Notícias do Agronegócio - boletim Nº 537 - 04/01/2016
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Ao contrário do setor de grãos, a pecuária deverá continuar neste ano com os bons ventos de 2015. Além do câmbio, o produtor de carne bovina será beneficiado pela abertura de novos mercados. Entre os ...((Jornal Folha de S Paulo, Poder/SP – 02/01/2016))
Ao contrário do setor de grãos, a pecuária deverá continuar neste ano com os bons ventos de 2015. Além do câmbio, o produtor de carne bovina será beneficiado pela abertura de novos mercados. Entre os países que recentemente derrubaram as barreiras para a importação da carne brasileira se destacam Arábia Saudita, China, México e Estados Unidos. Esse cenário, aliado à queda na produção australiana, leva os analistas do Bradesco a estimar uma alta de 5% nas exportações em 2016. Luiz Claudio Paranhos, presidente da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), também espera embarques recordes no próximo ano. "A atividade vive um momento excelente." A maior rentabilidade das exportações e os altos preços da carne bovina vão resultar em ganhos para o produtor de carne de frango no mercado interno. Historicamente, a queda na renda favorece o consumo de aves, proteína de menor valor. A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) estima um crescimento no intervalo entre 3% e 5% na produção de aves em 2016 e nos volumes exportados. "Temos boas expectativas para a abertura dos mercados de Taiwan e República Dominicana, além da habilitação de novas unidades para embarcar carne de frango do Brasil para a China", diz Ricardo Santin, vice-presidente de aves da entidade. (Jornal O Estado MS/MS – 04/01/2016) (Jornal Folha de S Paulo, Poder/SP – 02/01/2016) ((Jornal Folha de S Paulo, Poder/SP – 02/01/2016))
topoApesar do destaque atual, a conservação do solo e da água são temas bastante antigos com relatos históricos, inclusive bíblicos. No Brasil, o assunto também já esteve em pauta há tempos. Um desses reg...((Jornal O Estado MS/MS – 04/01/2016))
Apesar do destaque atual, a conservação do solo e da água são temas bastante antigos com relatos históricos, inclusive bíblicos. No Brasil, o assunto também já esteve em pauta há tempos. Um desses registros data da década de 30, especificamente o ano de 1938. Na ocasião, o engenheiro agrônomo Dr. Fernando Penteado Cardoso, escrevera para o Suplemento Agrícola do jornal O Estado de São Paulo o texto denominado “Alerta contra a erosão”, onde procurou mostrar a importância do terraceamento em áreas agrícolas e os desastrosos efeitos da erosão nas propriedades químicas, físicas e biológicas do solo. Mais recentemente, pesquisadores da Embrapa Trigo e colaboradores, realizaram um estudo mostrando que os níveis de nutrientes nos solos de várzea, próximas a áreas de lavouras, eram muito superiores aos encontrados nas lavouras sem terraceamento. Ao passo que, os níveis destes mesmos nutrientes na lavoura e na várzea, em áreas de cultivo terraceadas, encontravam-se bem semelhantes. Ou seja, por meio deste estudo foi demonstrado que somente a cobertura morta da palhada, em áreas de Plantio Direto, em muitas ocasiões não é suficiente para minimizar os efeitos adversos da erosão. Em condições tropicais, como é o caso da maior parte do Brasil, a erosão hídrica assume papel de destaque, sendo esta a principal causa de erosão do solo. Este tipo de erosão possui três fases distintas: a desagregação das partículas de solo, o transporte e a deposição destes sedimentos nos cursos dágua. As pastagens são um dos principais tipos de vegetação que possuem capacidade de manter a cobertura do solo de maneira efetiva e uniforme. Esta afirmação torna-se bastante interessante do ponto de vista de sustentabilidade ambiental, visto que o Brasil possui mais de 100 milhões de hectares ocupados com pastagens. No entanto, observam-se em grande parte dos casos, áreas com pastagens em algum estágio de degradação, tanto do pasto quanto do solo. Por quê? A resposta para esta questão envolve diversas áreas das ciências agrárias, mas os principais motivos são: espécie forrageira inadequada ao local; má formação inicial (por diversos motivos); manejo e práticas culturais inadequadas; ocorrência de pragas e doenças; manejo animal impróprio (especialmente excesso de lotação e sistemas inadequados de pastejo) e ausência ou aplicação incorreta de práticas de conservação do solo, em função do tipo de solo da propriedade ou da gleba. Em áreas de pastagens com lotação excessiva, com pouca massa de forragem e solo descoberto, a forrageira perde uma de suas principais funções no que diz respeito à conservação do solo, que é a de minimizar o impacto da gota de chuva diretamente no solo, evitando a desagregação das partículas. Esta é a primeira, e talvez a mais importante, etapa para instalação do processo erosivo no solo em áreas de pastagens tropicais. Uma das alternativas para minimizar o problema seria o uso de uma ferramenta lançada recentemente pela Embrapa Gado de Corte: a régua de manejo de pastagens. Essa tecnologia tem por objetivo principal determinar a altura de entrada e saída dos animais do piquete, em função da disponibilidade forrageira. No entanto, caso as alturas preconizadas sejam observadas pelos pecuaristas, especialmente a altura de saída dos animais, esta ferramenta será de grande utilidade também para a conservação do solo e da água. Manejando a pastagem corretamente, evitando o manejo popularmente conhecido como “rapadão”, a maior massa de forragem certamente irá contribuir para minimizar o impacto da chuva diretamente no solo e facilitar a infiltração de água no perfil. Outra prática bastante utilizada e que tem sido subestimada ultimamente é a construção de terraços. O terraceamento em propriedades rurais, tem basicamente duas funções: diminuir o comprimento dos lançantes promover a infiltração de água no solo. Um dos grandes erros cometidos em conservação do solo e da água, é o de achar que somente o uso de terraços é o suficiente para resolver o problema de erosão na propriedade rural. Para o efetivo controle da erosão do solo em pastagens tropicais, o uso do sistema de terraceamento deve, obrigatoriamente, ser associado a outras práticas de conservação, sendo as principais o manejo do pastejo e o controle da taxa de lotação animal. O dimensionamento e alocação dos terraços são baseados em vários parâmetros como o tipo de solo, relevo, declividade, cultura a ser implantada, potencial erosivo da chuva na região, etc. Todos os métodos de dimensionamento do sistema de terraceamento na propriedade rural levam em conta, além das características mencionadas, também o potencial de infiltração de água no solo entre um terraço e outro. Propriedades rurais com excesso de lotação animal (taxa de lotação superior à capacidade suporte) e manejo inadequado do pastejo (pouca disponibilidade de massa forrageira e solo descoberto), certamente irão sobrecarregar o sistema de terraços, tornando esta técnica com maior probabilidade de insucesso. Os cuidados e as observações descritos acima, para propriedades que têm a pecuária como atividade principal, são também válidos para produtores que fazem uso de sistemas de Integração Lavoura-Pecuária ou Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Ressalta-se que o dimensionamento/alocação dos terraços quando em sistemas integrados de produção deve ser realizado com base no componente lavoura, reconhecidamente de maior potencial erosivo. Quando da presença do componente arbóreo em sistemas de produção integrados, este pode, dependendo da disposição dos renques de árvores, contribuir também para minimizar os efeitos da erosão eólica, comum em algumas regiões do Brasil. (Jornal O Estado MS/MS – 04/01/2016) ((Jornal O Estado MS/MS – 04/01/2016))
topoA margem de comercialização do Equivalente Scot Desossa em relação ao preço pago pelo boi gordo em SP atingiu o maior patamar de 2015 na média de dezembro, até o dia 22. O Equivalente Scot Desossa med...((Portal Notícias Agrícolas/SP – 04/01/2015))
A margem de comercialização do Equivalente Scot Desossa em relação ao preço pago pelo boi gordo em SP atingiu o maior patamar de 2015 na média de dezembro, até o dia 22. O Equivalente Scot Desossa mede a receita com a venda da carne desossada no atacado, além de couro, sebo, miúdos e subprodutos. A média de dezembro apontou para uma margem de 23,7%, frente a uma média de 18,8% para 2015, até o momento. A reação da carne sem osso no atacado nesta reta final do ano, somada à situação de estabilidade à leve queda para o boi, observada nas últimas semanas, vem promovendo esta recuperação das margens da indústria. Recentemente, o mercado do boi gordo retomou a firmeza, com a retração da venda de boiadas pelos produtores. (Portal Notícias Agrícolas/SP – 04/01/2015) ((Portal Notícias Agrícolas/SP – 04/01/2015))
topoA expectativa para o agronegócio é melhor do que para o resto da economia brasileira em 2016, disse o economista e diretor da Ricam Consultoria, Ricardo Amorim, em entrevista durante a primeira edição...((Revista Pork World Online/SP – 04/01/2016))
A expectativa para o agronegócio é melhor do que para o resto da economia brasileira em 2016, disse o economista e diretor da Ricam Consultoria, Ricardo Amorim, em entrevista durante a primeira edição do ano de Mercado&Cia, nesta sexta-feira. “Fundamentalmente, o agronegócio depende mais da demanda externa do que demanda interna. Como o resto do mundo vai melhor do que o Brasil, a presidente gosta de falar que o problema do Brasil veio da crise internacional, mas na realidade não veio. Exatamente por isso, o setor que depende mais de fora do que de dentro acaba tendo melhor desempenho”, destaca Amorim. Na avaliação do economista, o agronegócio vai continuar puxando o desenvolvimento do país também em 2016. “No começo de 2016 a gente deve ter o dólar ainda num patamar muito alto, que aumenta a rentabilidade do agronegócio e compensa a queda de preço em dólar da maior parte das commodities agrícolas. Apesar de um preço em dólar bastante baixo em quase todos os casos, a gente ainda tem em reais preços bastante razoáveis. Por isso tudo, eu acho que o nosso agronegócio vai continuar como uma das estrelas do Brasil em 2016”, avalia. (Revista Pork World Online/SP – 04/01/2016) ((Revista Pork World Online/SP – 04/01/2016))
topoO último boletim divulgado pelo Serviço Florestal Brasileiro, com dados até 30 de novembro, mostra que 251,3 milhões de hectares já foram registrados no sistema do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que ...((Jornal DCI/SP – 04/01/2016))
O último boletim divulgado pelo Serviço Florestal Brasileiro, com dados até 30 de novembro, mostra que 251,3 milhões de hectares já foram registrados no sistema do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que representa 63,16% da área passível de cadastro. O prazo para que os produtores rurais regularizem a situação de suas propriedades se encerra em cinco de maio de 2016 e, até lá, 146,6 milhões hectares ainda precisam ser cadastrados. O CAR foi regulamentado em maio de 2014 e, um ano depois, o prazo foi prorrogado por doze meses, quando 52,8% da área já tinham sido cadastrados. Criado pela Lei do Código Florestal, trata-se de um sistema eletrônico que integra as informações das propriedades rurais e será a base de dados para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento no Brasil. No sistema, os produtores devem informar os dados cadastrais e a localização georreferenciada das áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de Uso Restrito. Segundo a diretora de Políticas Públicas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), integrante do Observatório do Código Florestal, Andrea Azevedo, o ritmo de cadastro pode ter diminuído porque alguns produtores, que muitas vezes não dependem de crédito bancário, não estão se sentindo compelidos porque acham que o prazo deverá se estender ainda mais. Andrea explicou que a falta de regras claras e de regulamentação dos programas de Regularização Ambiental (PRA) por parte dos estados também desestimula o cadastramento. "É o PRA que mostra como as pessoas que têm passivo florestal vão se adequar, se vão poder compensar, como serão a regras de regularização. Então, se eu sou um produtor que tem passivo, a primeira coisa que eu quero saber pra entrar no CAR são as regras de recuperação e isso são pouquíssimos estados que têm publicado e discutido com a sociedade, inclusive", disse. Segundo o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Raimundo Deusdará, não há perspectiva de mais prazo para o cadastro. "Não há nenhuma sinalização e nem é do entendimento técnico que deva haver prorrogação de prazo". O percentual de área cadastrada na Região Norte é de 80,72%; no Nordeste, 33,94%; no Centro-Oeste, 61,76%; no Sudeste, 59,78%; e no Sul, 29,34% da área passível de cadastro já estão no Sicar. . Apesar do governo federal ter, em 2015, disponibilizado recursos por meio de parcerias, como com a Caixa Econômica e o governo da Alemanha, o CAR é um instrumento que veio adicionalmente às atribuições de gestão ambiental que os estados já tinham e está sendo absorvido pelo orçamento. (Jornal DCI/SP – 04/01/2016) ((Jornal DCI/SP – 04/01/2016))
topoDecisão do CMN (Conselho Monetário Nacional) deverá fazer o governo evitar um gasto adicional de R$ 815 milhões para o pagamento de subsídios de empréstimos para a safra agrícola em 2016. Em reunião e...((Jornal O Estado MS/MS – 04/01/2016))
Decisão do CMN (Conselho Monetário Nacional) deverá fazer o governo evitar um gasto adicional de R$ 815 milhões para o pagamento de subsídios de empréstimos para a safra agrícola em 2016. Em reunião extraordinária nesta quinta (31), os diretores do Conselho, vinculado ao Ministério da Fazenda, decidiram não aumentar o valor previsto de desembolsos de créditos subsidiados para o Plano Safra 2015/2016, previstos em R$ 216 bilhões. Essa possibilidade existia porque houve uma aumento em relação ao estimado na quantidade de recursos da Poupança Rural, de onde os bancos captam dinheiro para emprestar no Plano Safra. Como os bancos são obrigados a ofertar um percentual de 74% do dinheiro da Poupança Rural, haveria aumento do volume de recursos disponíveis para a linha subsidiada do Plano Safra. Capitação de recursos na Poupança Rural ganha novas regras pelo CMN O Conselho decidiu criar novo fator de cálculo para a captação do dinheiro da Poupança Rural que, na prática, vai manter a quantidade de recursos previstas para o Plano Safra igual. Assim, se os recursos do Plano Safra fossem aumentados, os gastos com subsídios poderiam chegar a R$ 815 milhões. Nas linhas de crédito do Plano Safra, os agricultores pegam recursos com taxas de juros abaixo dos valores de mercado. O governo compensa o banco pelo pagamento mais baixo de juros com recursos do Tesouro, a chamada equalização. Neste ano de 2015, o governo pagou ao Banco do Brasil pela equalização da safra agrícola R$ 6 bilhões. Não foi divulgada a estimativa de quanto seria pago em 2016. A falta de pagamento de R$ 10 bilhões dos subsídios devidos ao Banco do Brasil em 2014 foi um dos motivos que levou o TCU (Tribunal de Contas da União) a recomendar ao Congresso a rejeição das contas de governo da presidente Dilma Rousseff de 2014. O relator do caso no Congresso, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), recomendou ao Congresso a aprovação das contas com ressalva, revendo a posição do TCU. A palavra final do Congresso deverá ocorrer em 2016. (Jornal O Estado MS/MS – 04/01/2016) ((Jornal O Estado MS/MS – 04/01/2016))
topoEm 2015, o Acre fortaleceu, por meio da entrega de máquinas e equipamentos agrícolas as condições de produção para os produtores rurais em todo o estado. Com os investimentos, a produção rural cresce,...((Portal AgroLink/RS – 03/01/2015))
Em 2015, o Acre fortaleceu, por meio da entrega de máquinas e equipamentos agrícolas as condições de produção para os produtores rurais em todo o estado. Com os investimentos, a produção rural cresce, gerando oportunidades no campo. Parte do que é produzido pela produção familiar é adquirido pelo Programa de Aquisição de Alimentos que, ao longo do ano, beneficiou mais de dois mil produtores e 480 entidades, e movimentou mais de R$ 6,8 milhões, nos 22 municípios do estado. Outro investimento importante para a produção, em 2015, foi a capacitação dos produtores rurais. A pecuária, uma das mais importantes atividades econômicas do Acre, comemorou 10 anos como zona livre de aftosa. Fruto da parceria entre governo e produtores. (Portal AgroLink/RS – 03/01/2015) ((Portal AgroLink/RS – 03/01/2015))
topoResultado do cruzamento entre o curraleiro pé-duro e o nelore, boi rende 45 kg de carne a mais que o nelore e é resistente a doenças O Brasil acaba de ganhar os primeiros bovinos de um cruzamento indu...((Portal Canal Rural/SP – 03/01/2016))
Resultado do cruzamento entre o curraleiro pé-duro e o nelore, boi rende 45 kg de carne a mais que o nelore e é resistente a doenças O Brasil acaba de ganhar os primeiros bovinos de um cruzamento industrial entre touros da raça brasileira curraleiro pé-duro (Bos taurus taurus) e vacas nelore (Bos indicus indicus), de origem indiana. Os animais tropicais, que serão apresentados aos produtores nos próximos meses, são o resultado de seis anos de intensas pesquisas desenvolvidas pela Embrapa e a Universidade Federal do Piauí (UFPI), com recursos próprios das duas instituições. Esse cruzamento foi o primeiro entre essas duas raças feito com metodologia científica. O novo bovino, criado em pastagens nativas, impressiona pelo desempenho zootécnico superior. Ele é mais precoce que o nelore, vai mais cedo para o abate, com apenas dois anos de idade e pesando 45 quilos de carne a mais nas mesmas condições de pastagem. Já o nelore é mais tardio, estando em ponto de abate aos três anos de idade. Se for terminado em regime de confinamento, o período é reduzido em até seis meses, aumentando ainda mais o peso. As pesquisas indicaram que o novo mestiço produz 20 quilos de carne macia por 100 quilos de músculo na carcaça. Em comparação, o estudo revela que o nelore produz apenas 16 quilos. "O resultado aponta maior lucro para o produtor e indústria e o consumidor terá à disposição uma carne de melhor qualidade", diz o pesquisador Geraldo Magela Côrtes Carvalho, que coordena o trabalho. O novo animal tem mais ganho de peso em menos tempo por um aspecto que o cientista faz questão de destacar: "Ele tem uma estatura menor que o nelore e, por isso, consegue se desenvolver bem em menores piquetes, garantindo uma taxa de lotação na mesma pastagem até 20% maior na área delimitada. Esse aspecto é muito importante para o conforto do animal". Os testes realizados nos laboratórios da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos, no interior de São Paulo, comprovaram que a carne do animal é macia e saborosa. Foram feitos testes de maciez, acidez, perda de peso por cozimento, retenção de água e coloração, que revelaram a excelente qualidade da carne. O centro de pesquisa ainda executou testes com a pele. No Município de Timon (MA), o Frigorífico Frigotil, o maior do Nordeste, o mestiço passou por um exigente teste de carcaça, também com resultados positivos. Em praticamente todos os aspectos, segundo Carvalho, o novo bovino apresentou um perfil diferenciado. "Ele traz a rusticidade do curraleiro pé-duro, que é adaptado ao ambiente tropical de quase todas as regiões do Brasil (calor, escassez de água e pastagens nativas), sendo ainda resistente a parasitas como verminoses, carrapatos, bernes e mosca-do-chifre", afirma. Na alimentação, ele aceita muito bem as gramíneas e leguminosas nativas, cactos, arbustos, raízes e cascas de madeira. Enquanto isso, o bovino nelore, raça trazida da Índia e já consagrada como grande produtora de carne, requer uma alimentação à base de pastagens artificiais, segundo Carvalho. "No comparativo com o nelore, o novo bovino praticamente ganha em tudo", assegura. Mudanças climáticas O pesquisador explica que o sucesso do trabalho, iniciado em 2008, foi decorrente do fenômeno natural chamado heterose ou vigor híbrido obtido do cruzamento entre raças distantes. Ele explica que a heterose é o fenômeno pelo qual os animais resultantes de cruzamentos apresentam melhor desempenho do que a média dos pais. "A maioria dos cruzamentos entre os touros curraleiro pé-duro e as vacas nelore apresentou vigor híbrido, garantindo o sucesso da pesquisa", revela. Esse projeto tem três objetivos que, se alcançados em sua plenitude, podem mudar em pouco tempo o perfil da carne bovina no Brasil. O primeiro, praticamente atingido, busca melhorar a qualidade (maciez, sabor e coloração) e a oferta da carne nas regiões tropicais. O segundo quer atingir um alvo perseguido pelos cientistas há muito tempo: disponibilizar recursos genéticos adaptados às regiões quentes. O terceiro é integrar o curraleiro pé-duro ao agronegócio, afastando a raça da ameaça de extinção. Para enfrentar um possível cenário de aquecimento global, a busca pela sustentabilidade da pecuária bovina nas regiões quentes é outro pilar das pesquisas com o curraleiro pé-duro. Carvalho, que é doutor em melhoramento genético animal, aponta as duas vantagens estratégicas dessa raça para viabilizar a pecuária em ambientes desfavoráveis à atividade: "A primeira é porque ele ocupa pouco espaço, permitindo uma carga animal maior. A segunda é a rusticidade do novo mestiço que não necessita do uso de medicamentos e, por isso, eleva a qualidade da carne". O frigorífico Frigotil, com capacidade para abater cinco mil bois por dia, aposta no trabalho dos pesquisadores da Embrapa e da UFPI, segundo o gerente industrial do frigorífico, Franklin Freire. Ele vê o banco genético do curraleiro pé-duro como um avanço para o melhoramento de raças nativas que podem contribuir com oferta de carne de qualidade ao mercado. Na avaliação dele, as pesquisas devem avançar mais ainda na fase de terminação dos animais, para que eles tenham maior porte e mais ganho de peso. Na visão de Freire, para ter sucesso no mercado, o peso ideal de carcaça de um bovino resultado de cruzamento deve atingir no mínimo 17 arrobas (255 quilos), que é o peso-padrão de abate para frigoríficos industriais. Outras raças O trabalho dos cientistas utilizando o curraleiro pé-duro nos cruzamentos industriais está avançando também em outra direção. Há três anos, estão sendo feitos cruzamentos com as raças Angus Vermelho, de origem inglesa, e Senepol, desenvolvido nos Estados Unidos. Os primeiros exemplares dessas experiências têm apresentado animais com excelente performance de peso e tamanho. As avaliações de carcaça e maciez da carne começarão no primeiro semestre de 2016. Também no próximo ano, vão começar os cruzamentos entre touros do mestiço recém-desenvolvido e vacas de raças brasileiras, como a Caracu e a Crioula Lageana. Tecnologias consagradas Os pesquisadores usaram dois métodos de cruzamento já consagrados. Na primeira fase, foi usado o sistema de monta natural. A segunda etapa acelerou os estudos, e os cientistas passaram a utilizar a inseminação artificial com o uso da sincronia de ovulação. Nessa fase, a participação do professor Adalmir Souza, coordenador de reprodução animal da UFPI, e de estudantes de mestrado e doutorado em medicina veterinária da instituição foi decisiva para o avanço da pesquisa. Eles trabalharam também na avaliação reprodutiva de machos e fêmeas e no uso das biotecnologias de reprodução, como coleta e congelamento de sêmen, embriões e fecundação in vitro. Hoje, o resultado dos estudos já está gerando várias teses de mestrado e doutorado, além de qualificar equipes especializadas em biotecnologias da reprodução animal na região Meio-Norte do Brasil. Rusticidade A raça curraleiro pé-duro foi formada no Brasil de animais vindos da Europa e chegou ao País pelas mãos dos portugueses, no período colonial. Os animais ganharam espaço, primeiramente, em fazendas dos estados da Bahia e Pernambuco. Depois, a raça foi levada para o Piauí, Maranhão, Minas Gerais e aos estados do Centro-Oeste. O Rio São Francisco teve importante papel na disseminação da raça. Os exemplares que descenderam dos primeiros curraleiros pé-duro vindos de Portugal, segundo os historiadores, conseguiram se adaptar bem às condições ambientais adversas, principalmente do Nordeste. Eles suportaram longos períodos de seca, intenso calor e ataques de parasitas e insetos. Como resultado, a raça se consagrou como rústica e de fácil adaptação. Hoje, o rebanho de curraleiro pé-duro no Brasil chega a quase cinco mil exemplares espalhados pelos estados do Piauí, Maranhão, Goiás, Ceará e Paraíba. O maior rebanho está concentrado no Piauí, com 3.500 exemplares, segundo a Associação Brasileira de Criadores de Bovinos Curraleiro Pé-Duro, com sede em Teresina. A Embrapa mantém há 40 anos um núcleo de preservação da raça Curraleiro Pé-Duro numa fazenda experimental no Município de São João do Piauí, no sudeste do Estado. O plantel atual chega a 350 exemplares e é a base dos trabalhos de cruzamentos que são conduzidos desde 2008. Mas o trabalho de conservação dessa raça é mais amplo. O Banco de Germoplasma Animal da Embrapa possui 16.853 doses de sêmen de 51 reprodutores. Destas, 12.010 doses de 35 touros estão na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF), e 4.843 doses de 16 touros estão na Embrapa Meio-Norte. O banco mantém também 148 embriões de 13 acasalamentos distintos. Na fazenda Faveiro, no Município de Elesbão Veloso, no centro-norte do Piauí, a 154 quilômetros de Teresina, o empresário José Ferreira Dantas Filho mantém há 20 anos núcleos de conservação de animais ameaçados de extinção. Lá, 300 exemplares de curraleiro pé-duro vêm se reproduzindo normalmente com o apoio da Embrapa. Entusiasmado com a atividade, Dantas Filho, que é um dos maiores conservadores de raças nativas da região, sempre tem uma resposta na ponta da língua aos questionamentos sobre a manutenção dos núcleos: "Quero contribuir com as futuras gerações, preservando as raças que ajudaram a colonizar o Piauí e o Nordeste brasileiro, como o curraleiro pé-duro". (Portal Canal Rural/SP – 03/01/2016) ((Portal Canal Rural/SP – 03/01/2016))
topoTécnicos da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e do Ministério da Agricultura estão desenvolvendo estudo epidemiológico da brucelose em fêmeas bovinas adultas em Goiás. Foram sortea...((Portal Goiás Agora/GO – 04/01/2016))
Técnicos da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e do Ministério da Agricultura estão desenvolvendo estudo epidemiológico da brucelose em fêmeas bovinas adultas em Goiás. Foram sorteadas 900 propriedades rurais que participarão do estudo: 300 fazendas nas regiões Norte e Nordeste, 300 nas regiões Sul e Sudeste e 300 no Sudoeste e Centro do Estado. A expectativa é de que sejam colhidas cerca de 11 mil amostras. O estudo é para determinar a prevalência e a distribuição regional da brucelose no rebanho bovino goiano. A capacitação dos 36 médicos veterinários que atuarão no estudo está prevista para esta semana, com a participação de três profissionais de cada unidade regional da Agrodefesa. As ações de campo terão início em fevereiro, com previsão de encerramento em abril de 2016. Thiago Menegazzo e Willian Vilela, coordenadores do estudo, esclarecem que a participação do produtor é voluntária. Caso haja recusa do produtor, ele será substituído por um vizinho, cuja propriedade guarde características semelhantes àquela que foi sorteada. “Acreditamos que o índice de rejeição por parte dos produtores será praticamente zero, devido ao elevado o nível de conscientização da classe” afirma Thiago. Mais informações: (62) 3201-3535 (Portal Goiás Agora/GO – 04/01/2016) ((Portal Goiás Agora/GO – 04/01/2016))
topoNo mercado externo, Cepea acredita que haverá aumento nos volumes e faturamento com exportações brasileiras de carne bovina O consumo de carne bovina pelos brasileiros deve manter sustentação em relaç...((Jornal O Presente Rural Online/PR – 04/01/2016))
No mercado externo, Cepea acredita que haverá aumento nos volumes e faturamento com exportações brasileiras de carne bovina O consumo de carne bovina pelos brasileiros deve manter sustentação em relação ao visto em 2015, apesar do cenário econômico ruim, avaliam analistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP em nota divulgada na quarta-feira (30). “Com a renda menor, a demanda por proteínas mais baratas que a bovina pode aumentar, mas situações passadas e estudos econômicos evidenciam a versatilidade da própria carne bovina para se manter presente nas refeições,” disse o Cepea. “De forma agregada, mesmo com vários indicadores econômicos apontando dificuldades para o consumidor, o volume demandado no país pode se manter em relativo equilíbrio com o do ano que termina,” acrescentou. No mercado externo, o Cepea acredita que haverá aumento nos volumes e faturamento com exportações brasileiras de carne bovina em 2016. Os analistas ponderam que dificuldades para vendas à Rússia e Venezuela - tradicionais compradores de carne bovina brasileira que reduziram as compras em 2015 diante da queda nos preços de petróleo -podem continuar em 2016. Carne suína deve apostar em exportações O setor de suínos terá que apostar nas exportações para sustentar os preços da carne, segundo o Cepea. A desvalorização do real frente ao dólar deverá continuar a favorecer as receitas com as vendas externas do setor. “Já no mercado doméstico, não há fundamentos de recuperação da demanda no curto prazo,” disse o Cepea. “Do total de carne suína comercializada no país, predominam produtos industrializados, mais suscetíveis a restrições de renda da população, ou seja, de alta elasticidade-renda,” acrescentou. Ao longo de 2015, o consumo per capita de carne suína aumentou, segundo informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) no início de dezembro. A expectativa da associação é de que o consumo fechasse 2015 a 15 quilos por habitante/ano, aumento de 2,7% ante 2014. (Jornal O Presente Rural Online/PR – 04/01/2016) ((Jornal O Presente Rural Online/PR – 04/01/2016))
topoO Japão adicionou a carne bovina kobe à lista de marcas regionais protegidas pelo governo enquanto os produtores esperam o que acreditam ser uma enchente de produtos concorrentes como resultado da Par...((Portal Beef Point/SP – 04/01/2016))
O Japão adicionou a carne bovina kobe à lista de marcas regionais protegidas pelo governo enquanto os produtores esperam o que acreditam ser uma enchente de produtos concorrentes como resultado da Parceria Trans-Pacífico (TPP). O sistema de “indicação geográfica” de Tóquio permite marcações especiais nas embalagens de itens alimentícios para ajudar a chamar a atenção dos consumidores e aumentar as vendas. O governo japonês está promovendo sua indústria agrícola para ajudar a melhorar a concorrência internacional em meio à TPP. (Portal Beef Point/SP – 04/01/2016) ((Portal Beef Point/SP – 04/01/2016))
topoO produtor australiano de carne bovina, Bindaree Beef Group, começará a oferecer cortes finos de carne bovina online na China. O Bindaree Beef Group, junto com sua divisão de vendas de carnes, Sanger ...((Portal Beef Point/SP – 04/01/2016))
O produtor australiano de carne bovina, Bindaree Beef Group, começará a oferecer cortes finos de carne bovina online na China. O Bindaree Beef Group, junto com sua divisão de vendas de carnes, Sanger Australia, uniu forças com o site JD.com para lançar o First Cut Pure Australian Beef na China. É a primeira vez que os consumidores chineses poderão comprar carne bovina australiana resfriada, pronta para o varejo, online diretamente. O acordo tornará os cortes finos de carne bovina australiana facilmente acessíveis à crescente classe média da China. Para garantir a migração para sites da China seja bem sucedida, a companhia conta com a ajuda do famoso chefe local, Michael Zhao, para promover sua carne bovina em mercados importantes em 2016. Receitas especialmente formuladas e vídeos com demonstrações de preparos serão criados para promover os produtos. Zhao também deverá fazer demonstrações de preparo privadas e públicas durante 2016 para aumentar o entusiasmo na China. Também foi lançada a inciativa chamada “First Cutography”, que encorajará os consumidores chineses a fazer fotos de seu produto First Cup e compartilhar com seus amigos e seguidores via WeChat, Weebo, Instagram e outras redes sociais. (Portal Beef Point/SP – 04/01/2016) ((Portal Beef Point/SP – 04/01/2016))
topoDe acordo com o Índice Scot Consultoria de Custo de Produção da Pecuária de Corte, o custo da atividade teve alta de 17,2% nos últimos doze meses, até dezembro. Neste mesmo período, o boi gordo subiu ...((Portal Scot Consultoria/SP – 04/01/2016))
De acordo com o Índice Scot Consultoria de Custo de Produção da Pecuária de Corte, o custo da atividade teve alta de 17,2% nos últimos doze meses, até dezembro. Neste mesmo período, o boi gordo subiu 3,3% e o bezerro 16,0% em São Paulo. A inflação, medida pelo IGP-DI, até novembro, teve alta de 10,6%, também em doze meses. Com isso, o ano termina com um cenário de encurtamento de margens, que deve se manter para 2016. Assim, reforça-se a importância do planejamento e da gestão técnica e comercial do negócio para os próximos doze meses. O ano termina com um cenário de encurtamento de margens, que deve se manter para 2016. (Portal Scot Consultoria/SP – 04/01/2016) ((Portal Scot Consultoria/SP – 04/01/2016))
topoQueda foi de 7% de acordo com um novo mecanismo que entrou em vigor As bolsas chinesas de Xangai e Shenzhen encerraram o funcionamento até o fim do dia, depois de cair 7%, de acordo com um novo mecani...((Portal Noticias da Pecuária/MS – 01/01/2015))
Queda foi de 7% de acordo com um novo mecanismo que entrou em vigor As bolsas chinesas de Xangai e Shenzhen encerraram o funcionamento até o fim do dia, depois de cair 7%, de acordo com um novo mecanismo que entrou nesta segunda-feira em vigor, para reduzir a volatilidade. Segundo a agência oficial chinesa Xinhua, é o nível mais baixo desde maio de 2011. A queda do yuan em relação ao dólar faz com que as exportações sejam mais baratas para o mercado norte-americano, enquanto a importação de bens e produtos daquele país fica mais cara para o consumidor chinês. A queda do índice CSI300, que abrange as 300 principais empresas cotadas, ativou pela primeira vez o encerramento antecipado das negociações, em consequência das novas regras regulatórias. As negociações já tinham sido interrompidas por 15 minutos, sem que a medida conseguisse conter a queda. Os novos mecanismos pretendem impedir fortes quedas nas bolsas de Xangai e Shenzhen e evitar baixas como as do verão passado. As novas regras da Comissão Reguladora do Mercado de Valores da China aumentam as restrições às flutuações diárias que se verificam nos mercados chineses, prevendo, por exemplo, a suspensão das bolsas por 15 minutos se forem registrados ganhos ou perdas com variação de 5%. Se a queda ou aumento, apesar da pausa, chegar aos 7%, ou aos 5% na última meia hora da sessão da tarde, o encerramento ocorrerá automaticamente. Xangai e Shenzhen estão entre as bolsas mais voláteis do mundo, já que são especialmente vulneráveis a rumores que causam o pânico nos 90 milhões de acionistas, muitos deles investidores individuais sem formação financeira. No verão passado, as bolsas chinesas registaram quedas diárias acima dos 7% e 8%. O índice de referência do país, o de Xangai, chegou a cair 8,49% em um só dia, 24 de agosto, o pior desde fevereiro de 2007. (Portal Noticias da Pecuária/MS – 01/01/2015) ((Portal Noticias da Pecuária/MS – 01/01/2015))
topoO Mapa (Ministério da Agricultura) contabiliza mais de 100 projetos recebidos no programa Leite Saudável, em vigor desde primeiro de outubro. A iniciativa do governo federal visa conceder benefícios c...((Jornal O Estado MS/MS – 04/01/2016))
O Mapa (Ministério da Agricultura) contabiliza mais de 100 projetos recebidos no programa Leite Saudável, em vigor desde primeiro de outubro. A iniciativa do governo federal visa conceder benefícios como o uso de créditos de PIS/Cofins para as indústrias que adotarem tecnologias que melhorem a qualidade do produto. De acordo com o Mapa, as indústrias podem recuperar metade da contribuição sobre a venda do leite in natura, atualmente em 9,25% do faturamento. Os projetos enviados até agora ao governo federal somam R$ 89,8 milhões em créditos presumidos de PIS/Cofins. A condição é investir parte do valor recebido de acordo com o estabelecido na Instrução Normativa 45, publicada pela pasta. Para ter acesso ao benefício, um formulário deve ser preenchido e enviado ao Ministério junto com uma série de documentos. Ao entregar a documentação, a empresa receberá uma habilitação provisória. Depois, passará por uma avaliação. Se houver irregularidade, a empresa tem 30 dias para se adequar. Caso o projeto seja aprovado, o prazo também é de 30 dias para requerer a habilitação definitiva na Receita Federal. (Jornal O Estado MS/MS – 04/01/2016) ((Jornal O Estado MS/MS – 04/01/2016))
topoEm termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de nov/15), o preço médio líquido de 2015, calculado pelo Cepea em R$ 0,9529, é o menor dos últimos cinco anos. 03/01/2016 - 03:09:41 Os preços do leit...((Portal MT Agora/MT – 03/01/2016))
Em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de nov/15), o preço médio líquido de 2015, calculado pelo Cepea em R$ 0,9529, é o menor dos últimos cinco anos. 03/01/2016 - 03:09:41 Os preços do leite recebido pelos produtores em dezembro confirmaram as expectativas da maioria dos colaboradores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, e seguiram estáveis, com ligeiro recuo de 0,03% sobre novembro, a R$ 0,9673/litro na “média Brasil” (MG, RS, SP, PR, GO, BA e SC). Com isso, em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de nov/15), o preço médio líquido de 2015, calculado pelo Cepea em R$ 0,9529, é o menor dos últimos cinco anos. Pesquisadores do Cepea destacam que, diferentemente do milho, da soja, do açúcar, do algodão e do boi gordo, entre outros, que foram favorecidos pela desvalorização do Real frente ao dólar no cenário internacional, a pecuária de leite teve um ano difícil em todos os seus elos. “Dentro da porteira”, produtores enfrentaram aumentos constantes de custos de produção e preços bem abaixo dos anos anteriores. Para as indústrias, o desafio foi fechar as contas num contexto de enfraquecimento da renda nacional e vendas de derivados bem inferiores ao esperado para o ano. A menor demanda por diversos derivados lácteos, a queda nas margens dos produtores, o excesso de chuvas no Sul do País nos últimos meses, o atraso das chuvas em parte do Sudeste e Centro-Oeste e o aumento da concorrência entre indústrias por produtores em algumas regiões foram algumas ocorrências que dificultaram a obtenção de resultados positivos em 2015. Em dezembro, o preço médio bruto (inclui frete e impostos) pago ao produtor foi de R$ 1,0534/litro, 2,04% menor, em termos reais, que o de um ano atrás. Com exceção dos estados do Sul, que registraram alta nos preços, todas as outras regiões analisadas tiveram quedas que refletem o período sazonal de safra. A maior alta ocorreu em Santa Catarina, de 1,3%, com o litro na média de R$ 1,028 e a maior queda recaiu sobre produtores da Bahia, de 1,7%, onde a média bruta foi de R$ 1,0143/litro. Pesquisadores do Cepea explicam que, enquanto 2014 foi pautado pela “oferta”, que impactou o mercado durante todo o ano passado – a captação de leite em 2014 foi quase 14% maior que em 2013, segundo ICAP-L/Cepea –, em 2015, o fundamento central foi a “demanda”. Devido à crise econômica nacional, o poder de compra do consumidor foi prejudicado e a demanda por derivados lácteos, diretamente afetadas. Com isso, as expectativas de melhora para o setor ficam atreladas à recuperação da economia do País, o que pode não ocorrer no curto prazo. De outubro para novembro, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea) sinalizou aumento de 0,41%. Mesmo com atraso e com níveis de precipitação ainda abaixo do esperado para o período, as chuvas favoreceram a qualidade das pastagens e, consequentemente, a captação de leite nos estados do Sudeste e parte do Centro-Oeste. Já para a região Sul o excesso de chuvas passou a prejudicar a produção de leite e também a logística de coleta, o que limitou o aumento do ICAP-L comum nesta época do ano. Dos sete estados incluídos no ICAP-L/Cepea, destacaram-se Goiás, com aumento de 4,98% na captação, e Rio Grande do Sul, com queda de 2,43%. No balanço ainda parcial de 2015 (jan-nov), o ICAP-L/Cepea está 9,2% acima do registrado para mesmo período de 2014. A crise econômica, a instabilidade política, o excesso de chuvas no Sul do País e a promessa de um forte El Niño para os próximos meses têm mexido bastante nas expectativas dos profissionais de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea. Para janeiro/16, a maioria dos entrevistados (62,1%), que representam 67,2% do leite amostrado, já espera estabilidade nos preços. Outros 34,5% dos agentes, que representam 31,9% do volume amostrado de leite, ainda acreditam em queda e apenas 3,4%, que representa 0,9% do volume da amostra, acreditam em alta. No mercado de derivados, após a alta dos preços do leite UHT e do queijo muçarela em novembro, ambos voltaram a se desvalorizar em dezembro. Os colaboradores que apontavam leve melhora na demanda por esses derivados em novembro, o que justificou a elevação das cotações, neste mês, relataram demanda abaixo da expectativa, insuficiente para sustentar os preços. As médias de dezembro (até dia 23) do leite UHT e do queijo muçarela negociados no atacado do estado de São Paulo são de R$ 2,2227/litro e de R$ 13,56/kg, respectivamente, o que representa ligeiras quedas de 1,73% e de 0,1% sobre os valores de novembro. A pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas do estado de SP e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (Portal MT Agora/MT – 03/01/2016) ((Portal MT Agora/MT – 03/01/2016))
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