Notícias do Agronegócio - boletim Nº 527 - 15/12/2015
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A Fazenda Santa Edwiges, do criador Rafael Cortes Coutinho, localizada na estrada São Thomé – Santa Isabel, em São Gonçalo (RJ), promoverá Dia de Campo do PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Ze...((Revista Beef World Online/SP – 14/12/2015))
A Fazenda Santa Edwiges, do criador Rafael Cortes Coutinho, localizada na estrada São Thomé – Santa Isabel, em São Gonçalo (RJ), promoverá Dia de Campo do PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos). O evento tem apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). O Dia de Campo objetiva unir os pecuaristas do Rio de Janeiro para troca de informações, objetivando melhores resultados na produção de carne e leite e analisar como o PMGZ, auxilia a seleção genética nas propriedades rurais. “Queremos motivar cada vez mais os criadores do Rio de Janeiro e mostrar como o investimento em genética de Zebu de qualidade é extremamente rentável ao pecuarista. Trata-se, na verdade, de um dos setores mais estáveis da economia. Assim, nosso papel é incentivar a atividade no estado”, comentou Renato Chalub, técnico de campo da ABCZ no Rio de Janeiro. Local do Dia de Campo: Fazenda Santa Edwiges - Estrada São Thome, 14 – Santa Isabel – São Gonçalo, Rio de Janeiro (RJ) (Portal Segs/SP - 14/12/2015) (Revista Beef World Online/SP – 14/12/2015)((Revista Beef World Online/SP – 14/12/2015))
topoO Agronegócio também poderá ser afetado pelos problemas enfrentados pela economia do País neste ano. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o PIB do setor recuou 0,51%, sinalizando para queda a...((Jornal DCI/SP – 15/12/2015))
O Agronegócio também poderá ser afetado pelos problemas enfrentados pela economia do País neste ano. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o PIB do setor recuou 0,51%, sinalizando para queda anual de 0,7% em 2015 em relação a 2014, conforme cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. A divulgação de dados oficiais referentes aos meses mais recentes pode alterar ligeiramente este resultado. O movimento baixista ocorre tanto na agricultura quanto na pecuária, que caem a taxas semelhantes: 0,49% e 0,54% até setembro. As retrações mais expressivas ocorrem no segmento industrial (queda de 1,31%, até setembro), mas os resultados dos segmentos primário e de serviços relacionados ao agronegócio também recuam: 0,30% e 0,64%, respectivamente, no acumulado até setembro. O único segmento do agronegócio que cresceu neste período foi o de insumos, 1,22%, puxado pela forte alta dos preços de fertilizantes decorrente do câmbio. Em contrapartida, o volume importado diminuiu 13% na comparação até outubro e o mesmo período de 2014, segundo dados da Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos). No segmento "dentro da porteira" do setor agrícola, os preços médios (agregado dos produtos considerados no cálculo do PIB) estão 4,08% menores que na média de janeiro a setembro de 2014, ao passo que a produção das mesmas culturas pode ter expansão anual de 4,4%. No balanço, registra estabilidade. Já a renda do segmento primário da pecuária tem sido pressionada pelos menores volumes de produção, uma vez que, em preços, o cenário é de alta no comparativo com 2014. O resultado era negativo em 0,55% até setembro. (Jornal DCI/SP – 15/12/2015)((Jornal DCI/SP – 15/12/2015))
topoOs frigoríficos, de uma maneira geral, começaram a testar a queda dos preços de balcão no decorrer da semana passada. De acordo com relatório semanal divulgado por Safras & Mercado, as escalas de abat...((Jornal Diário do Comércio/MG – 15/12/2015))
Os frigoríficos, de uma maneira geral, começaram a testar a queda dos preços de balcão no decorrer da semana passada. De acordo com relatório semanal divulgado por Safras & Mercado, as escalas de abate seguem em uma posição bastante confortável, acima de cinco dias úteis na maioria dos casos. Com isso, os frigoríficos buscam reduzir o ritmo das compras, até para evitar quadros de excedente de oferta, que dificultariam potencial alta da carne bovina no mercado interno. Esse comportamento é pouco usual durante o último bimestre, período que conta com bom apelo ao consumo. A oferta de animais terminados consegue atender plenamente às necessidades dos frigoríficos. As exportações de carne bovina in natura do Brasil renderam US$ 77,3 milhões na primeira semana de dezembro (quatro dias úteis), com média diária de US$ 19,3 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 19,2 mil toneladas, com média diária de 4,8 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.023,6. Entre novembro e dezembro, houve baixa de 11,6% no valor médio exportado, um recuo de 4% na quantidade e baixa de 7,9% no preço médio. Na relação entre dezembro de 2015 e o mesmo mês de 2014, houve recuo de 17% no valor total exportado, baixa de 3% na quantidade total, e desvalorização de 14,4% no preço médio. A média semanal de preços (de 7 a 10 de dezembro) em São Paulo foi de R$ 148,91 a arroba. Em Mato Grosso do Sul, o preço esteve em R$ 137,50. Em Minas Gerais, a arroba encerrou a R$ 144,33. Em Goiás, a arroba ficou a R$ 138,33. Em Mato Grosso, o preço encerrou a R$ 131,50. No atacado, a média semanal de preços foi de R$ 8,05 nos cortes de dianteiro e de R$ 11,60 nos cortes de traseiro. (Jornal Diário do Comércio/MG – 15/12/2015) média semanal de preços (de 7 a 10 de dezembro) em São Paulo foi de R$ 148,91 a arroba. Em Mato Grosso do Sul, o preço esteve em R$ 137,50. Em Minas Gerais, a arroba encerrou a R$ 144,33. Em Goiás, a arroba ficou a R$ 138,33. Em Mato Grosso, o preço encerrou a R$ 131,50. No atacado, a média semanal de preços foi de R$ 8,05 nos cortes de dianteiro e de R$ 11,60 nos cortes de traseiro. (Jornal Diário do Comércio/MG – 15/12/2015)((Jornal Diário do Comércio/MG – 15/12/2015))
topoMesmo com aumento na área plantada e faturamento 10% superior, custos em 2016 vão achatar a renda do produtor Se em 2015 foi a agropecuária que ajudou a evitar um tombo maior da economia brasileira e ...((Portal Zero Hora/RS – 14/12/2015))
Mesmo com aumento na área plantada e faturamento 10% superior, custos em 2016 vão achatar a renda do produtor Se em 2015 foi a agropecuária que ajudou a evitar um tombo maior da economia brasileira e gaúcha, em 2016 nem mesmo esse setor irá conseguir segurar os maus resultados. A diminuição da safra a ser colhida no próximo ano vai fazer com os resultados do segmento sejam negativos. — Vemos o produtor, em 2016, fazendo tudo o que pode. Apesar da crise, aumentou a área plantada. Mas o atraso no plantio, por conta do clima, determinará uma produtividade menor — afirma o economista-chefe do sistema Farsul, Antônio da Luz. A produção esperada para 2016 não é ruim. Chegará a 30,61 milhões de toneladas no total de grãos. Mas o nem mesmo faturamento 10% superior obtido com as lavouras conseguirá fazer frente à alta dos custos. O resultado é o achatamento da renda do produtor, que chegará a 45% no arroz e 40% na soja. O agricultor comprou insumos em um momento de dólar em alta e não sabe qual patamar vai encontrar no momento da colheita. Uma equação complicada, considerando o fato de que as commodities tiveram redução de preço considerável no mercado internacional. Na soja, os valores chegaram aos níveis de 2007. — Estamos dependentes de uma taxa de câmbio elevada, sob pena de achatar ainda mais a renda — completa o economista da Farsul. O agronegócio segue fazendo sua parte, mas o cenário de incertezas está conseguindo corroer também o único segmento que fechou 2015 com crescimento de 9,4% no Estado e 2,9% no país. (Portal Zero Hora/RS – 14/12/2015)((Portal Zero Hora/RS – 14/12/2015))
topoAtualização cadastral é feita de acordo com as matrículas apresentadas pelos proprietários de terras Desde o mês de abril de 2015, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) está ex...((Portal Folha Mate/RS – 15/12/2015))
Atualização cadastral é feita de acordo com as matrículas apresentadas pelos proprietários de terras Desde o mês de abril de 2015, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) está exigindo atualização de dados das propriedades rurais, ou seja, está fazendo um recadastramento das áreas de terras do Brasil. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Venâncio Aires (STR) Elemar Walker, informa que a atualização cadastral é feita de acordo com as matrículas apresentadas pelos proprietários de terras. Existem áreas individualizadas e em condomínio. Quando uma área for individualizada o cadastro deverá ser feito pelo proprietário e, quando a área for um condomínio, o cadastro deverá ser sobre o todo maior, conforme prevê a Lei Federal 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, orienta. (Portal Folha Mate/RS – 15/12/2015)((Portal Folha Mate/RS – 15/12/2015))
topoIncra recebeu posse de imóveis que totalizam mais de 1,6 mil hectares; terras foram obtidas por meio de processo de desapropriação O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) recebeu...((Portal Brasil/DF – 14/12/2015))
Incra recebeu posse de imóveis que totalizam mais de 1,6 mil hectares; terras foram obtidas por meio de processo de desapropriação O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) recebeu a posse de dois imóveis rurais na região de Araçatuba (SP) que irão beneficiar 146 famílias pelo Programa Nacional da Reforma Agrária. As fazendas São Raphael Santana, localizada em Lavínia, e a Fazenda Oba, em Mirandópolis, que totalizam mais de 1,6 mil hectares, foram obtidas por meio de processo de desapropriação. Os valores depositados à época do ajuizamento da ação de desapropriação, em setembro de 2004, totalizam R$ 3,6 milhões e correspondem às indenizações a serem pagas aos antigos proprietários pelas benfeitorias e pela terra nua. Estes valores ainda estão sendo discutidos em juízo. Desapropriação A Fazenda São Raphael Santana tem área de 735,3 hectares e capacidade estimada para assentar 52 famílias. O processo de desapropriação foi iniciado pelo Incra/SP em abril de 2002. Em dezembro do mesmo ano, o imóvel foi declarado de interesse social para fins de reforma agrária. Após contestações judiciais, a posse foi concedida ao Incra em 2013, mas acabou sendo suspensa por decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Em 3 de novembro de 2015, nova decisão da Justiça Federal concedeu a posse ao Incra/SP. Já a Fazenda Oba tem 923,7 hectares e capacidade estimada para receber 94 famílias de trabalhadores rurais. O imóvel, localizado em Mirandópolis, foi decretado de interesse social em agosto de 2014, após processo de desapropriação iniciado em janeiro de 2010 pelo Incra/SP. Os valores disponibilizados pelo imóvel totalizam R$ 14,5 milhões, sendo R$ 1,1 milhão para o pagamento de benfeitorias, em moeda corrente, e o valor restante pago pela terra nua, a ser resgatado em Títulos da Dívida Agrária (TDAs). A ação ajuizada pelo Incra/SP em março de 2015 teve decisão favorável no último dia 7 de outubro. Assentamentos Com a posse formal destas áreas, o Incra iniciará a criação dos assentamentos e a seleção das famílias, ampliando ainda mais a reforma agrária na região. Os assentamentos passarão a ser atendidos pelo chamado Núcleo Operacional de Andradina, responsável por 48 assentamentos federais em 19 municípios, onde vivem mais de quatro mil famílias com acesso à assistência técnica e outras políticas públicas que garantem renda e desenvolvimento produtivo, além da segurança alimentar da população local. (Portal Brasil/DF – 14/12/2015)((Portal Brasil/DF – 14/12/2015))
topoPara chegar ao valor, ministra afirma estar negociando com pastas da Fazenda e do Planejamento a possibilidade de vender estoques de grãos do governo A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou ne...((Portal Canal Rural/SP – 14/12/2015))
Para chegar ao valor, ministra afirma estar negociando com pastas da Fazenda e do Planejamento a possibilidade de vender estoques de grãos do governo A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou nesta segunda-feira, dia 14, em Campinas (SP), que as negociações para elevar o volume de recursos para subvenção do seguro rural em 2016 caminham bem e que sua intenção é alcançar a cifra de R$ 1 bilhão. De acordo com a ministra, a pasta já conta com R$ 400 milhões e vem trabalhando com o deputado Ricardo Barros (PP-PR) e a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), da Comissão Mista do Orçamento (CMO), para mobilizar R$ 350 milhões da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGMP) que não foram usados nos últimos três anos. "Com isso chegaríamos a R$ 750 milhões. Este montante já está praticamente acertado, mas estou muito confiante que chegaremos a R$ 1 bilhão", declarou a ministra. Para alcançar este valor, Kátia Abreu negocia com os Ministérios da Fazenda e do Planejamento a possibilidade de comercialização de produtos agrícolas hoje estocados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e que renderiam R$ 250 milhões. A ministra da Agricultura adiantou alguns dados que deve divulgar nesta terça-feira, dia 15, em Brasília, durante apresentação do balanço de atividades do ministério no exercício de 2015. Um deles diz respeito à economia de R$ 500 milhões obtida, segunda a ministra, com o corte de 50% nos gastos com hospedagens e diárias. "O governo cortou R$ 500 milhões e nós conseguimos economizar mais R$ 500 milhões", disse. A ministra afirmou que pretende continuar melhorando os processos de gestão e governança da pasta, aproximando-os do padrão da gestão privada. "Nós e nossos servidores temos trabalhado contra o tempo para deixar um legado para a instituição. Lá não tem apadrinhamento nem amiguinho para passar na frente. Queremos uma entidade acima de qualquer suspeita e que gere confiança aos contribuintes." Kátia Abreu mencionou conquistas do último ano, como a derrubada dos embargos à carne bovina brasileira, com acesso a mercados como os da Rússia e China. "Acho que eu dei a volta ao mundo três vezes neste ano. Na última viagem à China, abrimos 17 plantas às exportações brasileiras de carnes", afirmou. Também citou a lei plurianual agrícola, que está em elaboração no Ministério da Agricultura e deve ser enviada à Frente Parlamentar da Agricultura no ano que vem. Kátia Abreu participou na tarde desta segunda da cerimônia de posse do novo chefe geral da Embrapa Monitoramento por Satélite, Evaristo Eduardo de Miranda, na sede da unidade em Campinas (SP). Rebaixamento No evento, a ministra disse também que o governo e Congresso não podem permitir que a nota do Brasil seja novamente rebaixada pelas agências de classificação de risco. "Acho que o Congresso Nacional, dialogando com a Fazenda e o (Ministério) do Planejamento, podem chegar a um bom termo. O que nós não podemos permitir ou facilitar é que o Brasil seja rebaixado no seu grau de risco", disse em referência às discussões em Brasília sobre a meta fiscal para 2016 que colocam em lados opostos o ministro Joaquim Levy e aliados do governo no Congresso. "Tudo o que pudermos fazer para fortalecer nossa economia nacional e voltar aos nossos patamares anteriores, precisa ser feito", declarou a ministra. No começo de sua apresentação, a ministra fez uma brincadeira mencionando o incidente ocorrido na semana passada envolvendo o senador José Serra (PSDB) - quando a ministra jogou uma taça de vinho no senador após ele tê-la chamado de "namoradeira". "Chega o final do ano e estou com gripe, dor no corpo, em várias partes do corpo. A dor no braço é porque eu fiz muito esforço com ele nos últimos dias", brincou. Depois, Kátia afirmou que a questão com Serra já "está no passado". (Portal Canal Rural/SP – 14/12/2015)((Portal Canal Rural/SP – 14/12/2015))
topoEntidades do agronegócio torcem para que processo seja rápido, independentemente do resultado O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff mexe com a economia e afeta diretamente o produtor ...((Portal Canal Rural/SP – 14/12/2015))
Entidades do agronegócio torcem para que processo seja rápido, independentemente do resultado O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff mexe com a economia e afeta diretamente o produtor rural. Embora não haja unanimidade no setor sobre a saída ou permanência da presidente, em um ponto todos concordam: a indefinição e a instabilidade não podem continuar. Pequeno produtor em Brasília, Rivaldo José Gonçalves trocou de profissão, deixou a moradia urbana e se mudou para a área rural. Hoje, é dependente do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) para investir na pequena chácara e aumentar a produção leiteira. Ele tem uma posição definida sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Eu sou contra porque nós estamos vivendo uma democracia, e a maioria da população escolheu o presidente que aí está. Mesmo nessa crise política, a gente tá conseguindo fazer financiamento, aumentar a produção”, diz. A 20 km da propriedade de Gonçalves, o cenário é bem diferente. Na cooperativa Agropecuária do Distrito Federal, os 136 associados reduziram os investimentos por falta de crédito rural. O presidente da Coopa-DF conta ainda que a oscilação do dólar prejudicou a comercialização da soja futura. “Hoje, uns 40% dos nossos associados conseguiram fazer comercialização, outros estão esperando uma definição porque há um diferencial muito grande do dólar”, diz Leomar Cenci, presidente da cooperativa. Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, a oscilação do dólar foi o que mais impactou o setor: “É uma coisa antagônica. Num segundo momento, vai ser uma coisa boa para o produtor. Mas agora tá sendo muito difícil. O produtor teve a sua dívida em dólar majorada e suas garantias permaneceram com os mesmos valores. Além disso, os bancos saíram do negocio”, diz João Carlos Jacobsen Rodrigues. Embora não tenha se formado um consenso entre os agricultores sobre o impeachment e muitos representantes de entidades prefiram ficar em cima do muro, todos concordam que o processo precisar terminar logo. “Do ponto de vista político, a governabilidade fica muito difícil caso a Dilma continue no poder. Mas eu vejo com muita tristeza a possibilidade de a gente ter que tirar um segundo presidente”, diz Ronaldo Spirlandelli de Oliveira, presidente da APA (Associação Paulista dos Produtores de Algodão). “Talvez o que mais preocupe seja a própria indefinição. Quanto mais rápido se definir isso, ou a saída ou a permanência, isso vai trazer um norte pro agricultor”, diz Leomar Cenci, da Coopa-DF. Cláudio Malinski, diretor-técnico da entidade, completa: “Do jeito que está hoje, a melhor decisão é um impeachment mesmo. O mercado vai acreditar mais no Brasil”. (Portal Canal Rural/SP – 14/12/2015)((Portal Canal Rural/SP – 14/12/2015))
topohttp://www.canalrural.com.br/videos/jornal-da-pecuaria/comeca-premiacao-nelore-fest-sao-paulo-65791((Portal Canal Rural/SP – 14/12/2015)
http://www.canalrural.com.br/videos/jornal-da-pecuaria/comeca-premiacao-nelore-fest-sao-paulo-65791((Portal Canal Rural/SP – 14/12/2015)
topohttp://www.canalrural.com.br/videos/rural-noticias/comeca-sao-paulo-nelore-fest-2015-65789((Portal Canal Rural/SP – 14/12/2015))
http://www.canalrural.com.br/videos/rural-noticias/comeca-sao-paulo-nelore-fest-2015-65789((Portal Canal Rural/SP – 14/12/2015))
topoNovilha de linhagem Essência TE Guadalupe foi o destaque do pregão Na tarde de 13 de dezembro, os criadores José Pellegrino Neto, da Zebuínos Arte Real; Gilmar de Jorge, da Nelore Atlas; Hamilton e He...((Revista DBO Online/SP – 14/12/2015))
Novilha de linhagem Essência TE Guadalupe foi o destaque do pregão Na tarde de 13 de dezembro, os criadores José Pellegrino Neto, da Zebuínos Arte Real; Gilmar de Jorge, da Nelore Atlas; Hamilton e Henrique Zamai, da Zenã Agropecuária; reuniram sua produção na tela do Canal Rural para o Leilão Virtual Realezas do Nelore. Foram vendidos 115 lotes de machos, fêmeas e prenhezes por R$ 823.680, média geral de R$ 7.162. As fêmeas puxaram a oferta, com 97 exemplares à media de R$ 6.393. Entre elas estava o animal mais valorizado do pregão, Javanessa FIV J.Faria, filha de Jeru FIV do Brumado em Pangea TE Guadalupe, sendo descendente materna das consagradas Javanesa TE Guadalupe e Essência TE Guadalupe. A novilha de 19 meses, que segue inseminada de Jabriel FIV de Naviraí, foi arrematada em 50% por R$ 19.200 pela Hot Flowers. A média dos 13 machos foi de R$ 8.086, valor equivalente a 55,5 arrobas de boi gordo para pagamento à vista na praça de Araçatuba, SP, (R$ 145,5). Também foram vendidos cinco prenhezes a R$ 19.680. Os trabalhos foram conduzidos pelo leiloeiro João Gabriel, com captação para pagamentos em 24 parcelas. A organização do evento foi da Programa Leilões. (Revista DBO Online/SP – 14/12/2015)((Revista DBO Online/SP – 14/12/2015))
topoBrasil terá pelo menos 35% da demanda adicional mundial de carne bovina em 2024, mas há desafios para abocanhar mercado, aponta estudo de banco Os principais importadores mundiais de carne bovina vão ...((Jornal Folha de S Paulo, Mercado/SP – 15/12/2015))
Brasil terá pelo menos 35% da demanda adicional mundial de carne bovina em 2024, mas há desafios para abocanhar mercado, aponta estudo de banco Os principais importadores mundiais de carne bovina vão necessitar de 10,1 milhões de toneladas em 2024. Esse volume supera em 2,8 milhões as exportações atuais desse tipo de carne. Estudo do Rabobank, banco com foco no agronegócio, prevê que 1 milhão do volume adicional vá vir do Brasil. Dois pontos positivos devem levar o país a ter uma maior participação no mercado internacional de carne. Um deles é o aumento e o aproveitamento maior do milho para a alimentação de animais, o que já ocorre nos EUA há várias décadas. Outro ponto positivo é que o país já tem uma vocação exportadora. Além disso, as grandes empresas internacionais ligadas ao setor atuam por aqui, melhorando as chances brasileiras. A demanda internacional por proteína bovina é crescente, e o Brasil tem oportunidade de participar mais do mercado externo. Há muito por fazer, no entanto. Adolfo Fontes, analista do Rabobank, afirma que a indústria brasileira desse setor é relativamente ineficiente em relação aos padrões globais, como EUA e Austrália. Na avaliação dele, o país necessita elevar a produtividade, hoje abaixo da média dos principias concorrentes. Até agora, o Brasil foi beneficiado pela produção do gado em pasto, mas o quadro atual de degradação de boa parte das pastagens traz novos desafios para o setor. Estudos da Embrapa indicam que metade das pastagens brasileiras sofre algum grau de degradação. Na avaliação do Rabobank, o Brasil já produz carne de alta qualidade, equiparando-se aos Estados Unidos. Boa parte do produto, porém, é vendida como "commodity". A média nacional da qualidade é inferior à capacidade de produção do país, devido à pouco desenvolvida cadeia produtiva do setor. AVANÇO EM 3 FRENTES Para elevar quantidade e qualidade da carne, Fontes acredita que o país necessita avançar em três frentes. Uma delas é a intensificação da produção safrinha de milho, o que pode dar suporte à cadeia de proteína bovina. "Transformar o milho em proteína animal é agregar valor", afirma Fontes. A incorporação do milho na produção de carne é importante porque acelera o abate e resulta em uma carne mais jovem. Nos EUA, o abate dos animais ocorre com 18 meses. No Brasil, é comum abates de animais com 40 meses. A incorporação dos grãos na alimentação do animal vai permitir ao Brasil competir com EUA e Austrália em mercados importadores que pagam mais, segundo Fontes. A utilização do milho é importante também na composição dos custos de produção. A safrinha avança mais na região de Mato Grosso e em outras fronteiras agrícolas, próxima dos rebanhos. Em segundo lugar, Fontes vê a necessidade de uma melhor organização da cadeia brasileira de produção. É preciso um amadurecimento entre os elos dessa cadeia, o que vai resultar em contratos e negociações em Bolsa, como nos Estados Unidos. Os contratos estipulam datas e quantidades, garantindo estabilidade para ambas as partes. Um desafio é o fato de a produção do país estar espalhada, dificultando essa organização. O IBGE indica que são 2,5 milhões de propriedades com gado no país. Dessas, 72% têm menos de 50 hectares. Finalmente, fontes diz que é preciso haver uma mudança nos critérios de negociação de bezerros. Boa parte das vendas ainda é por cabeça, e não por quilo. A negociação por quilo dá maior competitividade ao setor, além de exigir tecnologia na produção do animal. CONFINAMENTO O Brasil tem várias opções de produção de carne: gado em pasto, confinamento, semiconfinamento e integração lavoura-pecuária. Atualmente, 10% da produção de carne vem do confinamento. Em 2024, esse percentual deverá estar em 20%. Crescerá também a produção por meio da integração lavoura-pecuária, que já ocupa próximo de 5 milhões de hectares. Com isso, cai o mito de que a pastagem ruim não tem jeito. "É tudo uma questão de manejo", diz Fontes. O aprimoramento desses tipos de produção poderá elevar a produtividade brasileira. Os EUA, com um rebanho de 88 milhões de cabeças em 2014, produziram 11,1 milhões de toneladas de carne bovina. O Brasil, com 208 milhões de animais, produziu apenas 9,7 milhões. (Jornal Folha de S Paulo, Mercado/SP – 15/12/2015)((Jornal Folha de S Paulo, Mercado/SP – 15/12/2015))
topoA pecuária brasileira é um gigante que produz 10 milhões de toneladas de proteínas animais por ano, movimenta mais de R$ 75 bilhões somente dentro da porteira e conta com 2,7 milhões de estabeleciment...((Jornal Diário do Comércio/MG – 15/12/2015))
A pecuária brasileira é um gigante que produz 10 milhões de toneladas de proteínas animais por ano, movimenta mais de R$ 75 bilhões somente dentro da porteira e conta com 2,7 milhões de estabelecimentos espalhados pelo País. Os números são espetaculares e demonstra a aptidão do produtor brasileiro para a lida com o gado. Mas a atividade é muito mais do que isso e conta com um exército de mais de 7 milhões de pessoas que trabalham nas fazendas de gado e são, na essência, o propulsor da pecuária. De acordo com o CEO do BeefPoint, assinala Miguel Cavalcanti, essa indiscutível importância da mão de obra das fazendas pecuárias foi um dos temas mais presentes do BeefSummit Brasil 2015, evento realizado em Ribeirão Preto (SP), que reuniu os principais produtores, consultores, técnicos e gestores da cadeia da carne bovina. “Entre outras responsa-bilidades é dever dos produtores gerenciar bem a mão de obra das propriedades. A eficiente gestão das pessoas pode significar a diferença entre o lucro e o prejuízo de uma atividade avaliadas nos detalhes”, ressalta Cavalcanti. “Uma das grandes satisfações que tive foi ver um funcionário com carro próprio. Isso significa que ele está melhorando de vida – sinal de que a fazenda está contribuindo para o seu crescimento”, destacou o pecuarista Alaor Ávila, em sua apresentação no BeefSummit Brasil 2015. “O sucesso dos colaboradores é uma métrica importante da gestão de pessoas”, assinala Miguel Cavalcanti. Os olhos dos funcionários do confinamento de Alexandre Foroni, de Rondônia, brilharam quando eles foram acompanhar o abate dos animais que ajudaram a terminar. “Esse envolvimento possibilita ampliar a visão da equipe, que fica mais participativa e alinhada quando entende o andamento da cadeia produtiva”, disse Foroni aos participantes do BeefSummit Brasil. Sucesso - “A valorização das pessoas é chave para o sucesso dos projetos pecuários. E isso é possível com reuniões periódicas para identificar o que eles pensam ou se têm dúvidas sobre o trabalho”, destacou. “É preciso entender que as pessoas são diferentes e não são perfeitas. Assim, precisam ser tratadas de maneira diferente». O consultor Edmour Saiani entende que o melhor chefe é justo, mas muito exigente. “Esse comportamento ajuda as pessoas a se desenvolverem”, disse. Nesse sentido, Miguel Cavalcanti faz uma distinção entre dois conceitos de gestão, que se aplica à pecuária. “Afinal, você delega ou delarga? Em outras palavras, repassa atribuições e cobra resultados ou passa tarefas e as esquece. (Jornal Diário do Comércio/MG – 15/12/2015)((Jornal Diário do Comércio/MG – 15/12/2015))
topoNos últimos 7 anos o preço da arroba do boi à vista subiu expressivamente em algumas regiões de Mato Grosso. Em Juara, por exemplo, região noroeste do Estado, a expansão chegou a 93%. Isso porque, atu...((Jornal A Gazeta/MT – 15/12/2015))
Nos últimos 7 anos o preço da arroba do boi à vista subiu expressivamente em algumas regiões de Mato Grosso. Em Juara, por exemplo, região noroeste do Estado, a expansão chegou a 93%. Isso porque, atualmente o preço da arroba está R$ 122,67, contra R$ 63,55 no mesmo período de 2009, quando o Imea começou a acompanhar a cotação do produto. O gerente de Projetos da Acrimat, Fábio Silva, explica que durante este período todas as regiões tiveram valorização, devido à expectativa de rentabilidade do confinador. “Antes tínhamos grande oferta de boi gordo, que contribuía para a oferta, mas tínhamos menos demanda. Como o ciclo pecuário é regido pelo abate e retenção das fêmeas, nos últimos anos houve redução da matriz e consequentemente caiu o número de bezerros, dessa forma tivemos um ganho no preço da arroba”. Das macroregiões listadas pelo último levantamento do Imea de 2015, a médio-norte tem mais bovinos confinados, com 149,369 mil em 2015. A menor quantidade está no Noroeste, com apenas 10,876 mil cabeças. Juara está entre as regiões mais importantes para a produção, aponta o gerente. Segundo ele, a cidade tem grande produção de gado magro e é muito importante para a pecuária de corte. O município é fundamental para atender regiões de confinamentos, que por sua vez, possuem disponibilidade de matérias-primas para a ração animal, ou seja, os confinamentos estão em regiões produtoras de soja, milho e algodão. (Jornal A Gazeta/MT – 15/12/2015)((Jornal A Gazeta/MT – 15/12/2015))
topoA elevação da compra de carne bovina de Mato Grosso e do Brasil por parte do Japão depende de “simples” critérios, como vigilância sanitária e até mesmo o status livre da febre aftosa sem vacinação. S...((Revista Beef World Online/SP – 15/12/2015))
A elevação da compra de carne bovina de Mato Grosso e do Brasil por parte do Japão depende de “simples” critérios, como vigilância sanitária e até mesmo o status livre da febre aftosa sem vacinação. Segundo representantes Japão, durante visita a Mato Grosso nesta semana, o grande diferencial da sua produção pecuária para a brasileira é quanto ao método de pastagem natural utilizado no Brasil. Nesta semana um grupo de representantes país asiático formado por Masayoshi Kinoshita, Coordenador Senior de Higiene e Inspeção e Kenta Yonemoto, pesquisador do departamento de informações e pesquisa, membros da ALIC, que é uma entidade subordinada ao Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca do Japão, e Milton Nonaka, contato da ALIC (Agriculture & Livestock Industries Corporation ) no Brasil, esteve em Cuiabá visitando propriedades rurais, frigoríficos e a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). A missão técnica, segundo Masayoshi Kinoshita, Coordenador Senior de Higiene e Inspeção da ALIC (Agriculture & Livestock Industries Corporation), não possuiu relações com o fim do embargo aos embarques de carne para o país asiático estava em vigor desde 2012. “Viemos para Mato Grosso por ser o maior produtor de pecuária de corte do Brasil. Posteriormente visitaremos São Paulo, Brasília, Goiás e o Mato Grosso do Sul. O ano passado viemos para o estado com foco na criação e produção bovina e desta vez resolvemos abranger, também, a infraestrutura logística e frigoríficos”, comentou Masayoshi Kinoshita ao Agro Olhar. Conforme Masayoshi Kinoshita, o que difere a produção de bovinos no Brasil do Japão é o fato da pecuária brasileira utilizar o método de pastagem natural. O especialista japonês destaca, ainda, que o fato de Mato Grosso possui uma associação dos criadores como a Acrimat é importante, pois enquanto nos Estados Unidos e na Austrália, por exemplo, as associações focam o mercado de exportação, enquanto a entidade mato-grossense visa defender os interesses do pecuarista, além de buscar tecnologia para a elevação da produtividade e qualidade da carne e a prevenção de doenças, por exemplo. “A elevação da aquisição de carne bovina brasileira por parte do Japão dependerá exclusivamente dos critérios de vigilância sanitária dos animais. A produção bovina sem a necessidade de vacinação contra a febre aftosa, ou seja, status livre da doença sem precisar imunizar é um ponto”, pontua Masayoshi Kinoshita. (Revista Beef World Online/SP – 15/12/2015)((Revista Beef World Online/SP – 15/12/2015))
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Os compradores têm recuado devido às más condições dos pastos, já que as chuvas não têm ocorrido com regularidade no estado A oferta de animais de reposição no Maranhão está restrita e isso vem guiando mais os preços do que a demanda. Os compradores têm recuado devido às más condições dos pastos, já que as chuvas não têm ocorrido com regularidade no estado. As negociações estão lentas. Mesmo assim, os preços dos machos anelorados estão 2,8% maiores, em relação à cotação média de novembro. A categoria que mais valorizou foi o bezerro desmamado, de 6,0@, com alta de 6,3% no período. As recentes valorizações da arroba do boi gordo no estado colaboram para a firmeza dos preços dos animais de reposição. No mesmo período a alta do macho pronto para o abate foi de 2,7%. Em relação ao ano passado, assim como em boa parte do país, a reposição subiu mais que o boi gordo. No caso do Maranhão, os machos de reposição subiram 17,2%, enquanto os machos terminados tiveram alta de 10,6% no intervalo. Isso ocasionou redução do poder de compra do pecuarista, que hoje consegue adquirir um bezerro desmamado com a venda de 8,3@ de boi gordo, sendo que em dezembro do ano passado era necessária 1,17 arroba a menos. Agora fica a expectativa quanto ao comportamento do preço do boi gordo em dezembro, que poderá ainda influenciar as cotações do mercado de reposição no estado. (Revista Beef World Online/SP – 15/12/2015)((Revista Beef World Online/SP – 15/12/2015))
topoEstudo aponta aumento de prenhez em grupo de animais vacinados contra BVD, IBR e leptospirose Os cuidados com o rebanho de bovinos têm de mudar na medida em que os padrões de tecnologia mudam. Com bas...((Revista DBO Online/SP – 15/12/2015))
Estudo aponta aumento de prenhez em grupo de animais vacinados contra BVD, IBR e leptospirose Os cuidados com o rebanho de bovinos têm de mudar na medida em que os padrões de tecnologia mudam. Com base nesse raciocínio, os veterinários Lucas Souto, gerente de Serviços Técnicos da Biogénesis Bagó, com sede em Curitiba, PR, e Milton Maturana Filho, do Departamento de Reprodução Animal da Universidade de São Paulo (USP) de Pirassununga (SP), alertam para a necessidade de aumento do controle sanitário em fazendas que utilizam como ferramenta reprodutiva a IATF - Inseminação Artificial em Tempo Fixo. “Quando você intensifica um sistema de reprodução, como é o caso da IATF, os bovinos ficam mais suscetíveis a contrair doenças infecto-contagiosas, pois aumenta consideravelmente o contato físico entre eles, sem contar o estresse ocasionado pelo número excessivo de manejo, fator que reduz a imunidade dos animais”, diz o gerente da Biogénesis Bagó, que realizou, com o apoio da USP, um estudo científico que comprova a ocorrência de perdas gestacionais precoces relacionadas a problemas de sanidade em matrizes submetidas à IATF. A pesquisa, feita no início de 2014, envolveu quatro diferentes fazendas de cria no Mato Grosso do Sul, perfazendo um rebanho total de 1.172 vacas Nelore. A equipe de Lucas Souto foi responsável pelo trabalho prático, que consistiu na aplicação da IATF em matrizes Nelore provenientes das quatro fazendas, escolhidas aleatoriamente e distribuídas em dois grupos: o “vacinado” (584 cabeças) e o “controle” (animais não vacinados/588 cabeças). As vacinações combatem três enfermidades bastante comuns em rebanhos de corte e leite: Diarreia Viral Bovina (BVD), Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) e Leptospirose. A tarefa de compilação e avaliação estatísticas dos resultados obtidos a campo ficou a cargo da equipe do veterinário Milton Maturana Filho, da USP de Pirassununga. “A partir dos cruzamentos estatísticos das informações coletadas nas fazendas, conseguimos mostrar que a vacinação é fator determinante para o aumento de prenhez em programas de IATF”, atesta Maturana Filho. Segundo ele, no momento do diagnóstico de gestação, realizado 30 dias depois da inseminação, o grupo de animais vacinados registrou taxa de prenhez de 58,2% (340 animais gestantes entre 584 inseminados), enquanto o grupo de controle teve taxa de 44,7% (263/588), o que representou uma diferença de 13,48 pontos percentuais, ou aumento de 27% (veja gráfico). Segundo Souto, além das perdas precoces, registrada nas três primeiras semanas após a inseminação, ainda é preciso contabilizar os números de abortos registrados ao longo de todo o período gestacional. “Ainda não possuímos este levantamento completo, pois falta computar todos os dados de nascimento, mas certamente as perdas no grupo de vacas não vacinadas serão bem superiores às registradas no grupo controle”, prevê o veterinário. * Matéria originalmente publicada na Revista DBO de março de 2015 (páginas 66 e 67). O experimento No início do protocolo de IATF, um grupo de matrizes recebeu as vacinas contra as três enfermidades: BVD, IBR e Leptospirose. Uma segunda dose dessas mesmas vacinas foi aplicada no momento do diagnóstico precoce de gestação, realizado 30 dias depois da inseminação, por meio de ultrassonografia. Por sua vez, o grupo controle recebeu apenas solução salina 0,9%. Antes do início da IATF, análises laboratoriais realizadas em 3,9% dos animais de cada fazenda apontaram a ocorrência de BVD, IBR e Leptospirose em 78,26%, 95,65% e 10,86%, respectivamente, das amostras de sangue coletadas aleatoriamente. Segundo Souto, estes resultados de sorologia não diferem da realidade de outras fazendas de corte e de leite do Brasil. "Doenças infecto-contagiosas da reprodução animal, como a IBR, BVD e a Leptospirose, estão bastante disseminadas no rebanho nacional", afirma o gerente, que utiliza como referência um banco de dados da própria Biogénesis Bagó, que reúne análises laboratoriais de 55.087 mil amostras de sangue de bovinos de 3.174 fazendas espalhadas pelo Brasil, coletadas no período de 2001 a 2013. "Este nosso levantamento histórico mostra uma prevalência muito alta para esses três agentes nas propriedades brasileiras; acima de 80%, no caso das enfermidades IBR e BVD, e em torno de 55%, no que diz respeito a Leptospirose", afirma Souto, acrescentando que, detectado o quadro de infecção, o vírus se mantém no animal de forma latente, podendo ser reativado e multiplicado em situações de grande desafios e estresse, como é caso do uso de IATF. Precisão na análise Os resultados de prenhez em programas de IATF não dependem somente da questão relacionada à sanidade. Além do controle sanitário, é preciso ficar atento a fatores como qualidade do sêmen, experiência do inseminador e a condição corporal das matrizes. No trabalho experimental, procurou-se "isolar" o efeito do tratamento relacionado à sanidade das demais variáveis que determinam os resultados da IATF. Ou seja, todas as vacas inseridas no projeto, vacinadas ou não, foram manejadas pelo mesmo inseminador e receberam material genético idêntico, além de apresentarem escore de condição corporal (ECC) semelhantes. "Isso nos fez ter certeza de que a vacinação foi a única responsável pela diferença de resultados entre os dois grupos", explica Maturana Filho. Segundo Souto, atualmente apenas 3% do rebanho bovino brasileiro são vacinados contra BVD, IBR e Leptospirose. No caso das duas primeiras enfermidades, o veterinário alerta para a necessidade de aplicação anual das vacinas. Em relação à Leptospirose, diz ele, recomenda-se que se faça no mínimo uma vacinação a cada seis meses. "A utilização de vacinas para a manutenção da sanidade dos rebanhos bovinos é uma ferramenta de fácil aplicação e com ótima relação custo-benefício", salienta Souto, que promete divulgar, no futuro próximo, uma análise completa sobre o estudo em questão, dessa vez com informações relacionadas a ganhos econômicos. (Revista DBO Online/SP – 15/12/2015)((Revista DBO Online/SP – 15/12/2015))
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Cuidados com o bem-estar do rebanho aumentam ganho na produção de arrobas por hectare Pesquisa realizada por uma dupla de pesquisadoras do Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal (Grupo ETCO), da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp Jaboticabal) atestou que o contato mais frequente de humanos com bovinos mantidos em pasto rotacionado pode reduzir a reatividade e ainda trazer benefícios para o sistema produtivo, como aumento da lotação por hectare, redução dos acidentes no curral e do tempo de trabalho. Os dados foram coletados com base na observação de 3.600 animais em três das seis fazendas da região de Paragominas, nordeste do Pará, a 320 km de Belém, que participaram do Projeto Pecuária Verde, iniciativa que promoveu, entre 2012 e 2014, ações para a aumentar a produtividade dos pastos, adotar técnicas de bem-estar animal e adequação às exigências ambientais. Entre as iniciativas estavam a intensificação dos pastos e a introdução do pastejo rotacionado, que obrigou os vaqueiros a transferirem o rebanho de piquetes com maior regularidade. Além disso, os animais deveriam ser pesados uma vez por mês para verificar se o manejo estava dando os resultados esperados. “A necessidade de um manejo mais frequente suscitou, entre os criadores, o receio de que esta medida afetasse o desempenho do ganho de peso dos animais”, lembra Mateus Paranhos, coordenador do ETCO e um dos consultores especialistas do projeto. “Muitos pecuaristas resistem em adotar o pastejo rotacionado. Alguns argumentam que mexer com os bois é ruim para o processo de engorda, outros acham que é muito complicado fazer o manejo entre os vários piquetes. Outros, ainda, que os animais ficam muito reativos. Porém, os produtores do projeto Pecuária Verde afirmam que os animais se adaptam de tal maneira que, espontaneamente, já se posicionam para mudar de piquete no dia certo, facilitando o trabalho dos vaqueiros. Ou seja, o contato mais frequente deixa os animais mais mansos, desde que seja feito respeitando suas características”, explica. Os resultados alcançados pelas fazendas apontam para o aumento dos índices de produtividade, lucratividade e redução de custos de produção. Em três anos a produção aumentou de 7 para 36 arrobas por hectare. Na Fazenda Marupiara, os lotes de bovinos adultos são transferidos de piquetes a cada dois dias e levados para a pesagem uma vez por mês. A proximidade dos vaqueiros, ao contrário do que se prega, mantém a boiada calma, menos reativa. “Adotamos um sistema de manejo sem gritos ou pancadas. Com os animais menos assustados, a lida com o rebanho ficou mais rápida e segura”, afirma Mauro Lúcio Costa, dono da propriedade, localizada em Tomé-Açu, na região de Paragominas, PA. Costa é presidente do Sindicato Produtores Rurais de Paragominas, idealizador do Projeto Pecuária Verde. Segundo ele, “quando as pessoas são treinadas para trabalhar com rebanho bovino de maneira correta, as coisas ficam mais fáceis e, ao contrário do que se preconiza, o desempenho dos animais não é afetado quando eles são levados para pesar. Isso só acontece se o manejo for inadequado e a boiada apanha ou se machuca, aí eles comem menos porque estão sentindo dor. Sem isso e com instalações adequadas os animais respondem melhor”. Na fazenda, onde são mantidas 2.000 cabeças de gado anelorado, a melhoria do temperamento dos bovinos permitiu o aumento da lotação nos pastos intensificados de 1,44 UA/ha em 2012 para 2,21 UA/ha no fim do projeto. A área destinada para a pecuária foi reduzida em 25% e direcionada para a agricultura. O ganho médio de peso aumentou em mais de 100 gramas/ dia/cabeça e o peso ao abate registrou aumento de 2,5%. Além dos benefícios para temperamento dos animais, foram constatados outros ganhos como a melhoria da rotina de manejo nas fazendas, com a maior facilidade de condução dos animais para a realização de procedimentos usuais no curral. "Antes do treinamento, a vacinação do rebanho levava até seis dias para ser concluída e ainda havia muitos problemas, como animais que não recebiam a dose correta da medição ou com abscessos por terem sido furados no lugar errado. Agora em quatro dias todos os animais estão vacinados e não há mais problemas", explica Marcus Vinícius Scaramusa, gerente da Fazenda São Luiz, que mantém um rebanho com até 1.800 cabeças em ciclo completo. Segundo os criadores, antes da adoção do projeto, o manejo dos animais era estressante e resultava, muitas vezes, em acidentes. Depois os vaqueiros passaram a trabalhar com atenção e dedicação, resultando, na maioria das vezes, em finalização de um dia de trabalho sem a ocorrência de animais agredidos, machucados ou conduzidos de forma inadequada. Com animais menos reativos, todo o trabalho de contenção para manejo de vermífugos, vacinação ou pesagem é mais rápido e eficiente. "Conseguimos registrar uma redução de mais de 60% no tempo de trabalho com cada animal, o que significa uma queda de 2 minutos para 40 segundos por manejo e a liberação de funcionários para fazer outras atividades na fazenda", afirma a zootecnista Carla Ferrarini, coordenadora do Projeto Pecuária Verde. Mais dóceis As pesquisadoras Maria Camila Ceballos e Karina Góis observaram, entre os meses de maio e junho de 2013, 3.600 bovinos machos inteiros de raças distintas em fase de terminação, mantidos a pasto, nas Fazendas Santa Maria, Marupiara e São Luiz. Com base em conceitos como docilidade, medo, curiosidade, tensão, tranquilidade e reatividade dos bovinos, foram avaliados os efeitos de duas diferentes frequências de manejo sobre o temperamento dos bovinos de corte mantidos a pasto, e a relação entre o temperamento dos animais e seu ganho de peso médio diário em cada um das condições de manejo frequente ou pouco frequente. Sob manejo frequente (MF) ficaram 2.007 animais submetidos ao sistema rotativo. Estes bovinos mudavam de piquete a cada quatro dias, tendo a altura da forragem como critério para mudança. A lotação média dos piquetes era de 3 UA/ha, o manejo de pesagem era mensal e os procedimentos sanitários realizados semestralmente. Os outros 1.593 animais instalados em pasto alternado recebiam um manejo considerado pouco frequente (MPF). A transferência de piquete ocorria em média a cada 20 dias, de acordo com a experiência dos trabalhadores. A densidade de lotação foi em torno de 1 UA/ha e a frequência de manejo dos animais no curral era de seis meses, para a realização de procedimentos sanitários de vacinação e pesagem. Foram utilizadas três metodologias de avaliação do temperamento no tronco de contenção: escore composto de reatividade (ECR), que avalia o grau de movimentação tensão, respiração audível, postura corporal e ocorrências de mugidos e de coices durante o manejo. A pontuação do escore de reatividade obedece a valores cuja maior nota aponta animais agressivos e a menor, animais dóceis. A velocidade de saída, medida em metros por segundo (VS) de cada animal do tronco de contenção, mostra que os animais mais rápidos são os mais reativos e a avaliação qualitativa do temperamento (QBA) estabelece uma escala de adjetivos que inclui 14 termos (ativo, relaxado, amedrontado, agitado, calmo, atento, positivamente ocupado, curioso, irritado, apático, confortável, agressivo, sociável e indiferente) para cada animal para classificar o animal (veja gráficos). Os resultados mostram que os rebanhos mantidos sobre manejo frequente registraram os menores índices na velocidade de saída, assim como os patamares mais baixos em reatividade. Os dados podem ser atribuídos ao maior contato dos bovinos com o manejador, em decorrência da maior frequência de manejos, tanto no curral quanto durante a troca de piquetes. Quanto ao indicador de temperamento as melhores respostas - menor grau de medo e de agitação, mais relaxados, calmos e confortáveis - foram encontradas nos animais mantidos sob a condição de manejo frequente, para duas das três fazendas avaliadas. O que confirma que há melhoria do temperamento dos bovinos em função de manejos constantes no curral, sugerindo estar relacionado a um processo de habituação aos humanos e ao manejo, bem como pelo condicionamento dos animais, que passaram a associar a presença de humanos à oferta de alimento, ou seja, à maior disponibilidade de pastagem, que pode ser caracterizado como um reforço positivo. Os dados também atestam que as atividades no manejo frequente não alteraram o ritmo de ganho de peso diário dos animais. (Revista DBO Online/SP – 15/12/2015)((Revista DBO Online/SP – 15/12/2015))
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Uma pecuária forte e expressiva como a do Brasil só assim o é pela busca incessante do melhor, em todos os segmentos No melhoramento de bovinos de corte isso não é diferente e inovações trazidas nos últimos anos colocam o país a par e passo com os mais importantes produtores do mundo. Entre as novidades, se destaca a maior atenção dada a características não comumente avaliadas, tal como a recente adoção da avaliação do consumo e da eficiência alimentar em alguns criatórios. Entretanto, como para tudo que é novo, desinformação e desconhecimento levam a uma adoção lenta e, ainda neste caso, a complexidade e os custos impedem uma escalada mais rápida de seus benefícios ao setor. Considerada relevante em outros países, a eficiência alimentar diz sobre a capacidade de um bovino transformar o alimento que consome em peso, carcaça, carne ou bezerro. Aquele que precisa de pouco e produz muito é eficiente, enquanto aquele que consome muito, mas produz pouco, é ineficiente. Estando relacionada ao que se consome e com o que se produz, naturalmente a eficiência alimentar afeta custos de produção e lucratividade e é aí onde começa o interesse por esta característica. Se por um lado produzir mais é desejável, produzir mais gastando menos pode ser melhor ainda e se isso pode ser melhorado em gado de corte, por que não o fazê-lo? Acontece que o processo de seleção para esta característica não é algo tão simples quanto se pensava. Tudo começa pela necessidade de se medir o quanto o bovino consome de alimento e isso não é fácil e nem barato. Não tão fácil em regime de confinamento, tampouco em regime de pasto. Em confinamento, cochos eletrônicos facilitaram as medições, porém a pasto nada ainda substituiu um complexo trabalho feito só por cientistas, incompatível com um processo que tem que ser feito principalmente por produtores. A medição em confinamento resolve em parte, mas lança dúvidas sobre a eficácia do processo. Um boi eficiente ao comer silagem, milho e farelo de soja também o será quando estiver a pasto, comendo capim e sal mineral? Isso é o que se acredita apesar das condições alimentares serem tão diferentes. Acontece que independente do tipo de alimento ingerido e de como ele é digerido, há outras dezenas de fatores que afetam a eficiência de transformar o que foi digerido em carcaça ou bezerro. Por exemplo, se um boi gasta muita energia por ser agitado, isso vai acontecer sendo em confinamento ou a pasto, comendo silagem ou capim. Se ele tende a colocar muita gordura na carcaça, isso pode acontecer independente do sistema que estiver. Estes dois elementos levam a uma menor eficiência, independente do regime alimentar, então por que não acreditar na relação entre eficiência a pasto e eficiência em confinamento? Este argumento também serve para extrapolarmos a eficiência medida em uma idade jovem para a eficiência na fase adulta. É como dizer que uma novilha que comeu pouco para crescer também vai comer pouco para produzir um bezerro. Isso pode ser controverso, mas pesquisas mostraram que isso acontece, dando suporte ao atual processo de avaliação de eficiência alimentar. Isso sendo verdade, um reprodutor identificado como eficiente ao ser avaliado em sua puberdade poderia então levar esta maior eficiência a suas filhas, contribuindo para um rebanho de matrizes com menores exigências nutricionais, mas que ainda proporcionem precocidade reprodutiva e fertilidade. Assim como em administração, na seleção genética o que não se mede não se melhora e isso vale para a eficiência alimentar. O que já vem sendo feito em termos de melhoramento para peso e ganho de peso contribui majoritariamente para a eficiência produtiva, porém apenas com a medição direta do consumo de alimentos é que outros saltos serão dados. Para uma maior adoção das avaliações de consumo alimentar é imprescindível que sua complexidade seja equacionada e isso depende da definição de estratégias de seleção que levem a menores custos do processo. Portanto, há trabalho a ser feito neste sentido, o que exigirá esforços conjuntos de pesquisadores, programas de melhoramento, criatórios e associações. No mais, é estimular o setor em direção à seleção para eficiência alimentar. Isso é um pouco mais simples, pois em um mundo no qual tanto se pede eficiência, quem não quer contribuir? Neste caso, informação é importante. (Portal do Agronegócio/MG – 15/12/2015)((Portal do Agronegócio/MG – 15/12/2015))
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Medição mostrou que as emissões brasileiras de gases responsáveis pelo efeito estufa são menores do que os padrões internacionais preconizam Quanto metano emite um bovino no Pantanal do Brasil? Para responder essa questão, o Pecus Pantanal, subprojeto que integra a Rede Pecus de pesquisa, realiza medições nesta região. A pesquisadora da Embrapa Pantanal (Corumbá/MS), Ana Marozzi Fernandes, afirma que as medições revelam que as emissões brasileiras são muito menores do que aquilo que os padrões internacionais preconizam, até no Pantanal. Segundo Fernandes, que também é coordenadora da iniciativa, os bovinos nessa região se alimentam de pastagens de menor qualidade nutritiva em relação às pastagens cultivadas e exóticas dos outros biomas e não têm uma dieta com introdução de alimentos como grãos, que diminuiriam a emissão, mas mesmo assim, eles ainda têm uma emissão muito semelhante àquela que se observa no restante do Cerrado. De acordo com Fernandes, a equipe investiga, agora, os fatores que podem influenciar essa situação, como o porte dos animais (que são geralmente menores que os de outras regiões do país) ou adaptações genéticas ao ambiente. A equipe também chegou à conclusão de que o gás é emitido naturalmente por solos alagados, com pouco oxigênio, como os do bioma na época das cheias. “Os dados que a gente obteve indicam que é muito provável que exista um equilíbrio, ou seja, quando os solos estão encharcados, eles emitem metano, e quando secam, eles absorvem esse gás”, afirma a pesquisadora. Um dos principais objetivos desses estudos é obter informações para contestar possíveis barreiras não tarifárias ou críticas que venham a surgir no futuro, especialmente, por parte do exterior. O projeto deve terminar em junho do ano que vem. (Revista Feed & Food Online/SP – 14/12/2015)((Revista Feed & Food Online/SP – 14/12/2015))
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Volume mensal que chega ao País atinge 15 mil/t, vindas principalmente do Uruguai. As importações brasileiras de leite em pó provenientes do Mercosul ganharam força nos últimos meses e estão prejudicando a pecuária leiteira nacional. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), o volume mensal de importação está próximo a 15 mil toneladas, vindas, principalmente, do Uruguai. A retomada dos negócios, que até então estavam desaquecidos, aconteceu após o calote da Venezuela, que não cumpriu o acordo de compras com Uruguai. Desde então, o uruguaios estão enviando maiores volumes ao Brasil. Para o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Rodrigo Alvim, para o setor leiteiro do País é essencial que seja feito um acordo com o Uruguai limitando os volumes importados, como foi feito com a Argentina, que está habilitada a enviar 3,6 mil toneladas de leite em pó por mês ao Brasil. “Mensalmente tem ingressado no País cerca de 15 mil toneladas de leite em pó, importados do Uruguai e Argentina. O volume é equivalente a 150 milhões de litros de leite, o que significada 5 milhões de litros entrando no País diariamente. O volume também equivale à captação de duas Itambés por dia. O Uruguai tem sido o grande problema para o setor e precisamos fazer um acordo que limite os volumes, porém, o governo brasileiro, até então, é contrário, uma vez que a balança comercial é muito positiva para o Brasil”, ressalta. Apesar do real desvalorizado, as importações têm sido estimuladas pelos preços do leite em pó no mercado internacional estarem baixos. As negociações entre Brasil e Uruguai, que estavam desaquecidas, foram retomadas após a Venezuela quitar menos de um décimo de uma dívida estimada em US$ 250 milhões com o Uruguai. “O ingresso do leite uruguaio acontece, principalmente, pelo Sul do Brasil, onde os preços pagos aos pecuaristas de leite são menores. Mas o impacto é sentido em todas as regiões produtoras de leite, atingindo principalmente os produtores”, explicou Alvim. Balanço - De acordo com a Faemg, a produção de leite em Minas Gerais deve encerrar 2015 em 9,6 bilhões de litros, o que representa um avanço de 2,2% em relação a 2014, quando a produção alcançou 9,4 bilhões de litros. O faturamento da atividade foi estimado em R$ 8,01 bilhões, valor equivalente ao registrado no ano anterior. Maior Estado produtor do País, Minas Gerais responde por 27% do volume nacional. O rebanho efetivo é composto por 5,9 milhões de vacas, com produção média estimada em 1.612 litros por animal ao ano. Ao longo de 2015, os preços pagos pelo litro de leite acumularam queda de 10,3%, entre janeiro e outubro, quando comparados com os valores praticados no mesmo período do ano anterior, segundo os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O consumo ao longo do ano ficou estabilizado em função da queda da renda das famílias, o que atrelado ao aumento da produção fez com que os preços pagos aos pecuaristas ficassem menores. Enquanto os preços recuaram, os custos de produção ficaram 14,2% superiores aos praticados em 2014, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, unidade Gado de Leite (Embrapa Gado de Leite). Os principais reajustes foram registrados nos custos dos lubrificantes, concentrados proteicos e energéticos e combustíveis, com alta de 7,9%, seguido pelo suplemento animal, que ficou 6,6% mais caro, e fertilizantes, 2,7%. Todos estes reajustes tiveram como justificativa a desvalorização do real frente ao dólar, fator que alavancou os preços dos insumos importados e de itens que o País passou a exportar mais, como milho e soja, por exemplo. De acordo com o presidente do Sistema Faemg, Roberto Simões, 2016 será um ano de desafios. Um deles será a criação do Fundo Sanitário Animal, que reunirá recursos privados para combater doenças e agilizar as ações em caso de novas enfermidades. O projeto também é considerado fundamental para que Minas Gerais conquiste o reconhecimento de livre da aftosa sem vacinação, o que também facilita as exportações. O programa Leite Saudável, lançado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é considerado com um dos principais caminhos para elevar a qualidade e a competitividade do leite nacional, fatores fundamentais para o avanço da cadeia e para ampliar a participação no mercado internacional. Parte das ações do projeto deve ser colocada em prática em 2016. (Jornal Diário do Comércio/MG – 15/12/2015)((Jornal Diário do Comércio/MG – 15/12/2015))
topoUm laticínio de Itapiranga (SC), o Milk Geller, é o pioneiro do segmento da agroindústria familiar a embalar leite tipo A no sul do país A iniciativa foi possível após consultorias gerenciais, ambient...((Portal do Agronegócio/MG – 15/12/2015))
Um laticínio de Itapiranga (SC), o Milk Geller, é o pioneiro do segmento da agroindústria familiar a embalar leite tipo A no sul do país A iniciativa foi possível após consultorias gerenciais, ambientais e de engenharia de alimentos, realizadas pela coordenadoria regional extremo oeste do Sebrae/SC, por meio do Projeto de Desenvolvimento Econômico e Territorial (DET), implementado no município com a parceria da Prefeitura Municipal. O leite tipo A é ordenhado, resfriado e envasado na própria fazenda, o que possibilita garantir qualidade em todas as etapas do processo. O projeto para fabricação do produto, segundo o empresário Adélio Geller, teve início em meados deste ano com as consultorias e capacitações, o que possibilitou planejar, realizar pesquisas de viabilidade e de custos e colocar a produção em prática. “A ideia é comercializar, a partir deste mês, de 500 a 1500 litros de leite tipo A e derivados por dia”, enfatiza o empresário que atuava somente na produção de nata. Com a ampliação na linha de produtos, serão oferecidos ao mercado consumidor do município produtos como leite pausteurizado tipo A integral, leite pasteurizado tipo A semi-desnatado, leite tipo A desnatado, iogurtes, entre outros. “Se não fosse o apoio do Sebrae, não teríamos investido em novos produtos”, observou Geller. Para a industrialização dos derivados lácteos, Geller e a esposa contam com uma propriedade rural de 40 hectares, com 40 vacas, que produzem 818 litros de leite por dia. Além disso, possuem 45 novilhas – metade entrará lactação no mês de março ou abril e outra metade será inseminada. O prefeito municipal de Itapiranga, Miton Simon, destaca que o Projeto de Desenvolvimento Econômico e Territorial representa uma excelente oportunidade para a Milk Geller agregar valor ao produto in natura, respeitando a vocação familiar. “As ações até o momento permitiram, ao empresário, vislumbrar outras possibilidades de agregação de valor ao produto. Além de trabalhar na diferenciação do produto, buscou desenvolver uma rotulagem e marca adequada, condizente com a agricultura familiar. Por fim, está auxiliando a família no passo a passo para atender ao check list de documentos exigidos nas diferentes legislações vigentes”. Simon lembra que a propriedade familiar é a mais antiga em produção de leite do município de Itapiranga, com mais de 40 anos na atividade. Foi estruturada com assistência técnica da antiga Acaresc, hoje Epagri, e da Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente de Itapiranga para a produção de leite, objetivando o atendimento aos consumidores da cidade. “Podemos afirmar que essa propriedade sempre procurou viabilizar a produção, objetivando um padrão de excelência na qualidade do leite, investindo alto na alimentação, manejo, genética, sustentabilidade, no quesito bem-estar animal, água, solos e respeito ao meio ambiente, alcançando excelentes índices de produtividade”. Segundo o prefeito, Itapiranga e região contam com uma bacia leiteira consolidada e, muitos produtores, estão em estágio de mecanização da produção com instalações modernas, mão de obra qualificada e custos reduzidos, o que maximiza os lucros. “Salientamos que Itapiranga possui vocação para a produção de leite com uma das maiores produtividades do mundo por Km2. O investimento na agregação de valor, através de unidades familiares, permite aos produtores como a empresa Milk Geller, buscar mercados locais, merenda escolar e outros nichos de consumidores”, conclui. DET EM ITAPIRANGA O diretor da Indústria, Comércio e Turismo de Itapiranga, Alexandre Siqueira, ressalta que o Projeto de Desenvolvimento Econômico e Territorial tem apresentado importantes resultados no município. “Neste ano, as consultorias individuais e capacitações realizadas, por meio do DET, estão alinhadas de acordo com as demandas, beneficiado as empresas”. Segundo Siqueira, entre as principais atividades estão capacitações, consultorias individuais do PAS – Programa Alimento Seguro, o Crescendo e Empreendendo em parceria com o CRAS, ações na área do turismo como os cursos do kit “Na medida” formado por um conjunto de soluções planejadas de acordo com as necessidades dos empresários, entre outras ações. O DET é destinado aos empreendedores individuais, empresas de pequeno porte, microempresas, potenciais empreendedores e produtores rurais. O objetivo é dinamizar a economia regional por meio do atendimento aos pequenos negócios, visando contribuir com o desenvolvimento econômico e a transformação da realidade local. Segundo o analista técnico da coordenadoria regional extremo oeste do Sebrae/SC, Arildo Jacóbus, o projeto seguirá até 2017 visando desenvolver e fortalecer as atividades produtivas - oportunidades e vocações locais e contribuirá com a inclusão produtiva e a geração de novos negócios. Além disso, a ideia é promover um ambiente de negócios favorável por meio da Lei Geral das MPEs. O coordenador regional extremo oeste do Sebrae/SC, Udo Martin Trennepohl, destaca que o foco estratégico é ampliar o atendimento com excelência aos pequenos negócios por meio da assistência técnica focada em gestão, inovação, acesso a novos mercados e serviços financeiros. "Queremos criar um ambiente favorável aos pequenos negócios e dinamizar as empresas locais gerando fortalecimento da economia e o aumento da competitividade do território”, encerra. (Portal do Agronegócio/MG – 15/12/2015)((Portal do Agronegócio/MG – 15/12/2015))
topoMedidas para assegurar a qualidade e a segurança do leite devem ser iniciadas ainda na fazenda com a adoção de boas práticas de produção Nesta época do ano é comum o aumento da mastite nas vacas leite...((Portal do Agronegócio/MG – 15/12/2015))
Medidas para assegurar a qualidade e a segurança do leite devem ser iniciadas ainda na fazenda com a adoção de boas práticas de produção Nesta época do ano é comum o aumento da mastite nas vacas leiteiras. O clima úmido e quente é propício para a proliferação de bactérias que causam a doença. De acordo com o pesquisador Luiz Francisco Zafalon, da Embrapa Pecuária Sudeste, neste período chuvoso, a dificuldade para controlar a higiene é maior. "A contaminação pode ocorrer quando o animal deita-se no pasto úmido ou na terra encharcada e com excesso de esterco. As bactérias presentes no ambiente entram pelo teto e inicia-se o processo inflamatório. Durante a ordenha também é possível a transmissão das bactérias causadoras da mastite, de uma vaca para outra", afirma Zafalon. A mastite é a inflamação na glândula mamária do animal, prejudicando a qualidade e a quantidade de leite produzido. A vaca infectada pode deixar de produzir até três litros de leite por dia. Quando o animal apresenta o quadro de mastite clínica, o produtor consegue visualizar alterações no leite, além de inchaços e vermelhidão nos tetos. Já na subclínica, o animal não apresenta alterações no leite nem na glândula mamária. Mas sua prevalência é superior e pode se espalhar no rebanho, o que causa prejuízos econômicos e compromete a qualidade do leite e a saúde do animal. A mastite subclínica é responsável por aproximadamente 70% das perdas relacionadas a essa doença. Segundo o pesquisador, medidas para assegurar a qualidade e a segurança do leite devem ser iniciadas ainda na fazenda com a adoção de boas práticas de produção. Orientações de manejo e de cuidados com a higiene podem evitar prejuízos. Por isso é importante conscientizar o ordenhador e os produtores de leite, quanto aos procedimentos adequados de ordenha, incluindo as formas corretas de higienização e descontaminação do ambiente, do animal, do profissional e de todos os utensílios utilizados na ordenha. Nesta época de chuva, o cuidado com a higiene deve ser redobrado. (Portal do Agronegócio/MG – 15/12/2015)((Portal do Agronegócio/MG – 15/12/2015))
topoPecuarista deve saber, na ponta do lápis, como, quando e por que o seu dinheiro está sendo usado Início de ano é época propícia para o produtor de leite planejar atividades da propriedade e definir es...((Revista DBO Online/SP – 15/12/2015))
Pecuarista deve saber, na ponta do lápis, como, quando e por que o seu dinheiro está sendo usado Início de ano é época propícia para o produtor de leite planejar atividades da propriedade e definir estratégias a serem adotadas ao longo dos próximos meses. Mas um bom projeto a médio ou longo prazos depende de uma boa organização do pecuarista, principalmente no que se refere a saber “onde se está” e “aonde se quer chegar”. Saber “onde se está”, o primeiro passo de um planejamento estratégico, significa fazer o “inventário” dos recursos disponíveis, isto é, avaliar área disponível, instalações, rebanho (todas as categorias), alimento (pasto, concentrado, suplementação), mão de obra e máquinas e equipamentos. Na outra ponta, deve estar a meta pretendida para a propriedade. “Planejar é projetar um trabalho ou serviço, determinar as metas da atividade e avaliar todos os recursos necessários para alcançá-la. Na pecuária leiteira, o primeiro ponto a ser considerado é uma análise detalhada do que realmente se tem ou do que se pretende ter”, afirmam os pesquisadores da Embrapa Gado de Leite Rosangela Zoccal e José Luiz Bellini Leite. “Planejamento requer saber onde se está (inventário da propriedade) e aonde se quer chegar (meta estabelecida). Tendo o ponto de partida (situação atual mostrada no inventário) e o ponto de chegada (situação desejada), um caminho lógico se apresenta”, dizem os pesquisadores. Antes de decidir sobre qualquer mudança, é importante que o produtor tenha em mãos os indicadores de desempenho zootécnico e econômico da atividade, o que se pode conseguir com a prática simples de tomar nota desses dados. Planilhas podem armazenar, de forma organizada, informações sobre os principais indicadores de desempenho zootécnico, como produção diária de leite; número de vacas em lactação e total de vacas; produção por vaca em lactação (litros/vaca em lactação/dia); produtividade da mão de obra (litros/funcionário/dia); produção por área de pastagem (litros/hectare); consumo de concentrado por litro de leite (quilos/litros), além de índice de fertilidade dos animais (do total de fêmeas cobertas, quantas ficam prenhes); índice de natalidade (proporção de bezerros nascidos em relação a fêmeas em produção); taxa de mortalidade e índice de animais descartados. Entre os produtores, a Embrapa Gado de Leite tem difundido o conceito de gestão como a administração de tudo o que deve ocorrer na propriedade para a realização do que foi planejado. Por isso as anotações das informações zootécnicas e financeiras são fundamentais para se conhecer, administrar e tomar decisões e, nesse caso, a dica dos pesquisadores é procurar a melhor forma possível de fazer essas anotações. “Há vários tipos de planilha que podem ser utilizadas, que são as mais indicadas porque é grande a quantidade de informações que devem ser consideradas em um sistema complexo como a produção de leite. Quanto mais detalhada for a informação, mais fácil de se avaliar a atividade. O importante é anotar os dados de forma correta”, ensinam. Segundo eles, o ideal é ter um planejamento de médio prazo (três anos), estabelecendo metas, e um de curto prazo (um ano), em que seria detalhado o que será realizado a partir do início do ano para se obter a meta estipulada. “Se o que foi planejado não for realizado, pode-se fazer o mesmo exercício considerando fevereiro como mês de partida e daí projetar os trabalhos, considerando que a atividade leiteira é contínua, não para durante o ano”, recomendam Rosangela e José Luiz. Uma boa gestão é aquela que contribui para a obtenção das metas estabelecidas e com o menor custo possível. O primeiro passo para isso é ter informação para a tomada de decisão envolvendo índices zootécnicos e econômicos da propriedade e acompanhamento das informações de mercado. No mercado existem programas de informática que ajudam na coleta e organização dos dados. “Além de produzir bem e com o menor custo possível, é importante lembrar que, como o leite é um produto perecível e de difícil estocagem, o produtor não tem muita margem de negociação no preço de venda, por isso a preocupação de produzir ao menor custo é essencial e, neste ponto, a compra dos insumos em parceria com outros produtores ou em conjunto com cooperativas é favorável.” Segundo os pesquisadores da Embrapa, o cálculo de quanto custa produzir o leite ajuda a definir as metas e corrigir distorções na propriedade. Basicamente, o produtor pode trabalhar com três indicadores: renda total; margem bruta e margem líquida ou lucro. A renda total é o valor obtido com a venda do leite, a venda de animais e o esterco. A margem bruta é o valor da receita total menos o custo operacional efetivo (não considera despesas como depreciação de maquinário e equipamentos). “Se o resultado for positivo, significa que o produtor cobre todo o desembolso realizado no período. Pode indicar a sobrevivência, pelo menos a curto prazo. Se o resultado da margem bruta for negativo, a atividade está antieconômica e não paga os gastos realizados”, afirmam os pesquisadores. A margem líquida é a receita total menos o custo operacional total. Se o resultado for positivo, a atividade está estável, com possibilidade de expansão e sobrevivência no longo prazo. Se for negativo, a condição do produtor é crítica para a sobrevivência no longo prazo, porque não está conseguindo remunerar os custos fixos. Se o resultado for zero, indica que a atividade está no ponto de equilíbrio e em condição de refazer o capital fixo no longo prazo”, dizem os pesquisadores da Embrapa. Gestão Critérios como crescimento ou estabilização da fazenda, aumento ou não de pastagens, aquisição de equipamentos e máquinas, melhoria das instalações, descarte ou compra de animais só fazem sentido quando há metas a serem atingidas. De outra forma, afirmam, as decisões tomadas têm como propósito “apagar incêndio” – quando a máquina quebra ou quando as instalações começam a se deteriorar, por exemplo. “A meta para as propriedades produtoras de leite deve ser econômica e, com base nela, projeta-se o que será preciso para alcançá-la, em termos de recursos – animais, terras, mão de obra, máquinas e equipamentos, instalações – necessários.” Normalmente, o item que representa o maior custo na atividade leiteira é a alimentação do rebanho. Com isso, é imprescindível ter em mãos indicadores que permitam medir a eficiência do sistema de produção, como a taxa de lotação das pastagens, que é resultante do número de vacas em lactação dividido pela área (em hectares) destinada a essa categoria, e a produtividade das pastagens, que é a produção anual de leite em relação à área total do sistema produtivo. “Em muitos casos, o que se precisa é recuperar as pastagens ou realizar uma adubação, e não aumentar a área”, dizem os pesquisadores. Uma dica para evitar gastos desnecessários é buscar uma referência do potencial do solo obtido na região. “A alimentação é o item de maior impacto nos custos da produção de leite. Estabelecer uma estratégia alimentar do rebanho, com orientação técnica competente é o caminho mais adequado.” Para os pesquisadores da Embrapa, hoje não basta mais os produtores saberem o que acontece “da porteira para dentro”; é fundamental manter-se informado sobre o que acontece “da porteira para fora”. “A demanda e oferta de leite no País e no mundo, o nível de importação e exportação, políticas do governo para o setor... São vários fatores, distantes do dia a dia do produtor, mas que interferem no seu negócio, principalmente no preço do leite. Estar bem informado é condição imperiosa dos dias modernos. Ter acesso e saber utilizar as informações disponíveis é imprescindível. Não se pode tomar decisão sem informação. Ela hoje existe e está disseminada e o produtor deve aprender a acessá-la e selecionar o que é relevante para seu negócio. Informações de conjuntura e a dinâmica da cadeia produtiva do leite devem ser do interesse do produtor profissional.” “Para administrar uma propriedade leiteira de forma profissional é preciso, em termos de gestão, implementar o ciclo PDCA (Planejamento, Desenvolvimento, Controle e Avaliação). É o ciclo completo da gestão que começa no planejamento e vai até a avaliação e retroalimentação do planejamento do próximo ciclo.” Com uma experiência de 18 anos de atuação com produtores de leite, o engenheiro agrônomo Lúcio Antonio Oliveira Cunha reforça a importância de se traçarem metas num plano de gestão. “Um bom projeto começa pela meta que se quer alcançar, e que resulta da relação entre o potencial e as limitações da propriedade. A partir daí traçam-se os índices, custos e resultados a serem alcançados. Uma vez apresentado o projeto final, técnico e produtor planejam a obtenção das metas de curto, médio e longo prazos”, afirma Cunha, que é consultor técnico do programa Balde Cheio, da Embrapa Pecuária Sudeste, e coordena o projeto no Espírito Santo. Cerca de 4.000 propriedades em todo o País fazem parte do projeto de transferência de tecnologia que promove o desenvolvimento da pecuária leiteira em pequenas propriedades. Em 2013 o programa Balde Cheio completou 15 anos. “Quem planeja às vezes erra, quem não planeja às vezes acerta”, costuma dizer Cunha aos produtores de leite com que trabalha. Segundo ele, é a partir do fim de janeiro de cada ano, quando o produtor normalmente fecha o mês de dezembro, que a planilha de custos de todo o ano anterior é completada. Assim, explica o consultor, têm início todas as análises econômicas e administrativas da atividade, com base nos resultados colhidos. “Primeiro analisamos, técnico e produtor, cada item da relação dos gastos operacionais e os confrontamos com sua meta ideal de participação no gasto total. Aí sabemos onde estamos eficientes (dentro ou abaixo das metas) ou ineficientes (acima das metas), definindo estratégias para nos mantermos eficientes onde já somos e alcançarmos a eficiência onde precisamos. Analisamos cada índice agronômico, zootécnico e econômico, buscando entender o porquê de cada índice e comparando com as metas traçadas no início do ano anterior”, explica o agrônomo. Segundo Cunha, itens como crescimento ou estabilização de pastagens, manutenção ou aquisição de máquinas e melhoria em instalações normalmente estão ligados às metas de investimentos previamente definidas. Já o item descarte ou compra de animais também é influenciado pela distribuição dos partos previstos para ocorrerem ao longo do ano. “Vai depender se os partos estão dentro ou abaixo do esperado. Analisamos ainda o desempenho produtivo e reprodutivo de cada vaca, os índices de eficiência zootécnicos obtidos, como intervalo entre partos. Essa eficiência animal pode ser uma importante fonte receita que, eventualmente, pode patrocinar outros gastos estratégicos.” Na sua vivência no campo, Cunha destaca que é função do produtor fazer as anotações das fichas de campo, com as ocorrências zootécnicas (partos, coberturas, peso leiteiro, nascimentos, pesagem de bezerras e novilhas); econômicas (gastos e receitas), e climáticas (regime de chuvas e temperaturas máximas e mínimas). “Assim podemos preencher as fichas individuais e de acompanhamento do rebanho e as planilhas de custos.” Toda essa teoria disseminada por pesquisadores e técnicos pode ser vista, na prática, na Fazenda Olhos DÁgua, em Liberdade, Minas Gerais. Produtor de leite há 13 anos, João Paulo Varella conta que, antes de tomar qualquer decisão relativa a investimentos na fazenda, analisa de forma minuciosa, primeiro, o potencial de pastagens diante do rebanho atual. “O ponto básico para o planejamento e gestão do negócio é o conhecimento da propriedade”, resume o produtor. “Conhecer a propriedade, saber de tudo o que acontece, é essencial para tomar qualquer decisão, corrigir os erros e melhorar a gestão.” A Olhos DÁgua possui 15 hectares de pastagens divididos em 125 piquetes, compondo 8 módulos, além de 16 hectares de milho para silagem e 0,5 hectare de cana-de-açúcar. O rebanho total é de 164 animais – 82 vacas em lactação produzem, em média, 45.000 litros de leite por mês. Para se organizar e sistematizar todas as informações da fazenda, Varella utiliza um programa de gerenciamento de rebanho específico para a reprodução e produção de leite. “São controlados ou apontados os eventos reprodutivos e o controle mensal de produção de leite, o que me permite fazer seleção e tomadas de decisão em relação ao arraçoamento (número diário de alimentação) das vacas.” Informações do acompanhamento veterinário na área de reprodução e sanidade também são armazenadas no banco de dados da fazenda. “Quem tem alimento pode aumentar o rebanho; quem não tem alimento deve diminuir o rebanho. Também devemos analisar se as instalações, máquinas e equipamentos permitem o aumento de produção. Devemos trabalhar para otimizar a produção de alimentos e animais, usando nossas instalações, máquinas e equipamentos. O que mais vejo na prática é excesso de instalações, máquinas e equipamentos e escassez de alimento e animais pouco produtivos”, afirma Varella, que é engenheiro agrônomo e atua como consultor em pecuária de leite e corte. Os itens mais representativos nos custos de produção de leite são, segundo o produtor, alimentos concentrados (farelos), alimentos volumosos (pastagens e silagens) e mão de obra. “Na compra de alimentos concentrados e insumos agrícolas, ao longo do tempo, desenvolvi parceiros fornecedores que me garantem bons produtos e preços justos com o mercado. Procuro fazer compras estratégicas em épocas de preço interessante.” Para isso, diz ele, o acompanhamento constante do mercado de leite e insumos é fundamental. “A conjuntura é determinante. No meu caso, em épocas de crise me programo para reduzir investimentos em custos fixos, como instalações, máquinas e equipamentos, e aumentar investimentos em fatores produtivos, como alimentos e animais. Sem esquecer de outro item de fundamental importância, escasso e caro: a mão de obra. Temos de investir em pessoas. Pode não ser diretamente em salários, mas em aprendizado e capacitação. “O que transforma os chamados volumosos em leite são os animais. O bom animal deve exigir nosso maior investimento. E isso só é possível quando temos bom alimento para oferecer a estes animais.” Varella conta que controla os custos de produção por meio de uma planilha da Embrapa Pecuária Sudeste que é usada no programa Balde Cheio. Valores de referência Para tomar uma decisão de descarte ou compra de animais, além de considerar indicadores como produtividade por animal, é importante avaliar a composição do rebanho nas diferentes categorias. Alguns valores de referência para os indicadores: • Porcentual de vacas em lactação: 80% • Duração da lactação: 300 dias • Intervalo entre partos: 13 meses • Taxa de natalidade: 93% • Vida útil da vaca: 8 anos • Vida útil do touro: 5 anos • Número de partos por vaca: 7 • Taxa de reposição: 13%/ano Projeto estimula produtor a colocar as contas todas no papel Colocar tudo na ponta do lápis ainda não é um hábito comum aos produtores rurais, segundo o analista de mercado do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) Wagner Yanaguizawa. Desde 2008, o Cepea, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), estimula a profissionalização da gestão de fazendas leiteiras por meio do levantamento e divulgação de custos de produção de propriedades representativas das regiões pesquisadas. O projeto, chamado de Campo Futuro, já existia para outras cadeias produtivas e foi ampliado para o setor de leite. Até agora, o projeto já passou por 17 Estados, onde “mapeou” cerca de cem regiões leiteiras. “Em cada encontro do projeto, reunimos produtores, explicamos a diferença entre custos operacionais efetivos, custos operacionais totais e custos totais, apresentamos a eles as planilhas e fazemos em conjunto o preenchimento dos dados, levando em conta aquilo que é consenso entre os participantes de cada encontro. A ideia é conscientizá-los da importância de se ter controle dos custos de todas as etapas da atividade e, com isso, ajudá-los no planejamento”, diz Yanaguizawa. O Cepea recebe a atende a demandas de produtores interessados em receber o Campo Futuro na sua região. Mais informações no site do Cepea, www.cepea.esalq. usp.br Custo de produção do leite A análise do custo de produção de leite auxilia na organização e controle do sistema de produção, permite a análise da rentabilidade e indica custos que podem ser reduzidos. O custo de produção de leite pode ser dividido em variáveis e fixos: • Custos variáveis: dependem da quantidade de leite produzida e, se o processo de produção for interrompido, deixam de existir. Exemplos: mão de obra, alimentação do rebanho, reprodução, medicamentos. • Custos fixos: são independentes da quantidade de leite produzida. Exemplos: depreciação de máquinas/benfeitorias, animais, implementos, seguro, impostos. (Revista DBO Online/SP – 15/12/2015)((Revista DBO Online/SP – 15/12/2015))
topoPastagem melhorada durante a prenhez aumenta em 10% o peso dos terneiros. Um dos maiores pesquisadores mundiais em pecuária de corte, Min Du relaciona a boa nutrição na gestação bovina com a produção ...((Jornal Zero Hora Online/RS – 15/12/2015))
Pastagem melhorada durante a prenhez aumenta em 10% o peso dos terneiros. Um dos maiores pesquisadores mundiais em pecuária de corte, Min Du relaciona a boa nutrição na gestação bovina com a produção de carne de maior qualidade. No Rio Grande do Sul na semana passada para participar do seminário De Onde Virão os Terneiros?, realizado em Santa Maria, o especialista apresentou estudos que comprovam a influência da nutrição durante todo o ciclo reprodutivo. Para o pesquisador, da Washington State University, dos Estados Unidos, fêmeas bem alimentadas geram novilhos com mais peso com carne mais macia e saborosa. A nutrição da vaca afeta a eficiência reprodutiva das crias. As filhas das vacas melhores nutridas chegam à puberdade mais cedo e são mais eficientes, afirma Du. Estudo indica que filhos de vacas alimentadas em pastagem melhorada entre os 120 e os 180 dias de gestação foram desmamados e abatidos com peso 10% superior, na comparação com os alimentados em pastagem nativa pelo mesmo período. Segundo o pesquisador, se até o meio da gestação a vaca não receber nutrição suficiente, o feto não formará músculos adequadamente. O desenvolvimento muscular acontece principalmente no estágio fetal. Não há aumento do número de fibras musculares após o nascimento diz. Já o terceiro trimestre de gestação é importante para a formação da gordura intramuscular, que confere marmoreio, maciez e sabor à carne. Du explica que os estudos na área começaram há 10 anos: O efeito da má nutrição da vaca é de longo prazo. Idealizador do evento promovido pela Federação da Agricultura no Rio Grande do Sul (Farsul), realizado há três anos, o professor José Fernando Piva Lobato, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), reforça a necessidade de elevar o número de terneiros produzidos por vacas no rebanho gaúcho, hoje de apenas 0,56. Para garantir fêmeas bem alimentadas e prontas para reproduzir, Lobato defende investimentos em pastagens e seleção genética. O programa de desenvolvimento da pecuária gaúcha no próximo ano será reforçado com o novo ciclo Para Onde Irão os Novilhos?. Zootecnia de precisão aumenta eficiência e reduz perdas Interessados em qualidade, compradores de outros Estados fazem subir média dos remates gaúchos Confira entrevista concedida a Zero Hora por Min Du: Existem indicadores concretos da relação entre nutrição da vaca prenhe e a qualidade da carne dos terneiros? Quais são eles? A qualidade da carne é determinada pela genética e fatores ambientais. Os fetos obtêm todos os nutrientes ingeridos pela mãe. Tanto a alimentação materna quanto os fatores ambientais afetam profundamente o desenvolvimento do filhote, impactando na proporção da gordura e do marmoreio dos terneiros gerados. Também impacta na maciez da carne. A nutrição impacta na constituição da carcaça e no desenvolvimento da musculatura do terneiro gerado? Certamente. A formação do músculo fetal e do tecido adiposo requer nutrientes, e a falta deles impacta no desenvolvimento do terneiro. Além disso, todas as fibras musculares e uma porção de células adiposas se formam durante a fase fetal, impactando significativamente na qualidade da carne. Qual a importância da nutrição na gestação bovina e o quanto isso afeta os novilhos gerados? A nutrição da vaca durante a gravidez é essencial para o desenvolvimento adequado do terneiro. Em primeiro lugar, é importante para o desenvolvimento do músculo fetal que influencia a quantidade de produção de carne da prole. Em segundo lugar, as fases fetais e neonatais são também fundamentais para o desenvolvimento de gordura, o que impacta na quantidade de marmoreio (gordura intramuscular da carne). Em terceiro lugar, a nutrição afeta também escores de condição corporal do animal e do sucesso da próxima reprodução. Vacas com uma melhor nutrição produzem mais terneiros e sua prole apresenta melhor desempenho. Essas pesquisas se enquadram no conceito de zootecnia de precisão? Conhecer as necessidades de nutrientes para as fases específicas de desenvolvimento dos animais nos leva a selecionar esses estágios, o que faz parte da precisão da gestão animal. O senhor conhece a realidade da pecuária brasileira. Em caso positivo, como avalia? Tenho conhecimento que a pecuária brasileira é essencialmente alimentada com pasto, o que é um pouco diferente da realidade dos Estados Unidos, onde bovinos de corte são alimentados com dietas concentradas vários meses antes do abate. Além disso, as raças de gado são um pouco diferentes também. Como a pecuária mundial pode aumentar a sua produtividade, especialmente a brasileira? Para aumentar a produtividade no campo, é necessário gestão animal, incluindo nutrição e genética. Além disso, a segurança da carne também é muito importante no mercado global. (Jornal Zero Hora Online/RS – 15/12/2015)((Jornal Zero Hora Online/RS – 15/12/2015))
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