Notícias do Agronegócio - boletim Nº 58 - 12/12/2013 Voltar

MG: emendas parlamentares beneficiam projetos da ABCZ

Nove projetos da ABCZ, com aplicação em todo território nacional, poderão ser viabilizados com recursos federais previstos para o Orçamento Geral da União em 2014. Os projetos nas áreas educacional, p...((Página Rural/RS – 11/12/2013))


Nove projetos da ABCZ, com aplicação em todo território nacional, poderão ser viabilizados com recursos federais previstos para o Orçamento Geral da União em 2014. Os projetos nas áreas educacional, promocional, tecnológica e de melhoramento genético (Zebu na Escola, ExpoZebu 2014, Agrocurso, Melhoramento Genético, Dias de Campo, Treinamento Técnico, Modernização Tecnológica, ExpoGenética 2014) receberam emendas de 23 parlamentares, sob a coordenação dos deputados Abelardo Lupion e Bernardo Santana. O conjunto das emendas beneficiará todos os estados brasileiros, uma vez que a ABCZ atua em todo o Brasil e os projetos contemplam ações em todos os estados. “A ABCZ tem focado suas atividades no aumento da produtividade e competitividade da pecuária comercial brasileira. A entidade tem realizado atividades de qualificação de produtores e trabalhadores em todo o Brasil, fomentando a adoção de novas práticas que contribuam para o aumento sustentável da produção de carne e leite. Estes recursos são extremamente importantes porque viabilizarão a ampliação destes programas sem onerar os criadores, uma vez que os cursos serão gratuitos. Agradecemos, em nome dos mais de 20 mil associados e também dos dois milhões de pecuaristas brasileiros a confiança, o companheirismo e a dedicação dos parlamentares ao setor agropecuário”, afirma o presidente da ABCZ, Luiz Claudio Paranhos. Estas emendas terão que ser aprovadas pelos respectivos Ministérios e, posteriormente, liberadas pelo Governo Federal. Conheça os deputados que apresentaram emendas em favor dos projetos da ABCZ: Dep. Abelardo Lupion DEM/PR Dep. Lira Maia DEM/PA Dep. Vitor Penido DEM/MG Dep. Rodrigo Maia DEM/RJ Dep. Ronaldo Caiado DEM/GO Dep. Marcos Montes PSD/MG Dep. Eduardo Sciarra PSD/PR Dep. Walter Iihoshi PSD/SP Dep. Paulo Magalhães PSD/BA Dep. Moreira Mendes PSD/RO Dep. Giovanne Queiroz PDT/PA Dep. Oziel Oliveira PDT/BA Dep. Jaqueline Roriz PMN/DF Dep. Raimundo Gomes de Matos PSDB/CE Dep. Domingos Sávio PSDB/MG Dep. Reinaldo Azambuja PSDB/MS Dep. Sandro Mabel PMDB/GO Dep. Leandro Vilela PMDB/GO Dep. Aelton Freitas PR/MG Dep. Fernando Giacobo PR/PR Dep. Bernardo Santana PR/MG Dep. Geraldo Simões PT/BA Dep. Luiz Fernando Faria PP/MG (Página Rural/RS – 11/12/2013)((Página Rural/RS – 11/12/2013))

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Mercado firme favorece cotação do bezerro de corte em Minas Gerais

O preço médio do bezerro de corte, no período de janeiro a novembro de 2013, alcançou R$ 782,17 por cabeça, valor 6,1% maior que o registrado em 2011, o melhor ano para as vendas do segmento numa séri...((Portal Boi A Pasto/SP – 11/12/2013))


O preço médio do bezerro de corte, no período de janeiro a novembro de 2013, alcançou R$ 782,17 por cabeça, valor 6,1% maior que o registrado em 2011, o melhor ano para as vendas do segmento numa série iniciada na virada do século. Já em relação a 2012, a cotação dos animais apresentou um crescimento da ordem de 11%. Os dados constam do indicador Esalq/BM&F e foram avaliados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa). De acordo com Bruno de Barros Ribeiro de Oliveira – coordenador do Programa Minas Carne, criado pela Seapa –, os bezerros de corte têm valorização crescente em consequência da redução da oferta, pois o volume de abates de vacas está aumentando. “Para quem vende as crias destinadas à engorda, o lucro atualmente garante boa receita e favorece investimentos nas propriedades”, explica Oliveira. Ele ainda considera, entre os fatores de estímulo aos negócios com bezerros, o aumento da demanda por carne de boi no mercado interno e a boa aceitação do produto no exterior. A receita obtida com a comercialização externa da carne bovina de Minas Gerais entre janeiro e outubro de 2013, em relação a idêntico período do ano passado, cresceu 15,8% e alcançou R$ 356,7 milhões. Com isso, a carne de boi respondeu, nos dez primeiros meses de 2013, por 42,4% da receita das exportações do complexo carnes de Minas – que inclui frango, suínos e perus – e somou cerca de US$ 841 milhões. Suporte do Pró-Genética Este cenário, enfatiza Oliveira, favorece a introdução de touros de alta genética nas propriedades com o objetivo de garantir a geração de um maior volume de animais para engorda. “Para facilitar a aquisição dos reprodutores existe o Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino do Estado de Minas Gerais (Pró-Genética), criado pela Secretaria da Agricultura”, acrescenta o coordenador. “Entre janeiro e novembro de 2013 foi realizado, por meio do programa, o total de 43 feiras ou leilões de touros, que possibilitaram a venda de 1.012 reprodutores, envolvendo diretamente 730 compradores.” Todos os estágios de realização das feiras de touros do Pró-Genética, que oferecem facilidades aos agricultores familiares, contam com a participação dos técnicos da Emater-MG. Além de atuar na organização dos eventos e na mobilização dos produtores, os extensionistas indicam as raças mais adequadas para agregar qualidade aos rebanhos. Também orientam os potenciais compradores na fase de atualização do cadastro bancário, providência indispensável para a obtenção do crédito que será utilizado na transação. O Pró-Genética é realizado em parceria pelas seguintes instituições público-privadas: Seapa/MG com as vinculadas Emater/MG e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA); Associação Brasileira de Gado Zebu (ABCZ); Associação Brasileira de Gado Girolando; Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL); Associação Mineira dos Criadores de Zebu (AMCZ); Sindicatos de Produtores Rurais; Sindicato dos Trabalhadores Rurais; Cooperativas, Associações de Produtores Rurais; Prefeituras; e Agentes Financeiros (Sicoob, Banco do Brasil e Banco do Nordeste. Crias bem cotadas Jan/Nov 2013 R$ 782,17 por cabeça +11% em relação a 2012 + 6,1% em relação a 2011 Pró-Genética 43 feiras/leilões de touros 1.012 animais vendidos 730 compradores (Portal Boi A Pasto/SP – 11/12/2013)((Portal Boi A Pasto/SP – 11/12/2013))

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Preço da carne na exportação dobra em 8 anos

Já faz tempo que os exportadores brasileiros de carne bovina não sabem o que é monotonia. No fim de 2005, registros de febre aftosa em Mato Grosso do Sul e no Paraná levaram vários países a embargar o...((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 12/12/2013))


Já faz tempo que os exportadores brasileiros de carne bovina não sabem o que é monotonia. No fim de 2005, registros de febre aftosa em Mato Grosso do Sul e no Paraná levaram vários países a embargar o produto brasileiro, situação que foi gradativamente revertida. Em 2008, a União Europeia, que era um dos maiores clientes do Brasil, impôs restrições ao produto nacional que persistem até hoje. Um ano mais tarde eclodiu a crise financeira global - que ainda não foi embora e afetou a demanda. Mais recentemente, as revoltas em países árabes também trouxeram instabilidade nas vendas. Sem contar o caso atípico da doença da "vaca louca", no Paraná, divulgado no fim do ano passado, que levou China e Arábia Saudita (além de outros países árabes) a suspenderem as compras do Brasil. Mas nada disso impediu que os preços da carne bovina brasileira na exportação dobrassem em termos nominais - ou até mais do que isso, como em 2011 e 2012 - desde 2005, quando os tropeços começaram, até agora. O valor médio da carne in natura na exportação há oito anos era de R$ 2.228,38 por tonelada. Entre janeiro e outubro deste ano, ficou em R$ 4.495,01. Deflacionando os números, a valorização média no período foi de 48,49% para uma inflação mundial de 42,65%, conforme cálculos do Valor Data. Dois fatores, principalmente, explicam esse quadro: a demanda da Ásia - leia-se China, sobretudo - e a menor oferta em outras regiões produtoras de carne bovina, como Argentina, Estados Unidos, União Europeia e Austrália, o que abriu espaço para a carne brasileira em mercados importadores. Enquanto as vendas para a União Europeia recuaram, reflexo da exigência do bloco comercial de que a apenas propriedades rastreadas e com certificação forneçam bovinos para exportação da carne, os embarques para Hong Kong dispararam. Ninguém admite, mas extra-oficialmente sabe-se que a maior parte dessa carne é destinada ao mercado chinês. Os volumes vendidos à Europa caíram de 378,1 mil toneladas em 2006 para 110, 2 mil este ano, entre janeiro e outubro. Na mesma comparação, os embarques para Hong Kong mais que quadruplicaram e chegaram a 301,4 mil toneladas, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Bovina (Abiec). Os números mostram que as vendas ao mercado asiático compensaram em parte as perdas para a União Europeia. É preciso, ponderar, contudo, que o mix de produtos é diferente, já que os países do bloco europeu demandam cortes nobres do traseiro e Hong Kong demanda principalmente cortes de dianteiro, ainda que também adquira carne de primeira. O presidente da Abiec, Antônio Camardelli, observa que o cenário levou "as empresas a se adequarem ao novo perfil de consumo". Como a UE impôs restrições ao Brasil, os exportadores buscaram espaço em outros mercados, com destaque para Ásia e Oriente Médio. Foi a demanda, na visão de Camardelli, que permitiu a mudança de patamar de preços. Ele avalia que se Europa não tivesse imposto tantas restrições - uma série delas também afetou as vendas do Brasil dentro da cota Hilton - o preço médio nas vendas externas estaria em patamares mais altos. Para explicar o comportamento dos preços, uma fonte de um frigorífico exportador observa que, apesar da crise de 2008, as economias emergentes continuaram crescendo e o processo de urbanização foi acelerado no mundo. "Não só houve aumento do consumo de uma maneira geral, como as pessoas passaram a comprar mais carne com o aumento da renda", diz. "A ascensão social é um fenômeno mundial", acrescenta. Nesse cenário de avanço dos emergentes, a "Ásia deixou de ser promessa e virou realidade" no que diz respeito à demanda por carne bovina, afirma. A fonte aponta ainda a dificuldade de produção de carne bovina em grandes players do segmento num momento de aumento da demanda. Além da menor produção na União Europeia em decorrência da diminuição dos subsídios, os Estados Unidos também estão produzindo menos bovinos, ainda um reflexo da seca que atingiu o país nos últimos dois anos, afetando a oferta de grãos e elevando os custos de produção. O Brasil ocupou parte do espaço desses produtores no mercado internacional e também conseguiu driblar as restrições europeias, com vendas de cortes nobres para o mercado doméstico brasileiro, onde a renda da população também cresceu, lembrou. Outro especialista do setor observa que atualmente o "Brasil não tem acesso a mercados de preços altos para a carne bovina". No entanto, tem visto aumentar a demanda de regiões como Hong Kong e países do Sudeste Asiático. Segundo ele, que também atua em frigorífico, não fosse o embargo de Arábia Saudita, Iraque e China à carne brasileira por causa do caso atípico de "vaca louca" a performance das vendas e dos preços teria sido melhor. Camardelli, da Abiec, lembra um outro fator que contribuiu para a valorização da carne bovina brasileira no mercado exportador. "A matéria-prima subiu e houve equalização dos preços [do boi] com outros países", diz. Um sinal de que a demanda pelo produto brasileiro tem sustentado os preços, diz fonte de um grande frigorífico, é que nem a desvalorização de 15% do real neste ano em relação ao dólar derrubou os preços médios da carne na exportação. Geralmente, quando o dólar se valoriza, os importadores tendem a pedir descontos já que os exportadores ganharão mais em reais nas vendas. Isso não tem acontecido, observa. (Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 12/12/2013)((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 12/12/2013))

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Mato Grosso terá mais um frigorífico

Com uma produção mensal estimada em 300 toneladas, a piscicultura mato-grossense cresce, principalmente na região norte do Estado. Esse movimento ascendente deve atrair novos investidores nos próximos...((Jornal A Gazeta/MT – 12/12/2013))


Com uma produção mensal estimada em 300 toneladas, a piscicultura mato-grossense cresce, principalmente na região norte do Estado. Esse movimento ascendente deve atrair novos investidores nos próximos anos. Prova disso é que em 2014 o setor deve dar início a uma nova fase que inicia no município de Sorriso, com a inauguração de um frigorífico da empresa Delicius Fish. O valor investido na unidade chega a R$ 22 milhões. A empresa atua no Estado desde 1992. O novo local de criação pretende aumentar o consumo interno de algumas espécies de pescado. A empresa vai inaugurar a nova unidade de processamento de pescados em fevereiro próximo. A préinauguração do empreendimento foi realizada nesta quarta-feira (11), e quando estiver em funcionamento deve colocar o Estado em 1º lugar na produção de peixes do país. Atualmente a piscicultura de Mato Grosso ocupa a 2ª colocação no ranking nacional de produção. Com o aumento do abate de peixes no próximo ano, o diretor da empresa, João Pedro da Silva, espera abater pelo menos 40 toneladas a cada turno. “O trabalho vai ser realizado por fases, esperamos dobrar o número de abates a cada troca de turno. No 2º ciclo a intenção é abater 80 toneladas a cada 8 horas e no 3º ciclo pretendemos abater 120 toneladas de 8 m 8 horas”. Silva acredita que o Estado tem potencial para produzir em grande escala, já que o peixe tem sido muito indicado por uma questão de saúde e também por se mostrar rentável aos criadores. O novo empreendimento terá seu Centro de Distribuição localizado em Cuiabá, onde era situado, até 2011, o frigorífico da empresa. A nova sede além de ser uma inovação para o Estado, deve garantir um rendimento maior para os criadores. As obras para construção iniciaram em outubro deste ano. “Estamos no meio da construção e como tudo está sendo feito em prémoldado acredito que o tempo estimado para a inauguração será cumprido. Me sinto privilegiado por ser o precursor desta atividade no Estado e espero garantir oportunidade de trabalho para muitas famílias”, disse João Pedro. A empresa ainda é investidora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que tem um projeto de melhoramento genético que deve ser colocado em prática no município. O doutor em piscicultura, Darci Carlos Fornari, que realiza o projeto na região, acredita que Mato Grosso tem um grande potencial para a atividade. Ele explica que a criação de peixes não deve competir com outras no Estado, como de bovinos, suínos e até mesmo as sementes. “A piscicultura permite alguns erros que não influenciam tanto na rentabilidade como nas outras atividades. Para a criação vamos utilizar espaços que não estão sendo utilizados por nenhum outro tipo de investimento”. O projeto de melhoramento genético de pescado já é implantado nas espécies tambaqui e cachara, espécies que antes demoravam 12 meses para ser abatida e hoje chegam a 6. Fornari explica que este procedimento também deve ser adotado para outras espécies de peixes. “Pretendemos fazer omelhoramento genético com os peixes jundiá e tambacu para também diminuir o período de abate”. PORTFÓLIO - Com o novo empreendimento no Estado o benefício não será somente do setor empresarial com a ampliação do mercado. A empresa, que já tem 22 produtos exclusivos, pretende acrescentar outros 14 no seu catálogo de vendas para, além de atender as grandes redes de supermercados, facilitar a vida dos consumidores com o pescado todo limpo. “O mercado regional é tão grande quanto o nacional. Hoje a Delicious Fish representa 10% da produção de Mato Grosso, a maior parte está localizada na Baixada Cuiabana que soma 70%”. O empresário agrícola Luiz Carlos Nardi acredita que as culturas no Estado podem ser diversificadas, já que Mato Grosso é conhecido por ser um grandeprodutor de soja, milho, algodão e na criação de bovinos. Para ele, o problema é o custo inicial já que a atividade ainda não tem uma linha de crédito. O novo frigorífico será em Sistema de Inspeção Federal(SIF), ou seja, poderá vender o pescado para todo o país. Percebendo o nicho de mercado, o prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato, pretende em alguns anos igualar a rentabilidade da piscicultura com a que é atingida no plantio de soja. “O que precisamos é de uma produção em grande escala para atender o mercado nacional e possivelmente daqui alguns anos atingir a exportação”. Em Mato Grosso este é o 5º frigorífico de peixes em sistema SIF. (Jornal A Gazeta/MT – 12/12/2013)((Jornal A Gazeta/MT – 12/12/2013))

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Agricultores da Bahia têm perdas de R$1 bi por praga em 2 safras

Produtores de algodão, milho e soja da Bahia registraram perdas expressivas da ordem de 1 bilhão de reais em duas safras por conta da infestação de uma lagarta, a helicoverpa, que está afetando a prod...((Portal Agrolink/RS – 11/12/2013))


Produtores de algodão, milho e soja da Bahia registraram perdas expressivas da ordem de 1 bilhão de reais em duas safras por conta da infestação de uma lagarta, a helicoverpa, que está afetando a produtividade e gerando mais gastos com defensivos nesta temporada, apontaram especialistas. O Estado já vem lidando com a praga desde a safra anterior, mas recentemente o problema ganhou proporções mais graves. O prejuízo, que era estimado em cerca de 200 a 300 milhões de reais em 2011/12, incluindo as perdas com produtividade e gastos maiores para com defensivos para combater a lagarta, saltou para 800 milhões de reais na temporada 2012/13, segundo estimativa de associação de produtores do Estado. Previsão da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa) apontou produtividade de 180 a 200 arrobas por hectare, contra uma média histórica de 250 arrobas por hectare ano. Além da produtividade menor, que implica em menor rentabilidade, o produtor também acaba gastando mais no trato cultural ao aumentar o número de aplicações de defensivos na tentativa de erradicar a praga. Os produtores, no entanto, afirmam que o país não tem o agroquímico específico para o combate a esta lagarta e pedem ao governo a liberação de produtos mais eficazes. "Tem uma explosão populacional, uma epidemia na Bahia. E não tem registro de produto específico para a helicoverpa", afirmou o diretor da Abapa Celito Breda. Ele lembra a praga antes estava restrita ao milho, mas nos anos recentes acabou se alastrando para o algodão e a soja. A Bahia é o segundo maior produtor nacional de algodão, atrás apenas de Mato Grosso, e tem a sétima posição em soja e milho. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê queda de 16 por cento na produção estadual, para 403 mil toneladas. Para o Mato Grosso, líder em algodão no Brasil, a estimativa é de queda de 27 por cento, para 765,2 mil toneladas. As quedas também ocorrem em meio à redução no plantio da pluma, que sofreu severa competição com a soja por área em 2012/13. CLIMA O gerente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) explicou que a praga acabou se alastrando mais por efeito do clima. "O problema foi devido à seca que levou a um desequilíbrio nas (populações) das pragas", disse o gerente da Conab Carlos Bestetti, que viaja nesta semana para avaliar a dimensão dos estragos. Ele disse que o retorno das chuvas depois de um ano de seca severa acabou fazendo com que os lagartos se desenvolvessem todos ao mesmo tempo. Normalmente, eles se desenvolvem por período mais longo, e os pássaros que se alimentam de insetos ajudam no controle. Os números recentes da Conab ainda não levam em consideração as perdas oriundas desta praga. Produtores e governo estiveram reunidos nesta tarde em Brasília para discutir alternativas para combater a infestação. (Portal Agrolink/RS – 11/12/2013)((Portal Agrolink/RS – 11/12/2013))

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Ministros anunciam medidas para melhorar escoamento da produção

A partir do ano que vem, os caminhões com cargas para o porto de Santos terão de fazer o agendamento prévio a fim de sincronizar a chegada ao porto com a atracação da embarcação no terminal. O objetiv...((Portal Jornal Diário de Cuiabá /MT - 12/12/2013))


A partir do ano que vem, os caminhões com cargas para o porto de Santos terão de fazer o agendamento prévio a fim de sincronizar a chegada ao porto com a atracação da embarcação no terminal. O objetivo é evitar a formação de grandes filas, como ocorreu em março deste ano, por causa da supersafra de grãos. Além disso, serão disponibilizados pátios para que os caminhões fiquem estacionados aguardando a vez de entrar no porto. As medidas foram anunciadas ontem pelos ministros dos Transportes, César Borges, da Agricultura, Antônio Andrade e da Secretaria Especial de Portos, Antônio Henrique da Silveira. Os veículos que não estiverem agendados não terão acesso ao porto, ficarão aguardando em um pátio de triagem próximo à região metropolitana de São Paulo. Ele só poderá ir para a Baixada Santista quando comprovar o agendamento. No caso de contêineres e de alguns terminais de tradings já existe o agendamento, mas agora será adotado de forma generalizada. Segundo o ministro dos Portos, o objetivo do agendamento é fazer uma sincronização entre a chegada dos navios e das cargas. “Para ter acesso à área portuária urbana de Santos, os embarcadores terão que, em contato com os terminais, estabelecer as datas de embarque e procurar sincronizar essa chegada para evitar que as filas se formem dentro da cidade e nas estradas e que a retenção seja feita em pátios de triagem, onde terá infraestrutura com facilidades para os motoristas de caminhão”, explicou. As novas regras de agendamento começam a valer em janeiro, para que, quando começar o período de maior movimentação de cargas, a partir de março, o sistema esteja operando plenamente. O governo federal está estudando a utilização de duas áreas públicas para fazer os pátios de triagem, e já fez uma chamada para proprietários de áreas privadas que quiserem disponibilizar terrenos para esse fim. Nesses casos, os caminhoneiros terão que pagar para ter acesso aos pátios. Para Antônio Henrique da Silveira, o agendamento e a adoção dos pátios solucionará os gargalos no Porto de Santos. “O que houve de gargalo foi uma atuação não planejada na chegada da carga. Estamos entrando com uma ação agendada para mitigar qualquer confusão na entrada da cidade e nas estradas que dão acessos”, disse. Em março deste ano, o escoamento da supersafra de grãos do país causou problemas de congestionamento no Porto de Santos, onde filas de caminhões ocuparam grande parte das vias no entorno do terminal e nas rodovias que levam ao porto por vários dias. SOLUÇÃO - Para o ministro da Agricultura, Antonio Andrade, o congestionamento no porto é um “bom problema” que o Brasil tem que enfrentar. “Espero poder assistir o Brasil enfrentando esse problema ao longo dos próximos dez anos”, disse. A produção agrícola na safra 2013/2014 deve alcançar 195,91 milhões de toneladas, de acordo com a Conab. A estimativa do governo, segundo o ministro, é ultrapassar 200 milhões de toneladas. A exportação de grãos deste ano deve fechar em torno de 90 milhões de toneladas e, para o próximo ano, poderá ultrapassar 100 milhões de toneladas. O ministro dos Transportes, Cesar Borges, também anunciou melhorias em rodovias e ferrovias, para descentralizar a exportação de grãos no país, que hoje ocorre prioritariamente nos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR). Entre as medidas está a duplicação da BR-163, em Mato Grosso, que já foi licitada e deve estar duplicada em cinco anos. Em relação às ferrovias, ele citou o trecho de 901 quilômetros entre Lucas do Rio Verde (MT) até Campinorte (GO), que deverá ser o primeiro a ser licitado pelo governo. “Queremos fazer a licitação no início do ano”, disse Borges. Os estudos devem ser analisados pelo Tribunal de Contas da União em sessão extraordinária na próxima segunda-feira (16). (Portal Jornal Diário de Cuiabá /MT - 12/12/2013)((Portal Jornal Diário de Cuiabá /MT - 12/12/2013))

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CNA prevê altas do PIB do campo em 2013 e 2014

Após recuar 1,57% em 2012, para R$ 988 bilhões, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro voltará a crescer em 2013 - 3,56% - e alcançará R$ 1,02 trilhão, segundo projeções divulgadas on...((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 12/12/2013))


Após recuar 1,57% em 2012, para R$ 988 bilhões, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro voltará a crescer em 2013 - 3,56% - e alcançará R$ 1,02 trilhão, segundo projeções divulgadas ontem pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Caso o resultado se confirme, o setor, sob a ótica da entidade - que envolve todos os elos da cadeia, e não apenas a agropecuária - deverá representar 23% do PIB nacional neste ano, estimado em R$ 4,5 trilhões. Para o Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária, que mede a receita obtida pelos produtores "da porteira para dentro", a CNA prevê incremento de 8% sobre 2012, para R$ 424 bilhões, embalado pela recuperação das safras de grãos e de cana e pelo melhor desempenho do segmento de carnes. E para 2014, quando a colheita de grãos vai beirar 200 milhões de toneladas - um novo recorde -, a expectativa é de alta superior a 3%, para R$ 438 bilhões, novamente com a colaboração das carnes, para as quais o cenário para exportações é positivo. Conforme a CNA, a oferta de crédito seguirá estável no ano que vem e não haverá falta recursos, levando-se em conta os R$ 136 bilhões em crédito rural para a agricultura empresarial incluídos no Plano Safra 2013/14. A CNA, porém, afirma que o setor terá que interceder junto ao governo para evitar uma alta nos juros dos financiamentos, já que há sinais que indicam que a taxa básica Selic poderá continuar a subir por conta de temores com a inflação. Já infraestrutura e logística prometem trazer mais prejuízos a toda a cadeia. Conforme a CNA, a estimativa é que, na soja, cuja colheita deverá chegar a cerca de 90 milhões de toneladas, um novo recorde, haja um desperdício entre 6% e 13% durante o transporte até os portos. Por conta dos velhos e conhecidos gargalos, os fretes entre Sorriso (MT) e o porto de Santos (SP), subiram quase 45% neste ano - e essa alta colabora para conter as vendas antecipadas da safra que está em fase final de plantio, já que os custos do escoamento permanecem incertos, apesar da queda da produção de milho. No caso de alimentos básicos como arroz e feijão, a CNA concorda que em 2014 haverá aumento da produção, como indicam as previsões da Conab, mas não projeta queda dos preços, como deseja o governo. No caso do arroz, a demanda deverá permanecer ajustada ao consumo. No do feijão, o aumento da oferta tende a reduzir as importações. Para o café, cujos preços desabaram em 2013 em virtude de um quadro de oferta global confortável, com a colaboração do Brasil, a tendência deverá perdurar. (Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 12/12/2013)((Jornal Valor Econômico, Agronegócio/SP – 12/12/2013))

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SENADO AVANÇA EM PROPOSTA QUE PERDOA DIVIDAS DE NORDESTINOS

Agricultores do Nordeste podem ser beneficiados com a renegociação de dívidas. Nesta quarta-feira (11) a Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) aprovou em turno suplementar o relatório favorável a...((Portal Safras & Mercado/RS – 11/12/2013))


Agricultores do Nordeste podem ser beneficiados com a renegociação de dívidas. Nesta quarta-feira (11) a Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) aprovou em turno suplementar o relatório favorável a proposta (PLS 622/2011) do senador Benedito de Lira (PP-AL). Se não houver recurso para análise pelo plenário da Casa, o texto segue direto para a Câmara dos Deputados. Pela proposta ficam estabelecidos novos limites para remissão e renegociação de dívidas dos agricultores nordestinos contratadas com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste. O texto eleva de R$ 10 mil para R$ 30 mil o teto das que poderão ser anistiadas. Já os agricultores com dívidas de até R$ 200 mil e comprovada incapacidade de pagamento poderão obter mais descontos para efetuar a liquidação do saldo devedor. A proposta prevê impacto para o governo federal, mas o custo adicional, segundo o relator será compensado pela reinserção de médios produtores no mercado de crédito rural, a redução do grau de endividamento do setor, adequação do montante da dívida rural à capacidade de pagamento do produtor e a efetiva quitação de suas obrigações financeiras. Em seu relatório, Benedito de Lira considera a proposta "de máxima urgência, dado o estado de calamidade das atividades agropecuárias no semiárido do Nordeste brasileiro". Com informações da Agência Brasil. (Portal Safras & Mercado/RS – 11/12/2013)((Portal Safras & Mercado/RS – 11/12/2013))

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Reata vende remessa com 374 animais

O 2º Virtual Fazenda Reata negociou no sábado, 7 de dezembro, 33 animais selecionados e 281 cabeças de gado geral de Adalto Freitas Filho, dono do criatório com sede em Barra do Garças, MT. A receita ...((Portal DBO – 12/12/2013))


O 2º Virtual Fazenda Reata negociou no sábado, 7 de dezembro, 33 animais selecionados e 281 cabeças de gado geral de Adalto Freitas Filho, dono do criatório com sede em Barra do Garças, MT. A receita ficou em R$ 465.110, com registro médio de R$ 3.905 e lance máximo de R$ 20.120 para um lote de seis fêmeas comprado por Amanda Zefa, que após adquirir outros animais, figurou como a maior investidora do pregão. Nos lotes puros estavam exemplares Nelore mochos e padrão. Por categorias, saíram 18 fêmeas à média de R$ 3.693 e 15 jovens reprodutores a R$ 4.160. De gado geral, foram negociadas 253 fêmeas e 28 machos por R$ 336.225, com preço médio de R$ 1.196. As vendas foram organizadas pela Programa, com trabalhos de Luciano Pires. Pagamentos em 24 parcelas. (Portal DBO – 12/12/2013)((Portal DBO – 12/12/2013))

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Araguarina vende produção de reprodutores

No sábado, 7 de dezembro, Inhuma, GO, foi palco para o leilão Touros Prontos Araguarina. À frente da promoção esteve o grupo Odilon Santos, um conglomerado de três fazendas, situadas nos estados de Go...((Portal DBO – 12/12/2013))


No sábado, 7 de dezembro, Inhuma, GO, foi palco para o leilão Touros Prontos Araguarina. À frente da promoção esteve o grupo Odilon Santos, um conglomerado de três fazendas, situadas nos estados de Goiás e Tocantins, dedicadas à criação de gado de corte e de leite há mais de 30 anos. No remate, foram comercializados animais Nelore puros e selecionados a pasto. Os 34 reprodutores registraram R$ 5.050, com preço máximo de R$ 8.640 para Airon TE. Quem levou o animal para o plantel foi o criador Divino Alcebíades. A relação para o reprodutor deu em 83 arrobas. Nos demais lotes, a média geral resultou em 52 arrobas de boi gordo por exemplar (R$ 98/@ à vista na praça). O resultado esteve dentro do praticado durante o ano nos leilões para venda da categoria em Goiás. Os animais foram apresentados com idades entre 24 e 36 meses, prontos para o serviço de monta. O peso médio dos exemplares no dia do leilão era de 650 kg, com perímetro escrotal de 35 cm. A organização ficou por conta da Braúna Leilões, para pagamentos em 24 parcelas. (Portal DBO – 12/12/2013)((Portal DBO – 12/12/2013))

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Nova alta

A arroba de boi gordo subiu para R$ 115 ontem em São Paulo, um valor 20% acima do de há um ano. (Jornal Folha de S. Paulo, Vai Vém/SP – 12/12/2013)((Jornal Folha de S. Paulo, Vai Vém/SP – 12/12/2013))


A arroba de boi gordo subiu para R$ 115 ontem em São Paulo, um valor 20% acima do de há um ano. (Jornal Folha de S. Paulo, Vai Vém/SP – 12/12/2013)((Jornal Folha de S. Paulo, Vai Vém/SP – 12/12/2013))

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A raça milionária dos Steinbruch

O que tiver eu compro." A frase é do jovem Daniel Steinbruch, de 21 anos, criador de gado wagyu em Americana (SP), filho de Ricardo Steinbruch (Banco Fibra) e sobrinho do mega empresário Benjamin Stei...((Revista Globo Rural/SP - Dezembro. 13 - pg 40 a 44))


O que tiver eu compro." A frase é do jovem Daniel Steinbruch, de 21 anos, criador de gado wagyu em Americana (SP), filho de Ricardo Steinbruch (Banco Fibra) e sobrinho do mega empresário Benjamin Steinbruch (CSN), e traduz o cobiçado mercado da raça originária do Japão, que desembarcou no Brasil há apenas 21 anos e cuja carne é uma das mais caras do mundo. Segundo o jovem fazendeiro, a demanda dos consumidores pelo bife saboroso e macio ultrapassa a perder de vista a oferta enxuta de carne, que só pode ser encontrada em lojas sofisticadas, restaurantes e hotéis famosos. Por conta desse descompasso, a Fazenda Angélica de Daniel e do pai, Ricardo Steinbruch, de 54 anos, fatura de R$ 12 mil a R$ 15 mil por um boi gordo de 750 quilos abatido aos 30 meses, cerca de sete vezes mais que um gado de outra raça ou de cruzamento para abate, cujo preço está em torno de R$ 2 mil. Somente o contrafilé do wagyu, peça preferida da freguesia premium, pesa 30 quilos e é vendido por R$ 300 o quilo, ou seja, mais da metade (R$ 9 mil) do valor total do animal. Já no prato do restaurante Rubaiyat, em São Paulo, que foi um dos primeiros a incluir carne de wagyu no cardápio, o bife de 280 gramas sai por R$ 250. Há dez anos, ainda não era encontrada carne 100% wagyu para servir nos restaurantes brasileiros. O Rubaiyat importava e cobrava então US$ 300 pelo bife. Somente a partir de 2005 a casa passou a oferecer o bife nacional produzido em sua fazenda, em Dourados (MS). Daniel e Ricardo são membros da família Steinbruch, dona da Vicunha (indústria têxtil), da CSN (siderúrgica comandada por Benjamin) e do Banco Fibra. A família tem um poderoso e diversificado braço agropecuário, que inclui gado de corte (120 mil cabeças em Mato Grosso), gado de leite (mais de 10.000 litros ao dia), ovinos, frutas no Nordeste e cavalos velocistas puro-sangue inglês. É conhecida por investir em ativos que propiciam retorno, caso do wagyu, exclusividade de Daniel e Ricardo. Em fase de crescimento do plantel e de experiências de cruzamento, a Fazenda Angélica está vendendo 70 animais puros ao ano. Se cada um sair cotado a R$ 15 mil, o faturamento vai a R$ 1,050 milhão. Caso o mercado balize a R$ 12 mil por cabeça, a fatura chega a R$ 840 mil, informa Daniel, que é vice-presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Wagyu, que tem 50 sócios e apenas 5 mil animais registrados. Segundo ele, os custos, desde a fertilização ín vitro (FIV), passando pela engorda em confinamento, até a embalagem da carne - os Steinbruch possuem sua própria marca e terceirizam o abate correspondem a 50% do faturamento. Esse cenário promissor dá sustentação ao comentário de Daniel que abre esta reportagem. Ele precisa de matéria-prima para adquirir e terminar mais bois. A que produz não é suficiente. A Fazenda Angélica vende somente gado puro (PO). Por enquanto. Não só a oferta exígua explica as cotações elevadas da carne de wagyu, que é conhecida também por kobe beef. A grande vantagem está no marmoreio, ou seja, como está entrelaçada entre as fibras musculares, a gordura se derrete entre elas, o que confere maciez, suculência, aroma e, principalmente, sabor único à carne. No Brasil, quando a carne do wagyu atinge a marmorízação cujo grau vai de 5 a 8, é considerada ótima. No Japão, onde ela é selecionada há mais de 1.000 anos e o trato inclui de massagens, para tornar o produto mais tenro, a doses diárias de cerveja no repasto, o marmoreio vai a 12. Em resposta, o mercado paga US$ 1.000 pelo quilo no país asiático. Os bois da raça wagyu têm predisposição genética para acumular o dobro ou mais de gordura. E, para evitar a criação de músculos, eles são manejados para se locomover o mínimo possível. Na Fazenda Angélica, a engorda é confinada. Logo na pós-desmama, os bichos são fechados. Saem somente na hora do abate. Daniel e Ricardo iniciaram a seleção em 2007. Compraram três touros e vacas de um criador baiano. A multiplicação do rebanho foi por meio da FIV. Hoje, eles possuem 250 animais puros e 100 deles estão em confinamento para a produção de uma marca de carne da Fazenda Angélica chamada Kobe Beef Premium, que é distribuída pelos próprios Steinbruch. "A raça wagyu permíte agregar valor. Com o animal puro, temos dois objetivos traçados até 2017: aumentar o abate de POs de 70 para 450 cabeças e também montarmos nossa boutique exclusiva em São Paulo", adianta Daniel. Ele diz que quem paga melhor pela carne são os restaurantes japoneses, o que evidencia o estágio avançado do wagyu nacional. Ricardo Steinbruch concorda que realmente atua em nichos mais endinheirados. Em sua leitura, o Brasil atual, ao mesmo tempo que incorporou parcelas imensas de sua população à classe C, permitiu que o topo da pirâmide se ampliasse. Isso explica, diz Ricardo, o aumento no consumo de carne no país, em geral, em paralelo ao salto da demanda pelo produto nobre e caro, porém, sem o necessário acompanhamento da oferta. Resultado: 1 quilo de contrafilé wagyu vale R$ 500 numa boutique de carne. Kobebeef Pai e filho não querem se limitar ao kobe beef oriundo de animal puro. Pretendem atingir um público consumidor mais amplo e já estão produzindo o trí-cross, que resulta do cruzamento do europeu angus com o indiano nelore, e sobre esse animal FI e colocado o wagyu. O FI nasce com o bom acabamento de carcaça do angus e a rusticidade do nelore, enquanto o wagyu dá refinamento ao trí-cross. As fêmeas FI ja estão com 11 meses de idade e na próxima estação de monta serão inseminadas. Segundo o veterinário da associação, Eliel Palamim a cruza da wagyu viabiliza a comercialização, ainda o valor agregado do lote puro seja maior. Ele erra o entanto, que a genética garante o marmorei e acabamento da carcaça, mas são necessários cuidados para preparar o animal visando a bons resultados. No caso dos Steinbruch, os custos ficam abaixo do valor de venda, por conta da estrutura da propriedade, mas é caro criar wagyu, raça que veio do frio e temperado Japão para o calor brasileiro. Palamim adianta que uma das principais metas da associação é a padronização de carcaça de animais puros e também de cruzamentos para obter-se um rebanho nacional o mais harmonioso possível e qualidade similar, mesmo que os abates ocorram em regiões diferentes. A família Steinbruch tem ainda fazendas de gado comercial em Mato Grosso que totalizam 120 mil cabeças. É lá que estão sendo cruzadas fêmeas zebus com angus, e os produtos meio-sangues virão para São Paulo para a produção do tri-cross em outra fazenda, localizada em Campos Novos Paulistas. A Fazenda Angélica teve faro para pressentir a ebulição de outro setor no qual o fosso entre a procura e a oferta fica cada vez mais fundo o de cordeiros. A base é a rústica e brasileira santa inês, cruzada com reprodutores dorper. Depois, na FI que nasce, é colocada a suffolk, chegando ao tri-cross. São 600 animais, e a proposta é chegar a 2 mil em 2017. Foco na seleção Em Bragança Paulista está o maior rebanho de wagyu do Brasil. São 500 animais puros que vivem nos 200 hectares da Fazenda Yakult, de propriedade da empresa que fabrica o famoso leite com Lactobacillus casei Shirota. Foram eles, os japoneses da companhia, que sentiam no paladar a diferença entre as carnes de lá e cá, os introdutores da raça japonesa no Brasil, em 1992. O gado, porém, veio dos Estados Unidos, porque a importação direta do Japão é proibida, por falta de um protocolo sanitário estabelecido com o Brasil. "Chegou aqui um casal de wagyu e pensei: bicho feio! Só fui entender que era um bom negócio quando, anos depois, pude provar a carne", lembra o gerente da Fazenda Yakult, o médico-veterinário Rogério Uenishi. Foi assim também que ele entendeu uma regra básica do wagyu: "A qualidade da carne e a conformação do animal são muito mais importantes que a sua beleza externa". Por conta disso, o foco principal da Yakult não é vender animais ou carne em escala, mas criar uma base genética da raça e tipos de manejos que favoreçam a expansão do rebanho. Uenishí já visitou criações de wagyu no Japão para aprender e aplicar aqui as orientações de Takeda Shogo, um dos principais selecionadores da raça. "As linhagens se dividem em quatro grupos. Os cruzamentos são realizados conforme um plano de rotação específico, para que obtenhamos os melhores resultados em marmoreio, tamanho de carcaça e habilidade maternal", diz. "Quanto ao manejo, adotamos ações específicas para que o animal possa desenvolver suas principais características genéticas." A alimentação do gado é controlada desde o primeíro día de vida do bezerro. "É o que chamamos de mamada controlada, ou creep feeding, cujo objetivo é atingir o máximo de desenvolvimento corporal e, por consequência, introduzir animais saudáveis e com ganho de peso crescente, expressando o potencial genético para a produção de altos níveis de marmoreio." De cada lote parido (a reprodução é feita com TE e lATF) , um macho é separado para reprodutor e os demais seguem engordando 900 gramas por dia. "O ideal é 1 quilo diário durante toda a vida do animal, que é abatido com 30 meses e cerca de 700, 750 quilos", diz o veterinário. "Ele tem facilidade para engordar, a alimentação tem de ser controlada, para não ganhar mais gordura que o necessário", frisa. A gordura do wagyu da Yakult chega a atingir o nível 7. O objetivo é aumentar esse número. Para isso, a cada abate, alguns bifes são enviados a um laboratório para análise. "É um constante processo de aprimoramento da raça, mas também devemos sempre ter controle da qualidade da gordura, que tem de ser branca, com elevado teor de ácidos graxos insaturados, ricos em ômega 3 e ômega 6." No Japão, as carnes também são avaliadas Iaboratorialmente e lá a exigência é que o teor de ácido graxo insaturado seja de 60%. Do outro lado da cadeia, quem também fornece importantes informações sobre a carne são os chefs de cozinha de restaurantes japoneses paulistas. "É um retorno superimportante para entendermos o consumidor." Nesses locais, além do caro e desejado contrafilé (R$ 240 o quilo), também são preparados pratos feitos com a picanha (R$ 168 o quilo), com o filé-mignon (R$ 110 o quilo) e com o músculo e a carne de pescoço (R$ 9 o quilo). Esses estabelecimentos compram diretamente a carne da fazenda, mas açougues localizados no bairro da Liberdade em São Paulo, vendem partes próprias para o sukiayaki, prato japonês que exige bifes bem fininhos, com muito sucesso. Hambúrguer E está desembarcando agora no mercado um tipo de hambúrguer gourmet de carne wagyu. "Provavelmente em janeiro, começaremos a ofertar o produto 100% wagyu em algumas cidades do interior, como Bragança Paulista, e também na capital", adianta Ben-Hur Parente, um jovem publicitário e empresário de 29 anos que conduz a Oficina da Carne junto com a mulher, Gabriela Parente, de 30 anos. Segundo ele, o hambúrguer que irá às gôndolas está sendo produzido com carne de pescoço do boi japonês e também com retalhos. "Toda a carne do wagyu é nobre. As partes escolhidas por nós para fazer o harnbúrguer é focando um público consumidor mais elástico, sem deixar e ser gourmet", diz Ben-Hur. (Revista Globo Rural/SP - Dezembro. 13 - pg 40 a 44)((Revista Globo Rural/SP - Dezembro. 13 - pg 40 a 44))

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RS: Número parcial aponta 91% na vacinação contra aftosa

Encerrada no final de novembro, a segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa já atingiu, em números parciais, 91% de cobertura de bovinos e bubalinos de até dois anos de idade. A Secretaria da A...((Portal Boi Pesado/SC – 11/12/2013))


Encerrada no final de novembro, a segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa já atingiu, em números parciais, 91% de cobertura de bovinos e bubalinos de até dois anos de idade. A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) contabiliza a imunização de 4,5 milhões de animais de total de cerca de cinco milhões de cabeças. O resultado final será divulgado até o dia 2 de janeiro. Na primeira etapa, ocorrida no mês de maio, quando deveriam ter sido vacinados todos os bovídeos, o índice chegou a 97,7% dos 14 milhões existentes no Estado. A Seapa investiu R$ 11 milhões na compra de oito milhões de doses da vacina entre as duas etapas. Elas foram distribuídas gratuitamente a produtores que se enquadram nos critérios do Pronaf e da Pecuária Familiar e tenham até cem animais na propriedade. Mais de mil profissionais da Seapa das coordenadorias regionais envolveram-se na campanha. Os técnicos contaram com a parceria de sindicatos rurais e, em alguns municípios, com grupos de voluntários que fazem mutirões de vacinação. Pecuaristas que adquiriram vacinas em agropecuárias ou que receberam do Estado e não informaram às inspetorias estão sujeitos a notificações e autuações. Além disso, a não comunicação faz com que o rebanho apareça no sistema sem vacinação. (Portal Boi Pesado/SC – 11/12/2013)((Portal Boi Pesado/SC – 11/12/2013))

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ExpoCorte São Paulo será nos dias 24, 25 e 26 de junho

A ExpoCorte São Paulo, nova denominação da Feicorte, já tem data: será realizada nos dias 24, 25 e 26 de junho, na capital paulista. A iniciativa, que engloba também o Circuito ExpoCorte, vem recebend...((Portal Do Agronegócio/MG – 12/12/2013))


A ExpoCorte São Paulo, nova denominação da Feicorte, já tem data: será realizada nos dias 24, 25 e 26 de junho, na capital paulista. A iniciativa, que engloba também o Circuito ExpoCorte, vem recebendo apoio de diversas empresas e entidades do setor. Já anunciaram apoio à ExpoCorte e ao Circuito ExpoCorte a Philbro Saúde Animal, Nutron, Dow, Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e Associação Brasileira de Hereford e Braford, além de outras que estão em negociação. “Com o fim da concessão do Centro de Exposições Imigrantes, o Agrocentro resolveu descontinuar os eventos de Agronegócio que eram realizados anualmente. Comprometida durante anos com a realização desses eventos, resolvi dar continuidade à Feicorte e ao Circuito ExpoCorte que passarão a ser denominados de ExpoCorte e Circuito ExpoCorte. Além da ExpoCorte em São Paulo nos dias 24, 25 e 26 de junho, promoveremos o Circuito ExpoCorte nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia e Minas Gerais ou Pará”, afirma Carla Tuccilio, que está tocando a iniciativa por meio da empresa Verum Eventos, que conta também com parte da mesma equipe que conduzia a Feicorte. Carla se diz surpresa positivamente com o apoio que vem recebendo para dar continuidade a esses importantes eventos para a pecuária brasileira. “Isso mostra que o mercado deseja a continuidade de uma feira de negócios da pecuária em São Paulo e suas versões itinerantes pelo Brasil que possibilitam levar informação, discussão e tecnologia para onde o pecuarista está”, acredita Carla. (Portal Do Agronegócio/MG – 12/12/2013)((Portal Do Agronegócio/MG – 12/12/2013))

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DPA inaugura centro de distribuição em Araras

A DPA - Dairy Partners Americas, joint venture formada pela Nestlé e pela cooperativa neozelandesa Fonterra, vai inaugurar na próxima segunda-feira seu novo centro de distribuição em Araras, no interi...((Jornal Valor Econômico, Valor. Com/SP – 12/12/2013))


A DPA - Dairy Partners Americas, joint venture formada pela Nestlé e pela cooperativa neozelandesa Fonterra, vai inaugurar na próxima segunda-feira seu novo centro de distribuição em Araras, no interior paulista. De acordo com a companhia, a estrutura, que é integrada à fábrica de lácteos da DPA no município, utiliza uma tecnologia que aumenta em 50% a capacidade de armazenamento em relação aos sistemas convencionais. (Jornal Valor Econômico, Valor. Com/SP – 12/12/2013)((Jornal Valor Econômico, Valor. Com/SP – 12/12/2013))

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IBGE: Aquisição de leite tem aumento de 8,3% em relação ao 3º trimestre de 2012

Segundo a Pesquisa Trimestral do Leite realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (11), a aquisição de leite no 3º trimestre de 2013 foi de 5,9...((Portal Rural Centro/SP – 11/12/2013))


Segundo a Pesquisa Trimestral do Leite realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (11), a aquisição de leite no 3º trimestre de 2013 foi de 5,98 bilhões de litros, o que representou um aumento de 8,3% sobre o mesmo período de 2012 e de 12,1% sobre o 2º trimestre de 2013. Na comparação mês a mês, podemos ver que setembro foi o mês em que houve maior diferença com relação à captação de 2012. Enquanto em julho e agosto estas diferenças foram de 5,8% e 6,3%, respectivamente, em setembro tal diferença foi de 13%. Além disso, apenas em 2 meses de 2012 houve captação maior que em setembro de 2013, justamente em dezembro e janeiro, quando ocorrem os picos de produção, o que indica que neste final de ano devemos ter uma grande oferta de leite. No 3º trimestre de 2013, grande parte da aquisição do produto encontrava-se no Sudeste do país (40,1%), seguido pelo Sul, com participação de 37,2%. As regiões Norte e Nordeste participaram com percentuais iguais, 5,0% cada uma delas. Comparado ao ano anterior, observou-se ganho de participação das Regiões Norte e Sudeste no 3º trimestre de 2013. O Sul teve queda de participação, enquanto as demais regiões registraram ligeira queda, beirando à estabilidade em suas posições. Quantos aos Estados, Minas Gerais apresentou alta de 20% na comparação com o 3º trimestre de 2012, sendo responsável por 26% do total captado. Em seguida, vieram Rio Grande do Sul, com 15,5% do leite brasileiro captado, mas com queda de 6% na comparação anual; em terceiro o Paraná com 12% do leite adquirido e aumento de 8% na comparação anual; em quarto lugar aparece São Paulo, com 10,95% na participação total e aumento de 12% com relação ao 3º trimestre de 2012. (Portal Rural Centro/SP – 11/12/2013)((Portal Rural Centro/SP – 11/12/2013))

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