Notícias do Agronegócio - boletim Nº 40 - 14/11/2013 Voltar

Pesquisa com animais em confinamento 13/11/2013

O comitê organizador da ExpoZebu Dinâmica 2014 reuniu-se na semana passada na sede da ABCZ, em Uberaba para definir novas ações para o evento. O encontro contou com a presença do presidente da ABCZ Lu...((Portal Jornal de Uberaba/MG – 13/11/2013))


O comitê organizador da ExpoZebu Dinâmica 2014 reuniu-se na semana passada na sede da ABCZ, em Uberaba para definir novas ações para o evento. O encontro contou com a presença do presidente da ABCZ Luiz Claudio Paranhos e de representantes da Embrapa, Epamig, Sindicato Rural de Uberaba, Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Emater-MG, Araiby e Fazu. O coordenador da ExpoZebu Dinâmica João Gilberto Bento apresentou os objetivos da feira, que mostrará entre os dias 7 e 9 de maio de 2014 novas tecnologias voltadas para a pecuária. A expectativa é de que participem empresas do setor de máquinas e implementos agrícolas, veículos, insumos, equipamentos, serviços e tecnologia, infraestrutura. Haverá no local ainda um confinamento de animais para avaliação de diversas características importantes no processo de produção de carne. A ExpoZebu Dinâmica será realizada na Estância Orestes Prata Tibery Júnior, em Uberaba, e fará parte da ExpoZebu 80 anos. (Portal Jornal de Uberaba/MG – 13/11/2013)((Portal Jornal de Uberaba/MG – 13/11/2013))

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Alta lança Noel de Canaã, da raça Brahman, ao mercado

A Alta anuncia o lançamento de mais um touro da raça Brahman ao mercado - o Noel de Canaã. Desde 2011 é um animal consagrado nas pistas sendo Reservado Grande Campeão na Expozebu, Feicorte e Divina Ex...((Portal Boi Pesado/SC – 13/11/2013) (Portal Agrolink/RS – 13/11/2013))


A Alta anuncia o lançamento de mais um touro da raça Brahman ao mercado - o Noel de Canaã. Desde 2011 é um animal consagrado nas pistas sendo Reservado Grande Campeão na Expozebu, Feicorte e Divina Expo e Grande Campeão na Expoagro Goiânia, Barretos PecShow e ExpoAraçatuba. Foi destaque nos eventos por impressionar devido à carcaça funcional. Sua linhagem é forte e com bom histórico, o pai é Liberty Manso, considerado um dos melhores reprodutores da raça. Foi gerado na Matriz Brumado, filha do Mr V8 777/4 e irmã do grande SuperStroke, Grande Campeão Americano e Melhor Reprodutor de Houston por três anos consecutivos. Noel entra na bateria Brahman da Alta reforçando as melhores opções da raça para os rebanhos selecionadores do país. "A Alta busca contratar touros geneticamente superiores com boa sustentação na família, o novo touro é um exemplo deste foco da Empresa" afirma Fernanda Ferreira, técnica de Corte Zebu da Alta. A Brahman alia alta produtividade, qualidade de carne, docilidade, precocidade, fertilidade e rusticidade, características essenciais para criação em um clima tropical como o do Brasil. Segundo a Associação dos Criadores de Brahman no Brasil - ACBB - o Brasil é a terceira potência mundial em animais da raça registrados. Entre 2006 e 2012 o número de registros de nascimento junto à ABCZ (Associação Brasileira do Criadores de Zebu) aumentou cerca de 82%. A Alta reconhece que é uma raça com muito potencial de crescimento. Sobre a Alta A Alta hoje é considerada uma das maiores e mais importantes centrais de distribuição do mundo - foi fundada no Brasil em maio de 1996, em Uberaba (MG) sob o comando de Heverardo Rezende de Carvalho. Composta por mais de 130 colaboradores em sua Matriz em Uberaba, e mais de 700 em todo o país, a Alta do Brasil está localizada na BR 050 - km 164 -, num terreno de 110 hectares onde há mais de 12.000 m2 de construção. Atualmente abriga 280 touros, mas sua capacidade irá aumentar mais de 20% ainda este ano. Para 2013, a perspectiva é crescer 14%, ultrapassando a casa de 70 milhões de faturamento. (Portal Boi Pesado/SC – 13/11/2013) (Portal Agrolink/RS – 13/11/2013)((Portal Boi Pesado/SC – 13/11/2013) (Portal Agrolink/RS – 13/11/2013))

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Passaporte equino em negociação

Uma reunião na semana que vem na Secretaria da Agricultura (Seapa) deve definir o futuro do PL 133/2013 na Assembleia Legislativa gaúcha. Apesar de ter a autoria de Ernani Polo, a matéria que institui...((Jornal Correio do Povo/RS – 14/11/2013))


Uma reunião na semana que vem na Secretaria da Agricultura (Seapa) deve definir o futuro do PL 133/2013 na Assembleia Legislativa gaúcha. Apesar de ter a autoria de Ernani Polo, a matéria que institui o passaporte equino no Estado precisa do apoio e aval do Executivo para se materializar. Além de maioria na AL, o governo gaúcho goza de influência junto à União, o que pode acelerar ou impedir pleitos de setores por mudanças na lei federal. “Estamos tratando como um projeto de Estado. Estamos trabalhando em conjunto”, declarou o relator do texto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Jorge Pozzobon. Legalmente, o principal entrave é a exigência, na lei federal, de apresentação de Guia de Trânsito Animal (GTA) para todos os animais em deslocamentos, mesmo dentro do Estado. Uma posição do ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, é aguardada até o fim dessa semana. “Precisamos de alteração da lei em nível federal para definirmos a nossa política aqui no Estado”, afirmou o titular da Seapa, Luiz Fernando Mainardi. “Também estamos no aguardo dos resultados do inquérito epidemiológico da anemia equina, que dirá se o pleito do setor de ampliar o intervalo entre testes é possível ou não”, ponderou o secretário. A ideia do projeto é facilitar a vida do criador, evitando a necessidade de ida diária às inspetorias para retirar permissões de deslocamentos de rotina, como provas esportivas. (Jornal Correio do Povo/RS – 14/11/2013)((Jornal Correio do Povo/RS – 14/11/2013))

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O que o Brasil tem de melhor

Durante décadas, a maioria dos pensadores brasileiros acreditava que o desenvolvimento só viria com a superação do estágio agrícola de nossa economia. Nessa abordagem mecânica da história, indústria e...((Revista Exame/SP – Novembro. 13 – pg 14))


Durante décadas, a maioria dos pensadores brasileiros acreditava que o desenvolvimento só viria com a superação do estágio agrícola de nossa economia. Nessa abordagem mecânica da história, indústria era sinônimo de sucesso - e agricultura, de atraso. Era como se os setores da economia representassem estágios a ser superados: a chave estaria exatamente em conseguir trafegar do primário para os demais. Mas a realidade, teimosa como sempre, não se encaixou nesse script. Alguns dos países mais modernos do mundo, Estados Unidos à frente, mantêm até hoje uma agricultura das mais pujantes. São também sede de empresas gigantescas e globais, que faturam bilhões e empregam exércitos de pessoas produzindo e vendendo comida. E lá ninguém nunca achou que isso fosse sinal de subdesenvolvimento. E aqui no Brasil o que vemos também desmente essa visão simplista - e essencialmente errada. Não é exagero dizer que o agronegócio brasileiro vem sustentando nossa economia. O saldo comercial do país existe como resultado das vendas agricolas. E a taxa de crescimento do PIB agrícola hoje é pelo menos cinco vezes a da economia como um todo. Mais importante que as estatístícas é a visão que predomina no setor. Em um país cada vez mais viciado em Estado, o que vemos ali é capitalismo na veia. Não é que o governo não seja fundamental para o crescimento do agronegócio. Na área de infraestrutura, para ficar em um exemplo caríssimo aos produtores rurais, não há como encaminhar soluções para os inúmeros gargalos que temos sem a participação do governo menos para tocar as obras em si e mais para promover as concessões à iniciativa privada e a necessária regulação. O ponto é que a produção agro­ pecuária brasileira avança longe da interferência estatal. São gerações de empreendedores que se sucedem. E o melhor: os filhos estão cada vez mais preparados para tocar o negócio, como mostrou uma pesquisa com os produtores feita pela Fiesp que publicamos com exclusividade. E usam cada vez mais tecnologia no campo - o que deve levar a novos saltos de qualidade em nossa produção. É uma mensagem poderosa, e não apenas aos que trabalham no setor mais pujante da economia brasileira. Não temos nada a temer do mundo, ao contrário. Há bilhões de pessoas lá fora ávidas por nossos produtos. A combinação certa de tecnologia e conhecimento com vontade de trabalhar está criando um novo pais. Longe de Brasília, encontra-se hoje o melhor do Brasil. (Revista Exame/SP – Novembro. 13 – pg 14)((Revista Exame/SP – Novembro. 13 – pg 14))

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Ainda menos Abilio

O grupo francês Casino está removendo os últimos vestígios da gestão do empresário Abilio Diniz no Pão de Açúcar. A limpeza atingiu agora um dos principais executÍvos do grupo, José Roberto Tambasco, ...((Revista Exame/SP – Novembro. 13 – pg 28))


O grupo francês Casino está removendo os últimos vestígios da gestão do empresário Abilio Diniz no Pão de Açúcar. A limpeza atingiu agora um dos principais executÍvos do grupo, José Roberto Tambasco, vice-presidente responsável pelo varejo alimentar - disparado o maior negócio do Pão de Açúcar. Ele tem 34 anos de empresa e sairá quando o presidente Enéas Pestana encontrar um substituto para a vaga. Desde que o Casino assumiu o controle do grupo, em junho de 2012, seis dos oito integrantes do comitê executivo, que trabalham diretamente com Pestana, foram substituídos. O último da lista foi Paulo Gualtieri, que era vice-presidente de desenvolvimento estratégico e foi substituído por Líbano Barroso, ex-presidente da companhia aérea TAM. Tambasco será o próximo. O Pão de Açúcar não comenta. Tambasco não retornou os pedidos de entrevista. (Revista Exame/SP – Novembro. 13 – pg 28)((Revista Exame/SP – Novembro. 13 – pg 28))

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O CARREFOUR MUDA

O varejista francês Carrefour está reestruturando seus negócios no Brasil. Está avançado um projeto para criar um braço imobiliário para o grupo. O projeto e deve a uma característica peculiar o Carre...((Revista Exame/SP – Novembro. 13 – pg 30))


O varejista francês Carrefour está reestruturando seus negócios no Brasil. Está avançado um projeto para criar um braço imobiliário para o grupo. O projeto e deve a uma característica peculiar o Carrefour é dono de terrenos gigantescos em alguns do pontos mai valorizados do país. Todos os 102 hipermercados da rede são próprios, algo incomum. Muitos foram comprados na década de 70. Para construir torres de escritório e shoppings nos terrenos, o Carrefour está negociando acordos com a Odebrecht e a Cyrela. O projeto faz parte do plano de abertura de capital da subsidiária brasileira do Carrefour. A empresas não comentam. (Revista Exame/SP – Novembro. 13 – pg 30)((Revista Exame/SP – Novembro. 13 – pg 30))

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Eles salvam a lavoura

Este é o melhor ano da vida do maior agricultor do mundo. Eraí Maggi Sheffer, gaucho de 54 anos que fez a vida em Mato Grosso, acaba de colher a maior safra de grãos da história. Há pouco mais de um a...((Revista Exame/SP – Novembro. 13 – pg 40 a 50))


Este é o melhor ano da vida do maior agricultor do mundo. Eraí Maggi Sheffer, gaucho de 54 anos que fez a vida em Mato Grosso, acaba de colher a maior safra de grãos da história. Há pouco mais de um ano, ele espalhou sementes de soja, milho e algodão por uma área de 420 000 hectares o equivalente a três vezes a cidade de São Paulo. Como sempre no mundo da agricultura, foi um empreendimento de alto risco. Mas o tempo ajudou, choveu na hora certa, estiou quando necessário, e Eraí, como é mais conhecido, colheu 1,7 milhão de toneladas. É um número que, solto em meio a tantos outros, não mostra a dimensão que realmente tem. Para transportar essa produção, são necessários quase 45000 caminhões - que formariam uma fila de ida e volta na rodovia Pre idente Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo. Eraí vai faturar 1,2 bilhão de reais em 2013. É um re ultado improvável para uma história que começou há 50 anos, quando sua família deixou o Rio Grande do Sul para tocar uma fazenda de 60 hectares no Paraná. Dua década depois, Erai Scheffer seguiu o camínho de outro colonos gaúchos e se mudou para Mato Grosso, numa época em que o cerrado brasileiro começava a deixar de ser um ambiente inóspito para a agricultura. Trabalhou na propriedade do tio e passou os anos 90 comprando fazendas de agricultores quebrados. Tornou-se o maior produtor de soja do pai em 2007, quando ultrapassou o primo, o hoje senador Blairo Maggi. Agora é o maior produtor de grãos do mundo. A e tonteante safra colhida por Erai Maggi Scheffer simboliza um momento bastante peculiar da economia brasileira - que está sendo empurrada pelo agronegócio. A indústria patina, o varejo cresce menos do que em outros anos, as exportações caem, o crescimento médio da economia decepciona. Mas quem está no campo parece viver em outro país. De 2008 para cá, a agropecuária cresceu duas vezes mais do que o PIE nacional, o primeiro semestre deste ano, a diferença foi mais gritante: o PIB teve uma expansão de 2,6%, e a agropecuária cresceu quase 15%. Tudo isso, vale dizer, vem acontecendo sem pacotes de ajuda governamentais, reuniões de emergência em Brasília, isenções fiscais temporárias ou qualquer tipo de mãozinha dessas que têm sido praxe no pais nos últimos cinco anos. E O empurrão dado pelo campo tem evitado uma situação econômica pior. Não fossem as exportações do setor, o déficit de 1,6 bilhão de dólares da balança comercial nos primeiros nove meses do ano aumentaria para 67 bilhões de dólares. Colhemos 187 milhões de toneladas de grãos em 2013, um crescimento de 12% em relação a 2012 impulsionado pelo bom ano das principais culturas do pais, a soja e o milho. Poderia ser apenas outro recorde entre tantos batidos pelo agronegócio nacional na última década, mas um olhar mais distanciado torna a atual fase de nossa agricultura ainda mais impressionante. A safra brasileira de grãos dobrou na última década. E o que se vê, hoje, não é a expansão territorial que explicou o avanço do agronegócio em outras fases. Como se sabe, a conquista do cerrado mudou a cara da agricultura brasileira. Isso se tornou possível quando a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu sementes de soja capazes de vingar no calorão do cerrado. De 1998 a 2005, a área plantada no país cresceu 35%. Foi esse o fenômeno que deu origem a produtores como Eraí Scheffer, Blairo Maggi e tantos outros, com suas plantações do tamanho de cidades. Mas os tempos em que a área plantada avançava aos saltos ficaram para trás. Nos últimos sete anos, o crescimento foi de 0,5% ao ano; a média do sete anos anteriores foi de 3%. Ainda há muito espaço para conquistas territoriais. é verdade a área ocupada pela pecuária é vasrís ima, mas o que tem feito a diferença é o aumento de produtividade dos agricultores brasileiros. De 2006 a 2013, seu crescimento foi de 5% ao ano. a última década, a produtividade da indústria caiu 1% ao ano e a do setor de serviços subiu apenas 1%. O agronegócio e tá fazendo. em suma, aquilo que o resto do país deveria fazer. E há espaço para mais. "Podemos dobrar a produção nos próximo anos", diz Eraí Scheffer. Essa convicção se deve à combinação de dois fatore . Primeiro, os agricultores brasileiros nunca ganharam tanto dinheiro. Segundo cálculos do Rabobank, banco holandês que é o maior financiador da agricultura do mundo, a margem de lucro dos fazendeiros pas ou de 26% para 54% na produção de soja e de 15% para 40% no caso do milho, de 2000 para cá. A conta não inclui gastos com logística, o maior pesadelo enfrentado pelos produtores, mas indica que está sobrando mais dinheiro a cada ano. E é aí que entra outro fator. Quem tem dinheiro para investir encontra hoje um leque enorme de opções para aumentar a produtividade de sua fazenda. Tratores de última geração, sementes mais resistentes, sistemas por satélite para decidir onde plantar são cada vez mais usados nas lavouras brasileiras. E, aos poucos, cria-se a percepção de que separar parte do lucro para investir vale a pena. As melhores fazendas de cada cultura são muito mais produtivas do que a média A diferença chega a 90% na oja e a 100% na cana-de-açúcar (veja quadro ao lado). É impo ível que todos os produtores nacionais tenham o desempenho dos melhores. 1as um e tudo da con ultoria Agroconsult indica que. seguindo o ritmo atual de incrementos tecnológícos, associado a uma expan ão de área, a produção anual de grãos poderá aumentar 50% até 2023. Se uma década atrás o avanço na produtividade da agricultura se devia, sobretudo, à mecanização em larga escala, quem está à frente do processo hoje em dia usa a tecnologia com um grau de sofisticação muito maior. O agricultor Richard Dijkstra, do Paraná, tornou-se um dos mais produtivos do pais usando o que se convencionou chamar de agricultura de precisão para cultivar milho e trigo. De dois em dois anos, amostras do solo são enviadas a um laboratório, que analisa sua acidez e fertilidade. Essas informações são usadas para formar um mapa detalhado da fazenda, com os dados do que cada hectare precisa para ter uma produtividade maior. Com base nis o, máquinas guiadas por satélite depositam em cada área da fazenda apenas a quantidade de adubo necessária, sem desperdícios. Segundo Dijkstra, enquanto antes eram depositadas até 2 toneladas de fertilizantes em cada hectare em fazer distinção da área, agora o volume varia, podendo ser zero nas regiões identificadas como mais férteis. "O uso de insumos diminuiu muito, e o efeito foi direto na rentabilidade do negócio", diz. A próxima novidade em teste em suas fazendas é uma máquina que analisa a necessidade de aplicação de nutrientes conforme a cor das folha do trigo e do milho. Hoje, a produtividade é cerca de 20% maior do que a média da região. A gricultores como Dijk tra e tão na vanguarda do setor no país. São ainda, uma minoria. Estima-se que apenas 10% dos cerca de 5 milhões de propriedades rurais brasileiras usem alguma técnica de agricultura de precisão nos Estados nido, o percentual chega a 90%, o que ajuda a entender por que o país é a maior potência agrícola do mundo (veja reportagem seguinte). Ainda que a produtividade nacional tenha aumentado nos últimos anos e seja a maior do mundo nas lavouras de soja, ela ainda é inferior à dos Estado Unidos no milho e à da Austrália no algodão. O que impressiona, no entanto é a velocidade com que o buraco que separa o Brasil dos melhores do mundo encolhe. De 2000 a 2010, a produtividade nas lavouras de grãos do Brasil cresceu, em média, 4,3% ao ano, o Estados Unidos, o aumento foi de 1,8%, segundo dado da Organização das ações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). "Os ganho de eficiência têm se e palhado rapidamente entre os produtores, porque os efeitos no negócio são grandes e há recurso disponíveis", diz o economista Jo é Roberto Mendonça de Barros, sócio da consultoria MB Associado . O aumento na produtividade que se viu na última década foi resultado de um trabalho de formiguinha dos agricultores. É assim na vida real. Um trator de última geração com ar-condicionado, câmera de visão noturna e piloto automático custa 550 000 reais. O mais básico, que ó funciona de dia e com. bem me no potência, sai por 10% do preço. A semente de oja mais resistente custa duas vezes mais do que o tipo comum. É o investimento ano a ano que traz aumento de produtividade, mas houve também um alto que ó o Brasil deu: a descoberta de que era pos ível plantar duas safras ao ano (uma de oja, outra de milho) na mesma área. É algo que, pelo clima único, só acon­ tece em grande escala no Centro-Oeste. Um dos pioneiros na técnica foi o gaúcho Rogério Ferrarin, que se mudou para Mato Grosso na década de 90. "Acharam que eu era maluco, mas ninguém tirava da minha cabeça que cabiam duas safras dentro do período de chuva", diz Ferrarin. Seu objetivo era plantar a soja mais cedo para colher em janeiro, cerca de dois meses antes do usual e começar a semear a terra com milho na sequência para que a lavoura fosse regada pelas chuvas que costumam ir até o fim de março na região. No início, a produtividade era baixa, mas, com sementes mais adaptadas, o problema foi resolvido. O último avanço foi dado com a chegada da semente de soja "precoce", que é colhida mais rapidamente, o que abre mais espaço para que o milho pegue as chuvas. A chamada safrinha tomou conta de Mato Grosso. Neste ano, chegou a 46 milhões de toneladas, a maior da história e 12 vezes maior do que a de 2000. Curiosamente, a safrinhajá ultrapassou a safra tradicional de milho. Em dez anos, a produtividade do grão cresceu 43%. A obsessão por produtividade vem atraindo para o agronegócio uma nova leva de empresas inovadoras. Duas delas entraram no ranking das 50 mais inovadoras do mundo, elaborado pela revista americana Fast Company. A Enalta, de São Carlos, no interior paulista, desenvolveu um sistema que monitora o trajeto das máquinas agrícolas e traça o melhor percurso de acordo com o que precisa ser feito na plantação. E a Bug Agentes Biológicos, de Piracicaba, cria em laboratório insetos para substituir o inseticida nas lavouras. Talvez nenhuma dessas empresas recém-criadas tenha tanta ambição quanto a GranBio, fundada pelo empresário Bernardo Gradin com a intenção de virar do avesso o mercado de etanol. Gradin pretende produzir etanol de forma alternativa: em vez de usar o caldo da cana-de-açúcar como matéria-prima, vai usar a celulose obtida do bagaço e da palha da cana, o chamado etanol de segunda geração. "Queremos gerar etanol de forma mais barata e eficiente usando a biotecnologia", diz Gradin, cuja família detém 20% das ações do grupo Odebrecht. A empresa importou uma variedade mais produtiva de cana, encontrada em Barbados, no Caribe. Hoje, está plantando de forma experimental em Alagoas, fazendo o cruzamento genético com variedades brasileiras para chegar a uma espécie mais adaptada ao clima local. A GranBio montou um laboratório em Campinas, onde uma dezena de ph.Ds. pesquisa enzimas e leveduras capazes de converter a celulose em etanol de forma mais eficiente. A previsão é que a primeira fábrica comece a funcionar em fevereiro de 2014. O inve rimento será de 4 bilhõe de reais até 2020 - o B DE já aportou 900 milhões. Caso dê certo, o etanol de egunda geração deverá er 30% mai barato do que o extraído do caldo da cana. NOVA GERAÇÃO A chegada de novas empre as, o crescimento das fazendas e a equência de bon anos estão ajudando a tran formar os negócio no campo. Se já não era negócio para amadore ,a agricultura bra ileira passa por um processo de profis ionalização em precedentes. "O agricultore brasileiros dominaram a parte técnica. Agora começam a organizar melhor o negócio ", diz André Pe ôa, ócio da consultoria Plataforma Agro. A con ultoria, a Federa ão da Indústria do E tado de ão Paulo e a Organização das Cooperativa Brasileira realizaram a primeira grande pe qui a obre o perfil do produtor bra ileiro, que mostra que na grandes fazenda, começa a haver preocupacão com a adrnini tração. A pe quisa, que entrevistou 1500 do principai agricultore e pecuarista do país em 16 estados, mostra que 25% deles contrataram gerentes financeiro e 20% usam serviços de consultoria quando querem alterar algum processo de produção ou planejar a uce ão. Além disso, a segunda geração, composta do filho do fundador, tem uma formação melhor do que a do pais. O paranaense elson Vigolo, um dos maiores produtores de grãos de Mato Grosso, começou a organizar sua empresa. Em cinco anos sua área plantada dobrou para cerca de 200 000 hectare e o número de funcionários, para 3000. Do comando familiar, que dividia com O pai e o irmão, migrou para uma organização com três diretorias: comercial, de recur o humano e financeira. "O negócio ficou complexo demais para mantermos uma estrutura centralizada de deci ões diz Vigolo. Talvez o grande modelo des e processo seja a SLC Agrícola, que abriu o capital na Bovespa em 2007. Fundada pela família gaúcha Logemann, a SLC cultiva soja, milho e algodão em 15 fazendas, em estados como Mato Grosso, Goiás e Maranhão. O atual presidente é o agrônomo Aurélio Pavinato, que não é da família. Sua meta é aumentar a área plantada de 280000 para 700 000 hectares até 2021. Se precisar de capital, deverá contar com a boa vontade do mercado. Suas ações valorizaram 60% desde a estreia na bolsa, enquanto o Ibovespa subiu 1%. ESTRADINHA É verdade que a boa fase do agronegócio brasileiro tem sido impulsionada pelos altos preços das commodities agrícolas. Os valores da soja no mercado internacional mais do que dobraram em dez anos; os do milho triplicaram. Que não será assim para sempre é desnecessário dizer. A expectativa de analistas é que haverá uma queda de preços em 2014. Faz parte do ciclo: os preços sobem, mais gente planta, o estoque cresce e os preços diminuem. Os agricultores brasileiros estão lidando com uma dificuldade adicional: a alta dos cu tos de produção. De forma geral, salário ,preço de fertilizantes e gastos com logistica aumentaram, o que deverá reduzir as margens de lucro no ano que vem. Mesmo assim, previsões oficiais indicam que a safra de 2014 deverá ser a maior da história. Deverá se repetir, portanto, o velho problema de sempre: filas e mais filas de caminhões esperando para embarcar a carga em portos lotados. Esse é o lado perverso do agronegócio produzir mais pode dar origem a uma baita dor de cabeça. Não é surpresa que qualquer agricultor espume de ódio ao ser perguntado sobre como o Estado atrapalha seus negócios da porteira para fora. "Faz 30 anos que estamos em Mato Grosso, multiplicamos a produção. e temos a mesma estradinha para transportar", afirma Eraí Scheffer, que, para evitar os problemas que teve para escoar sua última safra, acaba de comprar 320 caminhões para levar seus grãos até os portos. Eis o toque surre alista do sucesso do agronegócio brasileiro: o rei da soja tem de ser o rei do caminhão também. (Revista Exame/SP – Novembro. 13 – pg 40 a 50)((Revista Exame/SP – Novembro. 13 – pg 40 a 50))

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O apogueu da agricultura

As americanas tem o habito de dar apelidos a seus estados. Nova York é o Empire State, uma referencia à pujança da economia e à riqueza da região. O Alasca é o estado do sol da meia-noite, poruqe, em ...((Revista Exame/SP – Novembro. 13 – pg 52 a 56))


As americanas tem o habito de dar apelidos a seus estados. Nova York é o Empire State, uma referencia à pujança da economia e à riqueza da região. O Alasca é o estado do sol da meia-noite, poruqe, em algumas cidades, não escurece em certas épocas do ano. Há também o estado do ouro (caflifornia),da prata (Nevada) do granito (New Hampshire) e um pinhado de outras com apelidos incompreensíveis para quem não é de lá. Nebraska, mais conhecido como a casa do investidor Warren Buffett, adota oficialmente, desde 1945, o nome Cornhusker State - algo como estado "debulhador de milho". Basta dirigir por um punhado de minutos por suas estradas para entender por que o Nebraska se orgulha tanto de algo tão prosaico. A região leste do estado é um grande, imenso, milharal. Ao lado de Iowa, Illinois e Orno, entre outros, Nebraska faz parte do cinturão do milho, uma região do Meio-Oeste tomada por fazendas e que é responsável por quase 40% da produção mundial. Seus moradores são obcecados pelo clima. Boletins sobre a expectativa de chuvas, a evolução da temperatura e o deslocamento de frentes de ar ocupam uma parte considerável do noticiário local - e, neste ano, têm sido acompanhados ainda mais de perto. Os agricultores estão colhendo a primeira safra desde que a pior seca em 56 anos destruiu quase 30% da produção, em 2012. Estima-se que cerca de 100 milhões de toneladas, mais que a colheita brasileira de milho, tenham sido destruídas. Com menos oferta, os preços atingiram as máximas históricas. Ai, para tentar ganhar com a alta, quem podia saiu plantando milho. Se nada der errado, essa pode ser a maior safra de milho dos Estados Unidos, de cerca de 350 milhões de toneladas. Ao longo de um século e meio, os Estados Unidos se transformaram na maior potência agrícola da história. O clima favorável e o solo fértil explicam só parte da impressionante expansão do cinturão do milho desde o começo do século 19, quando os primeiros agricultores disputaram terras com os índios para se estabelecer. Eles investiram em tecnologia em escala jamais vista na história da agricultura. a maioria das propriedade, os tratore não precisam de motorista são pilotados remotamente via atélite, de um centro de comando que pode ficar a quilômetros de distância. Algumas já começam a usar drone .aviões não tripulados, para monitorar as lavouras. Bem ao e tilo americano e diferentemente do que se pode imaginar -, a fazendas ão controladas por milhares de família (e não grande "corporações") e são menores do que a brasileiras. Foi juntamente o ímpeto competitivo dessa familias que tornou a agricultura americana a mai produtiva do mundo. De acordo com a Organizacâo das - acõe nidas para Alimentacão e Agricultura (FAO), ão produzidas no país, em média, 9 toneladas de grão por hectare, mais do que o dobro da taxa brasileira. Desde a década de 90, a área plantada praticamente não aumenta. Mas a safra cresceu 2% ao ano, em média. O Estados Unidos di putam com a China o posto de maior produtor global de grãos, mas não há dúvida de quem é mais eficiente. Apenas 1,7% da população americana trabalha no campo na China, a proporção é de um para três. As bases para e se desenvolvimento começaram a er construídas no século 19, inicialmente com investimento público. Em 1862, o governo aprovou uma lei para vender, a preço baixo para pequenos produtores, terras desocupadas (a maioria localizada no Meio-Oe te). Queria fomentar alguma atividade econômica numa região pobre. MiIhare de imigrantes europeu com experiência em agricultura acabaram montando fazendas ali. Uma leva de produtores americanos de outras regiões do paí fez o mesmo. Com o fim da guerra civil, o governo construiu hidrovias e ferrovias, e muitas passavam pelo Meio-Oeste, o que levou empreendedores a montar empresas especializadas em armazenar e transportar a produção. Nessa época, quase metade dos americanos trabalhava na agricultura, e o governo despejava subsídios no setor. Se tivesse parado por ai, os Estados Unido provavelmente teriam se tornado um importante produtor agrícola por alguns anos enquanto houvesse ajuda do Estado e novas terras para cultivar. Mas o modelo que se seguiu foi bem diferente. Ao longo do século 20, o governo foi deixando de agir como babá e passou a se dedicar a funções tipicas do Estado (mas negligenciadas, como se sabe, em muitos países): incentivos à educação e à infraestrutura, O governo federal criou um programa de estimulo a cursos de agronomia. Hoje, existem ao menos 50 cursos do tipo no pais. O objetivo do governo era financiar pesquisas e agricultores que queriam investir para aumentar a produtividade. O governo também continuou abrindo estradas, ferrovias e hidrovias, o que atraiu uma miríade de empresas para vender de fertilizantes a serviços financeiros aos fazendeiros. Foi quando floresceu o quase trilionário complexo agroindustrial americano. Na maioria dos paises em que o agronegócio se sofisticou, a produção das fazendas é só uma pequena parte do total desse setor. os Estados Unidos, cada dólar gerado nas fazendas se transforma em 5 dólares ao fim da cadeia do agronegócio. Companhias verdadeiramente globais surgiram e se desenvolveram na esteira do sucesso agrícola americano. Nenhuma empresa simbolizou tão bem o casamento entre fazendas e empresas quanto a Cargill que hoje é, de longe, a maior companhia agrícola e de alimentos do mundo. Seu faturamento, de 137 bilhões de dólares, é 50% superior ao de sua principal concorrente, a ADM (fundada em 1902, também no Meio-Oeste americano). Por décadas, o crescimento da Cargill e a ascensão da agricultura americana foram indissociáveis. A empresa foi fundada em 1865 por William Cargill, e seus dois irmãos entraram no negócio pouco depois. Nunca quiseram ser fazendeiros. O plano era montar uma operação de compra e venda da produção de outros agricultores. Começaram abrindo armazéns ao longo das ferrovias do Meio-Oeste. Com o crescimento na região, abriram escritórios internacionais. Para ganhar dinheiro negociando commodities agrícolas, a Cargíll tinha de conseguir comprar barato e vender caro. Quanto mais informaçõe tive se sobre o clima e as condições das lavouras e menos seus concorrentes e os fazendeiros que queriam vender sua safra soubessem, maior a chance de fechar bons negócios. em todo mundo tinha acesso rápido à informações. Ter os dados, e mantê-los em segredo, fazia a diferença", diz David MacLennan, vice-presidente de operaçõe da empresa. A Cargíll montou uma estrutura financeira mai sofisticada do que a de muitos bancos. Já nos ano 50 tinha mesas de negociação de commodities em Genebra, na Suíça, e em Minneapolis, nos Estados Unidos, onde fica a sede da companhia Mas talvez o maior símbolo da força da Cargíll não sejam os negócios financeiros e as centenas de navios que ela abastece todos o dias com grãos, e sim a operação industrial que montou à medida que o agronegócio americano se sofisticou. Quando a Cargill chegou ao Meio-Oeste, o que havia ali era uma promessa de início de produção agrícola. Décadas mais tarde, em 1993, quando decidiu construir uma fábrica em Blair, no estado do ebraska, não havia muito mais que plantações de milho e 6000 habitantes ali. A fábrica da Cargíll em Blair é um dos maiores centros de processamento de milho do mundo. Custou o equivalente a 2,5 bilhões de reais para ser erguido, abriga seis linhas de trem e transforma 2,5 milhões de toneladas de milho por ano são 180000 caminhõe e quase 30000 vagões locado de grãos a cada 12 me es. Sai dessas instalaçõe mais de uma dezena de produtos derivados do milho, de ração animal a etanol. Como quase tudo o que envolve a Cargíll, quem olha de fora não faz ideia do que funciona ali em Blair. Ao longo das décadas, a companhia montou a mais complexa operação do mercado mundial de alimentos longe da vista do público. Pouquíssimos produtos são vendidos aos consumidores o Brasil, onde a empresa é dona de marcas como Liza e Pomarola, é uma exceção. Globalmente, a Cargill tem 1400 fábricas e produz adoçantes, chocolates, óleos, rações e etanol além de corantes e substâncias usadas para conservar iogurtes, pães e cervejas. Seus ingredientes estão nos sanduíches do McDonalds, nos refrigerantes da Coca-Cola, nos orvetes da Unilever. (Revista Exame/SP – Novembro. 13 – pg 52 a 56)((Revista Exame/SP – Novembro. 13 – pg 52 a 56))

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Confronto entre EUA e China sobre área agrícola paralisa acordo de Bali

Um confronto entre Estados Unidos e China na área agrícola paralisou ontem todas as negociações para um acordo modesto na conferência ministerial de Bali (Indonésia), marcada para daqui a três semanas...((Jornal Valor Econômico, Brasil/SP – 14/11/013))


Um confronto entre Estados Unidos e China na área agrícola paralisou ontem todas as negociações para um acordo modesto na conferência ministerial de Bali (Indonésia), marcada para daqui a três semanas, e ampliou a crise na Organização Mundial do Comércio (OMC). O Valor apurou que o diretor-geral da entidade, Roberto Azevêdo, tentou desmontar o colapso, cuja dimensão impediu também a continuação das negociações na área de facilitação de comércio. Ele fez nova proposta ontem à noite, segundo fontes. Os países vão responder hoje. O G-20, grupo agrícola coordenado pelo Brasil, está envolvido diretamente na discussão. As divergências aumentaram devido às cotas tarifárias agrícolas, que envolvem bilhões de dólares, dólares de comércio. Os EUA insistem em proposta pela qual a China precisará dar mais acesso aos exportadores agrícolas ao seu mercado. Já o governo chinês recusa nova regra, que forçaria os chineses a facilitar o preenchimento das cotas que Pequim mesmo estabelece. O uso de cotas tarifárias disseminou-se até em países em desenvolvimento. Elas garantem um mínimo de acesso a mercados protecionistas para produtos como carnes e açúcar do Brasil, por exemplo. Na prática, o acesso oferecido por meio da cota é quase anulado pela forma como é administrada pelo país importador. Assim, raramente as cotas são preenchidas. Por isso, o G-20 agrícola, coordenado pelo Brasil, propôs que, sempre que o preenchimento da cota ficar abaixo de 65%, seria acionado um mecanismo de consulta que dura três anos. Nesse período, o preenchimento tem que voltar a pelo menos 65%. Após três anos, se isso não ocorrer, o acesso à cota é automático. Países em desenvolvimento teriam Tratamento Especial e Diferenciado (TED): não precisariam aceitar o mecanismo automático para os exportadores terem acesso automático a suas cotas. Mas continuariam sob pressão para facilitar o acesso dos exportadores. A China, membro do G-20 agrícola, não assinou a proposta. Esta semana, o futuro embaixador chinês na OMC, Yu Jianhua, deixou claro que se tratava de "linha vermelha", não permitindo mais flexibilidade nessa área. Os EUA, porém, mantêm a pressão e propõem a substituição do fim do tratamento especial e diferenciado para os países em desenvolvimento. Em vez disso, seria estabelecido mecanismo de consulta para o volume das cotas ser preenchido automaticamente após dois anos de consultas, no caso de países desenvolvidos, e após três anos, para países em desenvolvimento. Na terça-feira, Azevêdo reconheceu que nenhum progresso havia sido alcançado, apesar de semanas de negociações, e indagou o que ainda podia ser feito para se tentar um compromisso. No começo da semana, os países chegaram a discutir se já era o caso de "tirar a tomada", ou seja, suspender as negociações do pacote inteiro, diante do estado das divergências. Na terça-feira, ficou acertado dar mais alguns dias para negociar. "A única opção é fazer uma última tentativa, afirmou Azevêdo aos 159 países. Ele considerou "muito desapontadora" a situação atual das negociações, reconhecendo que não há esboço de pacote de liberalização no momento. Apesar de tudo, a conferência ocorrerá em Bali. A presença de mais de cem ministros está confirmada. O que pode não sair é o pacote de liberalização, ampliando o risco de irrelevância da entidade. Alguns países sequer dizem por que são contra certos pontos em discussão. Outros continuam guardando cartas na manga, recorrendo à velha desculpa de que precisam consultar suas autoridades nas capitais, deixando o tempo correr e o abismo se aproximar. No tema de facilitação de comércio, os países até agora só chegaram a um compromisso sobre troca de informações entre as aduanas, depois de muita barganha. A Índia argumentou que as exportações da China são normalmente subfaturadas e um compromisso pode ajudar as aduanas a verificar melhor os preços. O Brasil e a África do Sul também manifestaram maior interesse por esse tema. Em outras áreas de facilitação de comércio, no entanto, as soluções "não são ainda evidentes", admite Azevêdo. Na área agrícola, Índia e Indonésia jogam duro em favor da proposta que permite ampliar substancialmente os subsídios para formar estoques agrícolas por razões de segurança alimentar. Mas não aceitam prazo de apenas dois ou três anos para a cláusula de paz, mecanismo que impediria que outros países contestassem a alta de subsídios. Além disso, vários parceiros querem estabelecer mecanismo de salvaguarda para evitar que esses estoques sejam depois despejados no mercado doméstico, ou internacional, e derrubem os preços das commodities. Em relação aos subsídios à exportação agrícola, a Argentina avisou que bloqueará um acordo, se não houver algum resultado tangível para eliminação desses subsídios. A proposta do G-20 agrícola prevê que os países desenvolvidos se comprometam a eliminar em 50% os subsídios à exportação autorizados pela OMC, e os países em desenvolvimento, em 25%. "Um grande ponto de interrogação paira sobre esse tema, disse Azevêdo. (Jornal Valor Econômico, Brasil/SP – 14/11/013)((Jornal Valor Econômico, Brasil/SP – 14/11/013))

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Brasil já puxa o crescimento da GDM Seeds

A argentina GDM Seeds deu mais um cartada para se manter em alta no disputado mercado de sementes de soja no Brasil, ao inaugurar esta semana uma nova sede em Cambé, cidade vizinha a Londrina (PR). A ...((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 14/11/013))


A argentina GDM Seeds deu mais um cartada para se manter em alta no disputado mercado de sementes de soja no Brasil, ao inaugurar esta semana uma nova sede em Cambé, cidade vizinha a Londrina (PR). A unidade, que absorveu investimento da ordem de R$ 30 milhões, deve ajudar a empresa a pavimentar o caminho rumo à ampliação de sua participação no segmento - que chega a 60% no Sul do país, mas alcança menos, em torno de 27%, em nível nacional, onde a briga é mais ferrenha com gigantes como Syngenta e DuPont. Para seguir protagonista no Sul e concretizar a ambição de ganhar corpo na região central brasileira, a GDM Seeds ergueu na nova unidade um laboratório de biotecnologia especializado em seleção assistida por marcadores moleculares, que será capaz de reduzir pela metade o tempo para o lançamento de uma nova cultivar, de 12 para até seis anos. "O objetivo é não apenas acelerar a chegada ao mercado de novas variedades, mas selecionar com maior eficiência as melhores características da planta", afirmou ao Valor Santiago Schiappacasse, diretor-executivo da GDM Genética do Brasil. A história da companhia no país é recente. Começou há uma década, por meio de uma parceria com um grupo de brasileiros na gaúcha Brasmax, da qual possuía um terço e que, a partir de 2009, passou a deter a totalidade do controle. Hoje, além da Brasmax, a empresa opera com a marca DonMario, que originou os negócios do grupo na Argentina. A liderança no Sul do Brasil veio já no quarto ano de vendas. O faturamento do grupo, que se divide entre soja, milho e trigo, com atuações também no Uruguai, no Paraguai, na Bolívia, na África do Sul e nos Estados Unidos, está na casa dos US$ 250 milhões. No Brasil, a GDM Seeds desenvolve apenas variedades de soja, e concede licenças às sementeiras para a multiplicação e venda dos materiais. A empresa possui ainda uma licença para utilizar as tecnologias transgênicas RR1 e Intacta RR2 da Monsanto, às quais agrega sua própria genética por meio de melhoramento convencional, com o objetivo de criar variedades ainda mais resistentes e produtivas. Schiappacasse estima que, da área plantada com soja transgênica no Brasil no atual ciclo 2013/14 (o equivalente a cerca de 95% do total semeado com a oleaginosa), a RR1 responda por 97%, e a Intacta RR2, que está estreando nesta temporada, pelos 3% restantes. "Temos a expectativa que no próximo ano, se a Intacta cumprir a expectativa do produtor nesta safra, especialmente em relação à performance [de rendimento] e ao controle da lagarta Helicoverpa armigera, essa tecnologia pode alcançar de 20% a 30% da área de soja no Brasil", previu o executivo. O coração administrativo do grupo permanece na Argentina, mas o fato é que os investimentos mais pesados têm vindo para cá. Além do aporte no Paraná e da unidade que já possuía em Passo Fundo (RS), a empresa montou um escritório em Lucas do Rio Verde (MT) e pretende construir dois novos centros de pesquisa, em Porto Nacional (TO) e Rio Verde (GO), com a injeção de entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões em cada um. Além da unidade de pesquisa, Rio Verde contará com uma planta de beneficiamento de sementes básicas (que são a matéria-prima para a produção das sementes finais pelos multiplicadores), com um investimento que pode chegar a cerca de R$ 10 milhões. O Brasil tornou-se prioridade nos negócios da GDM Seeds não apenas pelo potencial de crescimento do mercado de soja, mas também pelo reconhecimento da propriedade intelectual por parte dos agricultores, em oposição à prática de "salvar" sementes (quando o produtor separa parte dos grãos que colheu para semear na safra seguinte). "Cerca de 60% dos agricultores do Sul do país adquirem sementes certificadas, ou seja, pagam pela tecnologia. Na Argentina, esse número é de apenas 25%", contou Gerardo Bartolomé, presidente da GDM Seeds. É o que faz a rentabilidade da empresa no Brasil ser de 25% a 30% maior por saca, em relação ao país vizinho. Mas como avançar no Brasil em meio a tantos concorrentes de peso? Bartolomé está convencido de que a resposta está na aliança com os sementeiros - na visão dele, o grande motor para o crescimento da empresa até aqui, porque permitiu uma grande capilaridade para alcançar o agricultor. "Não buscamos a verticalização [venda de sementes direto ao produtor] no país. Nosso modelo contempla os multiplicadores, essa é a nossa grande força comercial e é nisso que continuaremos a apostar no Cerrado", disse. Quanto ao foco em soja, o executivo é categórico: não há mudanças em vista. "Não temos planos para avançar em milho. Nos sentimos especialistas em soja e cremos que temos um lugar para competir", concluiu Bartolomé. (Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 14/11/013)((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 14/11/013))

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VBP vai crescer em 2013 e 2014

O valor bruto da produção (VBP) da agropecuária brasileira deverá bater novos recordes neste ano e em 2014, confirmaram novas estimativas divulgadas ontem pelo Ministério da Agricultura. De acordo com...((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 14/11/013))


O valor bruto da produção (VBP) da agropecuária brasileira deverá bater novos recordes neste ano e em 2014, confirmaram novas estimativas divulgadas ontem pelo Ministério da Agricultura. De acordo com as projeções, o VBP da agropecuária tende a alcançar R$ 419,760 bilhões em 2013, 9,6% mais que em 2012, e subir para R$ 440,560 bilhões no ano que vem. Tanto a agricultura quanto a pecuária deverão contribuir para os incrementos previstos. (Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 14/11/013)((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 14/11/013))

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GOVERNO (RS) INAUGURA MAIS QUATRO INSPETORIAS NO ALTO URUGUAI

Em visita à região do Alto Uruguai iniciada por Erechim, o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi, inaugurou a modernização de quatro Inspetoria...((Portal Safras & Negócios/RS – 13/11/2013))


Em visita à região do Alto Uruguai iniciada por Erechim, o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi, inaugurou a modernização de quatro Inspetorias de Defesa Agropecuária nesta terça-feira (12). Os municípios contemplados foram Barão de Cotegipe, São Valentim, Erval Grande e Itatiba. Zo total, a Secretaria da Agricultura (Seapa) já entregou 70 unidades de um total de 248 espalhadas pelo Estado, fruto de investimento de R$ 60 milhões na revitalização do sistema de defesa agropecuária gaúcha. Além da compra de móveis, computadores, reforma e pintura de prédios, o Governo adquiriu 266 veículos para reforçar o serviço de defesa nos lugares de difícil acesso no interior. Destes, a maioria são camionetes e utilitários, que permitem o melhor deslocamento por estradas vicinais. Qualidade e sanidade Nessas visitas, o secretário tem sido enfático quanto ao cuidado com a qualidade e sanidade animal e vegetal. Conforme ele, as reestruturações atendem a dois objetivos: o resgate da dignidade dos servidores e produtores rurais, e o olhar atento às fiscalizações sanitárias. As unidades, durante anos, ficaram jogadas à própria sorte. O relato de funcionários dá conta de, em alguns lugares, mais de quatro décadas de descaso com o serviço público. Em São Valentim, por exemplo, um servidor disse que não muito tempo atrás um simples contato com a sede da Agricultura, em Porto Alegre, chegava a levar dois dias. Ao recuperar as estruturas e dar mais condições, o RS atingirá mercados melhores. "Precisa aumentar a produção e garantir a sanidade total dos alimentos. Daqui a não mais de 10 anos, todos os alimentos serão rastreados. Os consumidores, no mundo todo, querem saber o que estão comendo, de onde vem, como são fabricados. É uma tendência mundial", afirmou Mainardi. Tecnologia Em 2011, a área irrigada no RS era de 2%. Com programas como o Mais Água, Mais Renda, da Seapa, e Irrigando a Agricultura Familiar, da SDR, a meta é chegar a 6% até o final de 2014, com 300 mil hectares irrigados. "Com isso, o produtor não fica refém das estiagens e pode, em algumas culturas, triplicar a produção na mesma área". Enquanto no mundo o índice de área irrigada fica por volta de 18%, os EUA chegam a 76%. Combate a enfermidades A perspectiva de produzir 20 milhões de litros de leite por dia em 10 anos, segundo Mainardi, depende da qualificação do produtor, investimento em tecnologia e sanidade do produto. Na busca dessa meta, a Seapa implantou os programas Mais Leite de Qualidade, que financia a juros de 2% ao ano e paga 30% do valor da compra de ordenhadeiras e resfriadores de expansão. Ter um produto de boa qualidade, necessita controle e erradicação de algumas enfermidades. O programa Procetube, também num prazo de 10 anos, quer eliminar de todas as propriedades gaúchas a tuberculose e a brucelose. "Dessa forma, poderemos buscar novos mercados. Produzindo 20 milhões de litros e consumindo 5 milhões, teremos 15 milhões para exportar, tendo qualidade e sanidade, para outros países. E só iremos chegar nesses mercados sem brucelose e tuberculose. Até lá, quem sabe já teremos um Estado livre da aftosa sem vacinação", acrescentou o secretário. Com informações da Secretaria de Comunicação Social do Governo do Rio Grande do Sul. (Portal Safras & Negócios/RS – 13/11/2013)((Portal Safras & Negócios/RS – 13/11/2013))

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Fazenda São Judas Tadeu liquida plantel

A Fazenda São Judas Tadeu deixou a produção de gado leiteiro no sábado, dia 9 de novembro, com um remate de liquidação realizado em Betim, na região metropolitana da capital Belo Horizonte, MG. Foram ...((Portal DBO – 13/11/2013))


A Fazenda São Judas Tadeu deixou a produção de gado leiteiro no sábado, dia 9 de novembro, com um remate de liquidação realizado em Betim, na região metropolitana da capital Belo Horizonte, MG. Foram vendidos 212 animais por R$ 822.400. Entre os Girolandos estavam 174 fêmeas, dois touros e duas prenhezes por R$ 662.500. De Holandês foram negociados mais 34 exemplares por R$ 159.900. A média geral do leilão ficou em R$ 3.879. A organização foi da Embral, com transmissão do Terraviva. Pagamentos em 30 parcelas. (Portal DBO – 13/11/2013)((Portal DBO – 13/11/2013))

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Matinha comercializa 200 matrizes Nelore

No dia 5 de novembro, Luciano Borges, do Rancho da Matinha, de Uberaba, MG, promoveu o Leilão Ventres Vip, direcionado à venda de fêmeas no atacado. O selecionador, que já é reconhecido por seu trabal...((Portal DBO – 13/11/2013))


No dia 5 de novembro, Luciano Borges, do Rancho da Matinha, de Uberaba, MG, promoveu o Leilão Ventres Vip, direcionado à venda de fêmeas no atacado. O selecionador, que já é reconhecido por seu trabalho na produção de touros, comercializou 201 matrizes Canal Rural. A receita ultrapassou R$ 890 mil, fazendo média de R$ 4.445. O maior lance do remate saiu para um lote de quatro novilhas arrematadas por R$ 21.120 por Antônio dos Santos. O comércio contou com a organização da Programa e condução do leiloeiro Paulo Brasil. Os pagamentos ocorreram em 24 parcelas. (Portal DBO – 13/11/2013)((Portal DBO – 13/11/2013))

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Ribalta de Elite oferta o melhor da grife

No sábado, 9 de novembro, o nelorista Ricardo Goulart de Carvalho faturou R$ 707.600 no Leilão Virtual Ribalta Elite, realizado na capital Campo Grande, durante a Expoinel MS. A apresentação de 45 lot...((Portal DBO – 13/11/2013))


No sábado, 9 de novembro, o nelorista Ricardo Goulart de Carvalho faturou R$ 707.600 no Leilão Virtual Ribalta Elite, realizado na capital Campo Grande, durante a Expoinel MS. A apresentação de 45 lotes rendeu média geral de R$ 15.724. As fêmeas somaram 30 ofertas a R$ 11.786 e 13 prenhezes foram cotadas a R$ 21.876. Além delas, uma aspiração atingiu R$ 9.600 e o único reprodutor do remate saiu por R$ 60 mil. As apresentações foram de Paulo Brasil, com transmissão do AgroBrasilTV e pagamentos em 24 parcelas. A organização foi da Leiloboi. (Portal DBO – 13/11/2013)((Portal DBO – 13/11/2013))

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Leilão Caravaggio vende exemplar por R$ 48 mil

Rosário do Oeste, MT, sediou no sábado, 9 de novembro, o comércio de animais produzidos por Vilamir Mantoani, titular da grife Nelore Caravaggio. O criador apresentou 79 machos no 4º Leilão Produção C...((Portal DBO – 13/11/2013))


Rosário do Oeste, MT, sediou no sábado, 9 de novembro, o comércio de animais produzidos por Vilamir Mantoani, titular da grife Nelore Caravaggio. O criador apresentou 79 machos no 4º Leilão Produção Caravaggio, evento que rendeu fatura de R$ 432.240. Nas baterias, estavam exemplares das safras 2009, 2010 e 2011. O único animal nascido neste ano foi destaque em preço. Because, de apenas nove meses teve 67% de sua propriedade vendida por R$ 48 mil para o Grupo Camargo e Nelore Curió. O total do lote está avaliado em R$ 71.996. A organização foi da Programa, com pagamentos em 24 parcelas e transmissão do Canal do Boi. A condução foi de Aníbal Ferreira. (Portal DBO – 13/11/2013)((Portal DBO – 13/11/2013))

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Exportação recorde puxa aumento dos abates no MT

O recorde de volume de carne bovina exportado pelo Brasil até outubro tem contribuído para o aumento dos abates em todo o País e principalmente no Mato Grosso, líder na produção pecuária nacional com ...((Jornal DCI/SP – 14/11/2013))


O recorde de volume de carne bovina exportado pelo Brasil até outubro tem contribuído para o aumento dos abates em todo o País e principalmente no Mato Grosso, líder na produção pecuária nacional com 15% do rebanho brasileiro e que caminha para superar o recorde de animais abatidos ao ano até dezembro. Entre janeiro e outubro deste ano, a exportação de bovinos alcançou 1,232 milhão de toneladas, alta de 8,86% na comparação com o mesmo intervalo de tempo do ano passado, quando foram exportados 1,036 milhão de toneladas, e recorde para o período, segundo dados divulgados ontem pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). Também nesse intervalo, os frigoríficos do estado abateram 5 milhões de cabeças, volume 9,17% maior que o mesmo até outubro de 2012, quando foram abatidos 4,58 milhões de cabeças. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) calcula que, até o fim do ano, os abates devam alcançar entre 5,8 milhões e 6 milhões de animais. Segundo Fabio da Silva, analista do instituto, os últimos dois meses do ano costumam registrar níveis maiores de abate por causa da demanda das festas de fim de ano, tanto interna quanto externamente. "Em uma expectativa pessimista de que o ritmo de abate nos últimos dois meses fique em 400 mil cabeças por mês, chegaríamos ao recorde, de qualquer forma, com 5,8 milhões de abates. Mas o ritmo deste ano está em 500 mil cabeças por mês, então podemos chegar a 6 milhões", assinala Silva. Mudança estrutural Analistas e pecuaristas consultados pelo DCI dizem que o aquecimento da demanda interna e externa é apenas um dos responsáveis pela marca recorde de abates. Segundo eles, há uma mudança estrutural em curso até mais importante que o aumento da demanda externa e interna, que é a conversão de áreas de pastagens degradadas em lavouras produtivas de grãos, o que leva os produtores a entregarem mais animais para o abate. Jorge Pires de Miranda, vice-presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), é um dos produtores mato-grossenses que participam dessa mudança. Neste ano, ele já converteu 4,2 mil hectares de pastagens em lavoura de soja e milho em sua fazenda em Brasnorte (MT). "Com a valorização dos produtos agrícolas, só se consegue melhorar essas pastagens na agricultura", afirmou. Em três anos, ele reduziu sua área de pastagem em 50%, enquanto seu rebanho caiu 25%. Segundo Fábio da Silva, o avanço da agricultura sobre pastagens "é fundamental para bovinocultura de corte. Regiões de cria, como Alto Paraguai, Nova Xamantina e Canarana, a agricultura tem expandido muito em regiões de cria, onde as pastagens estão mais degradadas". Segundo o analista, a mudança deve enxugar o rebanho brasileiro e impactar tanto nos preços ao produtor como ao consumidor. "É interessante para a gente ter diminuição de rebanho", afirma Zacarias Schneider, pecuarista de Cuiabá (MT). Ele acredita que "a tendência em dois anos é valorizar a arroba do boi porque vai haver falta de produto". O cenário de escassez já vinha se desenhando com o aumento de abate de fêmeas, que ocorre em momentos de retração da atividade, já que as fêmeas costumam ser descartadas em 12 anos, após terem sido utilizadas para cria, enquanto os machos são descartados em dois a três anos. (Jornal DCI/SP – 14/11/2013)((Jornal DCI/SP – 14/11/2013))

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Carne bovina

Os frigoríficos brasileiros bateram recorde tanto de faturamento quanto de volume de carne bovina, ao negociar US$ 659,5 mil, equivalente a 147,8 mil toneladas do produto em outubro. O crescimento em ...((Jornal A Gazeta/MT – 14/11/2013))


Os frigoríficos brasileiros bateram recorde tanto de faturamento quanto de volume de carne bovina, ao negociar US$ 659,5 mil, equivalente a 147,8 mil toneladas do produto em outubro. O crescimento em relação a setembro foi de 6,17% em receita e 5,15% em volume. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). (Jornal A Gazeta/MT – 14/11/2013)((Jornal A Gazeta/MT – 14/11/2013))

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Estratégias para aliviar o estresse durante o manejo dentro do sistema de produção de bovinos de corte

Devido ao aumento da população mundial nas próximas décadas e consequentemente aumento na demanda de alimentos, muitas pesquisas estão sendo direcionadas para aumentar a produtividade do sistema de pr...((Portal Boi A Pasto/SP – 13/11/2013))


Devido ao aumento da população mundial nas próximas décadas e consequentemente aumento na demanda de alimentos, muitas pesquisas estão sendo direcionadas para aumentar a produtividade do sistema de produção de bovinos sem causar danos ao meio ambiente e minimizar as situações de estresse dos animais. Particularmente, os rebanhos bovinos são inevitavelmente expostos a diversos estressores (psicológicos, fisiológicos e físicos) durante sua vida produtiva (Carroll e Forsberg, 2007) e muitos destes estão diretamente associados com os procedimentos de manejo atualmente praticados dentro da cadeia de produção dos bovinos de corte e leite. Muitas vezes, os animais são expostos a vários estressores em um curto espaço de tempo (Araújo et al., 2010), tais como o desmame, formação de novos lotes e mistura com outros animais, e exposição a novos ambientes (estresse psicológico), ferimentos, estresse térmico, fadiga, restrições alimentar e hídrica durante o transporte (estresse físico), assim como uma perturbação nas funções endócrina ou neuroendócrina como resultado dos outros tipos de estresse (estresse fisiológico). Perturbações internas ou externas ao organismo do animal, resultam em uma alteração no metabolismo hepático, promovendo síntese e liberação das proteínas de fase aguda em resposta ao desafio. As principais proteínas estudadas em bovinos que são sintetizadas e liberadas em resposta à um processo inflamatório são haptoglobina e ceruloplasmina, estas são negativamente correlacionadas com ganho de peso (Arthington et al., 2005), consumo de matéria seca (Araujo et al., 2010; Cooke et al., 2011) e subsequentemente queda no desempenho de animais submetidos a manejos estressantes. Todos os estressores citados acima são diretamente relacionados com perdas econômicas gigantescas na indústria de carne. Essas perdas econômicas incluem, além das taxas de mortalidade dos animais, os custos associados com desperdício de alimentos, compra de medicamentos e redução no desempenho dos animais doentes (Loerch e Fluharty, 1999). Portanto, utilizar estratégias de manejo e nutricionais que previnam as doenças estimuladas pelo estresse devido aos inevitáveis procedimentos de manejo irão beneficiar o bem estar e a produtividade animal promovendo maior rentabilidade do sistema de produção de bovinos de corte. Neste artigo iremos discutir algumas estratégias de manejo que podem minimizar as situações de estresse durante o transporte e a fase inicial do confinamento, podendo ser utilizadas como ferramentas dentro do sistema de produção de bovinos de corte resultando em melhor desempenho, saúde animal e maior retorno econômico para a indústria de carne. Desmama Precoce No sistema de produção de bovinos de corte, a desmama das crias ocorre ao redor dos 6-8 meses de idade. Esse procedimento é considerado estressante tanto para a vaca quanto para o bezerro. Pesquisas conduzidas anteriormente indicam que desmama precoce pode reduzir os sintomas de estresse (proteínas resposta da fase aguda) durante os procedimentos de manejo, tais como transporte, formação de lotes e entrada no confinamento, resultando em melhor desempenho e saúde animal. Segundo Arthington et al. (2005), bezerros desmamados precocemente (89 dias de idade), suplementados a uma taxa de 1% do peso corporal e submetidos ao transporte rodoviário por 24 horas e entrada no confinamento logo após a desmama natural (300 dias de idade), foram mais tolerantes aos estressores relacionados com o transporte e entrada no confinamento e apresentaram melhor eficiência alimentar (0.15 vs. 0.08) e GPD (0.87 vs. 0.40 kg/dia) comparados com animais que foram submetidos a desmama natural. Restrição de água e alimentos Durante muitos processos de manejo dentro do sistema de produção de bovinos de corte, produtores adotam o jejum alimentar e hídrico, especialmente antes do transporte. Marques et al. (2012) reportaram que restrição alimentar e hídrica durante o transporte é o maior contribuinte para estimular uma resposta ao estresse (proteínas de fase aguda e cortisol – Figura 1) e reduzir o desempenho (Tabela 1) de animais durante a fase inicial de confinamento quando transportados por longas distâncias. Além disso, restrição alimentar estimula a mobilização de gordura corporal (Cooke et al., 2007), a qual desencadeia uma resposta ao estresse em bovinos (Cooke et al., 2012), estimula um desequilíbrio no ecossistema ruminal, causando morte microbiana (Meiske et al., 1958) e resultando em liberação de endotoxinas que também estimulam uma resposta ao estresse (Carroll et al., 2009). Dados da literatura mostram que animais que sofreram restrição de água e alimentos tiveram menor consumo de matéria seca, menor ganho de peso e menor eficiência alimentar durante o período inicial (28 dias) de confinamento comparado com o grupo que não sofreu nenhum tipo de restrição. Levando em consideração os dados mencionados acima, alimentação adequada dos animais antes do transporte pode ser uma ferramenta simples e prática para evitar os problemas relacionados com o estresse e consequentemente melhorar a performance dos animais no período inicial de confinamento. (Portal Boi A Pasto/SP – 13/11/2013)((Portal Boi A Pasto/SP – 13/11/2013))

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Em MS, sobras de vacinas contra aftosa geram milhões em prejuízos

Desde 2007, a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) proíbe a transferência de sobras de vacinas contra a febre aftosa, com isso os frascos que restam são jogados no lixo. Somen...((Portal Boi Pesado/SC – 13/11/2013))


Desde 2007, a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) proíbe a transferência de sobras de vacinas contra a febre aftosa, com isso os frascos que restam são jogados no lixo. Somente na campanha de vacinação de 2012, o descarte causou o prejuízo de R$ 2 milhões. Na sessão desta terça-feira (12), o deputado estadual Osvane Ramos (PROS) sugeriu três opções para resolver o problema que afeta os produtores rurais de Mato Grosso do Sul. "Foram mais de um milhão de doses jogadas no lixo, ou seja, mais de R$ 2 milhões de prejuízo. Com esse recurso, o Estado poderia investir em saúde, educação, moradias e segurança pública", informou o parlamentar na tribuna. Osvane sugeriu que a Iagro elabore uma portaria, permitindo a transferência entre propriedades rurais de um mesmo dono. Também propôs que as sobras fossem doadas ao Estado. "Desta forma, as vacinas seriam cedidas às aldeias, assentamentos e propriedades da zona periférica", explicou. Uma terceira alternativa ainda foi apresentada pelo deputado. "A melhor saída seria a criação de um conselho formado por órgãos estaduais e federais, obrigando as grandes multinacionais a fabricarem frascos com cinco doses, já que hoje são oferecidos frascos com 50 ou 10 doses", concluiu. (Portal Boi Pesado/SC – 13/11/2013)((Portal Boi Pesado/SC – 13/11/2013))

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Frigoríficos ofertam preços menores pela arroba do bovino terminado

As indústrias têm ofertado preços abaixo da referência, no entanto, os negócios travam. Alguns frigoríficos iniciaram a semana fora das compras, mesmo com escalas de abate limitadas, aguardando um pos...((Portal Boi Pesado/SC – 13/11/2013))


As indústrias têm ofertado preços abaixo da referência, no entanto, os negócios travam. Alguns frigoríficos iniciaram a semana fora das compras, mesmo com escalas de abate limitadas, aguardando um posicionamento mais concreto do mercado. Nas demais praças, o quadro é parecido. A semana iniciou de maneira lenta, com poucas alterações nos preços de referência. A dificuldade para compra de boiadas tem aumentado O escoamento da produção foi facilitado pelo início do mês e sustentado pela proximidade do feriado. Os estoques devem ficar mais enxutos ao longo da semana, o que dá sustentação às recentes altas da carne bovina. O boi casado de animais castrados é negociado, em média, por R$6,85/kg. A alta acumulada na última semana foi de 1,4%. (Portal Boi Pesado/SC – 13/11/2013)((Portal Boi Pesado/SC – 13/11/2013))

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Audiência pública debate Fundoleite

Lideranças do setor leiteiro devem comparecer em massa à audiência pública de discussão do PL 281/2013, do Executivo, que institui o Fundoleite. Proposto pelo presidente da Comissão de Agricultura, Ed...((Jornal Correio do Povo/RS – 14/11/2013))


Lideranças do setor leiteiro devem comparecer em massa à audiência pública de discussão do PL 281/2013, do Executivo, que institui o Fundoleite. Proposto pelo presidente da Comissão de Agricultura, Edson Brum, o debate está marcado para hoje, às 9h30min, no plenarinho da Assembleia. A maioria, segundo ele, tem “severas” divergências com o projeto e vão ao encontro para cobrar alterações. “Contestam o controle público, os critérios de formação do Conselho e entendem a contribuição da indústria como mais um imposto.” (Jornal Correio do Povo/RS – 14/11/2013)((Jornal Correio do Povo/RS – 14/11/2013))

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MG: Calu realiza seminário técnico sobre gestão e qualidade na pecuária leiteira

Dentro das atividades anuais promovidas pela Divisão de Apoio ao Cooperado e Departamento de Assistência Técnica da Cooperativa Agropecuária Ltda de Uberlândia – DAC/DAT - Calu, foi realizado, nesta t...((Página Rural/RS – 13/11/2013))


Dentro das atividades anuais promovidas pela Divisão de Apoio ao Cooperado e Departamento de Assistência Técnica da Cooperativa Agropecuária Ltda de Uberlândia – DAC/DAT - Calu, foi realizado, nesta terça-feira (12), no Hotel Parati, em Uberlândia – MG, o “Seminário técnico sobre gestão e qualidade na pecuária de leite”. O evento contou com a participação de mais de 60 cooperados que fazem parte do programa de assistência técnica da Cooperativa. A Calu preparou um dia de palestras técnicas com o objetivo de atualizar os produtores na atividade leiteira, focando, especialmente, a questão da qualidade. Pela manhã, o presidente da Calu, Cenyldes Moura Vieira, e o diretor administrativo, Marino Santos de Resende, falaram sobre a produção de leite, o mercado e a competitividade. Foram apresentados o cenário econômico da pecuária leiteira e como a Cooperativa está preparando-se para o crescimento, em função da construção do novo laticínio. Em seguida, o administrador de empresas, diretor e consultor da Antares Consultoria, Walmes Mendonça, fez uma apresentação sobre excelência na gestão rural. “O produtor tem que se ater ao planejamento, organização, à direção e ao controle da atividade leiteira. Só assim ele terá condições de desenvolver o seu negócio, encontrando estratégias para atingir resultados de acordo com os indicadores de desempenho desejados”, ressaltou. Após o intervalo do almoço, o gerente da Divisão de Apoio ao Cooperado e Departamento de Assistência Técnica da Calu, Robin Rodrigues, apresentou o novo plano de assistência técnica da Cooperativa. Por fim, o diretor e consultor da Quality Consultants of New Zealand – Qconz, Bernard Woodcock, conduziu uma palestra, na qual apresentou a potência da atividade leiteira na Nova Zelândia e discorreu sobre as questões que envolvem a qualidade do leite. Ele detalhou o manejo da ordenha, exemplificando os pontos em que o produtor peca e perde na qualidade e deixou algumas dicas técnicas importantes para obter sucesso na produção leiteira. “Não importa como se faz a ordenha, o essencial é que seja feita de forma higiênica, sempre respeitando as boas práticas agropecuárias”, acentuou. O produtor André Parreira de Castro, cuja propriedade está localizada em Monte Alegre de Minas, ficou satisfeito com o evento. “Para mim foi excelente, proporcionando-nos a ter uma visão geral de gestão. Acredito que encontros como esse devem ser constantes na Cooperativa, pois quando assimilamos a teoria e colocamos em prática, conseguimos ótimos resultados. Na minha avaliação, a perspectiva de mercado é animadora, mas temos que estar prontos para enfrentar os problemas que possam eventualmente aparecer, e a preparação técnica é essencial nesses momentos de incertezas”, ponderou. (Página Rural/RS – 13/11/2013)((Página Rural/RS – 13/11/2013))

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