalds, cuja sede fica em Oak Brook, Illinois, e é a maior rede de lanchonetes do mundo, reintroduziu as asas de frango em seu cardápio no fim de 2013 e passou a oferecer um sanduíche de pão de forma que pode vir com bacon, carne bovina ou de frango. A Wendys Co., lançou uma salada asiática de frango com castanhas de caju, enquanto o Burger King Worldwide Inc., informou em março que desde janeiro vende seu Spicy Original Chicken Sandwich, observando que o mercado é crescente para o frango. As perspectivas de aumento da demanda são uma dádiva para a Tyson, de Springdale, Arkansas, que obtém a maior parte de suas vendas e lucros com o frango. A empresa vai ter lucro recorde de US$ 1,02 bilhão no atual ano fiscal e de US$ 1,07 bilhão no próximo, segundo a mediana das estimativas de seis analistas consultados pela "Bloomberg". As ações acumulam valorização de 82% nos últimos 12 meses. As da Pilgrims Pride, de Greeley, Colorado, segunda maior produtora dos EUA, mais do que dobraram. "Estão todos promovendo o frango", desde a rede de sanduíches Subway até a Jacks Family Restaurants Inc., diz Dennis Maze, que cria frangos em Blount County, Alabama, há 41 anos e produz cerca de 227 mil quilos por mês. "Ainda estamos oferecendo um preço razoável para o consumidor. Graças à demanda, espero um ano muito próspero para a indústria de frango". (Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 17/04/2014)((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 17/04/2014))

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Emissões da agricultura devem subir 30% até 2050, segundo a FAO

Pela primeira vez, a FAO analisou as emissões globais decorrentes da agricultura, pecuária, silvicultura e pesca. No Brasil, agropecuária é o setor que mais emite gases do efeito estufa. As emissões d...((Jornal DCI/SP – 17/04/2014))


Pela primeira vez, a FAO analisou as emissões globais decorrentes da agricultura, pecuária, silvicultura e pesca. No Brasil, agropecuária é o setor que mais emite gases do efeito estufa. As emissões de gases do efeito estufa provenientes da agropecuária, silvicultura e pesca praticamente dobraram nos últimos 50 anos. Até 2050, esse volume deve crescer 30% caso a expansão do setor continue no ritmo atual e nada aconteça para frear as emissões. O alerta é da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em um relatório. Esta é a primeira vez que as emissões da agricultura são calculadas em nível global. "Os novos dados da FAO são a fonte de informação mais completa já feita sobre a contribuição da agricultura para o aquecimento global. Até agora, cientistas e autoridades tinham dificuldades para formular decisões estratégicas como resposta para as mudanças climáticas devido à falta de informação. Essa lacuna também impedia os esforços para mitigar as emissões da agricultura", afirma Francesco Tubiello, da FAO. O documento aponta que, em 2001, a agropecuária emitiu aproximadamente 4,7 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalentes (CO2e). Em dez anos, as emissões aumentaram 14%, atingindo um volume de 5,3 bilhões de toneladas de CO2e em 2011. O maior crescimento ocorreu nos países em desenvolvimento, que expandiram esse setor. Em contrapartida, as emissões do uso do solo e desmatamento reduziram cerca de 10% no mesmo período. A média foi de três bilhões de CO2e. A queda do desmatamento foi a principal responsável por essa redução. No Brasil, dono da maior reserva de floresta tropical, o corte de árvores caiu 77,8% entre 2004 e 2011, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O relatório aponta a pecuária como maior vilã do setor: a atividade foi responsável por 39% de todas as emissões em 2011. Os gases, principalmente o metano, são fruto da fermentação entérica, ou seja, do processo digestivo de bois, ovinos e caprinos. A expansão dessa atividade contribuiu para o aumento de 11% da produção de metano pelo gado entre 2001 e 2011. Índia e Brasil são donas dos maiores rebanhos do mundo. Em 2011, emissões da pecuária corresponderam a 39% do total. Nesse mesmo período, as emissões provenientes da aplicação de fertilizantes sintéticos aumentaram 37%. Em 2011, elas representam 14% da emissão total. A grande maioria dos gases do efeito estufa provenientes da agricultura, ou seja, 45%, vieram da Ásia, seguida pela América com 25%, da África com 15%, da Europa com 11% e da Oceania com 4%. (Jornal DCI/SP – 17/04/2014)((Jornal DCI/SP – 17/04/2014))

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RS e SC cobram rigor na fiscalização

Depois de terem negada a petição apresentada ao Ministério da Agricultura (Mapa) para que proibissem a importação de matrizes e material genético suíno dos Estados Unidos, criadores gaúchos e catarine...((Jornal Correio do Povo/RS – 17/04/2014))


Depois de terem negada a petição apresentada ao Ministério da Agricultura (Mapa) para que proibissem a importação de matrizes e material genético suíno dos Estados Unidos, criadores gaúchos e catarinenses agora pressionam para aumentar a fiscalização sanitária nos portos e aeroportos do país. O argumento é a prevenção da diarreia epidêmica suína nos plantéis nacionais, que asseguram ser letal e “violentíssima”. “Além de ser uma doença de contaminação relâmpago, não existe vacina, e mata 100% dos leitões em até três dias”, alertou o presidente da Associação de Criadores Suínos do Rio Grande do Sul, Valdecir Folador. “A cadeia produtiva gaúcha é parceira deste propósito, principalmente na Fronteira-Oeste do Brasil. Lá está o maior risco”, acrescentou. Por enquanto, a cobrança foi apresentada formalmente apenas pela Secretaria de Agricultura de Santa Catarina. Contatada, a assessoria do Mapa informou que a atenção aos critérios para a importação é muito rigorosa, envolvendo a realização de duas quarentenas de 30 dias, onde o animal fica isolado, em observação e passa por exames (Jornal Correio do Povo/RS – 17/04/2014)((Jornal Correio do Povo/RS – 17/04/2014))

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JBS condenado a pagar R$ 2,5 mi

Justiça do Acre sentencia frigorífico a indenização por dano moral coletivo contra empregados. O frigorífico JBS Friboi, líder mundial em processamento de carne bovina, foi condenado pela Justiça do T...((Jornal Correio do Tocantins/PA – 17/04/2014))


Justiça do Acre sentencia frigorífico a indenização por dano moral coletivo contra empregados. O frigorífico JBS Friboi, líder mundial em processamento de carne bovina, foi condenado pela Justiça do Trabalho do Acre a pagar R$ 2,5 milhões de indenização por dano moral coletivo. A empresa, que poderá recorrer da sentença, foi denunciada em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por submeter seus empregados ao trabalho em ambientes com precárias condições de higiene. A reportagem consultou a assessoria de imprensa da JBS, mas foi informada que o assessor Alexandre Inacio estava em reunião e que somente ele poderia se manifestar sobre o processo. De acordo com a sentença do juiz do Trabalho Fábio Lucas Telles de Menezes Andrade Sandim, da 1ª Vara do Trabalho de Rio Branco, o frigorífico submete seus empregados ao trabalho em ambientes com precárias condições de higiene e a acidentes de trabalho. A procuradora do Trabalho Marielle Rissanne Guerra Viana Cardoso, da Procuradoria do Trabalho em Rio Branco, relatou 39 casos de acidentes de trabalho em dois anos no frigorifico, além do elevado número de auxílio-doença concedidos a trabalhadores para tratamento de saúde. Para garantir o pagamento dos R$ 2,5 milhões, a Justiça do Trabalho determinou a expedição de ofícios aos Cartórios de Registro de Imóveis de Rio Branco e das demais localidades que se fizerem necessárias, para que sejam bloqueados bens da JBS até o limite do valor arbitrado. Os valores a serem pagos pela JBS, de acordo com a sentença, vão ser revertidos ao Fundo da Infância e Adolescência em Rio Branco, ou, a critério do MPT e do Poder Judiciário, em benefício da sociedade acreana, a exemplo de destinação a centro fisioterápico a ser criado para o atendimento de pessoas atingidas por doenças decorrentes do desrespeito ao meio ambiente de trabalho sadio e adequado. A sentença condena a JBS a cumprir dezesseis obrigações de fazer e de não fazer sob pena do pagamento de R$ 5 mil de multa por cada cláusula não cumprida. Entre as obrigações de fazer e de não fazer, a sentença judicial determina o fornecimento gratuito de equipamentos de proteção individual necessário ao trabalho, adequar as condições sanitárias dos banheiros utilizados pelos empregados e providenciar equipamentos adequados para a atividade laboral, como as serras fita de braço articulado vertical com movimento para guiar e empurrar a carne e impedir o acesso da mão do trabalhador a área de corte. O JBS também terá que depositar mensalmente o fundo de garantia por tempo de serviço, conceder repouso semanal remunerado, fazer anotação da hora de entrada e saída do trabalho e abster-se de prorrogar jornada de trabalho além do limite permitido em lei. A sentença também determina que a empresa terá de conceder o mínimo de onze horas consecutivas para descanso entre jornadas de trabalho, computar, sempre que devidas, as horas de deslocamento para o trabalho e pagar salário e demais parcelas que compõem a remuneração até no máximo o quinto dia útil ao mês subsequente. (Jornal Correio do Tocantins/PA – 17/04/2014)((Jornal Correio do Tocantins/PA – 17/04/2014))

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Empresa apresenta sua versão dos fatos

A reportagem conversou com Alexandre Inácio, da assessoria de Comunicação Corporativa do grupo, o qual emitiu uma nota sobre o caso: “A JBS informa que cumpre rigorosamente a legislação trabalhista vi...((Jornal Correio do Tocantins/PA – 17/04/2014))


A reportagem conversou com Alexandre Inácio, da assessoria de Comunicação Corporativa do grupo, o qual emitiu uma nota sobre o caso: “A JBS informa que cumpre rigorosamente a legislação trabalhista vigente no Brasil em todas as suas unidades e adota os mais rigorosos padrões de qualidade e segurança do trabalho disponíveis no mercado. No Acre, a companhia segue esses mesmos padrões, não havendo qualquer tipo de diferenciação em relação às demais localidades onde a JBS possui instalações. A companhia já apresentou recursos para reverter todas as autuações e a própria decisão imposta pela Justiça do Trabalho de Rio Branco. A JBS está segura de que conseguirá obter um parecer favorável por cumprir rigorosamente a legislação trabalhista vigente no País e aplicar essas leis em todas as suas unidades”. (Jornal Correio do Tocantins/PA – 17/04/2014)((Jornal Correio do Tocantins/PA – 17/04/2014))

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Economia perdeu força em fevereiro, diz BC

Indicador do organismo reforça a avaliação de que PIB do primeiro trimestre terá crescimento moderado. Em março, governo e analistas de mercado esperam que dado do Banco Central aponte retração da ati...((Jornal Folha de São Paulo, Mercado/SP – 17/04/2014))


Indicador do organismo reforça a avaliação de que PIB do primeiro trimestre terá crescimento moderado. Em março, governo e analistas de mercado esperam que dado do Banco Central aponte retração da atividade. O indicador de atividade econômica divulgado ontem pelo Banco Central reforçou a avaliação do governo e do mercado financeiro de que a economia brasileira fechará o primeiro trimestre com crescimento moderado. As estimativas são de avanço do PIB em torno de 0,5% ante os três meses anteriores. Se confirmado, o número representará recuperação em relação à estagnação verificada no início de 2013 e pequena desaceleração após a expansão de 0,7% no último trimestre do ano passado. Ontem, o BC divulgou o seu índice de atividade (IBC-Br), que mostrou expansão de 0,24% em fevereiro em relação a janeiro, um pouco abaixo das previsões do mercado e do governo (0,3%). A surpresa positiva foi a revisão do número de janeiro ante dezembro, que passou de alta de 1,26% para 2,35%. A avaliação do governo é que os dados divulgados até o momento confirmam a previsão de que o crescimento de 2014 ficará próximo ao de 2013, quando a economia avançou 2,3%. As projeções de Banco Central e Ministério da Fazenda são de alta de, respectivamente, 2,0% e 2,5%. Para março, a expectativa dentro e fora do governo é de queda no indicador do BC, com base em dados que apontam retração na produção industrial e nas vendas de veículos. A piora no mês, entretanto, não deve levar o resultado do trimestre para o terreno negativo. Segundo cálculos da consultoria Rosenberg Associados, se o indicador do BC registrar recuo de 1% ante fevereiro, a expansão no primeiro trimestre ficará em 0,7%. O indicador mensal do BC tem metodologia e resultados diferentes do PIB, que é divulgado trimestralmente pelo IBGE. O primeiro, entretanto, é um dos indicadores que servem de base para as projeções para o dado oficial. O Banco ABC Brasil, por exemplo, elevou a previsão para o crescimento do PIB no trimestre de 0,4% para 0,5%. O principal motivo foi a revisão do dado de janeiro do IBC-Br. O economista Rafael Bacciotti, da Tendências Consultoria, manteve a projeção de 0,2% para o índice do IBGE no trimestre, uma das menores expectativas do mercado. "Para março, os sinais apontam para uma atividade mais fraca, principalmente para a indústria. E já temos dados sobre vendas de veículos que mostram que o varejo deve permanecer fraco", afirmou o economista. A Tendência manteve a expectativa de crescimento de 1,9% para o PIB no ano, superior à mediana do mercado (1,65%). (Jornal Folha de São Paulo, Mercado/SP – 17/04/2014)((Jornal Folha de São Paulo, Mercado/SP – 17/04/2014))

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Inflação no atacado desacelera,mas repasse para o varejo ainda preocupa

Dois indicadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontam para a desaceleração da alta da inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) cresceu 0,86% na segunda quadrissemana de abril, de...((Jornal Brasil Econômico/SP – 17/04/2014))


Dois indicadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontam para a desaceleração da alta da inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) cresceu 0,86% na segunda quadrissemana de abril, depois de avançar 0,96%na semana anterior. Já o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) teve inflação de 0,83% na segunda prévia de abril, após encerrar março em1,63%. “A desaceleração era esperada, pois em março captamos o impacto total da estiagem,que trouxe reflexos muito altos nos preços agropecuários. Agora, passados dois terços do mês, a desaceleração se confirma e aponta para um índice fechado menor do que o registrado em março”, afirmou ontem o superintendente adjunto de Inflação da FGV, Salomão Quadros. A desaceleração do IGP-M foi puxada pelos preços no atacado. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu de 1,87% na segunda prévia de março para 0,91% agora. Já os preços no varejo e na construção civil tiveram aumento: o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,63% na segunda prévia de março para 0,76% agora; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)subiu de 0,25% para 0,47%. Segundo Quadros, alguns itens brutos puxaram a desaceleração, como soja, milho e café, que passam por correções após uma alta “exagerada” no mês passado. O economista ressaltou também que a desaceleração não foi generalizada. Carnes e outros derivados da pecuária, como leite, ainda estão em aceleração no atacado. “O aumento da exportação de carne, embora seja uma boa notícia, gera pressão de demanda no mercado interno e os custos ainda podem chegar ao varejo”, disse Quadros. Opinião semelhante temo economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Emilio Alfieri. Ele lembra que o reflexo dos IGPs levam até dois meses para chegar ao varejo. Assim, a alta verificada em março no IGP-M ainda irá pressionar os preços do varejo para cima por ao menos mais dois meses, para só então sentir a desaceleração de agora. “Assim, ainda podemos esperar altas no IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo) por ao menos mais dois meses”. Para o economista chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito,Financiamento e Investimento (Acrefi), Nicola Tingas, o temor é que a inflação se estabilize em patamares elevados. “Embora a inflação no atacado aponte para a desaceleração, não é o que se vê no varejo, o que leva a crer que a inflação está ganhando algum tipo de indexação. E, quando isso ocorre, ainda que desacelere, será em patamar elevado”. (Jornal Brasil Econômico/SP – 17/04/2014)((Jornal Brasil Econômico/SP – 17/04/2014))

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Cresce disputa pelas terras dos índios no país

"Os índios estão sob fogo cerrado". A frase, da antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, professora emérita da Universidade de Chicago e professora titular aposentada da Universidade de São Paulo (USP),...((Jornal Valor Econômico, Política/SP – 17/04/2014))


"Os índios estão sob fogo cerrado". A frase, da antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, professora emérita da Universidade de Chicago e professora titular aposentada da Universidade de São Paulo (USP), explicita o sentimento de especialistas em relação à questão indígena no Brasil, às vésperas do Dia do Índio, comemorado dia 19. "As terras indígenas e as unidades de conservação, terras mantidas fora do mercado, estão sendo mais do que nunca cobiçadas." O cerne do conflito é a disputa pela terra. A extensão das terras indígenas no Brasil chega a 13% do território nacional, distribuídas desigualmente. A Constituição diz que a terra indígena demarcada é da União, mas os índios têm direito a usufruto exclusivo. A maior extensão de terras indígenas está na Amazônia, onde tudo tem grandes proporções - municípios, latifúndios, unidades de conservação. Foi ali, e também no Centro-Oeste, que a maior parte das terras indígenas extensas e contínuas foi reconhecida depois que a Constituição garantiu os direitos indígenas, em 1988. A demarcação que sobrou fazer é a de terras mais disputadas, mais caras e de histórico de ocupação mais complexo. No Nordeste, Leste e Sul, os índios vivem em territórios bem pequenos. Os milhares de guaranis-kaiowás confinados em áreas diminutas no Mato Grosso do Sul, ou vivendo à beira das estradas enquanto aguardam solução para o seu caso, constituem o lado mais dramático desse quadro. Os guaranis são o povo indígena mais numeroso do Brasil e se espalham pelo Mato Grosso do Sul, pelas fronteiras com Paraguai e Argentina e também pelo Estado de São Paulo. Segundo dados de 2010, do IBGE, existem 240 povos indígenas no Brasil. Falam 154 línguas. Embora alguns povos estejam ameaçados de extinção, a população indígena vem crescendo. Eram 896.917 no último Censo. "Trata-se de um mosaico de microssociedades", diz o catálogo da exposição "Povos Indígenas no Brasil", que está no Parque Ibirapuera, em São Paulo, organizada pelo Instituto Socioambiental, o ISA. "Metade das etnias tem uma população de até mil pessoas, 49 etnias têm parte da população habitando países vizinhos e há 60 evidências de povos isolados". Na outra ponta estão dezenas de projetos de lei tramitando no Congresso e que ameaçam terras indígenas e novos processos de demarcação. Há projetos de mineração que se sobrepõem a esses territórios e projetos hidrelétricos que o governo quer impulsionar e que afetam povos indígenas. No Centro-Oeste, terras que índios reivindicam são muitas vezes ocupadas por produtores rurais que têm título expedido pelo Estado. "Essa é uma semana do índio de pouca comemoração e muita apreensão", diz Adriana Ramos, secretária-executiva-adjunta do ISA, ONG reconhecida pelo trabalho com os índios. "Estamos vivendo momento de grande ameaça aos direitos constituídos e de multiplicação de conflitos, inclusive fomentados por discurso de políticos e representantes empresariais." Uma das maiores ameaças vem da Proposta de Emenda Constitucional 215/2000. O projeto tira do Executivo a competência de aprovar as demarcações e transfere o processo ao Congresso. Na visão de indigenistas, se aprovado, não haverá novas demarcações de terras indígenas no país. O governo disse ser contrário à iniciativa e a considera inconstitucional. No fim de 2013, foi instalada uma comissão especial para analisar a PEC. No colegiado, a maioria é de deputados ruralistas. Há ainda projetos de abrir terras indígenas para arrendamento com fins agropecuários ou de mineração", diz Adriana. "Essas propostas são vendidas como alternativas econômicas a populações que vivem em situações de fragilidade. Mas elas se contrapõem ao modo de vida tradicional desses povos", critica. Essas iniciativas operariam em um vácuo deixado pelo poder público. "O Estado dá pouco apoio a alternativas econômicas condizentes com o modo de vida indígena. Poderia desenvolver o manejo sustentável de produtos da biodiversidade. Extração de óleos da floresta, fibras, frutas, turismo. Tudo isso poderia ser implementado. "Hoje, a situação é difícil", reconhece o antropólogo Marcio Meira, que esteve à frente da Fundação Nacional do Índio (Funai) de 2007 a 2012, o mais longevo presidente do órgão. "Os setores da sociedade que são historicamente anti-indígenas, têm agido de forma muito agressiva, principalmente no Congresso Nacional", avalia. "O centro é a base ruralista. Qual o agravante? Que essa base hoje tem muita força. Boa parte das exportações do Brasil vem daí", diz Meira. Segundo o antropólogo, "esse poder tem tentáculos" no Judiciário e no Executivo. "Há muitos processos de judicialização das terras indígenas e muitos juízes nos últimos anos têm se manifestado contrários aos índios, com decisões polêmicas." Ele lembra que, dentro do governo, existem ministérios mais favoráveis aos povos indígenas, mas há outros com posições mais conservadoras. Meira enxerga, também, alguns avanços nos últimos anos. Um dos principais teria sido na área da educação, com o ingresso de índios nas universidades. As estimativas são de que existem 1.700 indígenas em universidades federais, recebendo bolsas de R$ 900. "É um investimento de R$ 20 milhões anuais, algo que não existia há um ano." Os índios têm direito a Bolsa Família e aposentadoria rural. "Mas a saúde indígena ainda tem muito gargalo", afirma o antropólogo. E embora hoje não haja quase nenhuma terra indígena sendo homologada, há alguns casos de desintrusão, o que demanda investimento e esforço enorme do governo. O caso mais famoso é o da terra indígena Awa-Guajá, no Maranhão, iniciado este ano, e depois suspenso para que o Incra encontrasse uma solução para os produtores rurais. Eles tinham que sair da terra e não sabiam para onde ir. A última homologação de terra indígena no Estado de São Paulo ocorreu há 16 anos, informa Otávio Penteado, assessor de programas da Comissão Pró-Índio SP, no boletim da entidade. No Estado, há 17 terras indígenas em processo de demarcação e estima-se que há outras 16 sem processo iniciado. Mais da metade das 29 terras indígenas de São Paulo não está demarcada, o que deixa a população sem acesso às políticas públicas. São Paulo, segundo a ONG, é a cidade brasileira com mais índios no espaço urbano - seriam quase 12 mil, segundo o Censo de 2010. "É nas áreas indígenas que se concentram algumas das maiores riquezas do Brasil em termos minerais e de biodiversidade", diz o professor Antonio Carlos de Souza Lima, professor do Departamento de Antropologia do Museu Nacional do Rio de Janeiro, da UFRJ, referindo-se a terras na região Norte. "São notadamente as mais bem conservadas." Ele defende uma proposta de educar a sociedade brasileira para valorizar e respeitar a diversidade que há no país. "A primeira coisa é ter a plena consciência de que isso tem que fazer parte da educação brasileira, que vivemos em um país multicultural e pluriétnico. Com populações que têm direito a viver de acordo com modos diferentes dos cultivados pela sociedade contemporânea", diz. "A conscientização tem que sair das boas intenções e avançar do papel para as práticas." O Brasil tem há seis anos legislação que regulamenta a obrigatoriedade de ensino, nas escolas, de história e cultura afro-brasileira e indígena. "Essa lei até hoje não é aplicada. Ninguém cumpre", diz Souza Lima. "Todo mundo centra a questão no tema da terra, porque é a defesa mais imediata aos ataques", afirma. "Mas isso não substitui um projeto de longo prazo para esse tema." "O brasileiro não conhece o Brasil", diz Souza Lima. "Tem que entender que índio que vive nu na aldeia, distanciado de tudo, não é a regra hoje em dia. Até filhos de ianomâmis frequentam escolas e universidades. Ao incorporar certos elementos da sociedade não indígena, eles o fazem de acordo com a sua própria lógica. E por isso não deixarão de ser índios." Segundo o professor, "é fundamental ouvir o que os próprios indígenas têm a dizer sobre os seus projetos e o que têm passado. Isso tem que ser ouvido pelos escalões mais altos da administração". O governo, no âmbito do Ministério da Justiça, prepara um projeto que altera os procedimentos de demarcação das terras indígenas. A minuta, divulgada há alguns meses, desagradou indigenistas e ruralistas. Em outra frente, na Secretaria-Geral da Presidência, procura-se estabelecer parâmetros que regulamentem a consulta prévia. Trata-se de pôr em prática o artigo 6 da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O tratado versa sobre os direitos fundamentais dos povos indígenas e tribais, foi aprovado em 1989 e começou a vigorar em 1991. O Brasil foi um dos 20 países que ratificaram a convenção, com posterior aprovação no Congresso e promulgação pelo Executivo. A convenção internacional ganhou status de lei. A Convenção 169 diz que a consulta aos povos afetados por algum projeto tem que ser feita de boa-fé. O governo tem vários projetos de hidrelétricas na Amazônia que afetarão grupos indígenas. A ideia da consulta, segundo algumas interpretações, é que ela teria que ser prévia, livre e consentida. A ideia do veto é debate superado: a meta é ter o consentimento dos afetados ou chegar a um acordo. O problema é que a convenção é genérica, é preciso criar um padrão sobre a consulta. Bolívia, Peru e Chile percorreram essa trilha. No Brasil criou-se um grupo interministerial em 2012, que procura avançar nesse campo. Enquanto o governo tenta avançar nessa frente, os índios sofrem com a invasão de suas terras por garimpeiros e madeireiros, pela contaminação de recursos hídricos por mercúrio ou agrotóxicos e pela pressão do entorno, segundo indigenistas. Na visão de Manuela Carneiro da Cunha, a isso se soma "o cerco legislativo, uma investida sem precedentes do Congresso", diz ela. "Desde a Colônia até os anos 90, a legislação sempre declarou os direitos dos índios. Mas era um movimento inócuo, porque ninguém respeitava. Hoje, quando os índios tentam fazer valer seus direitos, tenta-se esvaziá-los." (Jornal Valor Econômico, Política/SP – 17/04/2014)((Jornal Valor Econômico, Política/SP – 17/04/2014))

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Reforço de peso

O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues será indicado para assumir a presidência do conselho deliberativo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), entidade que representa as usinas de a...((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 17/04/2014))


O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues será indicado para assumir a presidência do conselho deliberativo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), entidade que representa as usinas de açúcar e etanol do Centro-Sul do país, segundo adiantou o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor. A confirmação virá em uma reunião extraordinária do conselho, ainda não agendada, mas que deverá ocorrer em cerca de 30 dias. Procurada, a entidade não comentou. O ex-ministro assumirá o lugar de Pedro Parente, que preside a Bunge no Brasil, mas deixará o cargo na múlti em junho. O mandato de Parente na Unica terminou em 31 de março. Pesou a favor de Rodrigues, um dos principais representantes do agronegócio nacional, seu traquejo político, considerado vital nas negociações com o governo em busca de políticas mais favoráveis ao etanol. (Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 17/04/2014)((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 17/04/2014))

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Quem tem padrinho não morre pagão

Quem estava na recepção do hotel Windsor, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em uma manhã ensolarada do mês passado, e viu o ator Murilo Benício estacionar a sua Range Rover para apanhar a equipe ...((Revista Dinheiro Rural/SP – Abril. 14 – pg 48 a 54))


Quem estava na recepção do hotel Windsor, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em uma manhã ensolarada do mês passado, e viu o ator Murilo Benício estacionar a sua Range Rover para apanhar a equipe da DINHEIRO RURAL, certamente pensou que o destino de todos seria o Projac, o local de gravações das novelas da Rede Globo. Afinal de contas, é para lá que o ator vai todas as manhãs, por estar escalado para a próxima novela da emissora. Mas a viagem de duas horas seguiu um caminho bem diferente, por uma estrada sinuosa pelo interior do Rio de Janeiro. Durante o trajeto, especialmente nas cabines de pedágio, quando Benício baixava o vidro do carro para pagar a tarifa, a reação de surpresa e paparicação das funcionárias era semelhante ao que acontecera no hotel. Pela expressão das fãs, era fácil adivinhar o que pensavam: onde será que ele está indo gravar? O que jamais passaria pela cabeça de alguém é que o destino final seria o município mineiro de Simão Pereira, na região de Juiz de Fora, onde se localiza uma das fazendas do ator. Isso mesmo, Murilo Benício, que recentemente protagonizou o proprietário de um vinhedo na badalada minissérie Amores roubados, na vida real também é fazendeiro. "Passei a vida inteira indo para o campo, nos fins de semana e nas férias escolares", diz Benício. "Minha família tinha meio hectare, onde a gente se divertia andando a cavalo e aprendendo a gostar de natureza." A declaração nostálgica do ator pode até levar à conclusão de que, para ele, ser fazendeiro é uma mera distração. Nada mais equivocado. Benício se tornou um fazendeiro de respeito porque decidiu não entrar sozinho no negócio. Na Agropecuária Copacabana (AgroCopa), ele tem como sócios os pecuaristas André Monteiro, Anderson Blanco e Felipe Picciani, produtor de gado leiteiro e de nelore que já foi presidente da associação de criadores dessa raça, a ACNB. Na AgroCopa, os quatro selecionam gir leiteiro, considerada a raça zebuína mais eficiente para a produção de leite. "A pecuária é para mim uma família gigantesca, porque encontrei o apoio certo para aprender como lidar com o gado ao fazer uma sociedade", diz Benício. Mas não é somente o ator que considera a influência de outro criador fundamental para tocar o negócio. O cantor sertanejo Leo, da dupla Victor e Leo, empresários como Marcelo Baptista, dono da Protege, especializada em serviços de segurança, e profissionais como Cléber Gonçalves Costa, gerente industrial da Petrobras, não dispensaram a ajuda de gente experiente para realizar um bom projeto pecuário. Ter um padrinho, nessa hora, pode fazer a diferença. O trunfo é contar com o olhar de gente experiente sobre as decisões a serem tomadas porque, para eles, a pecuária também é um grande negócio no qual investem muito dinheiro e que, por isso, precisa dar resultado. N o caso de Benício, seu padrinho e sócio é o experiente Picciani, do Grupo Monte Verde, de Uberaba (MG), que completa 30 anos de atividade neste ano. "Conheci o Picciani no leilão Gir das Américas, no hotel Copacabana Palace, há cinco anos", diz Benício. Nessa época ele já estava procurando uma atividade ligada ao agronegócio e que cobrisse pelo menos os custos para manter uma chácara destinada ao lazer da família, em Secretário, um distrito de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. As conversas com Picciani mudaram o rumo das coisas. "Fiquei muito empolgado com a possibilidade de apostar em um negócio maior, e um dia ter uma segunda profissão", diz Benício. "Já estava com isso na cabeça e ali mesmo, na noite do leilão, nasceu a AgroCopa." Dos seis animais de cabeceira que marcaram o início dos investimentos na Agropecuária Copacabana, batizada em homenagem ao leilão, hoje o planteI está em 600 animais. E, claro, além de sócios, Benício e Picciani ficaram amigos. Atualmente, os parceiros têm duas fazendas, a outra fica em Tombos, também em Minas Gerais, nas quais há 300 fêmeas em reprodução, 80 vacas girolando meio-sangue, 150 receptoras e 70 bezerros. Para este ano, a previsão é de que nasçam 200 gir leiteiro e 100 girolando. Desde que a parceria foi fechada, os sócios investiram R$ 10 milhões, de acordo com André Monteiro. "A primeira doadora que adquirimos foi a Sema da Cal", diz ele. A sigla Cal identifica os animais nascidos no rebanho do mineiro Gabriel Donato de Andrarle, um dos maiores criadores de gir leiteiro do País e um dos controladores do grupo Andrade Gutierrez. "Foi a partir dessa vaca que começamos a multiplicar o rebanho." O tiro inicial da AgroCopa, com a compra de ema, foi tão certeiro que, segundo o padrinho Picciani, até com a sua vasta experiência como criador fica difícil explicar. "Sabia que a vaca era boa, mas quem escolheu a Sema foi o Murilo", diz Picciani. "Pode não parecer, mas, além do lado artístico, ele tem um tino empresarial muito grande." Essa característica, no momento de comprar um animal, tem levado Benício a escolher animais com precisão semelhante à de pecuaristas experimentados, com conhecimento técnico e muito tempo de estrada. "Foi assim com vários animais do rebanho", afirma Picciani. "Na hora ele diz: a minha sensibilidade está mandando escolher essa vaca para a gente comprar. E, bingo." Evidentemente isso não faz um criador, mas é um grande passo para aprender, mesmo que seja errando. "O conhecimento técnico virá, com certeza, com "a experiência no campo", diz Picciani. "O Benício tem muita facilidade de gravar o que ouve e a tudo que se relaciona à pecuária ele está atento." Atualmente, a AgroCopa mantém touros na central de inseminação artificial Lagoa da Serra, em Teófilo Otoni (MG), e seus animais participam do teste de progênie da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGil), com a Embrapa, que seleciona e comprova bovinos reprodutores, para posterior venda de sêmen. O próximo passo dos parceiros é investir no nelore, para vender touros e matrizes. "Não queremos vender vaca de milhão de reais, e sim genética que melhore cada vez mais o desempenho das fazendas que acreditam no que estamos fazendo", diz Monteiro. O cantor sertanejo Leonardo Sbranna Pimenta, o Leo, da dupla Victor e Leo, criado em Abre Campo, no interior de Minas Gerais, ao contrário do ator Murilo Benício, sempre quis ser dono de fazenda. Com a fama e o dinheiro de shows e CDs, ao conhecer o criador Ricardo Pereira Carneiro, dono de um dos maiores projetos de criação da raça senepol no País, ele encontrou a oportunidade de iniciar um projeto em larga escala. Em 2009, os dois fecharam uma parceria chamada projeto Tamá, para fazer melhoramento genético em Santana do Araguaia, um polo importante de criação de bezerros, no sul do Pará. Na época, Carneiro procurava um sócio para acelerar o melhoramento genético na fazenda, a partir de um rebanho de 1,2 mil vacas comerciais. "Com a parceria, veio a intensificação do uso da genética senepol para lapidar o rebanho", diz Carneiro. "Apartamos os melhores para formar um plantel de animais superiores no Pará porque queremos vender tourinhos." O projeto, hoje, está avaliado em R$ 10 milhões. "Virei fazendeiro mesmo, porque até em show tem gente que vem me perguntar sobre o senepol", diz Leo. Carneiro, que cria um rebanho de 1,7 mil animais puros em Uberlândia (MG), na fazenda Soledade, diz que o próximo passo do cantor é investir na alta seleção genética sozinho, com a compra de uma fazenda próxima à sua, em Minas. "No Pará, continuamos juntos, mas é bom que ele faça um rebanho só dele." ABRE-ALAS Segundo Carlos Alberto Silva, dono do grupo Publique, uma agência de publicidade e marketing especializada em pecuária, a ligação entre um pecuarista que inicia seu rebanho pela mão de outro pode ser dividida em dois momentos peculiares. Primeiro, a ajuda de um criador experiente funciona com um abre-alas no mercado. "Bem orientado, o início de um empreendimento rural pode dar fruto rapidamente." De acordo com Silva, quem tem um mentor tem um caminho aplainado de como fazer o melhoramento do gado e como comercializar esse rebanho. "Depois, ele pode até seguir caminho sozinho, buscar seu espaço e suas convicções do que é melhor para o seu negócio." O segundo momento, para o publicitário, se repete todas as vezes que um criador faz referência ao início de sua criação. "O padrinho fica como uma marca da fazenda", diz Silva. Nos catálogos dos lotes a serem vendidos em leilões, por exemplo, há sempre uma referência da origem do rebanho. "A primeira pergunta de um comprador de gado é: de onde ele vem?" Foi o que fez o empresário Marcelo Baptista, dono do grupo Protege, de São Paulo, a maior empresa brasileira especializada em segurança patrimonial. Em 2000, Baptista criou o grupo AgroMaripá e comprou a fazenda Gairova, em Juara, no norte de Mato Grosso, para criar gado nelore. A partir de 2004, ano em que começou a penar na implantação de um programa de melhoramento genético em sua fazenda, ele passou a estudar como os grandes criadores lidavam com o gado. "Com o Cláudio Sabino Carvalho (que faleceu em 2012) foi amor à primeira vista", diz Baptista, referindo-se ao dono da Chácara Naviraí, com duas redes, uma em Naviraí (MS) e outra em Uberaba (MG). Baptista conta que foi até a Naviraí para comprar um touro, mas, quando Carvalho soube o que ele queria fazer no Pará, tudo mudou. "O Cláudio me disse que não venderia nada para mim, porque não me queria como cliente, mas como sócio." E assim aconteceu: por dois anos, Carvalho acompanhou o trabalho da fazenda Gairova, assessorou Baptista na hora de apartar as melhores fêmeas e orientou-o a manejar o rebanho. "Esse criador me deu luz e em cinco anos pude entender o que é genética bovina", diz. Baptista e Carvalho ficaram tão próximos que chegaram a viajar juntos para a Índia, atrás de novas linhagens de nelore. Hoje, Baptista tem um rebanho de 18 mil animais no Pará, 300 fêmeas de alta seleção em Jaguariúna (SP), em uma pequena fazenda para produzir 300 embriões por ano, e 20 touros produtores de sêmen, dos quais cinco em centrais de inseminação. Em 2010, ele criou um teste de progênie exclusivo para avaliar os touros da fazenda, antes de colocá-los à venda. A Gairova, com o apoio da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANC,P), é a única propriedade do País a realizar o teste por conta própria. Na Naviraí, atualmente o projeto é dirigido pelo herdeiro Cláudio Carvalho Filho e por seu cunhado, o veterinário Alan Ventura Pfeffer. "Meu pai sempre dizia uma frase que levamos muito a sério: para fazer um bom gado você precisa olhar para dentro da sua fazenda", afirma Cláudio Filho. "Também gostava de dizer que os programas de melhoramento são essenciais numa fazenda, mas eles não são suficientes", diz Pfeffer. "E é isso que continuamos a fazer: olhamos para a fazenda e para o gado da fazenda." Entre os pecuaristas mais antigos, é comum encontrar a expressão "olho da Naviraí", numa referência ao trabalho do selecionador. Ele dizia que gado para viver no pasto tinha que ter boca grande e ossatura forte. Os números da fazenda mostram que ele estava no caminho certo: são 28,5 mil registros genealógicos na Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), mais três raças criadas além do nelore (brahman, guzerá e gir), 1,7 mil fêmeas de alta seleção genética, 40 touros com sêmen em centrais de inseminação e 1,7 milhão de doses vendidas, das quais um milhão nos últimos cinco anos. No ranking da ACNB, que lista os 25 melhores touros nelore, sete são da Naviraí. O economista Carlos Viacava, criador de nelore mocho que já presidiu em duas oportunidades a ACNB, acredita que para influenciar alguém a tomar uma decisão é preciso, de fato, acreditar na genética que se faz dentro da fazenda. "Eu mesmo comecei a criar há quase três décadas, por influência de um grande criador", diz Viacava, que já integrou o alto escalão do Ministério da Fazenda no final da década de 1960 e posteriormente tornou-se executivo do grupo Cutrale, o maior produtor de suco de laranjas nacional. Ele se refere a Ovídio Carlos de Brito, do grupo OMB, de Pontes e Lacerda (MT), o maior vendedor de touros do País, com 2,5 mil animais vendidos, por safra. Viacava, que possui três fazendas em São Paulo, nas quais estão 2,2 mil fêmeas em reprodução, vendeu 980 touros em 2013. "Se há um trabalho bem-feito, tem sempre alguém querendo aprender", diz Viacava. Numa espécie de retribuição ao apoio recebido no passado, Viacava também vem colaborando com os pecuaristas de primeira viagem, na formação de seus plantéis. O empresário André Gonçalves Ferreira, do ramo siderúrgico, proprietário da fazenda Cambira, de Pratinha do Araxá (MG), conheceu Viacava em 1986. "Seguir as lições de quem sabe é um aprendizado constante", diz Gonçalves, dono de um rebanho de 250 fêmeas e 70 touros para serem vendidos, por safra. Segundo ele, até chegar a um lote de alta seleção foram necessários 12 anos de trabalho. Seu aprendizado levou-o a dirigir a Associação de Criadores de Nelore de Minas Gerais, entidade que ajudou a criar. "Paciência é uma virtude na criação de gado e é isso que digo a quem está começando", afirma Viacava. A exemplo de Ferreira, entre os novos criadores apadrinhados por Viacava figuram o gerente industrial da Petrobras Cléber Gonçalves Costa, de Paulínia (SP), e sua mulher, Marina. Em 2009, o casal comprou uma fazenda em Presidente Olegário (MG) e pediu apoio a Viacava para começar a montar um rebanho. No ano passado, eles adquiriram as primeiras 30 fêmeas, um lote de touros para cobrir a vacada e 1,5 mil doses de sêmen. "Em 2014 queremos comprar mais 300 fêmeas", diz Costa. O projeto do casal partilha da ideia do ator Murilo Benício: ter na pecuária uma segunda atividade. "Já sou pecuarista e estou trabalhando para ter um negócio rentável", diz Costa, que planeja comprar outra fazenda. Sem perder de vista, é claro, o velho ditado gaúcho que diz: "quem tem padrinho não morre pagão". Adivinhem quem Costa e Marina vão procurar para trocar umas ideias? (Revista Dinheiro Rural/SP – Abril. 14 – pg 48 a 54)((Revista Dinheiro Rural/SP – Abril. 14 – pg 48 a 54))

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Teste mede estresse em Girolando

Reprodutores da raça Girolando estão passando por avaliações de temperamento para verificar se o estresse no momento da coleta do sêmen pode influenciar a produção leiteira. O primeiro teste aconteceu...((Revista Balde Branco/SP – Abril. 14 – pg 78))


Reprodutores da raça Girolando estão passando por avaliações de temperamento para verificar se o estresse no momento da coleta do sêmen pode influenciar a produção leiteira. O primeiro teste aconteceu em fevereiro, em Uberaba-MG, e foi feito em 76 touros da segunda pré-seleção da raça. Duas câmeras filmaram o comportamento dos animais ao passarem pelo tronco de contenção, equipamento onde o touro fica no momento da coleta de sêmen. Os testes, conduzidos pelo professor da Unesp Jaboticabal e coordenador do Grupo Etco, Mateus Paranhos, foram acompanhados pelo professor do Royal Veterinary College da Universidade de Londres, Neville Gregory. Após os testes, o grupo se reuniu com diretores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro para definir futuras parcerias na área de bem-estar animal. Os touros serão avaliados quanto ao temperamento todos os meses, até o final da prova, agendada para junho deste ano. (Revista Balde Branco/SP – Abril. 14 – pg 78)((Revista Balde Branco/SP – Abril. 14 – pg 78))

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Brasil Genética Nelore apura R$ 300 mil

Nelore mocho e padrão sai avaliado pela ANCP em Planaltina, DF. A Embrapa Cerrados, de Planaltina, DF, promoveu o 4º Leilão Brasil Genética Nelore (BRGN), no sábado, 12 de abril. Foram comercializados...((Portal DBO/SP – 16/04/2014))


Nelore mocho e padrão sai avaliado pela ANCP em Planaltina, DF. A Embrapa Cerrados, de Planaltina, DF, promoveu o 4º Leilão Brasil Genética Nelore (BRGN), no sábado, 12 de abril. Foram comercializados 43 animais Nelore PO por R$ 299.920. Os mochos foram maioria. Os 16 touros renderam média de R$ 8.970, enquanto a única matriz do grupo saiu por R$ 8.640. Os exemplares padrão, 11 lotes, oito matrizes foram cotadas a R$ 6.480 e três touros renderam R$ 5.806. Todos os touros saíram para o mercado com avaliação positiva do Nelore Brasil, da ANCP, e também foram classificados por Mérito Genético Total (MGT) para características de crescimento e de reprodução. Os negócios ocorreram no município com organização da Multi Leilões. Pagamentos em 24 parcelas. (Portal DBO/SP – 16/04/2014)((Portal DBO/SP – 16/04/2014))

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Morrinho engrossa oferta de touros em Jardim, MS

Fazenda local vende tourada jovem em 40 lotes de pura genética Nelore e média vaza R$ 9 mil. Antônio Ferreira dos Reis apresentou seus touros no 3º Leilão Nelore Morrinho, neste domingo, 13 de abril. ...((Portal DBO/SP – 16/04/2014))


Fazenda local vende tourada jovem em 40 lotes de pura genética Nelore e média vaza R$ 9 mil. Antônio Ferreira dos Reis apresentou seus touros no 3º Leilão Nelore Morrinho, neste domingo, 13 de abril. A oferta foi apresentada em 40 lotes durante a Exposição de Jardim, MS, onde também está localizada a propriedade do nelorista. Os exemplares, safra 2012, alcançaram R$ 9.294, totalizando R$ 371.760. Os touros foram selecionados a campo, saíram com avaliação positiva e andrológico completo. Quatro touros atingiram quase R$ 15 mil e o lance mais alto ficou em R$ 52.800, fechado por José Roberto Teixeira, maior investidor do remate. No ano passado, Antônio dos Reis se juntou a criadores da região para vender, além de touros, cabeças de gado geral. Nesta edição, o promotor fez um leilão a solo, somente com lotes da Fazenda Morrinho. A organização ficou a cargo da Leiloboi, para pagamentos em 24 parcelas (2+2+20), com desconto de 12% à vista. (Portal DBO/SP – 16/04/2014)((Portal DBO/SP – 16/04/2014))

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Vale o quanto rende

Todo pecuarista que engorda bois no pasto e que deseja aperfeiçoar a gestão de seu negócio deve aumentar a produção de carne por hectare e, assim, melhorar a rentabilidade da fazenda, dizem os manuais...((Revista Dinheiro Rural/SP – Abril. 14 – pg 74 a 77))


Todo pecuarista que engorda bois no pasto e que deseja aperfeiçoar a gestão de seu negócio deve aumentar a produção de carne por hectare e, assim, melhorar a rentabilidade da fazenda, dizem os manuais do agronegócio. Mas como trilhar esse caminho perseguido por dez entre dez empresários do setor? Muitos deles respondem de bate-pronto: basta ter bons pastos e colocar mais animais na fazenda. Na busca por maior produtividade, aumentar a taxa de lotação por hectare faz todo o sentido, mas não é a única forma de intensificar a pecuária. Num sistema moderno de produção de carne, no qual o pecuarista deve melhorar a eficiência de cada animal vendido ao frigorífico, é preciso estar atento ao chamado rendimento de carcaça, que é a relação entre o peso vivo do animal a ser abatido e o peso da carcaça, expresso em porcentagem. É esse parâmetro que efetivamente traz receita, pois mensura as partes remuneradas pela indústria frigorífica, composta pelas meias carcaças após a limpeza, desprovidas de cabeça, patas, couro, vísceras e rabo. Em Mato Grosso Sul, os 320 pecuaristas da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores de Novilho Precoce (ASP P), com sede em Campo Grande, têm mostrado bons resultados no rendimento de carcaça dos animais enviados aos frigoríficos. "Em alguns casos, o rendimento chegou a até 55%", diz o veterinário Klauss Machareth de Souza, diretor-executivo da entidade. Desde 2005, a ASPNP está medindo o rendimento de todos os animais destinados aos frigoríficos. No ano passado, foram abatidos 151 mil bovinos. "Orientamos os produtores sobre qual sistema melhor se encaixa para a engorda de seus animais", diz Souza. Segundo ele, com orientação técnica, o rendimento de carcaça das fêmeas abatidas passou de 48% para 51 %. Nos machos, subiu de 52% para 53,5%. Para ilustrar o impacto da melhora da produtividade no bolso do pecuarista, o agrônomo Rodrigo Paniago, especialista em produção de ruminantes da consultoria Boviplan, de Piracicaba (SP), propõe o seguinte exercício: um boi de 480 quilos, com rendimento de 50% de carcaça após o abate, resulta em 240 quilos de carne com osso, equivalente a 16 arrobas. Com a arroba de boi gordo cotada a R$ 105, por exemplo, isso representa ao pecuarista uma remuneração de R$ 1,6 mil por animal, ou por hectare, caso seja essa a lotação da fazenda. De acordo com o consultor, para cada ponto percentual a mais no rendimento de carcaça, considerando essa mesma cotação do boi gordo, o pecuarista alcançará um ganho extra de R$ 33,60 por cabeça. "Pelo mesmo raciocínio, aumentar o rendimento de carcaça de 50% para 55% significa faturar R$ 168 a mais por animal", diz Paniago. E se a melhora na produção de carne, por animal, vier acompanhada pelo aumento na taxa de lotação da fazenda, os ganhos serão ainda maiores por área. Por exemplo, uma lotação de 0,7 cabeça por hectare índice considerado como média nacional, com rendimento de carcaça de 50%, produz uma receita de R$ 1,1 mil. Caso melhore a condição da pastagem e eleve a lotação para 1,4 cabeça por hectare (longe ainda de ser considerada elevada) e consiga abater a boiada com rendimento médio de carcaça de 55%, a renda do pecuarista saltará para R$ 2,5 mil. "Isso representa um aumento de R$ 1.411 por hectare", afirma Paniago. Na fazenda Califórnia, em Água Boa (MT), que pertence ao grupo Bandeirantes, que também atua na área de empreendimentos imobiliários e de engenharia em saneamento, ferrovias e rodovias, apostar na genética do rebanho vem garantindo pontos valiosos no rendimento por carcaça. A propriedade, dirigida pelos irmãos Abel e João Leopoldino, mantém um rebanho de 20 mil fêmeas em reprodução, entre nelores puras ou cruzadas com angus, que são inseminadas todos os anos com sêmen de touros americanos angus, desde que apresentem o chamado índice "$Rend". O índice é uma ferramenta de seleção genética que prediz o desempenho dos futuros filhos desses acasalamentos, através das Diferenças. Esperadas nas Progênies (DEPs). "O $Rende aponta o maior lucro esperado em função do maior ganho em carcaça dos filhos das 20 mil fêmeas do rebanho", diz o veterinário Gustavo Pires Ribeiro, da Correta Consultoria Agropecuária, que presta assessoria à Califórnia. Nos últimos dez anos, a fazenda conseguiu um incremento de 5% nos valores de rendimento de carcaça. "Atualmente, abatemos machos superprecoces com 56% de rendimento e fêmeas com 54%", diz Ribeiro. A fazenda Califórnia envia aos frigoríficos dez mil animais por ano, com idade média de 18 meses. Além da genética, para melhorar o rendimento de carcaça de bovinos é fundamental apostar na dieta desses animais. Num passado recente, quando um boi atingia 500 quilos, era considerado um animal gordo. Hoje, nem sempre um boi com esse peso está pronto para o abate. Uma carcaça é composta principalmente de músculos, ossos e gordura. A proporção entre os três componentes varia de acordo com idade, peso, raça, aptidão genética e dieta, mas um bovino está bem acabado e pronto para o abate quando apresentar um equilíbrio entre carne, ossos e gordura de cobertura acima de três milímetros. É ela a porção mais variável e também a que maior influência exerce sobre o rendimento. Na engorda no pasto, há duas formas de os pecuaristas melhorarem o rendimento de carcaça de seus plantéis, segundo o zootecnista Danilo Grandini, da Phibro Saúde Animal, uma das principais empresas que atuam no País na área de aditivos alimentares medicamentosos. Uma delas é suplementar os animais durante a recria. Nesse período, entre a desmama e o início da fase final de engorda, a suplementação da dieta permite a produção de uma arroba mais barata, uma vez que a base da dieta continua sendo o pasto. "É mais fácil um garrote de 250 quilos ganhar peso do que um boi de 400 quilos", afirma Grandini. A segunda opção é caprichar na suplementação durante a terminação da engorda, quando o animal está prestes a ir para o frigorífico. "Nessa fase, o pecuarista terá de subir consideravelmente o nível de suplementação, oferecendo uma ração que corresponda a 2% do peso vivo do animal", diz Grandini. O objetivo é conseguir os mesmos benefícios de um confinamento convencional, mas a opcão por um caminho ou outro dependerá essencialmente da disponibilidade de pastos na fazenda. Para o pesquisador Flávio Dutra de Rezende, da Agência Paulista de Tecnologia de Agronegócios (Apta), de Colina (SP), órgão da Secretaria de Agricultura do Estado, num sistema de engorda, o que interessa é conhecer a quantidade de carcaça produzida, e não somente o ganho de peso corporal. Um estudo conduzido na Apta ilustra bem esse raciocínio. Comparou-se a terminação de animais nelore, não castrados, com peso inicial de 480 quilos, recebendo duas quantidades de suplementação alimentar, equivalentes a 0,5% de seu peso vivo e outra de 2% sobre o peso vivo. O experimento durou 89 dias, simulando o chamado confinamento no piquete. Como era esperado, os animais que receberam mais suplemento ganharam mais peso, ou seja, 1,5 quilo por dia ante 0,5 quilo por dia dos demais. Mas o que chamou a atenção do pesquisador foi o ganho proporcionado pelo rendimento de carcaça. Em vez de 50% de rendimento, os animais abatidos atingiram.58,7%. Foram 5,1 arrobas de carne a mais com a suplementação de 2%. Além disso, houve uma melhora no acabamento das carcaças. "Nos animais que tiveram aporte maior de suplementação, a espessura de gordura foi de 3,6 milímetros", diz Rezende. "É esse acabamento mediano de gordura na carcaça que atende as exigências mínimas dos frigoríficos. (Revista Dinheiro Rural/SP – Abril. 14 – pg 74 a 77)((Revista Dinheiro Rural/SP – Abril. 14 – pg 74 a 77))

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CONTROLE DE FEBRE AFTOSA É SATISFATÓRIO

Segundo dados da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o índice de imunização do rebanho brasileiro contra a febre aftosa alcançou 97,5% no ano pass...((Revista Balde Branco/SP – Abril. 14 – pg 78))


Segundo dados da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o índice de imunização do rebanho brasileiro contra a febre aftosa alcançou 97,5% no ano passado, superando o resultado de 2012, de 97,3%. Todos os estados brasileiros conseguiram executar as etapas de vacinação previstas para 2013. Os estados de Goiás, Tocantins e Mato Grosso se destacaram com índices maiores do que 99% em todas as suas etapas. Entretanto, os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro, que compõem a Zona Livre de Febre Aftosa, obtiveram resultados menores do que 90%, abaixo do esperado. Para este ano, o Mapa dará maior atenção a esses estados, bem como Amazonas, Amapá e Roraima, que também carecem de maior controle. Atualmente, o Brasil reconhece como zona livre de febre aftosa com vacinação áreas de 22 estados e o Distrito Federal. A campanha e todo o trabalho realizado pelo governo são fundamentais para impedir a reintrodução da doença no território. Santa Catarina é a única unidade da federação classificada como zona livre de aftosa sem vacinação. (Revista Balde Branco/SP – Abril. 14 – pg 78)((Revista Balde Branco/SP – Abril. 14 – pg 78))

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Exportações de carnes bovina e suína aumentam no 1º trimestre em MG

As exportações mineiras de carne bovina, no acumulado de janeiro a março de 2014, tiveram um aumento de valor de 4,1% em relação a idêntico período do ano passado, atingindo US$ 101,2 milhões. O volum...((Portal Rural Centro/MS – 17/04/2014))


As exportações mineiras de carne bovina, no acumulado de janeiro a março de 2014, tiveram um aumento de valor de 4,1% em relação a idêntico período do ano passado, atingindo US$ 101,2 milhões. O volume dos embarques cresceu 6,4%, alcançando 23,4 mil toneladas, conforme dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), analisados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). De acordo com a Superintendência de Política e Economia Agrícola (Spea) da Secretaria, o primeiro trimestre deste ano foi favorável também às exportações de carne suína. Neste caso, os negócios somaram US$ 39,1 milhões, cifra 29,1% superior à registrada no acumulado de janeiro a março de 2013. Foram embarcadas 12,4 mil toneladas do produto, volume 17,7% superior ao do primeiro trimestre de 2013. Já as vendas do Brasil, nesse segmento, somaram US$ 290 milhões, cifra 8,6% inferior à de igual período do ano passado. E os embarques, de 109,8 mil toneladas, tiveram um recuo da ordem de 8%. Existe, no entanto, a possibilidade de uma reversão desse quadro, pois a Rússia, um dos maiores importadores de carne suína do mundo, está em disputa comercial com a União Europeia, que poderá dificultar a venda do produto para aquele mercado. Nesse caso, segundo a avaliação da Spea, o Brasil pode ser favorecido com a expansão das vendas de carne suína para a Rússia, e um sinal dessa tendência é que, em março, já foi habilitada pelos russos mais uma unidade exportadora localizada no Rio Grande do Sul. Minas Gerais também poderá ser beneficiada, pois a Rússia é o principal destino da carne suína do Estado, sendo que 85% do volume exportado no primeiro trimestre destinou-se àquele mercado. Produção de qualidade Segundo o secretário da Agricultura, André Merlo, um fator de fundamental importância para a boa aceitação da carne de Minas no exterior é o dinamismo do setor, além do cumprimento dos pré-requisitos de qualidade para atender ao mercado externo. “Antes, o mercado interno se beneficia desse esforço. No caso da sanidade, o trabalho tem a participação do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria, serviço essencial para a comercialização de animais em condições de atender ao mercado”, diz Merlo. O secretário assinala que, “nesse contexto, uma iniciativa importante é o Programa de Regionalização de Frigoríficos de Minas Gerais (Profrig), anunciado pelo Governo de Minas em 27 de março, para a criação de pequenos frigoríficos certificados nos municípios e comunidades do Estado para atender ao mercado interno”. Idealizado para atender à criação de cerca de 21 novos abatedouros destinados inicialmente ao abate inspecionado de bovinos, suínos, caprinos e ovinos, o programa será desenvolvido por meio da parceria do Governo do Estado, municípios e empreendedores do setor, sendo que a Associação dos Frigorificos de Minas Gerais e Espírito Santo (Afrig) participa da mobilização desses empresários. A coordenação é da Secretaria da Agricultura. (Portal Rural Centro/MS – 17/04/2014)((Portal Rural Centro/MS – 17/04/2014))

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MS: criadores de Angus participam da ExpoGrande em Campo Grande, diz ABA

A raça Angus está chegando à ExpoGrande, a maior exposição da cadeia da carne bovina do Centro-Oeste. Entre os dias 28 de abril e 04 de maio, a HR Agropecuária, a Casa Branca Agropastoril e a 3E Agrop...((Portal Página Rural/RS – 17/04/2014))


A raça Angus está chegando à ExpoGrande, a maior exposição da cadeia da carne bovina do Centro-Oeste. Entre os dias 28 de abril e 04 de maio, a HR Agropecuária, a Casa Branca Agropastoril e a 3E Agropecuária irão expor um grupo de 18 touros Angus criados nas condições tropicais do sudeste (São Paulo e Minas Gerais). O objetivo dos criadores é apresentar a raça aos pecuaristas sul-mato-grossenses, ressaltando suas características econômicas e reforçando o conceito do cruzamento industrial, uma prática moderna que impulsiona a produtividade e a excelente qualidade de carne. “O Angus é a raça taurina que mais cresce no Brasil. O Mato Grosso do Sul é um dos estados mais importantes para a pecuária, tendo como base o gado Zebu. O cruzamento industrial representa a soma das melhores características do zebu e dos taurinos. Como criadores de Angus – e também de zebu – estamos levando a raça para a ExpoGrande, com a proposta de mostrar aos pecuaristas do estado que fomentar o cruzamento é uma opção de genética inteligente, pois gera bezerros de rápido ganho de peso, excelente conformação de carcaça e precocidade de acabamento. Estes atributos geram ótimo resultado financeiro e uma demanda recorrente do mercado”, explica Luiz Henrique Campana Rodrigues, proprietário da HR Agropecuária. “No mundo todo, a raça Angus é reconhecida por seus atributos em termos de qualidade de carne. O Brasil tem a dádiva de contar com o zebu e poder fazer o cruzamento industrial com Angus. Os resultados em termos de heterose são espetaculares. A parceria Zebu/Angus está dando certo em todo o país e o mercado sul-mato-grossense tem grande potencial a ser explorado. Trata-se de um negócio excelente para os pecuaristas e para o Brasil, já que a produção cresce e o nível de qualidade da nossa carne também”, complementa Paulo de Castro Marques, proprietário da Casa Branca Agropastoril. Os 18 touros Angus apresentados na ExpoGrande têm de 24 a 28 meses de idade, estão devidamente avaliados para as principais características produtivas e reprodutivas e prontos para trabalho a campo. “Estamos levando os machos para ser colocados à prova”, ressalta Luiz Henrique, destacando que o objetivo é dialogar com os pecuaristas do Mato Grosso do Sul. “Certamente eles têm dúvidas a esclarecer. Esse é um dos principais objetivos da nossa iniciativa. Queremos mostrar exatamente de que maneira o Angus pode ajudá-los a produzir mais e melhor. Afinal, o nosso objetivo é comum”. Os touros Angus estarão disponíveis para venda, mas esse não é o objetivo principal da mostra. “Nossos técnicos estarão à disposição dos interessados para esclarecer dúvidas, falar dos programas de melhoramento genético e, particularmente, das oportunidades do cruzamento industrial”, acrescenta o médico veterinário Luiz Fernando Campana Rodrigues, que coordenará o pavilhão Angus na ExpoGrande. A iniciativa tem a parceria da Agener, CRV Lagoa e Central Bela Vista, cujos técnicos também estarão na mostra para atender os pecuaristas interessados em saber mais sobre o Angus, sua genética e os protocolos sanitários e de reprodução. (Portal Página Rural/RS – 17/04/2014)((Portal Página Rural/RS – 17/04/2014))

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DIA DE CAMPO NA EMBRAPA RONDÔNIA

Sistema de produção de leite foi o tema do Dia de Campo que a Embrapa Rondônia realizou no final de fevereiro, em Porto Velho, na sede da Unidade. O evento apresentou aos produtores, técnicos e estuda...((Revista Balde Branco/SP – Abril. 14 – pg 79))


Sistema de produção de leite foi o tema do Dia de Campo que a Embrapa Rondônia realizou no final de fevereiro, em Porto Velho, na sede da Unidade. O evento apresentou aos produtores, técnicos e estudantes tecnologias que podem contribuir para o aumento da produção e redução dos custos de manejo para a pecuária leiteria no Estado. O setor leiteiro tem forte impacto econômico e social em Rondônia, respondendo por cerca de 25% do PIB estadual. A atividade está presente em 83% dos estabelecimentos rurais, em sua maioria, de cunho familiar. Rondônia é o maior produtor de leite da região Norte, com 717 milhões litros/ano. As microrregiões de Ji-Paraná e Porto Velho se destacam como as principais na atividade. (Revista Balde Branco/SP – Abril. 14 – pg 79)((Revista Balde Branco/SP – Abril. 14 – pg 79))

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Competitividade do Leite no Brasil: evolução recente e necessidades futura

No dia 25 de abril, das 11 às 13 horas, a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP recebe o evento Competitividade do Leite no Brasil: evolução recente e necessidades futuras....((Portal O Leite/SC – 16/04/2014))


No dia 25 de abril, das 11 às 13 horas, a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP recebe o evento Competitividade do Leite no Brasil: evolução recente e necessidades futuras. O seminário é uma realização do Centro de Conhecimento em Agronegócios da Fundação Instituto de Administração (PENSA/FIA). As vagas são limitadas e os interessados podem se inscrever pelo email dilmass@fia.com.br ou telefone (11) 3818-4005. Haverá transmissão online ao vivo pelo IPTV. Os palestrantes do seminário serão o engenheiro agrônomo Roberto Jank, o gerente executivo de Milk Sourcing René Machado, o médico veterinário Luiz Fernando Laranja e o diretor presidente da Cooperativa Castrolanda Frans Borg. O objetivo é discutir os fatores que limitam a competitividade do sistema agroindustrial do leite no país e propor uma agenda de prioridades e ações para o setor. O endereço da FEA é Av. Prof. Luciano Gualberto, 908, Cidade Universitária, São Paulo. Mais informações: (11) 3818-4005. (Portal O Leite/SC – 16/04/2014)((Portal O Leite/SC – 16/04/2014))

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CENTRO DE REFERÊNCIA DA PECUÁRIA BRASILEIRA - ZEBU

Fone: +55 (34) 3319-3900

Pça Vicentino R. Cunha 110

Parque Fernando Costa

CEP: 38022-330

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